Ao manter a porta da cadeia aberta para os réus condenados na primeira e na segunda instância do Judiciário, o Supremo Tribunal Federal estreitou o horizonte de ex-poderosos como Lula. Submetido aos rigores jurisdicionais de Sérgio Moro, o morubixaba do PT será recolhido a um presídio se eventual sentença condenatória do juiz da Lava Jato for confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Nessa hipótese, mesmo que recorra aos tribunais de Brasília, o ex-presidente da República terá de aguardar atrás das grades o desfecho da apelação.

A presença de Lula no caldeirã da Lava Jato dá uma ideia do caráter histórico da decisão tomada pelo Supremo nesta quarta-feira, 5 de outubro de 2016. Em fevereiro, por um placar de 7 a 4, os ministros da Corte Suprema haviam decidido que pessoas condenadas na segunda instância deveriam cumprir pena imediatamente, sem prejuízo dos recursos. A OAB e o obscuro Partido Ecológico Nacional recorreram. A turma da Lava Jato esfregou as mãos.

Há dois anos e meio, quando a Lava Jato foi deflagrada, os membros da coligação que une a política à plutocracia imaginaram que o engavetamento da operação era uma questão de tempo. Deram-se mal. Os poderosos tornaram-se impotentes. A carceragem de Curitiba solidificou-se como um cemitério da impunidade. Até aqui, fracassaram todas as emboscadas concebidas com o propósito de “estancar a sangria”. A tentativa de inverter no Supremo o placar de fevereiro foi o penúltimo malogro.

 

FIM DO “CRIME PERFEITO”

A Operação Janus, da Polícia Federal, que rendeu ao ex-presidente Lula seu terceiro indiciamento por corrupção, desmantelou o que era considerado “o crime perfeito”: o financiamento bilionário de obras no exterior com recursos que o BNDES sacava do Tesouro Nacional. O “crime perfeito” dispensava licitação e também autorização legislativa, e blindava o financiamento da fiscalização dos órgãos de controle.

A PREDILETA

Desde 2005, cresceram cerca de 1.200% os financiamentos do BNDES para empreiteiras brasileiras no exterior, principalmente a Odebrecht.

NA CONTA DO CONTRIBUINTE

Entre 2007 e 2014, governos Lula e Dilma, o BNDES bancou US$3,3 bilhões para empresas brasileiras (e Odebrecht, claro) em Angola.

SEMPRE ELA

A empreiteira Odebrecht faturou 26 dos 48 projetos de infraestrutura na América Latina até 2012. Apenas em Angola tinha 35 grandes obras.

 

LULA AVALIA USAR O PT PARA ‘PROTEÇÃO’ INTERNACIONAL

Réu em três processos de corrupção, cada um mais grave que o outro, o ex-presidente Lula agora avalia a proposta, que lhe foi reapresentada há dias, durante reunião de sua facção Construindo Novo Brasil (CNB), para assumir a presidência do PT. A alegação é que o PT é filiado à Internacional Socialista e nenhum presidente de partido filiado foi preso em 40 anos de existência dessa entidade. Lula ainda reluta.

 

AINDA VAI RENDER

A Camargo Corrêa tinha sete projetos financiados pelo BNDES em Angola... até a Lava Jato. A Andrade Gutierrez, 13 e a Queiroz Galvão, 18. A Odebrecht, para variar, a favorita do petismo, tinha 35 obras.

 

“SAQUES EM ESPÉCIE” PARA SOBRINHO DE LULA

Em depoimento à Polícia Federal no dia 17 de agosto, Flávia de Oliveira Barbosa, secretária de Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho do ex-presidente Lula, declarou que foi instruída a realizar saques em dinheiro vivo.  “Taiguara pedia com frequência para a declarante sacar dinheiro no caixa”, disse Oliveira Barbosa. “Quase todo dia a declarante ia à boca do caixa para sacar de R$ 1.000 a R$ 1.500. Que além disso, ia uma vez por semana sacar por volta de R$ 5.000,00. Que quando sacava valores mais altos, a pedido de Taiguara, ia acompanhada de José Emmanuel. Que sabe que sacava eventualmente valores altos para Taiguara, mas não se recorda de valores específicos”, afirmou.

