Um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) interrompeu aos gritos o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante evento de lançamento das diretrizes do programa de governo de uma eventual gestão petista e chegou a caminhar em direção a Lula até ser contido por seguranças.

 

Por Amanda Perobelli e Eduardo Simões

 

Não foi possível identificar o que o homem gritou e ele foi imediatamente abafado pelo coro de "ole, ole, olá, Lula, Lula". Após ser retirado da sala onde Lula discursava, o homem, acompanhado de outros dois apoiadores de Bolsonaro, foi levado por policiais militares a uma delegacia, depois da equipe do hotel onde o evento foi realizado chamar a polícia, de acordo com a Polícia Militar.

 

Diante do episódio, o presidente da Fundação Perseu Abramo, vinculado ao PT, Aloizio Mercadante, que coordena os trabalhos de formulação do programa de governo, afirmou que as "provocações" de bolsonaristas seriam respondidas nas urnas.

 

A infiltração de um apoiador de Bolsonaro não foi o único episódio a tumultuar o evento petista. Antes do discurso de Lula, o vereador pela cidade de São Paulo e ex-senador Eduardo Suplicy interrompeu aos gritos uma fala de Mercadante, reclamando que não havia sido convidado para a reunião e que a proposta de criação de uma renda básica de cidadania --historicamente defendida por ele-- não fora incluída nas diretrizes.

 

"Eles têm alguma coisa comigo. Não me convidou para essa reunião", gritou Suplicy diante de Mercadante, enquanto lhe entregava um papel com a proposta de renda básica.

 

"Continuarei trabalhando, e muito, para que Lula e Alckmin instituam a rede básica de cidadania enquanto eu estiver vivo ainda", bradou o vereador.

 

Inicialmente constrangido pela ação do correligionário, Mercadante eximiu-se da responsabilidade de não ter convidado Suplicy e disse que a proposta dele seria tratada como todas as demais.

 

"Eu de fato não tive como acompanhar o convite a todas as pessoas, é só olhar o tamanho do plenário, nem era a minha função. Em relação às propostas, hoje é um início de processo, você vai ter chance de discutir, mas para entrar no programa de governo nós vamos ter que ter um debate aprofundado", disse.

 

"Mas vai ter que discutir democraticamente, porque é assim que nós funcionamos", acrescentou, apontando que a proposta do vereador entraria "na fila" das demais recebidas.

 

Logo na sequência, no entanto, Mercadante foi aparentemente alertado por uma assessora que a ideia da renda básica constava do documento anunciado, e passou então a rebater o colega.

 

"Você poderia olhar com mais cuidado, porque está citado no item 20", disse antes de ler o trecho do documento.

 

Coube a Lula, já na parte final de seu discurso e antes de ser interrompido pelo apoiador de Bolsonaro, tentar colocar panos quentes na situação ao elogiar tanto Mercadante quanto Suplicy.

 

"Se o Suplicy não fosse brasileiro, se ele fosse de outro país, a abnegação dele, a dedicação dele nesses 40 anos de querer a renda básica, ele já teria ganhado o Prêmio Nobel umas 10 vezes", disse o ex-presidente.

 

"Eu quero parabenizar o Aloizio Mercadante e a equipe de ter colocado aqui a questão da renda básica. Eduardo, e se Deus quiser, nós haveremos de implantá-la um dia no país", acrescentou.

 

Posted On Terça, 21 Junho 2022 16:39 Escrito por

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) celebraram neste domingo (19.jun.2022) a vitória de Gustavo Petro nas eleições presidenciais da Colômbia.

 

Com Agências 

 

Petro, do Pacto Histórico, de esquerda, venceu o candidato da direita Rodolfo Hernández, conhecido como “Trump colombiano”.

 

“Felicito calorosamente os companheiros @petrogustav, @FranciaMarquezM e todo o povo colombiano pela importante vitória nas eleições deste domingo. A sua vitória fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina”, disse o ex-presidente em seu perfil no Twitter

 

Em 27 de maio, durante ato com movimentos sociais, o petista já havia declarado apoio a Petro. Na ocasião, Lula fez um jogral.

