O Paralelo 13 vem acompanhando os esforços do governador Mauro Carlesse e seus auxiliares no enfrentamento à Pandemia de Covid-19, sempre buscando recursos federais em Brasília, junto à bancada tocantinense no Congresso Nacional, independente de cor partidária. Uma verdadeira união dos nossos representantes, incluindo os deputados estaduais, para tentar minimizar os efeitos desse inimigo invisível que aplaca o Brasil e o mundo
Por Edson Rodrigues
Muita coisa já foi conseguida, entre recursos, equipamentos e suprimentos hospitalares, leitos de UTI. Nós testemunhamos e estamos noticiando essa maratona que vem concentrando 90% das emendas impositivas, federais e estaduais, para a área da Saúde.
Aliás, fazemos questão de ressaltar, também, a postura corajosa e de sacrifício dos profissionais da Saúde do Sistema de Saúde Pública do Tocantins, que vêm sendo verdadeiros guerreiros para dar conta do recado. A demanda é enorme, e não para de crescer, mas esses homens e mulheres obstinados, não arredam pé, cuidando de pessoas que nem conhece como se fossem seus próprios parentes, arriscando sua própria integridade física, assim como a de seus familiares. Essas pessoas, mais que ninguém, merecem o nosso respeito e o nosso reconhecimento.
TUDO EM VÃO
Mas, todo esse esforço pode ser em vão, caso não se fecham as praias e balneários do Estado. Os turistas estão chegando aos montes, e isso não é nada bom para o povo tocantinense, infelizmente.
A única coisa que essa invasão de turista vai fazer girar são as catracas dos hospitais, aumentando ainda mais o número de infectados e sobrecarregando ao limite o nosso sistema de saúde pública.
O pior, é que eles vêm, contaminam nosso povo e voltam para seus estados de origem, deixando um rastro de desolação e pessoas infectadas.
A contaminação pela Covid-19 voltou a crescer em grande escala, com índices assustadores de mortalidade. Mesmo assim, a temporada de praia e os acampamentos já começam a ser vistos nos municípios turísticos. Embarcações já são vistas nos reboques, rumo às cidades com praias e ilha em todas as regiões do Estado.
É um momento delicado, em que se precisa de pulso firme e muita responsabilidade no zelo pela saúde povo tocantinense e é dever do governo do Estado agir e não se omitir quanto a esse risco iminente.
Além de atos e decretos, se faz necessária a atuação da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, em nome da família tocantinense. E isso não está acontecendo como deve ser.
A pandemia da Covid-19 já mostrou que a melhor arma contra ela é prevenir e, não, remediar.
O governador Mauro Carlesse, como chefe de Estado, precisa ser enérgico, pois os hospitais públicos estão com seus leitos lotados, desde a enfermaria até a UTI. Se não houver uma atitude urgente, o Tocantins pode voltar a “sangrar” sua imagem junto ao seu povo e ao brasileiro, como um dos estados líderes em contaminação por pura negligência das autoridades estaduais, pois todos somos sabedores que os municípios não têm força policial sob seu comando para exigir um policiamento mais ostensivo nos locais públicos, praias e balneários.
O próprio ministro da Saúde já afirmou estar preocupado com o avanço da pandemia no Tocantins, ao mesmo tempo em que o governo federal já avisou e mandou o recado dizendo que não haverá mais a distribuição farta de recursos, como houve no ano passado. Agora, estados e municípios que cuidem de si próprios, pois muito dinheiro destinado ao combate da pandemia foi desviado para outros fins e os inocentes estão pagando pelos pecadores.
O governo Mauro Carlesse precisa fazer a sua parte, que é a de evitar ao máximo a exposição das pessoas ao vírus e isso só vai acontecer se praias, balneários e locais de turismo forem fechados e fiscalizados.
Se não houver uma ação nesse sentido, o governo do Tocantins fica sob um sério risco de ver todo o ônus das mortes ser jogado em seu colo, o que pode levar nosso estado a ser confundido com uma republiqueta de quinta categoria, sem comando e sem rumo.
O Tocantins precisa mostrar que aqui tem comando e ordem, e que nosso povo não é menor que qualquer outro povo brasileiro, de qualquer estado que seja, e quem o desrespeitar, seja com atitudes, seja com palavras. Quem o fizer, será levado às barras da Justiça.