A secretária trabalhou com Taiguara por cerca de quatro anos. Durante esse período, ela acompanhou de perto os negócios suspeitos e o enriquecimento extraordinário do sobrinho do ex-presidente. Segundo Oliveira Barbosa, Taiguara costumava comprar carrões em nome da sua empresa, que recebia dinheiro da Odebrecht. “Taiguara tinha um veículo Land Rover, cujas prestações eram pagas pela Exergia Brasil. Que Taiguara comprou para José Emmanuel (seu sócio) um veículo PT Cruiser, cujas prestações também eram quitadas pela Exergia Brasil. Que além disso Taiguara comprou para si uma BMW e uma GLK, veículo importado. Que Taiguara ainda comprou um Jeep Compass para sua ex-mulher. Que as prestações de todos esses veículos eram pagas com dinheiro da Exergia Brasil. Que Taiguara também comprou um Fiat Uno para o irmão”, disse a secretária.

Taiguara, que mantinha fotos de Lula fixadas na parede de sua empresa e enviava presentes de aniversário para o ex-presidente, também era generoso com o filho mais velho do petista. Em meados de 2014, Taiguara bancou as passagens aéreas de uma viagem para Cuba, feita junto com Fábio Luis, conhecido como Lulinha, e seu sócio Fernando Bittar, proprietário no papel do sítio em Atibaia, interior de São Paulo, frequentado por Lula e investigado na Operação Lava-Jato. Durante essa expedição, o sobrinho do ex-presidente também alugou uma Mercedes-Benz para Lulinha e Bittar andarem para cima e para baixo na ilha. Segundo o sócio de Taiguara, José Emmanuel, a excursão tinha como intuito prospectar novos negócios em Cuba.

A vida de luxo de Taiguara chamava a atenção da sua secretária. Segundo Oliveira Barbosa, o sobrinho de Lula, que costumava comprar com “frequência relógios de marca”, fez “reformas de luxo” tanto em seu escritório como em sua cobertura com “piscina e jardim”. O jovem empresário também costumava viajar com frequência, hospedando-se em resort com diárias de mais de 1 000 reais em Porto de Galinhas, em Pernambuco. “Se recorda de um episódio no qual Taiguara comprou um quadro de São Jorge no valor aproximado de R$ 5.000,00”, disse a secretária à PF. “Todo o dinheiro que financiava esses gastos eram provenientes de remessas que vinham de Angola”, afirmou ela, referindo-se aos contratos assinados entre Taiguara e a Odebrecht que renderam 3,5 milhões de reais para o sobrinho de Lula. “Vinha a remessa de valores de Angola, em dólares, e após cerca de dois dias a quantia era disponibilizada na conta da Exergia Brasil”.

O fluxo de dinheiro da Odebrecht que enchia os bolsos de Taiguara foi interrompido após a revista Veja revelar em fevereiro de 2015 que o sobrinho de Lula teve um enriquecimento meteórico no mesmo ano em que a Odebrecht recebeu um empréstimo do BNDES para construir a hidrelétrica de Cambambe, em Angola. “Taiguara disse que a reportagem da revista inviabilizou os negócios da Exergia Brasil”, afirmou a secretária. “No final, não havia dinheiro sequer para pagar funcionários”, disse Oliveira Barbosa, que move uma ação trabalhista contra Taiguara.

Posted On Sexta, 07 Outubro 2016 06:37 Escrito por

As eleições municipais de domingo passado abriram uma série de janelas a respeito da política nacional.  Enquanto o PT vê sua sigla desabar e sua força política ruir junto com seus próceres, PSDB e PMDB ganham força, aumentando o números de quadros eleitos prefeitos e vereadores em todos os estados do Brasil.