 

Em seu perfil no Twitter, Ciro Gomes deu os parabéns a Petro e disse ser “uma alegria” quando um “dinossauro de direita” perde as eleições.

 

“Parabéns aos colombianos e ao presidente eleito Gustavo Petro. É sempre motivo de alegria quando um dinossauro de direita some do mapa. Mas para a esquerda, não basta vencer. É preciso governar bem. Só assim os monstros não voltam”, afirmou.

QUEM É GUSTAVO PETRO

Economista de 62 anos, Petro integrou a guerrilha M-19, desmobilizada em 1990. Exilou-se na Europa e, ao retornar à Colômbia, foi eleito senador em 2006 e prefeito de Bogotá de 2012 a 2015. Venceu a disputa ao Senado novamente em 2018.

 

Defende a revogação da reforma tributária feita na gestão de Iván Duque e a taxação de grandes fortunas. Ainda pretende implementar uma política mais voltada para a preservação do meio ambiente e valorizar a produção local.

 

 

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:20 Escrito por

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) foi vaiado na quinta-feira, 16, durante ato de apoio ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Natal.

 

Com O Globo

Em seu giro de três dias por três estados do Nordeste, o pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, viu o seu vice, Geraldo Alckmin, ser vaiado pela primeira vez. O petista ainda aproveitou a viagem para sacramentar a aliança com um governador do MDB, Paulo Dantas , de Alagoas, que participou de um ato ao seu lado.

 

Desde que Alckmin foi escolhido vice na chapa havia o receio entre os petistas de que ele fosse vítimas de vaias por parte da militância, como era rotina em 2002 com o então vice de Lula, o empresário José Alencar. O ex-governador de São Paulo, porém, vinha conseguindo escapar de passar por esse constrangimento.

 

Em alguns eventos, Alckmin era chamado ao palco ou ao microfone junto com Lula, justamente para não ficar exposto às vaias. Mas na última quinta-feira, o nome do ex-tucano, que enfrentou o PT em duas eleições presidenciais (2006 e 2018), foi vaiado nas duas vezes em que foi anunciado no estádio das Dunas, em Natal, onde foi realizado um ato a favor da pré-candidatura de Lula.

 

Coube à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defender Alckmin ao afirmar que no palanque de Lula poderia ter "gente com quem a gente divergiu, mas que é a favor da democracia e contra Bolsonaro". O pré-candidato a vice não comentou as vaias.

 

Juntar divergentes

 

No dia seguinte, em evento em Maceió, Lula defendeu Alckmin ao dizer que é preciso "juntar os divergentes para vencer os antagônicos", uma frase que tem sido repetida pelo ex-presidente para justificar a aliança com o antigo adversário.

 

No mesmo evento, Lula viu o governador local elogiá-lo. Paulo Dantas afirmou que o petista foi "o maior presidente que o Brasil já teve". O MDB lançou a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata do partido ao Palácio do Planalto. Mas Dantas, aliados do senador Renan Calheiros (AL), não deve se engajar na campanha da sua colega de legenda e, sim, na do petista.

Ainda em Maceió, Lula, ao falar de Renan, rememorou uma passagem que acabou servindo de munição para que bolsonaristas o atacassem nas redes sociais. O petista contou que em 1998 procurou o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para libertar os sequestradores do empresário Abílio Diniz da prisão. Diniz havia sido sequestrado em 1989. Os sequestradores estavam presos há dez anos e entraram em greve de fome. Renan era o ministro da Justiça de FHC.

 

— Esses jovens, que tinham argentinos, tinha gente da América Latina, ficaram presos 10 anos. Teve um momento que eu fui conversar com o Fernando Henrique Cardoso porque eles estavam em greve de fome e iam entrar em greve seca que é ficar sem comer e beber. A morte seria certa. Aí então eu fui procurar o ministro da Justiça chamado Renan Calheiros — disse.