O presidente Jair Bolsonaro fez pouco caso do vírus, e hoje enfrenta altos índices de rejeição, seja pelo tratamento que deu à causa das vacinas, seja pelas aglomerações que vem provocando.
Ninguém deseja isso para o Tocantins e para o seu governo, mas algo precisa ser feito com urgência. O governador não pode fingir que não sabe das praias lotadas, dos acampamentos e das festas que estão ocorrendo em municípios turísticos.
O Tocantins precisa demonstra, na prática, que esta terra tem dono e tem governo!
Em live nas redes sociais, presidente critica presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, que já se posicionou contra medida
Por Gustavo Côrtes, Pedro Caramuru e Gustavo Porto
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso na eleição e criticou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. “Que negócio é esse de judicializar (o voto impresso)? Não tem cabimento. Se o Congresso aprovar o voto impresso, vamos ter eleições com voto impresso e ponto final. Cada um de nós deve respeitar a Constituição e o Parlamento”, disse o presidente durante live nas redes sociais.
Barroso é crítico do modelo e defende a confiabilidade do sistema eleitoral vigente no País. Segundo ele, as urnas eletrônicas são confiáveis e a adoção do voto impresso seria um “retrocesso”. “Tenho visto o ministro Barroso me criticando: ‘Vamos ter problemas se tiver voto impresso’. Que problema o quê, Barroso?”, afirmou Bolsonaro.
O ministro Barroso já deu declarações nas quais opinou contra o voto impresso e defendeu a confiabilidade do sistema eleitoral vigente no País. No ano passado, o ministro defendeu que as urnas eletrônicas são confiáveis e afirmou que a mudança pelo voto impresso seria um “retrocesso”. Segundo Bolsonaro, Barroso queria o “voto por telefone”.
A possibilidade é estudada pela Corte eleitoral como parte do projeto Eleições no Futuro, a fim de levantar alternativas à urna eletrônica. “Vamos respeitar o Congresso Nacional”, reforçou Bolsonaro sobre o tema. “Não fique com filigranas, dando uma de uma pessoa que sabe tudo. Não sabe nada”, afirmou o presidente.
Câmara
Levantamento do Estadão/Broadcast mostrou que a comissão especial que analisa o voto impresso nas eleições tem maioria a favor da mudança, e a proposta deve avançar na Casa. Entre os atuais 32 deputados do colegiado, 21 são favoráveis e apenas quatro se opõem ao voto impresso.
Nesta quarta-feira, 9, Luís Roberto Barroso passou quatro horas debatendo o assunto com parlamentares. Ele afirma que a medida representa um “retrocesso”, mas diz que, uma vez aprovado, o novo sistema será adotado.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em discussão na Câmara é da deputada Bia Kicis (PSL-DF), uma das aliadas mais próximas ao presidente. O texto não acaba com a urna eletrônica, mas obriga a impressão de comprovantes físicos de votação, que devem ser depositados automaticamente em uma caixa de acrílico acoplada ao equipamento. Com isso, o eleitor poderá conferir se o recibo em papel coincide com o que digitou, mas não poderá levar o comprovante com ele.
São apenas 29 palavras. Elas compõem um retrato dramático do ônus imposto ao país por uma burocracia paralisante: “Registro com desalento o fato de que as Forças Armadas brasileiras não tenham recursos para apoiar uma operação determinada pelo Poder Judiciário para impedir o massacre de populações indígenas.”
José Casado
O autor da frase é Luís Roberto Barroso, 63 anos, juiz do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Ele escreveu em despacho publicado ontem, num processo judicial que relata a história de um ano de sucessivas determinações do Supremo ao governo Jair Bolsonaro para cumprir a Constituição, garantindo a vida, a saúde e a segurança dos índios amazônicos Yanomami e Munduruku.
O caso começou na segunda-feira 29 de junho do ano passado, quando representantes dos índios recorreram ao tribunal para obrigar o governo a levar serviços de saúde às tribos indígenas amazônicas.
Naquele dia, contavam-se 58 mil mortos pelo vírus, que se disseminava sem controle e deixava o país responsável por um de cada quatro novas infecções no continente americano.
A resistência governamental se confirmou numa série de respostas evasivas. O juiz determinou, então, que fosse apresentado um plano de proteção à saúde indígena, até especificou parâmetros.
Se passaram doze meses, já foram protocoladas quatro versões, todas questionadas. Índios continuam morrendo de Covid-19, mas até agora o governo não fez nada do que foi prescrito sair do papel para a vida real na selva.
