Sim, é exatamente isso que nosso observatório político de O Paralelo13, em Brasília, acaba saber: a cúpula nacional do Prós não fará parte de nenhuma Federação Partidária, nas eleições de 02 de outubro de 2022.
Prós no Tocantins
A porta da frente será a serventia para o senador Ataídes Oliveira e para o deputado estadual Jr. Geo. No Tocantins, o partido será comandado pelo vereador Diogo Fernandes e tem autonomia para formação de duas chapas proporcionais de deputado federal e deputados estaduais.
Ex-senador Ataídes Oliveira
O observatório político de O Paralelo13, em Brasília, confirmou com fontes e membros da cúpula nacional do Prós, o total descontentamento do partido com os fracos resultados obtidos nas últimas eleições municipais, onde a Sigla teve um resultado pífio na capital e, além disso, não cresceu no estado.
Os responsáveis por esse desempenho? Eles mesmo: o ex-senador Ataídes Oliveira e o professor Jr. Geo, eles não farão parte desta nova reorganização do Prós no Tocantins. O partido terá as condições básicas em infraestrutura para construir um projeto político de um deputado federal e, no mínimo, três deputados estaduais.
Deputado o professor Jr. Geo
Como não vão participar de nenhuma federação, a direção do partido, no estado, sob o comando do vereador Diogo Fernandes e demais companheiros, terão a liberdade de apoiarem os candidatos aos cargos de governador e senador que melhor apoiarem o projeto político do Prós, nestas eleições estaduais de outubro próximo.
E segundo uma outra fonte, em território tocantinense, o atual presidente do Prós estadual Diogo Fernandes, já está bem adiantado o processo de construção das duas chapas proporcionais para deputados federais e estaduais. O observatório político de O Paralelo13 soube que, ainda na semana passada, houve uma reunião em Brasília, com membros do Prós de Tocantins e integrantes da cúpula nacional da Sigla, onde discutiram as estratégias e a infraestrutura partidária para alcançarem os objetivos.
Presidente do Prós estadual Diogo Fernandes
O Prós conta atualmente com oito deputados federais na câmara dos deputados, podendo receber mais quatro ou cinco parlamentares, com a abertura da janela partidária, onde um detentor de mandato, na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas possam se filiarem a outro partido, sem a perca do mandato.
Outras legendas partidárias no Tocantins, também terão mudanças nos seus comandos e os que estão sentados na boleia, poderão, no amanhã, estarem na carroceria. Já para outros, a porta da frente é a serventia da casa.
Aliados de Sergio Moro passaram a defender que o governador de São Paulo, João Doria, seja candidato a vice-presidente do ex-juiz este ano
Por Igor Gadelha / Gustavo Zucchi
Após a divulgação da primeira pesquisa eleitoral de 2022 nessa quarta-feira (12/1), aliados de Sergio Moro (Podemos) passaram a defender, nos bastidores, a união entre o ex-juiz e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em uma mesma chapa presidencial.
A avaliação é de que a junção seria um dos melhores caminhos para tentar quebrar a polarização entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que apareceram isolados na liderança da pesquisa Quaest/Genial Investimentos divulgada nessa quarta.
Aliados de Moro defendem, no entanto, que o ex-juiz deve ser o cabeça de chapa e Doria o candidato a vice-presidente. Usam como argumento o desempenho de cada um no levantamento da Quaest/Genial, no qual Moro aparece como o candidato da terceira via mais bem colocado, com 9%, enquanto Doria tem 3%.
A chapa Moro-Doria é defendida principalmente por entusiastas da candidatura do ex-juiz no União Brasil, partido que nascerá da fusão do PSL com o DEM e que promete apoiar Moro. Integrantes desse grupo disseram à coluna já terem, inclusive, abordado essa possibilidade com aliados de Doria, que rejeita o plano por ora.
Para grupo do ex-juiz da Lava Jato, o atual governador paulista teria como atrativo a mesma perspectiva que Geraldo Alckmin terá, caso seja candidato a vice de Lula: a de ser o sucessor, em 2026, do presidente eleito este ano. Moro já prometeu publicamente que defenderá o fim da reeleição, caso eleito em 2022.
Aliados do ex-juiz acreditam que uma chapa Moro-Doria abriria uma “terceira frente” com potencial de tirar Bolsonaro do segundo turno. Entre outros motivos, porque somaria, em uma só candidatura, os motes do combate à corrupção e da experiência de gestão e a máquina tucana em São Paulo.
