Segundo a ''Veja'', as anotações do empreiteiro seriam o esboço de um possível acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal
A edição deste sábado da revista "Veja" afirma que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, um dos presos na operação Lava Jato, realizou uma reforma em um sítio a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Localizado em Atibaia (SP), o sítio Santa Bárbara, de 150 mil m2, pertence aos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar -sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. De acordo com a revista, o ex-presidente costuma pescar na propriedade.
Atribuindo as informações a anotações feitas por Pinheiro no Complexo Médico Penal, em Curitiba, a revista afirma que as obras foram realizadas em 2011 e incluíram a reforma completa de duas casas, a construção de um pavilhão e de área para churrasqueira, a ampliação de uma piscina e a instalação de um campo de futebol, além da transformação de um antigo lago em dois tanques de peixe.
Segundo a "Veja", as anotações do empreiteiro seriam o esboço de um possível acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Os favores da OAS ao ex-presidente, conforme a revista, incluiriam a incorporação para conclusão de uma obra parada da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários), onde Lula e o tesoureiro afastado do PT João Vaccari Neto são donos de apartamentos.
EMPREGO - O terceiro ponto das anotações mencionadas pela revista teria sido o episódio em que Léo Pinheiro ajudou a conseguir um emprego para João Batista de Oliveira, marido de Rosemary Noronha, ex-chefe da representação da Presidência da República em São Paulo.
Amiga íntima de Lula desde os tempos do sindicalismo, Rosemary Noronha perdeu o cargo federal em 2012, logo após a deflagração de uma operação da Polícia Federal para desmontar um suposto esquema de venda de pareceres de órgãos públicos a empresas privadas. Ela foi acusada de tráfico de influência e corrupção passiva.
A suposta ação do empreiteiro em favor Oliveira, segundo a "Veja", visava acalmar Rosemary.
Com informações da Folhapress
Por Edson Rodrigues
O governador Marcelo Miranda e a senadora e ministra Kátia Abreu viveram bons momentos juntos, na última campanha eleitoral. Kátia abriu os caminhos de Marcelo disponibilizando uma força tarefa de juristas que viabilizaram sua candidatura. Ao assumir o PMDB, Kátia conseguiu debelar a ameaça que representava a ala comandada pelo ex-deputado federal Jr. Coimbra, que rumava, junto à maioria das lideranças, para uma aliança com a candidatura de Sandoval Cardoso, SD.
Eleitos, pareciam prontos para fazer o Tocantins voltar a sonhar. Mas, eis que15 dias antes da posse, uma discussão acalorada na casa do próprio governador, motivada pela distribuição de cargos, fez a relação azedar.
Desde então, Kátia assumiu o comando do PMDB no Tocantins, alicerçada em seu cacife político junto à presidente Dilma Rousseff, que a fez ministra da Agricultura, à força ao prestígio do seu cargo de presidente da Confederação Nacional da Agricultura e do seu trânsito livre com o vice-presidente da república e, agora, articulador político do governo federal, vice presidente da República Michel Temmer.
Com a ascensão de Kátia, Marcelo Miranda vem amargando uma ingovernabilidade latente, com uma equipe de governo fora de sintonia e com o PMDB dividido.
UNIÃO POSSÍVEL
O que ninguém sabia – muito menos a imprensa – e O Paralelo 13 traz à tona agora, é que fora dos holofotes, muita gente vinha trabalhando para reaproximar Marcelo Miranda e Kátia Abreu pelo bem do Tocantins.
Esses trabalhos, sabe-se hoje, já estão adiantados, tendo como principais articuladores pelo lado de Marcelo Miranda os competentes Paulo Sidnei, Herbert de Brito e Derval de Paiva.
Já pelo lado de Kátia Abreu, os principais articuladores são justamente seus filhos, o deputado federal Irajá Abreu e o vereador afastado de Palmas, Iratã.
O Paralelo 13 apurou que ontem foi acertada uma reunião marcada para a amanhã, dia 24, em Brasília, com a participação dos articuladores de ambos os lados, junto com Marcelo Miranda, Iraja e Iratã.
Dependendo do que for acordado nessa reunião, um possível encontro entre Katia Abreu e Marcelo Miranda pode acontecer ainda no mesmo dia.
GANHA O TOCANTINS
Em nossa opinião e na opinião da maioria dos analistas políticos, essa reaproximação entre Marcelo Miranda e Kátia Abreu é fundamental para a governabilidade do Estado, pois abrirá os cofres do governo federal para obras e convênios que estavam emperrados por causa da cisão entre os dois.
Caso a reaproximação venha a se concretizar, ela significará uma pá de cal nas pretensões da oposição, pois dela resultará a união da força política atual de Kátia Abreu com a vontade genuína de Marcelo Miranda em fazer um bom governo, apesar do estado deplorável em que recebeu as finanças do Tocantins.
Essa união será a realização de um sonho para aqueles que, acima de cor partidária, querem o bem do Tocantins e de seu povo. Aqueles que querem ver o Tocantins positivamente citado nas manchetes nacionais e que não aguentam mais ouvir falar em corrupção e desvios de recursos como o caso do Igeprev.