Os problemas se agravaram. Garimpeiros, madeireiros e seus financiadores intensificaram invasões em terras indígenas, áreas reconhecidas na Constituição como bens da União inalienáveis, indisponíveis e com direitos imprescritíveis dos índios habitantes.
Ricas em ouro, as reservas Yanomami (Roraima) e Munduruku (Pará) se tornaram alvos do garimpo ilegal organizado em bases empresariais, com uso de maquinário pesado e caro, apoiado numa complexa rede logística de suprimentos (terrestre, aérea e fluvial), com características semelhantes à de um empreendimento de mineração de médio porte.
Acampamento de garimpeiros em reservas indígenas em Roraima
Multiplicaram-se os indícios da presença de grupos narcotraficantes, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), entre outros, no patrocínio do garimpo ilegal de ouro, no suprimento dos garimpeiros e no controle das principais rotas de navegação fluvial nas reservas indígenas.
O crime organizado, em qualquer lugar, sobrevive do lucro. Garimpo nas terras indígenas da Amazônia é empreitada de alta lucratividade, ajuda a financiar a expansão da principal frente de negócios, o tráfico de drogas, e tem baixo risco — em comparação, por exemplo, ao roubo de bancos nas cidades.
Desde o início do ano, esses grupos têm intensificado os ataques nas reservas Yanomami e Munduruku. Por ordem da Justiça, a polícia foi mobilizada. Nas últimas três semanas, agentes federais foram atacados e aldeias foram incendiadas em Roraima e no Pará.
O Supremo mandou o governo ampliar o item de segurança da quarta versão do plano de proteção à vída indígena na Amazônia. Determinou a proteção dessas duas reservas com uso de força policial que, nesses casos, sempre é dependente do apoio logístico das Forças Armadas.
Diante da ordem, o governo se refugiou no quartel-general da resiliência burocrática.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou ofício ao Ministério da Defesa para “tratar sobre o apoio logístico a ser prestado pelas Forças Armadas”.
A Defesa respondeu, semana passada: “Sobre o assunto, esse Estado-Maior Conjunto informa que aguarda a disponibilização de recursos extraordinários (…) Dessa forma, o apoio previsto necessitará ser postergado, condicionado ao recebimento dos referidos créditos”.
O chefe do gabinete do Estado-Maior Conjunto, brigadeiro Flávio de Oliveira Pinto, se despediu indicando o e-mail de um coronel do Exército “para quaisquer outras informações”.
Dias antes, o chefe deles, Walter Braga Netto, ministro da Defesa, esteve na Câmara apelando a parlamentares por emendas ao orçamento para projetos militares. Estavam previstos R$ 9,5 bilhões, mas houve corte de R$ 1 bilhão imposto pelo acordo de Bolsonaro com o Centrão, o esteio parlamentar governista.
Braga Netto, general na reserva, lutava por mais dinheiro no orçamento (83% são gastos com pessoal). Lembrou a Batalha de Guararapes (1648-1649), quando índios, mestiços e brancos portugueses se uniram contra invasores holandeses em Pernambuco, e comentou: “Podemos não ser utilizados por vários anos, mas, quando formos solicitados, temos que estar prontos para responder ao chamamento, seja em um conflito, seja em uma emergência.”
A emergência existia, mas o ministério de Braga Netto não conseguiu localizar num orçamento de R$ 8,4 bilhões o dinheiro necessário ao apoio logístico à Polícia Federal numa operação determinada pelo Supremo “para impedir o massacre de populações indígenas”.
O juiz Barroso registrou o seu “desalento”, palavra que tem sinônimos como desânimo, abatimento e esmorecimento. Ao escrever, talvez estivesse ouvindo versos de Chico Buarque e Vinicius de Moraes numa antiga canção, “Desalento”:
Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu chorei
Que eu morri
De arrependimento
Que o meu desalento
Já não tem mais fim (…)
O presidente Jair Bolsonaro irá se filiar ao Patriota. Pelo menos é o que garante seu filho, o senador Flavio Bolsonaro, recém-filiado ao partido. Bolsonaro vem, há tempos, desde a sua saída do PFL, legenda pela qual se elegeu, conversando com dirigentes nacionais de vários partidos – o último deles o PP, cujo presidente Nacional, Ciro Nogueira, em entrevista ao jornal Valor Econômico, afirmou que “se as eleições fossem hoje, Bolsonaro não seria eleito” – formulando sua opinião sobre os resultados das últimas pesquisas, que mostram queda nos índices de popularidade do presidente da República.