 

Por Edson Rodrigues

O recado das urnas foi bem claro: os políticos de carreira e os tradicionais estão com seus dias contados.  Até um catador de recicláveis que disputou sua primeira eleição a vereador, na cidade de Assis, SP, obteve mais votos que nomes conhecidos que disputaram o pleito em muitas cidades brasileiras.

Nem o REDE, partido da tão badalada Marina Silva, que apareceu como a esperança de uma terceira via, conseguiu emplacar, com uma votação pífia em todos os estados.  As participações de Marina no governo do PT e as investigações sobre Eduardo Cunha, ligado à casos de corrupção acabaram por contaminar o partido e o povo, que está com verdadeira aversão a corruptos, optou por não se arriscar.  Membros do alto escalão do partido publicaram carta de desfiliação com pesadas críticas à Marina, que preferiu não se manifestar sobre a debandada.

A corrupção, aliás, está no cerne do debate, com a ministra Cármem Lúcia do STF, acenando com a iminente marcação da data do julgamento do presidente do Senado, Renan Calheiros, envolvido até o pescoço, por delações premiadas variadas, nos crimes investigados pela Operação Lava Jato.

Enquanto isso, no Palácio do Planalto, o governo de Michel Temer embarcou de vez na onda do “corte na própria carne”, como que para dar exemplo, e deve reduzir o salário inicial dos servidores da União.  Ou seja, quem for contratado a partir de agora, deve iniciar ganhando menos que em tempos anteriores.

Essa ação do governo brasileiro, aliada à medidas de enxugamento já tomadas, nortearam uma declaração do Fundo Monetário Internacional, FMI, em que aponta indícios de que a economia do Brasil está “em fase de recuperação”, apontando um lento, mas constante crescimento do PIB, o que, segundo o órgão internacional, é o primeiro passo para sair da recessão.

TOCANTINS

O caldeirão da sucessão estadual, no Tocantins, já dá sinais de esfriamento, estando em fogo de brando a médio.

Em sua primeira entrevista como prefeito reeleito de Palmas, com uma vitória estrondosa, Carlos Amastha fez questão de fechar as portas – da frente e dos fundos – e as janelas do seu governo, para evitar a entrada de qualquer membro do lado dos derrotados, sem que tenha sido convidado, principalmente pessoas como os senadores Kátia Abreu e Vicentinho Alves, os oito deputados federais do Tocantins e 22 dos deputados estaduais, aos quais Amastha não mediu palavras “elogiosas” para se referir como “coisas ruins para o Estado” e “não dignos dos salários que recebem”.

Amastha foi taxativo ao afirmar que, em 2018 trará novos nomes para disputar cargos eletivos: “serão novas alternativas para a sociedade, para mudarmos o quadro atual, de pessoas que nada produzem”, afirmou.

Apesar das palavras duras, não houve um senador, um deputado federal ou estadual que abrisse o bico pra se defender ou para rebater as declarações do prefeito reeleito da Capital.

Com essas declarações, Amastha demarcou definitivamente seu território e, pelo fato de não ter, em nenhum momento, mirado sua metralhadora ao governador Marcelo Miranda, deixou uma porta aberta para que possa vira a ter algum tipo de convivência pacífica com o governador, ou seja, uma possibilidade de aliança num futuro não muito distante, mas, claro, se o governo do estado conseguir recuperar a sua imagem junto à opinião pública. Para isso, Marcelo terá que tomar medidas enérgicas, ainda este mês, para sanar os sangramentos por que o Estado vem passando. 