 

Lula relatou então que o tucano teria respondido que libertaria os presos se ele os convencesse a acabar com a greve de fome, o que acabou acontecendo.

 

Bolsonaristas usaram o trecho da fala de Lula em Maceió para acusá-lo de defender criminosos. O deputado federal Eduardo Bolsonao (PL/SP) publicou no Twitter: “Se alguém sequestrar seu filho ou cometer outra barbaridade e quiser ficar livre, certamente Lula intercederá pela soltura deste criminoso”.

 

Neste sábado, último dia de seu giro pelo Nordeste, Lula atacou o presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

— Eu fico triste quando vejo as Forças Armadas batendo continência para uma pessoa que foi expulsa do Exército por mau comportamento — atacou o petista, em Aracaju.

 

Enquanto completava a sua viagem pelo Nordeste, Lula recebeu uma boa notícia do Sul. O PDT, do presidenciável Ciro Gomes, anunciou apoio ao pré-candidato petista em Santa Catarina, Décio Lima. Mas asituação no estado ainda não está definida. O PSB quer lançar o senador Dário Berger como candidato ao governo. As direções nacionais de PT e PSB trabalham pela união entre Lima e Berger.

 

Posted On Domingo, 19 Junho 2022 04:19 Escrito por

O ex-presidente e pré-candidato ao Palácio do Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (18.jun.2022) que seu partido às vezes ainda vaia a bandeira brasileira e o Hino Nacional, mas deu a entender que a sigla foi ficando mais tolerante com o passar do tempo

 

Com Yahoo Notícias

 

“Eu lembro que, quando o PT nasceu, o Fernando Henrique Cardoso dizia ‘esse PT vaia até bandeira brasileira, vaia até o Hino Nacional’, e nós de vez em quando ainda vaiamos, mas aprendemos muito porque nós já governamos”, disse o ex-presidente da República.

 

O petista mencionou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), antigo adversário político e atual vice em sua chapa presidencial, e declarou que é necessário fazer alianças.

 

“Não é possível a gente imaginar que a gente pode recuperar esse país sozinho”, declarou Lula. Ele afirmou que, na época em que PT e PSDB polarizavam a política nacional, antes de Jair Bolsonaro (PL) ser eleito presidente, as disputas eram mais civilizadas.

 

“A gente falava até mal um do outro, mas a gente não virava inimigo. A gente saía da disputa, a gente continuava como brasileiros tentando construir o melhor para esse país”, disse o ex-presidente.

 

“Muitas vezes joga a imagem de que o PT não gosta de ninguém”, afirmou Lula.

 

A pré-campanha de Lula tem tentado disputar o discurso de Bolsonaro. O atual presidente se diz patriota e pinta os adversários como inimigos do país.

 

O petista incluiu o verde e o amarelo na identidade visual da pré-campanha e a bandeira do Brasil em seus comícios. Tem sido comum a execução do Hino Nacional antes dos discursos –a música foi tocada com voz e violão neste sábado (18.jun).

 

O petista falou em evento de pré-campanha em Aracaju (SE), onde promove o nome do senador petista Rogério Carvalho como postulante ao governo do Estado.

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Posted On Domingo, 19 Junho 2022 04:10 Escrito por

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destoou de parte da classe política que centrava suas críticas na Petrobras pelo anúncio de reajuste do preço dos combustíveis, ao associar o problema também ao governo federal.

 

POR RENATO MACHADO

 

Pacheco afirmou que não existe diferença entre Petrobras e governo federal e pediu que a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) aceite criar uma conta de estabilização dos preços, usando como recursos os lucros da estatal brasileira.

 

A manifestação de Pacheco destoa do chefe do Executivo, que queria atribuir a responsabilidade exclusivamente à Petrobras pela alta dos preços dos combustíveis. Ele ainda cobrou do próprio Bolsonaro soluções.