Por Edson Rodrigues
Mesmo assim, o senador Flávio Bolsonaro mostrou confiança em seu discurso de filiação, ao afirmar que “é motivo de muita honra ser convidado para entrar num partido em que, talvez, eu devesse ter me filiado lá atrás. Me sinto um dos fundadores, participei da escolha do nome. Minha vinda para esse partido é para somar. Quero fazer um convite para que a gente forme o maior partido do Brasil a partir das eleições de 2022", disse o parlamentar.
"Agora, com Bolsonaro na Presidência da República, não tenho dúvida que a gente pode construir partido maior ainda que o PSL", acrescentou o senador.
PIORES ÍNDICES
O governo do presidente Jair Bolsonaro tem a aprovação de 24% dos brasileiros, a pior marca de seu mandato até aqui, segundo pesquisa do instituto Datafolha. O percentual dos que consideram a gestão ótima ou boa era de 30% em março, quando foi feito o levantamento anterior.
Os que rejeitam o governo, considerando-o ruim ou péssimo, eram 44% e são 45% na última pesquisa, realizada no fim do mês de maio, com 2.071 entrevistas presenciais em 146 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula
O governo atual, que assumiu o Palácio do Planalto em janeiro de 2019, é avaliado como regular por 30% dos entrevistados, percentual maior do que os 24% de março; 1% não opinou.
A nova rodada do Datafolha mostrou também um caminho pedregoso para Bolsonaro em sua já anunciada tentativa de reeleição, em 2022. Segundo o instituto, 54% dizem que não votariam nele de jeito nenhum, e o ex-presidente Lula (PT), seu principal adversário, lidera a corrida para a Presidência.
A série histórica da pesquisa mostra que, de dezembro para cá, a popularidade de Bolsonaro derreteu. A fatia de ótimo ou bom, que no último mês de 2020 atingia o recorde de 37%, foi caindo paulatinamente até chegar ao atual patamar de 24% (queda de 13 pontos percentuais).
Na mesma toada, o grupo dos que consideram o governo ruim ou péssimo, que em dezembro correspondia a 32%, cresceu sucessivamente até atingir os atuais 45% (alta também de 13 pontos).
Com os resultados mais recentes, é a primeira vez na série histórica do Datafolha sobre a avaliação do governo, iniciada em abril de 2019, que o presidente amarga, ao mesmo tempo, o maior percentual de rejeição e o menor de aprovação.
PARTIDO NANICO
Caso sua filiação no Patriota se confirme, o presidente Jair Bolsonaro terá que “cortar um dobrado” para conseguir apoios para sua reeleição. Isso porque o Patriota é um dos menores partidos do Brasil, quase sem representação no Congresso, com apenas cinco deputados federais, ou seja, é um partido “nanico” que pouco irá contribuir em número de votos para reeleger o presidente, assim como em relação ao tempo no Horário Gratuito de Rádio e TV e de recursos, no Fundo Partidário.
Pela situação do partido, tudo indica um certo desespero do presidente e dos seus filhos – 01, 02 e 03 como são chamados – pois todos estavam à procura de um partido que se entregasse de porteira fechada ao clã, oferecendo opções nos estados para que seus aliados, correligionários e simpatizantes possam se filiar e se candidatar ao governo, a deputados federais, estaduais e senadores.
Resta saber se a escolha pelo Patriota foi combinada com esses correligionários.
NADA CERTO AINDA
No fim da noite de ontem (31), mesmo depois de o senador Flavio Bolsonaro selar a filiação ao Patriota, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou à imprensa que ainda não fechou acordo com nenhuma sigla. “Nada decidido sobre o partido”, garantiu.
“Três em negociação ainda”, completou Bolsonaro em conversa rápida. As afirmações do presidente conflitam com falas do presidente do Patriota, Adilson Barroso, que garantiu hoje a integração do chefe do executivo federal na sigla: aceita “sem pedir uma bala”.
TOCANTINS
O Patriota, no Tocantins, era presidido pelo secretário de Governo da prefeitura de Palmas, Rogério Ramos que, no mês passado, deixou a legenda para se filiar ao PSL, do governador Mauro Carlesse, em uma demonstração de lealdade à Cinthia Ribeiro que, naquele momento, passava pelos 19 piores dias de sua vida política, sob a saraivada de denúncias feitas pela presidente da Câmara Municipal, Janad Valcari, que contava, então, com o apoio da maioria dos vereadores palmenses, sob a ameaça de um pedido de impeachment. Comenta-se, nos bastidores, que Rogério ramos será candidato a deputado estadual.