Esperamos, sinceramente, que esta notícia, que damos em primeira mão, traga alento e esperança ao sofrido povo tocantinense, que não merece passar os dias de sacrifício por que vem passando.
A Justiça Federal condenou o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro oriundo de desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), no município de Ipojuca, Pernambuco - emblemático empreendimento da estatal petrolífera alvo da Operação Lava Jato.
Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato, não recebeu perdão judicial e pegou 7 anos de 6 meses de reclusão. Deste total, serão descontados os períodos em que ficou preso na PF e em regime domiciliar, que cumpre desde outubro de 2014, com tornozeleira eletrônica.
Além de Costa, foram condenados o doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, e outros seis investigados, entre eles o empresário Márcio Bonilho, do Grupo Sanko Sider. Delator da Lava Jato, Paulo Roberto Costa está em prisão domiciliar desde outubro de 2014. Em seus depoimentos, ele escancarou o esquema de corrupção na Petrobras e revelou o envolvimento de deputados, senadores e governadores no recebimento de dinheiro ilícito.
Segundo a denúncia, houve desvios de dinheiro público na construção da Refinaria, por meio de pagamento de contratos superfaturados a empresas que prestaram serviços direta ou indiretamente à Petrobras, entre 2009 e 2014. A obra, orçada inicialmente em R$ 2,5 bilhões, teria alcançado atualmente o valor global superior a R$ 20 bilhões.
Costa pediu perdão judicial pela colaboração que prestou, mas o juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, não concedeu o benefício.
"A pena privativa de liberdade de Paulo Roberto Costa fica limitada ao período já servido em prisão cautelar, com recolhimento no cárcere da Polícia Federal, de 20 de março de 2014 a 18 de maio de 2014 e de 11 de junho de 2014 a 30 de setembro de 2014, devendo cumprir ainda um ano de prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, a partir de 1º de outubro de 2014 e mais um ano contados de 1º de outubro de 2015, desta feita de prisão com recolhimento domiciliar nos finais de semana e durante a noite", decretou o juiz.
"Embora o acordo fale em prisão em regime semiaberto a partir de 1º de outubro de 2015, reputo mais apropriado o recolhimento noturno e no final de semana com tornozeleira eletrônica por questões de segurança decorrentes da colaboração e da dificuldade que surgiria em proteger o condenado durante o recolhimento em estabelecimento penal semiaberto", impõe a sentença.
A partir de 1º de outubro de 2016, Costa irá para o regime aberto pelo restante da pena a cumprir, "em condições a serem oportunamente fixadas e sensíveis às questões de segurança".
Com informações da Folha de São Paulo
Por Edson Rodrigues
Na última segunda-feira, chegou ao nosso conhecimento um verdadeiro imbróglio entre o governador Marcelo Miranda e seu líder na Assembleia Legislativa, Paulo Mourão.
A pendenga envolve a nomeação do diretor do Detran de Porto Nacional, um pedido pessoal de Paulo Mourão ao governador e que, na última edição do Diário Oficial do Estado, descobriu-se que não foi concedido.
Paulo Mourão é filho de Porto Nacional, cidade da qual já foi prefeito e que o elegeu deputado federal por quatro vezes. Ou seja, Paulo Mourão é um dos orgulhos da cidade que, mesmo com sua personalidade forte e posicionamentos pouco transigentes, vê tanto no cidadão quanto no homem público, um exemplo de honestidade e obstinação.
A pessoa indicada por Paulo Mourão para o cargo, chegou a mudar sua rotina e até mesmo mobilizar seu grupo de apoiadores, numa preparação para assumir um cargo tão importante e o baque com o nome que viu no Diário Oficial fez estragos que vão além da reputação pessoal.
Para piorar a situação, o nome do agraciado com o cargo foi indicado por outro deputado estadual, também filho de Porto Nacional, mas que está longe de ter o mesmo prestígio e projeção de Paulo Mourão – leia-se Waldemar Júnior.
ULTIMATO
O desconforto e a indignação de Paulo Mourão com o acontecido foi tamanho, que o deputado foi até o Palácio Araguaia e, ante a ausência do governador, despejou toda a sua ira sobre o chefe de gabinete de Marcelo Miranda, conhecido por “Cenourão”, e deu um ultimato simples e claro: “ou ele resolve essa questão da nomeação ou não tem mais líder na Assembleia legislativa”.
NOSSO PONTO DE VISTA
Marcelo Miranda encontra-se, hoje, em posição semelhante à da presidente Dilma Rousseff, refém de lideranças políticas e de joguetes políticos em nome de uma governabilidade inconsistente.
O governador do Tocantins precisa de um articulador político com postura de articulador, com conhecimento, credibilidade e habilidade para lidar com egos e, principalmente saber trabalhar sob pressão em momentos como o atual, de crise generalizada.