Com ou sem Doria, o presidenciável do Podemos deve, inclusive, intensificar agendas políticas em São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil. Entre o final de janeiro e o início de fevereiro, ele deve cumprir agenda em cidades como São José do Rio Preto, Bebedouro, Barretos, Ribeirão Preto e na capital paulista.
Aliados de Doria negam chances
Aliados de Doria consideram praticamente nulas as chances de ele topar ser candidato a vice de Moro ou de qualquer outro nome da terceira via. Eles minimizam o fraco desempenho do tucano nas pesquisas, citando que, em 2016, ele foi eleito prefeito de São Paulo no primeiro turno, após largar com 1% das intenções de voto.
Auxiliares do governador paulista ressaltam também que ele só pretende botar o bloco de sua pré-candidatura na rua de fato depois de março. Até lá, dizem, Doria se concentrará em sua gestão no Palácio dos Bandeirantes, a qual quer usar como vitrine na disputa presidencial.
Durante o encontro, integrantes também apresentaram as ações de recuperação após o período crítico das chuvas
Por Thuanny Vieira
Com o intuito de apresentar o panorama da situação das enchentes no Tocantins e iniciar o planejamento das ações de recuperação das cidades impactadas, a Força-Tarefa da Operação Enchente, se reuniu nesta quinta-feira, 13, para apresentar os seus esforços empreendidos e as próximas medidas a serem adotadas.
A reunião foi conduzida pelo comandante do Corpo de Bombeiros Militar, Carlos Eduardo de Souza Farias, que apresentou o panorama atual. Ao todo são 39 municípios sendo monitorados, com sete equipes em campo e uma fixa na cidade de São Miguel do Tocantins, cidade mais impactada até o momento. De acordo com o último boletim são 543 desabrigadas, que estão em abrigos públicos; e 1.343 desalojadas, pessoas que estão em casa de parentes, amigos e ou vizinhos.
O comandante Farias esclareceu ainda, que segundo as previsões da Agência Nacional das Águas (ANA), as chuvas mais intensas seguirão até o próximo domingo, 16, e posterior a esta data haverá um intervalo de uma semana sem chuvas. Após esse período, as chuvas voltarão a ocorrer dentro do esperado para o período fevereiro e março.
Para a reconstrução do cenário pós período de chuvas, o comandante informou que o Governo do Estado está buscando recursos junto ao governo federal por meio do Decreto de Situação de Emergência. O município de Paranã também declarou situação de emergência por meio de Decreto, que já foi reconhecido pelo governo federal, assim, o município pode pleitear recursos diretos junto à Defesa Civil Nacional para a recuperação dos cenários. São Miguel do Tocantins ainda espera o reconhecimento do governo federal para a mesma finalidade.
Assistência Social
A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) informou que tem assegurado assistência às famílias impactadas desde o dia 28 de dezembro, garantindo segurança alimentar dos impactados e itens de necessidades básicas como colchões, cobertores e água potável. Além disso, há seis equipes em campo realizando levantamento de dados e monitoramento no intuito de solicitar recursos por parte do governo federal. Há ainda, uma equipe de plantão em Araguatins com uma base de distribuição alimentar.
Ao todo foram distribuídos 23 mil kits de alimentos para famílias em estado de vulnerabilidade e impactadas nos 39 municípios monitorados, deste número, 16 mil kits de alimentos incluíam proteína animal.
De acordo com o titular da pasta, José Messias Araújo, benefícios eventuais serão repassados pelo Governo do Tocantins nos próximos dias, tendo início do repasse nesta sexta-feira, 14, a fim de amenizar os impactos sofridos pelas famílias e municípios das cheias dos rios. Os recursos desses benefícios poderão ser utilizados para suprir as necessidades básicas. Serão 36 municípios de pequeno porte I, que terão antecipados R$ 27 mil cada; e três municípios de pequeno porte II, que antecipam R$ 36 mil cada. Além disso, estão previstos recursos na ordem de R$ 80 mil para os próximos dias, para aquisição de colchões. A Setas recebeu, ainda, doações de empresas privadas de cobertores que já estão sendo distribuídos.
Fomento
A presidente da Agência de Fomento do Tocantins, Denise Rocha, por determinação do governador Wanderlei Barbosa, prorrogou o prazo para pagamento das parcelas de linhas de crédito para empreendedores que já tenham contrato com o órgão e que pertençam aos municípios atingidos pelas cheias fluviais. São aproximadamente 300 clientes dentro destas cidades. Os clientes adimplentes podem ter as parcelas de janeiro, fevereiro e março remanejadas para o final do contrato livre de juros, ficando com três meses de fôlego financeiro para se restabelecerem.
