Senador Eduardo Gomes (MDB-TO) afirmou a VEJA que aprovação da reforma da Previdência dá capital político para que governo avance com agenda reformista
Por André Siqueira
Escolhido para a liderança do governo Jair Bolsonaro no Congresso após a destituição da deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) do cargo, em um dos episódios da crise interna do PSL, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) afirmou que a aprovação da reforma da Previdência cria “um ambiente propositivo” para a tramitação de outras pautas reformistas, consideradas vitais pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes.
Deputado federal por três mandatos, Eduardo Gomes foi eleito para o Senado pela primeira vez em 2018 pelo Cidadania, mas migrou para o MDB como um gesto de aproximação ao também senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em entrevista a VEJA, Gomes disse, ainda, que o “debate ideológico mais ferrenho” ficará em segundo plano caso haja uma eventual saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão “se o governo estiver bem” e contar com o respaldo da população.
Abaixo, os principais trechos da entrevista:
Causa preocupação ao senhor ter que agir como uma espécie de bombeiro para amenizar crises do PSL? O que a gente entende com relação às crises é que os próprios partidos e os próprios aliados resolvem isso no debate político, não há contaminação. Apesar de todo o quadro de debate nas redes sociais e a situação [de crise] interna do partido, que cresceu muito, isso é compreensível tendo em vista o tempo de governo. O que vim fazer é abrir o espaço do debate para aprovar as pautas do governo.
Quais são as pautas prioritárias após a aprovação da reforma da Previdência? São pautas de reconhecimento, de busca de recursos para investimento, geração de emprego, já que, por muito tempo, ficou difícil tocar qualquer outra pauta simultânea que não fosse a do rigor fiscal, de aprovação da reforma da Previdência. Essa é uma reforma difícil. Outros governos, mais consolidados e mais maduros e populares, não conseguiram. O Congresso se prepara, agora, para políticas de desenvolvimento e para a discussão de uma nova ordem federativa, que é o que o presidente, de maneira discreta até, vem fazendo na prática.
A atuação dos filhos do presidente, Carlos e Eduardo, nas redes sociais, é danosa ao governo? É uma nova plataforma de luta política que ainda não tem seus efeitos estudados. Eles cresceram muito nesse campo. Pessoalmente, tenho uma atuação muito limitada nas redes. Não tenho muitos seguidores nem perseguidores. Mas penso que é necessário separar o governo da luta política. Há parlamentares que tiveram votação expressiva e nunca tinham assumido nenhum cargo público. É um momento novo, a gente vai aprendendo aos poucos.
O Twitter é uma espécie de Diário Oficial do presidente, não? É a arma direta de qualquer cidadão que se acha provocado a questionar qualquer autoridade. É adaptação de um processo democrático, ainda vamos chegar a um bom tom. A família brasileira passou por um processo eleitoral em que todo mundo comentou e discutiu política. Passou o tempo em que a gente sabia exatamente quem era a fofoqueira da família. Hoje quase todos são.
A reforma tributária já foi colocada em discussão uma série de vezes, mas tem tramitado em ritmo lento. Por que isso ocorre? Após a aprovação da reforma da Previdência, enxergo que as reformas do Brasil são interdependentes. A Previdência dispara uma série de efeitos que vão criar um clima para uma nova ordem federativa entre municípios, estados e União. Isso cria um ambiente propositivo para a aprovação da reforma tributária, uma nova visão sobre a repartição de recursos, a exemplo do que ocorreu na cessão onerosa. Embora tenhamos ouvido falar em reforma tributária nos últimos 30 anos, o ambiente fiscal sempre trouxe um efeito gangorra: cada estado, com sua característica econômica, defendia uma reforma diferente.
A reforma tributária tende a enfrentar menos resistência do que a previdenciária? Acredito que ela tem a vantagem de ser debatida com a atenção diferenciada, porque não terá como concorrência outras reformas centrais. O que muda, para mim, é o ambiente e o tamanho que a reforma pode ter a partir de agora.
O senhor afirma que a reforma tributária não terá outra concorrente, mas, em paralelo se discute a reforma administrativa? Sim, mas acho que se é como se tivéssemos uma fila de informações para a nova ordem federativa. Reforma da previdência, tributária, administrativa. A reforma da Previdência foi o primeiro passo.