Mas um fato nos chama a atenção: Amastha bateu na cara, nos rins e no fígado dos políticos que se postaram na oposição à sua candidatura à reeleição, entre eles a senadora Kátia Abreu seu filho, deputado Irajá Abreu.  Ambos autores de ataques guturais ao governador Marcelo Miranda durante a campanha sucessória municipal e que, após “apanharem” de Amastha em sua primeira entrevista, reverberaram os ataques ao governador ao invés de desdizer o prefeito reeleito.  Marcelo foi escolhido por eles para ser o “Judas” no sábado de aleluia e o Cristo na quinta-feira santa (os dois papéis ao mesmo tempo, dada a voracidade dos ataques verbais) e foi vítima de um “espancamento” ideológico, em que até seu impeachment foi pedido pela oposição.

Vale ressaltar que os ataque à Marcelo Miranda foram oportunistas e calculados, uma vez que o governador enfrenta uma batalha árdua para recolocar as contas do Estado no azul.  Inclusive, não subiu em palanque qualquer ou colocou a máquina estatal á serviço de nenhuma candidatura.  Escolheu, sabiamente, continuar cuidando do Estado ao invés de mergulhar na sucessão municipal como cabo eleitoral.

Marcelo também foi sábio ao não se manifestar acerca dos ataques que recebeu durante e depois do pleito, pois sabe que não precisa de mais desgastes desnecessários em seu governo.

Pois bem.  Esses mesmos que tanto bateram em Marcelo Miranda, nunca tiveram coragem de bater de frente com Amastha, e devem ser alijados do projeto do prefeito de Palmas de conscientização da sociedade palmense da necessidade de mudanças na política e nos seus representantes em 2018, em que defenderá a mudança total dos senadores e deputados federais, além da imensa maioria dos deputados estaduais.

Para isso Amastha já mostrou que escolheu o senador Ataídes para fazer a ponte entre ele e o governo de Michel Temer e seus ministros.  O PSDB é forte nacionalmente e o senador Ataídes Oliveira faz parte da cúpula da legenda e tem um relacionamento amistoso com o governo Federal.

 

Para qualquer lado que se olhe, os políticos do Tocantins só vêem a figura de Carlos Amastha. E a figura emblemática do prefeito reeleito de Palmas pode trazer consigo uma nova mentalidade política, e resultar numa reformulação geral dos representantes eleitos para a Câmara Federal e para a Assembleia Legislativa em 2018.

É bom que se cuidem!!!

Posted On Quinta, 06 Outubro 2016 06:16 Escrito por

Deve-se entender que o resultado das eleições é como um julgamento livre, com oportunidades devidamente iguais aos concorrentes.

 

Por Edson Rodrigues

 

O resultado das urnas revela a vontade soberana do eleitor que, por meio do voto demonstra o seu sentimento coletivo.  Esse sentimento é mais notado quando o voto do eleitor é pela continuidade dos administradores, descartando outros postulantes que não conseguem gerar expectativas melhores ou grandes perspectivas de mudanças positivas.

Aos derrotados e seus seguidores, simpatizantes e apoiadores, resta a grandiosidade de aceitar o fim de suas pretensões, o fim de um jogo do qual saíram derrotados.  Aos vencedores, a alegria, a comemoração sem afrontas e sem arrogância, numa demonstração de sabedoria e também de grandiosidade, além do preparo para realizar tudo a que se propôs e deixar o eleitor satisfeito com sua decisão, com o seu julgamento.

O PARALELO 13

O jornal O Paralelo 13 sente-se feliz, por, nestas eleições, ter contribuído nesse julgamento, cumprindo com seu papel de imprensa, de veículo de comunicação, mostrando equilíbrio na informação, sem denegrir nem endeusar este ou aquele candidato.

Com 30 anos de circulação, mostramos como o bom jornalismo pode contribuir para o julgamento da população sem precisar servir de palanque para que adversários denegrissem ou agredissem os demais concorrentes.

Cumprimos o nosso papel da forma com que sempre agimos, sem sair da nossa linha editorial, respeitosa e elegante, inclusive nas críticas.  Assim foi, e assim sempre será.

O Paralelo 13, ontem, hoje, amanhã e sempre, independente de quem estiver no poder, sempre agirá dentro do bom jornalismo e da integridade moral.  Afinal, o poder – e quem está nele – é passageiro.  Nós somos para sempre.