A presidente informou ainda que daqui a 30 dias será disponibilizada uma nova linha de crédito, com recursos específicos para autônomos impactados com condições especiais, para que possam retomar as suas atividades no período pós chuvas.
Estradas
A Agência Tocantinense de Transporte e Obras (Ageto), também integrante da Força Tarefa, informou que está atuando em 15 pontos em todo o Estado já realizando os reparos das estradas e rodovias danificadas pelas chuvas. Comunicou ainda que a Agência já está trabalhando no planejamento para recuperação das estradas após o período das chuvas.
Força Tarefa Enchente
A Força-Tarefa Enchente é composta pelos seguintes membros: Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas); Secretaria de Estado da Infraestrutura, Cidades e Habitação; Secretaria de Estado da Governadoria; Secretaria de Estado da Saúde (SES); Procuradoria-Geral do Estado (PGE); Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento; Agência de Fomento do Estado do Tocantins (Fomento); Agência Tocantinense de Transporte e Obras (Ageto) e Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins).
Com quatro nomes, ex-membros do PDT lideram lista de novos filiados petistas; PL de Bolsonaro cedeu outros três
Com Agências
O PT do Ceará anunciou nesta quinta-feira, 13, a chegada de 12 novos prefeitos à sigla. De acordo com o diretório estadual, a legenda passa a ter no Estado 29 prefeitos, alta de 70% em relação ao contingente anterior.
Dos 12 novos filiados, quatro pertenciam antes ao PDT do ex-governador do Estado e presidenciável Ciro Gomes e três ao atual partido de Jair Bolsonaro, o PL. Os demais cinco vieram do Republicanos, PCdoB, PSDB, MDB e PSOL.
O Ceará é governado pelo petista Camilo Santana, eleito com apoio da família de Ciro. Seu irmão Cid, hoje no Senado também pelo PDT, é o antecessor de Santana, que já foi reeleito uma vez e agora deve disputar uma vaga como senador. Ciro mantém ainda boa relação com o senador Tasso Jerissati (PSDB), ex-governador que também tem peso nessa correlação de forças.
O ínicio da corrida eleitoral tem intensificado as negociações por troca de partidos na composição de alianças locais e nacionais, a exemplo da migração do governador do Maranhão, Flávio Dino (ex-PCdoB) e do deputado federal Marcelo Freixo, ex-PSOL, para o PSB. Freixo deve disputar o governo do Rio, e Dino, uma vaga ao Senado.
No legislativo, a chamada janela partidária também deve intensificar as mudanças: deputados estaduais e federais podem trocar de legenda nesse período sem risco de perder o mandato. Este ano, a janela ocorre entre 3 de março e 1º de abril.
O atual ministro da Casa Civil e ex-aliado do petista Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Nogueira, criticou nesta quinta-feira (13) as últimas pesquisas eleitorais em que Lula aparece à frente de Jair Bolsonaro. Segundo Nogueira, a moderação do discurso do petista, consubstanciada, por exemplo, na formulação de uma possível aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, é “ilusão de ótica”.
POR SANDY MENDES
“A pesquisa eleitoral desta semana mostra a disputa entre uma ilusão de ótica e o presidente Bolsonaro. Hoje parece que o Lula está mais próximo à democracia cristã alemã do que à presidente Dilma; ao Macron do que ao José Dirceu; até ao Geraldo Alckmin do que ao João Vaccari. E isso a gente sabe que não é verdade. Na campanha eleitoral, a ilusão de ótica vai deixar de existir e nós vamos ver a realidade. Isso vai facilitar muito a reeleição do presidente Bolsonaro”, disse à CNN.
As recentes pesquisas sobre o cenário brasileiro em outubro deste ano apontam Lula com uma vantagem de 22% sobre o atual presidente. Assim, os números mostram o candidato do PT com chance de vencer as eleições ainda no primeiro turno.
Houve um tempo em que o atual ministro da Casa Civil também aderia ao que hoje chama de “ilusão de ótica”. Ciro Nogueira, em 2018, elegeu-se com a imagem do ex-presidente Lula, apoio ao PT no Piauí, estado ao qual pertence, e com críticas a Bolsonaro. Ele era o candidato a senador na chapa que elegeu o atual governador do Piauí, o petista Wellington Dias.
Nogueira entrou no governo em agosto do ano passado para assumir o Ministério da Casa Civil e substituir o general Luiz Eduardo Ramos, hoje na Secretaria-Geral da Presidência da República.