O senhor já foi do PSB, PSDB, se elegeu pelo Solidariedade e agora está no MDB. Esse trânsito por partidos antagônicos no espectro político é um trunfo para a articulação? A capacidade de diálogo requer que deixemos de lado a ressaca eleitoral. Nossa atuação será focada em uma questão de perfil: ao invés de um debate externo, um debate interno, próximo às lideranças do Congresso Nacional, com governadores, prefeitos. Essa é, por exemplo, uma característica de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre.
Parlamentares afirmam que os líderes do governo precisam ser emponderados para colocar em prática acordos firmados com o Congresso. Como quebrar essa resistência do Bolsonaro, a fim de evitar que as negociações sejam tratadas ele como toma-lá dá-cá? O presidente é um brasileiro que, após uma eleição muito acirrada, comemora a aprovação da reforma da Previdência. O governo amadurece com isso, e o presidente demonstra que, no dia a dia, no trato com o Congresso, é um dos mais experientes da história recente. É uma questão de ajuste que o tempo proporciona. O governo vai tendo êxito e o presidente vai moldando sua relação com os líderes. O momento, para mim, é de otimismo na tratativa política.
Há, então, tempo e ambiente para aprovar, ainda em 2019, outra reforma? A aprovação da reforma da Previdência teve um ingrediente fundamental no seu êxito, que foi a condução de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, a atenção dada às lideranças, mesmo àquelas que votaram de forma contrária, mas sustentaram o calendário [que foi proposto]. As que não forem aprovadas este ano ficarão encaixadas para a aprovação no 1º semestre do ano que vem.
Como é a sua relação com o presidente Bolsonaro? Fomos colegas por três mandatos [como deputados federais]. O Bolsonaro sempre foi um parlamentar de atuação muito firme, de muitas brigas. Quando fui 1º secretário de Mesa da Câmara dos Deputados, sempre tive dele um tratamento cordial, tranquilo. Enxerguei nele uma luta obstinada, é um parlamentar linha dura que tem muita simpatia da população brasileira e chegou à vitória com uma campanha absolutamente diferente do que estávamos acostumados. Bolsonaro assumiu a Presidência com o país totalmente dividido, mas aprovou a reforma da Previdência em oito meses.
Considerando este cenário de polarização existente, uma eventual soltura de Lula é boa para um governo eleito na esteira do antipetismo? Antes, Bolsonaro respondia por sua campanha. Agora, pelo seu governo, que tem linhas definidas e que busca o desenvolvimento. Qualquer enfrentamento político pensando em uma próxima eleição terá um componente que é a avaliação de seu governo. Acredito que o presidente Bolsonaro esteja pronto para enfrentar qualquer adversário. O PT já é um adversário conhecido.
Mas o embate direto com Lula é uma saída inteligente? A visão de quem governa é reflexo do resultado de seu governo. Isso muda o espaço para debate. Se o governo estiver bem, cumprindo os seus projetos, se a economia estiver numa crescente, a história mostra que o debate ideológico mais ferrenho fica em segundo plano. A população escolhe a estabilidade, o crescimento. Não teremos fácil uma eleição tão acirrada, do ponto de vista ideológico, como foi a passada.
Como foi o convite para assumir a liderança? O presidente me chamou no meio dessa troca de liderança. Eu era vice-líder do governo. A deputada Joice Hasselmann, com quem mantenho uma boa relação, me confiou relatorias, posições de destaque em comissões. Foi uma substituição, como se eu estivesse no banco de reservas.
Qualquer um que procure por “história do Tocantins” na internet, terá acesso fácil a dados como população, área, vegetação, clima, relevo, hdrografia... Mas, neste aniversário de 31 anos de sua criação, resolvemos reescrever os dados do Tocantins, de acordo com os últimos acontecimentos que, afinal, são resultados de todo esse processo histórico.
Por Por Edson Rodrigues
O Tocantins é um estado da federação governado pelos Três Poderes Constitucionais, o Executivo, representado pelo governador, o Legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Tocantins, e o Judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado.
Sua população, estimada em um milhão e seiscentos mil habitantes, é formada por gente vinda de todos os estados da federação á época da criação do Tocantins. Um milhão e seiscentas mil pessoas que, hoje, se envergonham dos três Poderes Constituídos que os governam.
Sua economia, baseada na produção de grãos e gado de corte, se desdobra para manter-se ativa, apesar dos desmandos políticos que atrapalham quem quer produzir, empreender.