Senador Eduardo Gomes , presidente Bolsonaro e governador Mauro Carlesse
Com a saída de Ramos da presidência do Patriota no Tocantins, quem assumiu foi o vereador Folha Filho, que se elegeu pela legenda no último pleito municipal.
EDUARDO GOMES E CARLOS GAGUIM
Já a respeito do senador Eduardo Gomes, líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional e do deputado federal Carlos Gaguim, vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, aguarda-se o desenrolar dos fatos e das movimentações partidárias, além da presença dos dois em território tocantinense para se ter uma noção dos caminhos que tomarão.
Gaguim, já é sabido, aguarda apenas a abertura da “janela partidária” para poder deixar o DEM sem risco de perder o mandato. Sobre Eduardo Gomes, continuam dominando as informações de bastidores que apontam uma possível migração de Gomes, junto com Gaguim, para o Patriota.
Eduardo Gomes já afirmou, por diversas vezes, que não sai do MDB, o que abrira as portas para que Gaguim assumisse a presidência do partido no Tocantins. Aliado do governador Mauro Carlesse, Gaguim pode, como presidente estadual do partido do presidente da República no Tocantins, trazer Jair Bolsonaro para o palanque de Mauro Carlesse no caso do governador se candidatar ao Senado Federal.
Embora tudo ainda esteja no campo das hipóteses, inclusive a ida do presidente Bolsonaro para o Patriota, “muita fumaça ainda sairá pela chaminé” e é bom que todos se mantenham avisados e preparados.
CANDIDATURA DE MAURO CARLESSE AO SENADO
O Paralelo 13 já publicou uma análise política sobre a possível candidatura governador Mauro Carlesse ao Senado, no ato de sua recente filiação ao PSL, ele conseguiu deixar um ponto de interrogação na cabeça de todos, pois não confirmou nem negou que será candidato, afirmando que “tudo tem a sua hora”.
Na verdade, Carlesse conseguiu solucionar o vácuo financeiro que o Tocantins atravessava, reenquadrando o Estado à Lei de Responsabilidade Fiscal, tem dinheiro em caixa para fazer um mutirão de obras nos municípios, seguindo a linha municipalista que adotou.
Carlesse demonstrou que, como político e empresário, foi capaz de vencer três eleições seguidas, sem perder um aliado sequer e deve estar aguardando para anunciar sua decisão para quando estiver com seu grupo de aliados, chapa e coligações majoritárias totalmente resolvidas e “azeitadas”, além das obras que prometeu em andamento, coisa que ele já deixou bem claro que não abre mão,
RACHA NO PATRIOTA
A convenção nacional do Patriota, na qual foi anunciada a filiação do senador Flávio Bolsonaro e pode abrir caminho para o ingresso do presidente Jair Bolsonaro, mal acabou e, ainda na noite de ontem, já estava sendo alvo de contestação na Justiça Eleitoral. Integrantes da sigla afirmam ter sido surpreendidos com a presença de Flávio, anunciado como líder da sigla no Senado, e acusam o presidente do Patriota, Adilson Barroso, de ter cometido uma série de irregularidades para obter a maioria, fazer mudança no Estatuto e favorecer a entrada do grupo de Bolsonaro.
Adilson Barroso (à esq.), presidente do Patriotas e o senador Flávio Bolsonaro
— Não sabíamos da filiação do Flávio. Ele (Barroso) votou um monte de mudanças no Estatuto que não foram discutidas com ninguém. Quer dizer, foi um assalto ao partido — disse Barros.
No domingo, nove membros do Patriota pediram ao Tribunal Superior Eleitoral para suspender as medidas adotadas pelo presidente da sigla. A ação foi distribuída ao ministro Edson Fachin, que ainda não se manifestou.
Na ação, os integrantes ressaltam que nunca foram contra a filiação de Bolsonaro, mas dizem que a decisão deve ser tomada de modo democrático. Na ação, os correligionários afirmam que a decisão de filiar Bolsonaro ao partido tem sido uma "vontade individual" de Adilson Barroso, desrespeitando a convenção nacional do Patriota.