 

"Se a situação dos preços dos combustíveis está saindo do controle, o governo deve aceitar dividir os enormes lucros da Petrobras com a população, por meio de uma conta de estabilização de preços em momentos de crise. Afinal, é inexistente a dicotomia Petrobras e governo, pois a União é a acionista majoritária da estatal e sua diretoria indicada pelo governo. Além disso, medidas semelhantes estão sendo adotadas por outros países em favor de sua economia e de sua população", informou Pacheco por meio de nota.

 

O senador mineiro se refere especificamente a um projeto de lei que prevê a criação de uma conta de estabilização, cujos recursos seriam utilizados para amenizar o impacto de flutuações no preço dos combustíveis. A proposta foi aprovada no Senado, mas acabou engavetada na Câmara dos Deputados.

 

O presidente daquela Casa, assim como o governo federal, são contrários à medida.

 

"O Senado aprovou inúmeras matérias legislativas que estavam ao seu alcance e agora espera medidas rápidas e efetivas por parte da Petrobras e de sua controladora, a União. Já que o governo é contra discutir a política de preços da empresa e interferir na sua governança, a conta de estabilização é uma alternativa a ser considerada."

 

A manifestação de Pacheco acontece em um momento em que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o próprio Bolsonaro ameaçam retaliar pesadamente a Petrobras e seus diretores pelo anúncio do reajuste.

 

Nesta sexta-feira (17), a Petrobras anunciou reajustes de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel, alegando que o mercado de petróleo passou por mudança estrutural e que é necessário buscar convergência com os preços internacionais.

 

Após 99 dias sem aumentos, o preço médio da gasolina nas refinarias da estatal passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Já o preço do diesel passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste ocorreu há 39 dias.

 

O primeiro a externar suas críticas foi o presidente da Câmara, Arthur Lira, que pediu a demissão do presidente da estatal José Mauro Ferreira Coelho. Ao jornal Folha de S.Paulo, o deputado afirmou que "vai para o pau" para "rever tudo de preços" de combustíveis. Ele também disse que vai trabalhar para taxar o lucro da petroleira.

 

Mais tarde, em entrevista à Globo News, Lira defendeu a "taxação do lucro absurdo" da Petrobras. Ele não deu detalhes sobre a proposta de tributar ganhos, mas outros países têm discutido a taxação do lucro extraordinário de petroleiras advindo do aumento internacional do preço dos combustíveis.

 

Já Bolsonaro pediu a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os diretores da Petrobras.

 

"Conversei agora há pouco com o Arthur Lira (PP-AL), ele está neste momento reunido com líderes partidários. A ideia nossa é propor uma CPI para investigarmos o presidente da Petrobras [José Mauro Ferreira Coelho], os seus diretores e também o conselho administrativo e fiscal", declarou Bolsonaro, durante entrevista a uma rede no Rio Grande do Norte.

 

Nesta semana, o Congresso Nacional aprovou proposta que limita em 17% e 18% o ICMS sobre combustíveis, energia, transporte e telecomunicações. Patrocinada por Arthur Lira, a medida contou com a articulação de Pacheco para avançar no Senado, Casa legislativa mais próxima aos estados, que apontaram sofrer impactos bilionários na arrecadação estadual.

 

Também nesta sexta-feira (17), um dos aliados mais próximos a Pacheco, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), apresentou requerimento de convocação do ministro Paulo Guedes e de José Mauro Ferreira Coelho para que expliquem mais um aumento de preço dos combustíveis.

 

"Na segunda-feira o governo propõe tirar dinheiro da saúde e da educação de estados e municípios falando em diminuir o preço dos combustíveis. Isso para na sexta-feira anunciar mais um aumento do preço dos combustíveis, para dar dinheiro para acionista da Petrobras", escreveu nas redes sociais o senador, que desde o início do seu mandato é um crítico de Guedes.

 

"Este aumento no preço dos combustíveis anunciado hoje é mais um cuspe na cara da sociedade brasileira. Tenho alertado que o ministro da Economia já não reúne as mínimas condições de seguir no posto, pois está totalmente desconectado da realidade. Não há mais credibilidade".

 

Posted On Sábado, 18 Junho 2022 07:10 Escrito por
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