Recordista em operações da Polícia Federal, o Tocantins já teve um mesmo governador cassado duas vezes, desembargadores aposentados compulsoriamente por vender sentenças, vereadores presos (capital e interior) e empresários envolvidos em um laranjal de irregularidades.
A CAPITAL
O município de Palmas é quem detém o maior número de eleitores, com cerca de 185 mil. Já elegeu filho de governador, professora, médico, pecuarista, empresário e, hoje, vê uma vice-prefeita assumir o comando do Executivo sendo disputada por alguns partidos e bombardeada por outros, enquanto tenta administrar uma cidade com recursos, mas com um Legislativo que, de vez em quando, “atravanca o progresso”.
Palmas é uma cidade administrativa, onde cerca de 70% dos empregos dependem ou do Estado ou da prefeitura e, quando há necessidade de se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal, cortando fantasmas e cargos comissonados (os dois podem até, em alguns casos, serem o mesmo), como fez o governo do Estado recentemente, é o comércio de Palmas quem mais sente, amargando momentos de crise e de falta de circ ulação de dinheiro.
CLIMA
O clima no Tocantins é de tristesa crônica. A imagem do Estado foi, mais uma vez, “esfregada no chapisco” com a prisão do clã dos Miranda em mais uma operação contra a corrupção, como muitas outras que já ocorreram. Só que, desta vez, parece que vai fazer mais calor do que habitualmente já faz para os demais clãs políticos, quadrilhas organizadas e larápios oportunistas que se apossaram de alguns cargos públicos, encanando o povo na hora da eleição e pensando só em si, na hora do “bem bom”.
O interessante é que esse calor que a Justiça vem dando nos políticos mal intencionado, causa arrepios na espinha dos muitos que ainda não foram alcançados pela temperatura máxima de investigações que a Polícia Federal dará desdobramento até o fim do ano.
HIDROGRAFIA
Na geografia, a hidrografia trata dos rios que banham uma região. Hoje, no Tocantins, infelizmente, os rios mais comentados são os de dinheiro desviado de obras públicas que deveriam estar gerando bem-estar á população.
Esses rios de dinheiro e seus afluentes, geralmente nascem em obras públicas e desaguam nos bolsos de políticos, empreiteiros e laranjas inescrupulosos, fazendo o “lençol freático” dos recursos públicos perder volume, deixando 99% da população “com sede” de melhorias.
RELEVO
O relevo do Tocantins é outra coisa interessante, pois está em plena e constante mutação. O mais encontrado, atualmente, é a depressão. Depressão popular pelas vergonhas que o Estado vem passando nos noticiários nacionais e depressão pessoal, dos políticos que observam seus patrimônios diminuindo radicalmente a proporção em que os altiplanos da Polícia Federal adentram em suas terras.
Morros de dinheiro viram chapadões devastados e estradas somem na poeira, á medida em que os recursos que as recuperariam, aparecem em casa de luxo, carros potentes e propriedades no exterior.
Muito curioso esse relevo tocantinense.
VEGETAÇÃO
Já a vegetação do Tocantins é dominada pelo cerrado, Um tipo de cobertura natural bem apropriado para o território, pois seus troncos e galhos se retorcem a cada movimento das raízes à procura de água, assim como a população tocantinense se retorce de vergonha a cada desvio de verba que desponta nos noticiários.
O que sobra da vegetação é consumido pelos “gafanhotos” das folhas de pagamento ou morre, consumida pelas queimadas provocadas por cada nova abertura de pasto para o gado, em sua maioria, comprado com dinheiro público.
DATAS COMEMORATIVAS
Além da sua criação, o Tocantins tem apenas outras duas datas comemorativas. A primeira, quando Moisés Avelino deixou o governo sem nenhum processo e com suas contas aprovadas, sendo o único governante que o Estado teve que terminou seu mandato – e continuou, depois dele – sem problemas com a Justiça.
A segunda data comemorativa, estima-se, ocorrerá em outubro de 2020, quando o povo do Tocantins vai mostrar que quer o seu Estado, o mais novo da Federação, como um estado exemplar, varrendo da vida pública os falsos profetas e os lobos em pele de cordeiro, criando as condições necessárias para que, em 5 de outubro de 2020, o Estado do Tocantins possa, realmente, comemorar a data da sua criação com festas, eventos cívicos, orgulho e de cabeça erguida.