Como falamos, ainda há muita “fumaça para sair pela chaminé.
Parte dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 está forçando a barra, esticando a corda ao limite e pode gerar consequências institucionais capazes de acirrar os ânimos do governo e gerar possíveis reações fortes e desproporcionais
Por Edson Rodrigues
O presidente da CPI, com base em pré-julgamentos, já ameaçou prender o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que é general da ativa. O comportamento do relator da CPI, Renan Calheiros, um dos políticos que mais teve envolvimento com casos de corrupção e chegou a perder seus direitos políticos, esquece do seu passado cheio de máculas e age como um verdadeiro inimigo do presidente Jair Bolsonaro e de seu governo.
O senador Renan Calheiros, todos sabem, não é nenhum prócere da moral e dos bons costumes, flagrado pagando tratamento capilar para si próprio com dinheiro público e tendo uma empreiteira pagando a pensão alimentícia de uma filha dele com uma jornalista, fora do casamento.
Na função de relator da CPI, Renan tem sido o responsável pelo clima de tensão e na transformação da CPI em um grande “circo” de tortura dos depoentes convocados. Uma verdadeira repetição da inquisição cristã, querendo arrancar confissões dos depoentes a todo custo, com perguntas capciosas e fora do contexto, e comentários ferinos e desnecessários.
FORÇAS ARMADAS
Ao tentar colocar contra a parede e ameaçar com algemas um general da ativa, ex-ministro da saúde em um governo tão próximo dos militares, Renan coloca a própria Constituição e a própria democracia em risco, pois, em caso de qualquer pergunta mal formulada ou mal compreendida, as Forças Armadas podem se ofender e partir para uma “virada” de jogo.
Caso isso aconteça, o Poder Legislativo estará, em sua totalidade, em risco, criando uma ruptura na qual ele próprio pode ser desmoralizado e responsabilizado por uma coisa que ninguém quer.
Ou seja, a CPI da Covid-19 está usando, de forma oportunista a possibilidade de investigar irregularidades praticadas com os recursos destinados ao combate à pandemia, como palanque para os interesses de seus próprios membros, e escolheu o momento errado para fazer isso, pois, desvia, também, o objetivo de dar um alento aos familiares dos mais de 450 mil mortos pela pandemia, que esperam respostas e que a Justiça seja feita.
O momento é tão inoportuno, que acontece quando o número de mortos volta a aumentar, os casos se agravam e a forma de apuração dos fatos pode se transformar em uma verdadeira “fogueira das vaidades”, com o risco de inflamar os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que têm o “pavio curto” e que têm saído ás ruas, de forma constante, em sua defesa.
Imaginem se os militares se sentirem ofendidos e se unir à população em defesa do presidente da República...
Pois é, amigos, é disto que estamos falando!
ATITUDE
Se o presidente do Senador, Arthur Lira não tomar uma atitude junto aos membros da CPI e passar a controlar os ânimos de seus membros, o Brasil corre um sério risco de implosão constitucional, que resultará em um retrocesso político, pois os membros da CPI estão apostando alto demais, apoiando o modus operandi de Renan Calheiros, principalmente o vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues, que nesta quarta-feira protocolou um pedido de convocação do próprio presidente Jair Bolsonaro.
Randolfe só esqueceu de combinar com os apoiadores de Bolsonaro, que já manifestaram a intenção de “invadir” Brasília e o Congresso em caso de um aperto maior contra o seu presidente.
A verdade é que os membros da CPI da Covid-19 estão fazendo do seu trabalho de investigação um palanque eleitoral para os oposicionistas á Bolsonaro, sendo que a maioria desses parlamentares está enrolada com a Justiça, respondem a processos nas cortes mais altas e minam qualquer resquício de credibilidade à CPI.
Caso venha a terceira onda de contaminação, com os profissionais da Saúde já exaustos, enfrentando problemas psicológicos, hospitais superlotados, o sistema de saúde à beira do caos e boa parte da população inadimplente e passando fome, não está descartada a possibilidade de saques a supermercados, ao comércio, greves gerais e a paralisação do País.
Com mais esse novo ingrediente, a CPI da Covid-19 simplesmente perde sua serventia, mas não antes de deixar armada a bomba social, que pode explodir a qualquer momento e colocar em xeque a economia e a democracia brasileira.
Que Deus nos coloque nas mãos de Nossa senhora Aparecida para nos abençoar e livrar do pior.
Amém!