Paulo Mourão, enquanto deputado federal, conseguiu carrear somas significativas de recursos para obras importantes no Tocantins, assegurou a vinda para Porto Nacional da maior distribuidora de petróleo do Norte do País, de uma faculdade de medicina e de uma escola técnica. Ou seja, deve ser tratado por todos por “vossa excelência”, ante a folha de serviços prestados ao Tocantins e, não, ser motivo de galhofas e tratado como “bobo da corte” por seus pares na AL, por sua lealdade canina para com Marcelo Miranda.
Pois foi esse mesmo “bobo da corte” que teve a coragem de representar e defender o governo do Estado em audiências públicas com diversos órgãos de fiscalização e mostrar de forma crível, as dificuldades que o Tocantins vem enfrentando, assim como negociou e apaziguou os ânimos de servidores estaduais,. Como médicos e policiais civis quanto ao pagamento de suas progressões.
Isso tudo, em um ambiente em que Paulo Mourão é o único com cacife – e coragem – suficientes para enfrentar o líder da oposição, Eduardo Siqueira Campos que, com sua competente equipe de assessores, monitora em tempo real todas as ações e decisões que envolvem o governo do Tocantins.
Justamente em uma nomeação para a sua cidade, seu berço, onde seu nome é prestigiado e lembrado, ele é tratado dessa forma pelo governador.
Esperamos que Marcelo Miranda, que já perdeu sua grande avalista, a senadora Kátia Abreu, não vacile novamente e perca o apoio de Paulo Mourão, seu maior guerreiro, seu fiel escudeiro nesse governo e, ato contínuo, o apoio de grande parte da população portuense.
Por Edson Rodrigues
A cúpula nacional do PMDB acaba de aplica um nada sutil “cartão amarelo” ao governador do Tocantins, Marcelo Miranda, ao prorrogar e renovar a intervenção no diretório estadual do partido no Tocantins.
Ao manter o controle estadual da legenda sob a batuta da senadora e ministra Kátia Abreu por tempo indeterminado, os dirigentes nacionais praticamente “mostraram o caminho da porta de saída” para o governador tocantinense, pois a atitude abre a prerrogativa para a senadora e ministra renovar todas as comissões provisórias dos municípios e, consequentemente, indicar os candidatos a vereador e prefeito pelo PMDB nos 139 municípios do Estado, bem como decidir as coligações que bem entender.
DESCONFIÔMETRO LIGADO
Seguidores, simpatizantes e correligionários de Marcelo Miranda tomaram um susto com a forma vertical com que a medida foi comunicada ao partido e já ligaram os alertas para os eventuais “sangramentos” e para o “fogo amigo” vindo de Brasília.
Para os analistas políticos consultados pelo O Paralelo13, não resta outra opção a Marcelo Miranda senão deixar a legenda pois qualquer outra alternativa significaria se curvar e aceitar a soberania de Kátia Abreu.
Senadora, ministra da Agricultura e presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Kátia detém muito poder de barganha em suas mãos, além de ser “bancada” pelo vice presidente e articulador político do Governo Federal, Michel Temmer, o que torna praticamente inócuas todas e quaisquer tentativas das deputadas federais do PMDB, Josi Nunes e Dulce Miranda em articular movimentos que venham a favorecer Marcelo Miranda no PMDB, já que o governador tocantinense enfrenta um momento de grande desgaste político e perda de prestígio dentro da legenda.
MAIS AÇÃO
Vale lembrar que podem ser esperadas muito mais ações com o objetivo de alijar Marcelo Miranda do comando do PM|DB no Tocantins, haja vista a movimentação iniciada com a saída do vereador palmense Iratã Abreu para dar lugar ao político experiente e sábio Carlos Braga na Câmara Municipal da Capital, num ganho de status considerável para o grupo de Kátia, que ainda conta com seu filho, Irajá na Câmara Federal, apontando para investidas pontuais visando um êxodo de vereadores, prefeitos, vice-prefeitos e lideranças políticas em todos os municípios do Estado, com destino ao novo grupo que começa a sob as “asas” de Kátia.
Nós, de O Paralelo 13, vislumbramos uma grande preparação para as eleições de 2016, quando Kátia Abreu mostrará seu poder de articulação atuando junto com o “novo” PL, criado pelo político paulista Gilberto Kassab e com o PSD, do qual faz parte seu filho e deputado federal Irajá Abreu.
Em Palmas, além de Carlos Braga, Kátia Abreu também se aproxima do ex-governador Carlos Gaguim, que tem muita identificação com os servidores estaduais e com a Polícia Militar e, inegavelmente, detém considerável força política.
Kátia conta, ainda, com o apoio de Jr. Coimbra, que foi um dos coordenadores da campanha vitoriosa do deputado Eduardo Cunha à presidência da Câmara Federal e que também detém significativa força política em todo o Estado.
Isso é apenas o começo de um embate que se horizonta histórico no cenário político tocantinense, com lances e jogadas de tirar o fôlego dos mais experientes espectadores da política do Tocantins.
Mais que nunca: quem viver, verá!
Mas só quem viver.....