PREVISÕES
Fontes privilegiadas, em Brasília, garantem que as previsões para o futuro do Tocantins incluem uma depuração da classe política. Elas contam que estão em solo tocantinense auditores da receita Federal, do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União, unidas em uma força-tarefa, para a apuração de detalhes revelados em uma delação.
Eles tratam essa delação como “as palavras do fim do mundo”, capazes de operar uma verdadeira depuração na classe política tocantinense, que pode ter 80% do seus componentes comprometidos em “atividades não recomendadas”.
Os resultados dessa devassa na política tocantinense pode sair aos poucos, pois tudo corre em segredo de Justiça, mas promoverão uma alteração no panorama político que atingirá a muitos, uma modificação jamais vista nesses 31 anos de história.
Não serão apenas os “peixes grandes” a serem envolvidos por essa rede de investigação. Muitos servidores de carreira, os chamados “peixes pequenos”, também estarão com seus dias de tranquilidade contados.
São nada menos que 74 “investigadores”, destacados para depurar 31 anos de pecados políticos. Mas que o dobro, note-se, mas o necessário para que, quando o Tocantins comemorar 62 anos de criação, e não estivermos mais aqui, nossos filhos não tenham que passar pelas vergonhas que passamos, muito menos baixar as cabeças ao se declararem TOCANTINENSES....
Que Deus nos ajude!!
A autorização para a construção da nova Ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional foi publicada na noite desta terça-feira no Diário oficial do Estado
Por Edson Rodrigues
Foram superadas todas as etapas que se interpunham entre a vontade popular – e do governo – e a liberação da ordem de serviço para o início da construção. O governador Mauro Carlesse, que se encontra no exterior, em Dubai, em busca de investidores para novas obras no Tocantins, deve agendar a sua ida a Porto Nacional para a assinatura oficial da ordem de serviço, assim que retornar ao solo tocantinense.
RESGATE DE UM SONHO
Mauro Carlesse está resgatando os sonhos de todo o povo de Porto Nacional e de toda a Região Central do Estado com a construção da nova ponte. Essa atitude só comprova a fama do governador de ser um homem de palavra.
Vale ressaltar que, quando veio à cidade para interditar a passagem de carros de passeio e iniciar os estudos de viabilidade da recuperação da ponte antiga, Carlesse foi criticado pelo prefeito, Joaquim Maia, que gravou vídeos criticando a atitude da interdição, incitou a população contra o governo do Estado e concedeu várias entrevistas defendendo a liberação da passagem dos veículos de passeio.
Depois, com os esforços desmedidos do governo do Estado para viabilizar a construção da nova ponte, tudo ficou como “o extravaso do sentimento de um portuense, falando em nome da população, que se sentia isolada com a interdição total da ponte e vendo aumentar as dificuldades de interligação com a margem direita do Rio Tocantins”.
Mas, todos esses fatos foram importantes para mostrar ao governador a importância de uma nova ponte para desafogar o escoamento da safra de grãos e facilitar o acesso ao distrito de Luzimangues.
Agora, tudo isso faz parte do passado e o momento é de muita alegria para os portuenses e tocantinenses, que estão vendo o resgate de um sonho e a comprovação do compromisso do governo do Estado com a cidade de Porto Nacional.
A manhã desta quinta-feira, 26 de setembro de 2019, ficará marcada na história do Tocantins por mais uma vergonha no campo político a pipocar na mídia nacional. Uma operação da Polícia Federal, levou para a cadeia o ex-governador Marcelo Miranda, seu irmão, Brito Jr., e seu pai, uma das lendas vivas da política tocantinense, José Edmar de Brito Miranda
Por Edson Rodrigues
A decisão do juiz federal João Paulo Abe, levou em consideração desarticular uma organização criminosa suspeita de prática constante de atos de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais, formada por um núcleo familiar em que três pessoas com poderes suficientes para aparelhar o Estado, mediante a ocupação de cargos estratégicos.
ASSASSINATO E TORTURA
Mas, o que deixou os tocantinenses perplexos – afinal, a família Miranda já foi alvo de outras operações da PF – foi a revelação de uma delação premiada que cita crimes de tortura e assassinatos (no plural, mesmo), ocorridos a mando do clã dos Miranda em uma fazenda no Pará.
Quando se trata de corrupção, é um tipo de vergonha, mas crime contra vidas humanas, é de desencorajar qualquer um dos mais entusiastas dos correligionários.