Quantos e quantos prefeitos, quantos governadores já passaram pelo poder nestes 30 anos de circulação e O Paralelo 13 permanece no mesmo endereço, na mesma rua, no mesmo número, com sua sede simples, do mesmo tamanho, com o mesmo nome, com os mesmos dirigentes, sempre respeitando a classe política, os dirigentes de instituições públicas e privadas e as autoridades constituídas.

Desejamos aos eleitos muito sucesso e muita sabedoria na formação de suas equipes, mas, principalmente, muito equilíbrio emocional para não cometer injustiças.

Aos que se reelegeram, nossos parabéns por terem sido julgados pelo povo como dignos de continuar no comando de suas cidades.  Aos que estão chegando, como a aposta do povo no “novo”, que tenham consciência de suas responsabilidades, que saibam encher suas equipes de pessoas capazes e eficientes, haja vista que, assim como o Estado, os municípios estão quebrados financeiramente, inadimplentes.

Para alcançar o equilíbrio nas contas, é fundamental que tenham bom relacionamento com o governo estadual e com o governo federal para que os recursos venham e possibilitem as obras.  Para isso, é necessário que os municípios tenham seus interlocutores em Brasília – deputados federais e senadores – e bons elaboradores de projetos em suas pastas principais.

O resto é por conta do carisma, do interesse em fazer o melhor e de muito boa vontade em produzir resultados.

Boa sorte a todos!

Posted On Terça, 04 Outubro 2016 11:28 Escrito por

14 estados brasileiros já admitem que, se o governo de Michel Temer não facilitar o acesso à linhas de crédito, não terão como pagar o mês de dezembro e o 13º salário dos servidores estaduais.

 

Por Edson Rodrigues

 

 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já avisou que o governo federal não tem em caixa o que os governadores das Regiões Norte e Nordeste estão pedindo, mas sinalizou positivamente para que os estados que ainda possuem margem de endividamento para financiamentos vindos do exterior.

Tocantins e Pará têm margem para esse tipo de financiamento, mas terão que seguir á risca as regras impostas pelo governo federal que, em suma, significam cortar na própria carne, ou seja, extinguir ou fundir órgãos, demitir terceirizados e comissionados, colocar as contas em dia e, principalmente, não conceder aumento salarial aos servidores estaduais.

Caso não se enquadrem nessas medidas, o governo federal simplesmente nega o aval ao empréstimo e os Estados ficarão à míngua.

MOMENTO DELICADO

O Tocantins vive um momento bastante delicado em sua economia, com o funcionalismo estadual em greve, buscando seus direitos adquiridos, mas insensível com a situação financeira e com a necessidade de adequações para voltar a crescer, levando a um impasse desnecessário e desgastante para ambos os lados.

O empresariado, os comerciantes, os profissionais liberais, o próprio funcionalismo público concursado, a classe política, os formadores de opinião, enfim, o contribuinte, a população, aguardam para agora, depois das eleições, que o governo do Estado tome as medidas saneadoras que precisam ser implantadas, por mais impopulares que sejam.

A expectativa é de que o governo tome as medidas necessários de uma só vez, para dar uma resposta à altura e se resguardar do desgaste de medidas protelatórias.

Ninguém quer ver o Estado sangrando aos poucos, sem condições de honrar com a folha salarial, com o 13º salário, com suas obrigações sociais, com um possível parcelamento dos vencimentos dos servidores, como vem acontecendo com estados muito mais desenvolvidos que o Tocantins.

Todos somos sabedores do grandioso e bondoso coração do governador Marcelo Miranda e que ele esperava que a economia do País se recuperasse para poder tirar o Tocantins do atoleiro.  Mas, infelizmente, isso não aconteceu nem vai acontecer em curto prazo.