A defesa dos Miranda alega que são fatos “requentados” e “antigos”, mas é fato que em nenhuma das operações anteriores as palavras tortura e assassinato não haviam aparecido.
Há ainda a acusação de que uma camionete teria sido presentada ao desembargador Ronaldo Eurípedes, que teria contratado uma empresa indicada pelos Miranda para a realização de obras no Tribunal de Justiça do Tocantins, justamente o órgão que fiscaliza as contas do estado.
Ou seja, além da ação criminosa, o clã dos Miranda ainda estaria envolvendo outros poderes em seus malfeitos.
PARÊNTESE
Vamos, neste ponto, abrir um parêntese.
Não há como questionar as acusações contra a família Miranda, a respeito de corrupção e outros crimes tais, pois a grandeza das provas as tona incontestáveis. Mas, atribuir aos Miranda crimes como assassinato e tortura, até que se prove o contrário, vai além do limite do aceitável.
Pessoalmente, não acredito nas palavras do delator. Tenho sérias dúvidas quanto á idoneidade das afirmações. Como o ônus da prova é do acusador, caberá à Justiça encontrar os pontos e liga-los até que se chegue a um cenário incontestável da culpabilidade dos Miranda quanto á essa acusação.
Por mais corruptos, como as provas apontam, que sejam os Miranda, sinceramente, não acredito que tenham chegado ao inimaginável ato de mandar torturar e matar pessoas.
Onde estão os cadáveres, as famílias desses mortos e, o principal, em qual delegacia, de qual cidade, esses crimes foram registrados?
Isso cheira a fake News. Minha opinião.
MAIS CASTELOS A RUIR
Não é de hoje que O Paralelo 13 vem avisando que ainda há muita coisa para acontecer no Tocantins até o período eleitoral que se aproxima. E não são coisas boas, são, na verdade, ações pontuais da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e de outros órgãos investigativos, que vão complicar os partidos na hora de montar suas nominatas, por falta de nomes disponíveis, tamanha a “limpeza” que essas operações irão perpetrar entre os políticos e pretensos candidatos do Tocantins.
Outros “castelos”, de outras clãs estão prestes a cair, também, para vergonha do povo do Estado mais novo da Federação. Não há mais como evitar que as máscaras caiam e revelem a verdadeira identidade, o verdadeiro caráter de muitos que se julgam intocáveis. E isso em todos os Poderes, não só no Executivo.
Uma fonte de credibilidade indelével fez um diagnóstico devastador sobre investigações em fase de conclusão, entre elas a Operação Ápia, e se mostrou espantada com a ousadia dos nomes envolvidos – todos figuras públicas – que, ao que parece, perderam o medo da Justiça e fizeram – e ainda fazem – atos inenarráveis, maquiavélicos, planejados por “mentes doentias”, que tratam o Tocantins como uma republiqueta de quinta categoria, um verdadeiro território sem Lei.
O PASSADO NOS CONDENA
Mas, se olharmos pelo retrovisor, podemos ter uma ideia de como o Tocantins vem sendo usado pelos criminosos de colarinho branco.
São, nada menos que , quatro desembargadores afastados de suas funções por suspeita de venda de sentenças; todos os governadores, com exceção de Moisés Avelino, afastados de suas funções, cassados ou respondendo a processos por corrupção, inclusive o atual governador, Mauro Carlesse, que tem um pedido de cassação de diploma em trâmite, proposto pelo Ministério Público Federal, com farta documentação juntada em buscas e apreensões em órgãos públicos e no próprio Palácio Araguaia.
Segundo nossa fonte, a única instituição em que nenhum dos seus membros sofre processos ou investigações é a Defensoria Pública. As demais, com raríssimas exceções, estão contaminadas pelo vírus da corrupção.
Se todos fossem condenados, segundo nossa fonte, dois ônibus seriam pouco para fazer o traslado para a penitenciária.
“É coisa de dias. Até dezembro, todas as máscaras cairão”, finalizou nossa fonte.
AINDA HÁ TEMPO
Apesar da nossa fonte ter nominado diversos desses “falsos profetas”, enganadores de eleitores, nos abstemos de revelar esses nomes, justamente para que não haja pré julgamento de ninguém, nem para quebrar a confiança da fonte. Na terra, julgar é com a Justiça. No céu, é com Deus.
Mas, a partir de dezembro até outubro, o eleitorado tocantinense terá muito tempo para filtrar suas escolhas nas eleições municipais, pois, aos poucos, as operações irão revelar os lobos em pele de cordeiro que ceifaram vidas desviando recursos da Saúde Pública, deixando pacientes morrer por falta de remédio ou UTI.
Caberá à Polícia Federal, orgulho do povo brasileiro, instituição que, independente dos governantes, jamais parou de investigar e entregar para justiça os culpados, fossem quem fossem, adquirindo o respeito e a credibilidade junto à nossa população, inclusive, e principalmente, no Estado do Tocantins.
Sabemos que políticos brasileiros que pertencem ao lado negro da corrupção, vêm tentando de todas as maneiras desqualificar o trabalho da Polícia Federal, intimidando e ameaçando seus agentes e delegados. No Tocantins não é diferente, mas nossa fonte nos garantiu que o “limpa” em nosso território será executado com maestria.
Que Deus nos ajude!
Por Edson Rodrigues
O Estado do Tocantins pode vir a ser o primeiro do País a mudar sua situação econômica de “comprometida” para “estável”, após realizar um árduo trabalho de adequação à Lei de Responsabilidade, coordenado pelo competente secretário da Fazenda, Sandro Henrique Armando, e sua equipe de auxiliares, após determinação do governador Mauro Carlesse, fato que o tornará, novamente, apto a receber empréstimos de instituições financeiras nacionais e internacionais.
Essa mudança de patamar permitiria que sua economia volte a se aquecer e movimente os 139 municípios, gerando novos postos de emprego e melhorando a arrecadação.
De saída seriam 360 milhões de reais para investimentos na construção civil, os Hospitais de Gurupi e de Araguaína, ampliação e reforma de escolas, recuperação e pavimentação de estradas, insumos e equipamentos médicos, saneamento básico e auxílio aos pequenos produtores rurais, entre outras ações, mais 130 milhões de reais para construção da ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional.
Tudo isso está engatilhado e planejado e pronto para virar realidade, com o aval dos deputados estaduais – inclusive os de oposição –, e congressistas, que entenderam o que é melhor para o Tocantins.
ANJOS DO MAL
No Tocantins, temos políticos de dois naipes nos grupos que não poiam o governo. Reparem que não chamamos de “oposição”, pois nem organizados para agir democraticamente como opositores estão.
Eles formam o chamado “grupo do Tocantins que se dane”, onde a maior forma de ação é torcer para que aconteça sempre o pior para o governo, mesmo que isso implique em sofrimento para a população.
Não citaremos nomes nem por medo nem por omissão, mas para dar uma chance de que esses políticos repensem suas atitudes e se transmutem de “lobos” em “raposas”, pois, não nos omitiremos em revelar toda e qualquer ação não republicana e contrária aos interesses do povo tocantinense, venha de qual partido vier.
Não seremos, jamais, coniventes com as tentativas de prejudicar o nosso povo, como o protocolo de uma denúncia de manipulação de dados contábeis do governo do Estado, que estará sendo feito na próxima terça-feira à tarde por alguns dos opositores, com o único objetivo de atrapalhar – ou adiar – a liberação dos recursos dos empréstimos já garantidos junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil.
Segundo uma fonte em Brasília, a denúncia diz respeito a uma suposta inadimplência do Governo em relação aos empréstimos consignados, que teriam sido descontados das folhas dos servidores e não repassados às instituições financeiras, além de descontos do Igeprev e atrasos no pagamento de aluguéis de imóveis.
O momento em que a denúncia é feita mostra que essa não é uma ação fiscalizadora, senão, uma tentativa objetiva de atrapalhar os esforços do governo do Estado em liberar os recursos tão necessários para alavancar a economia e melhorar a vida dos cidadãos.
Isso não é ser oposição. Isso é sapatear na cara do povo tocantinense, principalmente na dos desempregados, dos usuários do sistema de Saúde e dos mais necessitados. Uma irresponsabilidade monstruosa e oportunista pois, poder-se-ia esperar a liberação dos empréstimos e apresentar as hipotéticas acusações depois que o Estado estivesse “em obras”, o povo empregado e a economia girando.
Se essa ação desses opositores atrasar ou inviabilizar a liberação dos empréstimos, os tocantinenses, não o governo do Estado, irão sofrer das piores agruras que um Estado estagnado economicamente pode passar, relegando os milhares de desempregados ao ostracismo e à falta de esperança, pois, sem uma economia aquecida, os empregos desaparecem e as chances de investimentos são quase nulas, pois afirmam, na denúncia, que há dívidas com cinco instituições bancárias, advindas dos empréstimos consignados, beirando a casa do bilhão de reais, além dos repasses do Igeprev, tudo com juros e correção monetária.