O brasil acaba de passar por um período altamente desgastante, com o impeachment da ex-presidente Dilma, que deixou sequelas na nossa economia e nos bastidores do Congresso Nacional, assim como em toda a sociedade.

Agora, após realizadas as eleições municipais, não há mais o que aguardar.  É hora de substituir muitos dos detentores de cargos nos três principais escalões, a começar pelos improdutivos, pelos “amigos da onça”, pelos falsos companheiros e pelos forasteiros.  Caso isso não seja feito, o caos será inevitável e irreversível em todos os aspectos.

Só nos resta desejar boa sorte ao governador Marcelo Miranda e ao Tocantins.

 

Posted On Terça, 04 Outubro 2016 11:23 Escrito por

Por Edson Rodrigues

Os eleitores tocantinenses, em seus respectivos municípios, da forma mais democrática possível, fizeram acender a luz amarela de atenção na velha guarda da política estadual.  O resultado das eleições municipais do ultimo domingo é um recado claro: “não estamos satisfeitos, e estamos dispostos a apostar em novas lideranças, novos caminhos e novas oportunidades”.

Esse recado já foi sentido frontal e bruscamente por muitos líderes e “donos de partidos” que terão como única opção se adequar ao novo momento político do Brasil, sob pena de continuarem em viés de baixa, rumo ao sepultamento político.

O povo tocantinense mostrou que não será fácil de ser enganado e que em 2018 as mudanças continuarão, com muitos integrantes da Assembleia Legislativa estadual, e da bancada federal do Tocantins sendo deixados de lado, trocados por novos nomes que surgem com força e prestígio junto á população.

Quem não se adequar, será convidado, pelas urnas, a “deixar o barco”.

ELEIÇÕES EM PALMAS

O Paralelo 13 profetizou que, caso Amastha conseguisse sua reeleição, teria início o sepultamento de carreiras e o desmantelamento de vários grupos políticos.

Pois a vitória de Amastha está confirmada e, sabe-se agora, representam a derrota não só dos demais candidatos a prefeito da Capital, como de 24 deputados estaduais, sete deputados federais, três ex-governadores e do atual governo que, apesar de não ter subido em nenhum palanque em Palmas, sempre esteve em lados opostos aos do prefeito reeleito.

Nesta última segunda-feira, Amastha concedeu entrevista à Organização Jayme Câmara, quando deixou mais que claro que irá participar da sucessão estadual, em 2018, defendendo exatamente a troca do comando político da velha guarda para novas lideranças emergentes e novas práticas políticas.

Por se tratar de um pleito estadual, Amastha deve agregar um grupo político que tenha raízes nos 139 municípios do Estado e, dependendo da recuperação da imagem do atual governo estadual, optar por um pacto com Marcelo Miranda em um futuro mais distante.

AOS ELEITOS

Aos eleitos aconselhamos a humildade como principal meta e a sabedoria como companheira constante, principalmente na hora da escolha dos seus auxiliares.  Evitem parentes em cargos de ordenação de despesas, suspenda todos os pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços ao mesmo tempo em que instale uma auditoria interna nas contas do município, dispense o excedente da folha de pagamento do funcionalismo público municipal e acabe com secretarias desnecessárias.

Após essa primeira “faxina”, esqueça as picuinhas políticas e corra à Brasília e à Palmas, buscando parcerias e convênios por meio dos seus representantes no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa, buscando um bom relacionamento com o governo Marcelo Miranda, mesmo que meramente institucional, esqueça os seus adversários, tome cuidado com os “paraquedistas” e trabalhe.  Trabalhe muito, pois o povo já provou que não é bobo e que estará de olho em suas ações, por menores que sejam.

O povo depositou uma responsabilidade enorme em suas mãos.  Se vocês agirem de forma diferente ou não cumprirem o que prometeram, as mesmas mãos que os colocaram na prefeitura vão se multiplicar para tirá-los de lá.

Boa sorte!

Posted On Terça, 04 Outubro 2016 11:23 Escrito por
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