Caso prossigam com essa denúncia, estarão agindo como verdadeiros “anjos do mal”, espalhando mensagens de catástrofe, miséria e caos.
OPOSIÇÃO CONSTRUTIVA
O Tocantins e o Brasil precisam de uma oposição responsável, madura e com visão ampla, mais ou menos como age a senadora Kátia Abreu, que acaba de ser eleita a quinta melhor senadora do Brasil e, apesar de ser oposição ao governo de Jair Bolsonaro, não se furte em sentar á mesa com os ministros e autoridades para discutir um Brasil melhor, mostrando maturidade, consciência e comprometimento com o país e com o Tocantins.
É nessas horas que sentimos a falta que fazem homens como Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Pedro Simon e tantos outros que eram oposição, mas colocavam o interesse do povo brasileiro em primeiro lugar, defendendo os princípios da Democracia, resolviam picuinhas políticas no parlamento, na oratória e no debate, suplantando a ditadura e devolvendo o poder ao povo.
Que nossos cidadãos tocantinenses façam uma profunda reflexão sobre o que está descrito neste editorial e que o usem de alerta para o que está por vir.
Como um dos veículos de comunicação mais antigos do Tocantins, O Paralelo 13, não poderíamos nos omitir e levar esse assunto ao conhecimento da população, prestando o papel do jornalismo sério, responsável e ético, que sempre praticamos.
Que prevaleçam as ações coerentes e voltadas ao povo tocantinense dos nossos congressistas, parlamentares, secretários e do próprio governo do Estado, em detrimento das intenções oportunistas, mesquinhas e eleitoreiras dos que tentam estagnar a economia do Tocantins para que seus projetos pessoais tenham êxito.
Que Deus nos abençoe!
BRIGA ENTRE OS PODERES
Apesar de ser o estado caçula da Federação, o Tocantins já atingiu a maioridade. Portanto, está sujeito às Leis e obrigações que se aplicam em casos de crimes e deslizes cometidos por seus dirigentes e cidadãos.
Mas, a aplicação das Leis pode estar seriamente comprometida pelo momento turbulento por que passa o Brasil, agravado por uma briga sem precedentes entre os Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – que vem gerando um dos piores – senão o pior – momento de instabilidade institucional já vividos na história do País.
Membros dos três poderes se engalfinham em uma busca pela “última palavra” no comando da nação, deixando a população à mercê de ânimos e humores que, na maioria das vezes, não condizem com o que é melhor para a nação.
Cada Poder ameaça abrir a “caixa preta” dos demais, num embate de titãs que só enfraquece os alicerces da Democracia e dizima a credibilidade do Brasil ante aos olhos do mundo.
TRÉGUA
Diante do espanto da opinião pública com tanta falta de respeito ás instituições, os Poderes ainda tentam diminuir a vergonha do episódio que estão protagonizando. Os representantes dos três Poderes assinaram um pacto de entendimento com metas e ações que as instituições vão buscar, em conjunto, em favor da retomada do crescimento do país.
“Nós não podemos esquecer que o Brasil vive uma crise muito grave do ponto de vista da empregabilidade, das dificuldades do mundo da economia. E essa possibilidade de que o Poder Executivo, Legislativo, através da representação da Câmara e do Senado, e do Poder Judiciário possam dialogar a favor do Brasil, isso é algo extremamente importante”, disse Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil, explicando que os conflitos entre os poderes “não ajudam aos cidadãos que precisam de emprego e renda”.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, revelou em entrevista à revista Veja, que entre os meses de abril e maio deste ano, o Brasil esteve à beira de uma crise institucional, na qual teve de intervir para atenuar uma insatisfação que se avolumava. Segundo Toffoli, a situação foi gerada pela forte rejeição dos setores empresariais e políticos, e até militares, com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
De acordo com os relatos feitos por Toffoli à revista Veja, um grupo de congressistas teria tirado da gaveta um projeto de implementação do parlamentarismo. De maneira simultânea, um dos generais próximos a Bolsonaro chegou a procurar um ministro do STF para esclarecer se, na hipótese de uma convulsão, ele teria autonomia para usar os soldados independentemente de autorização presidencial.
Outro movimento teria ocorrido seria oriundo dos setores empresariais, principalmente do ramo industrial, que cogitavam a possibilidade de um impeachment do presidente. Os problemas só foram contornados com dezenas de reuniões, feitas de maneira separada, entre Bolsonaro; Toffoli; o presidente do Senado Federal, o senador Davi Alcolumbre (DEM); e o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM); além de autoridades do Exército brasileiro. De acordo com o ministro do STF à Veja, a partir dos encontros que foi elaborado o pacto entre os Três Poderes.
MÍDIA SOFRE
Essa briga entre os poderes fez surgir uma guerra inútil contra os meios tradicionais de comunicação acabará prejudicando gravemente a imagem do Brasil no mundo. Acreditar que alguém em uma democracia pode governar só com as redes sociais é um erro pelo qual os políticos pagarão caro. Nenhum presidente nem chefe de Governo se manteria no poder jogando contra os jornais e redes de televisão nacionais. Até os ditadores que silenciaram ou censuraram os meios de comunicação que os criticavam, mimaram os veículos que lhes eram fiéis.
O capitão reformado Bolsonaro chegou à chefia de Estado com uma imagem internacional negativa. Foi apresentado ao mundo como um ultradireitista autoritário com saudade da ditadura, cercado de generais e com tentações teocráticas, colocando, em um país laico como o Brasil, Deus como guia de seus passos. Essa imagem não o ajuda a ampliar relações políticas e comerciais com as grandes democracias mundiais, muito menos com essa guerra declarada entre os poderes.
O barulho da imprensa, ou seja, o controle crítico dos governantes, sempre incomoda um Governo, mas também o faz crescer. O que o leva à morte é o silêncio provocado pelo medo da transparência, um dever sagrado em relação àqueles que o elegeram para governar à luz do sol e não na escuridão dos esgotos da prevaricação e até da mentira. Os poderes ainda estão a tempo de evitar esse perigoso desafio aos meios de comunicação governando sem medo do escrutínio público de seus atos.
LAVA TOGA
A criação de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para investigar a atuação de tribunais superiores, apelidada de “CPI da Lava Toga”, tem dividido os apoiadores do governo de Jair Bolsonaro. Movimentos de direita defendem a iniciativa, mas os filhos do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), têm atuado para barrar seu avanço.
Senadores tentam pela terceira vez neste ano instalar a CPI, que depende do apoio de ao menos 27 parlamentares da Casa, além do aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que resiste à ideia.
O objetivo é investigar eventuais irregularidades nos tribunais superiores e o que chamam de “ativismo judicial”, expressão que se refere a uma interferência do Judiciário nos demais Poderes.
No requerimento mais recente, ainda não protocolado, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-ES) restringiu o escopo de investigação. O pedido apresentado em março listava 13 pontos, incluindo a atuação dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e Dias Toffoli, presidente da Corte, em julgamentos específicos.
Desta vez, o parlamentar apontou como motivo da comissão a instalação de um inquérito pelo STF para apurar ataques à Corte, conhecido como “inquérito das fakes news”.
Por meio de uma portaria, Dias Toffoli, determinou, em março, a abertura de investigações para apurar ataques a integrantes do Supremo. O ministro Alexandre de Moraes foi escolhido como relator. A iniciativa foi criticada no meio Jurídico e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chegou a pedir o arquivamento do inquérito, o que não foi acatado pelo STF.
CERCO SE FECHA
Se o governo não conseguir emplacar as reformas tributária e trabalhista, irá abrir uma brecha para que o cerco, finalmente, degole a cabeça dos cidadãos, pois a CPI da Toga não passa de um conjunto de pílulas com efeitos intimidatórios aos membros da Suprema Corte, igualando-os aos políticos corruptos. Dessa forma, sem poder julgar os investigados contra os quais há provas, o “fedor de podridão” que exala da corrupção irá se instalar, como uma redoma, no País inteiro, acabando de vez com as esperanças dos quase 60 milhões e brasileiros com algum tipo de inadimplência – nome sujo no SPC/Serasa – e dos outros 13 milhões de desempregados.
Não haverá nenhuma expectativa de melhor da situação atual e os números de inadimplência e de desemprego subirão a níveis estratosféricos. Tudo por culpa, ainda, da tão combatida e, ao mesmo tempo, tão resiliente corrupção, o mal que assombra todos os brasileiros e nos enche de vergonha.