Enquanto Veja tem com o assunto principal a figura de Eduardo Cunha, Época e Istoé trazem novas delações que comprometem pessoalmente a figura da presidente da República com a corrupção
VEJA: CUNHA: UMA UNANIMIDADE NACIONAL
De aliado a algoz do governo, Eduardo Cunha encarna o papel do político mais detestado do país, inclusive entre os defensores do impeachment de Dilma, e volta a recorrer a infindáveis manobras para escapar da guilhotina — até quando?
Até para triunfar no posto de político mais odiado do Brasil é preciso algum esforço. Nos ventos da crise, o deputado Eduardo Cunha, 57 anos, eleito com 233 000 votos pelo PMDB do Rio de Janeiro, é o campeão inconteste nesse quesito - daí o título que VEJA traz na capa desta edição: #Fera, Odiado e do Mal. Fera por sua capacidade incomparável de ir em frente com seus objetivos, mesmo que seja contra tudo e contra todos. Odiado porque a pesquisa mais recente do instituto Datafolha mostra que 77% dos brasileiros querem a cassação do seu mandato. E do Mal porque não param de aparecer depoimentos nos quais Cunha é apontado como um sujeito agressivo, capaz de inspirar medo em seus adversários. E #Fera, Odiado e do Mal, assim tudo junto, para fazer uma referência jocosa ao título "Bela, Recatada e 'do Lar' ", que VEJA publicou em reportagem sobre Marcela Temer, mulher do vice-presidente Michel Temer - título que estourou na web, gerando memes absolutamente impagáveis.
A presidente Dilma Rousseff diz que Eduardo Cunha é traidor, vingativo, chantagista e, como insinua com frequência, corrupto. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tachou-o de "extremamente agressivo" e dado a retaliações. Uma minoria barulhenta da Câmara se refere a ele como "gângster" e "ladrão", como se ouviu na votação do impeachment. Empresários denunciam-no por extorsão. Cunha é acusado de embolsar propinas milionárias do petrolão, de ser correntista oculto de bancos na Suíça e de mentir aos colegas, o que configura quebra do decoro parlamentar. Mesmo com tantos rivais e denúncias, ele continua à frente da presidência da Câmara, submetendo a Casa a suas pautas e interesses pessoais. Sob sua presidência, os deputados aprovaram o pedido de impedimento de Dilma, e o vice Michel Temer está a um passo do Palácio do Planalto.
E que ninguém pense que Cunha está morto. Na histórica sessão de domingo passado, que decretou o enterro político do governo Dilma, deputados chegaram a defender uma anistia a Cunha por seu papel decisivo no processo. Tudo às claras, diante das câmeras de TV. Mas há outro motivo, oculto e eloquente, para a tentativa de torná-lo inimputável. Cunha tem se mostrado um provedor generoso. Ninguém sabe tocar tão fundo na alma, na consciência e no bolso dos deputados. Ninguém distribui tantas benesses e favores de forma tão democrática, do alto ao baixo escalão. Tecida durante anos a fio, essa rede de cumplicidade se recusa a passar na guilhotina o pescoço de Cunha.
ÉPOCA: DONO DA ENGEVIX DELATA PROPINA PARA CAMPANHA DE DILMA
O engenheiro José Antunes Sobrinho, de 63 anos, prosperou nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Ele é um dos donos da Engevix, empreiteira que ascendeu a partir de 2003, por meio de contratos, financiamentos e empréstimos obtidos com estatais e bancos públicos. A empresa valia R$ 141 milhões em 2004. Dez anos depois, faturava R$ 3,3 bilhões. O modelo de negócios de Antunes era simples e eficiente, adaptado ao capitalismo de Estado promovido pelos governos petistas. Consistia em corromper quem detivesse a caneta capaz de liberar dinheiro público à empresa dele. Ou, se esse estratagema não fosse suficiente, corromper os chefes políticos e amigos influentes daqueles que detivessem as canetas. Antunes e seus sócios pagavam propina, portanto, para conseguir o acesso ao dinheiro público barato que, por sua vez, permitiria à Engevix conseguir, mediante mais propina, os grandes contratos públicos de serviços e obras, em estatais como Petrobras, Eletronuclear, Furnas, Infraero e Belo Monte.
Antunes era bom no que fazia, conforme atestam os números da Engevix. Talvez bom demais. A exemplo de outros empreiteiros que seguiam o mesmo modelo de negócios, foi preso na Operação Lava Jato. Tornou-se acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e, entre outros crimes, de participar do cartel de empreiteiras que, associado em especial aos políticos do PT e do PMDB, destruiu a Petrobras e devastou outras estatais durante os governos Lula e Dilma. Preso desde setembro em Curitiba, Antunes resolveu entregar aos procuradores da Lava Jato tudo – ou grande parte – do que sabe. As negociações, que estão em estágio avançado, passaram a envolver recentemente a equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Muitos dos crimes admitidos por Antunes envolvem, direta ou indiretamente, políticos com foro privilegiado – aqueles que, muitas vezes, são os donos de fato de quem move as canetas nas estatais.
A revista Época obteve acesso, na íntegra e com exclusividade, à última proposta de delação entregue pelos advogados de Antunes aos procuradores. São 30 anexos, cada um deles com fatos, pessoas e crimes distintos.
No documento e em conversas com procuradores da República, Antunes disse ter pago propina a operadores que falavam em nome do vice-presidente da República, Michel Temer, e do presidente do Senado, Renan Calheiros, ambos do PMDB. Segundo ele, nos governos petistas, os dois patrocinaram a nomeação de afilhados políticos em estatais como Petrobras e Eletronuclear. Antunes também afirmou ter pago milhões em propina ao caixa clandestino do PT, em razão de vantagens indevidas obtidas pela Engevix na Caixa, no fundo de pensão do banco, a Funcef, em Belo Monte, na Petrobras e no Banco do Nordeste. Ainda de acordo com Antunes, o PT, em especial por meio de José Dirceu e João Vaccari, ambos presos na Lava Jato, também patrocinava afilhados políticos nesses órgãos públicos. Antunes disse que foi pressionado por Edinho Silva, então arrecadador de Dilma e hoje ministro no Planalto, a financiar a campanha da presidente em 2014.
Antunes e boa parte dos principais delatores da Lava Jato afirmam que esse modelo de negócios só era possível graças à maior das canetas: a do presidente da República. Sem ela, seja com Lula, seja com Dilma, nenhum desses afilhados políticos estariam nos postos para os quais foram despachados por PT e PMDB, os dois principais partidos da coalizão governista. Para manter boas relações com o Planalto, Antunes diz que pagou para ter a influência do advogado Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilma, conforme revelou a revista. Afirma que pagou, também, para a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, que foi, até 2010, a principal assessora de Dilma. A seguir, alguns dos principais episódios narrados por Antunes. Se sua proposta de delação for aceita, o depoimento, somado a provas que Antunes promete apresentar, pode ser valioso para as investigações da Lava Jato.
ISTOÉ: A DELAÇÃO QUE COMPROMETE DILMA
Assessor especial de Dilma Rousseff, o discreto Giles Azevedo é considerado no Palácio do Planalto os olhos e os ouvidos da presidente da República. O único na Esplanada com autorização para falar em nome de Dilma e a quem ela confia as mais delicadas tarefas. Por isso, quem recebe instruções do fiel auxiliar da presidente não entende de outra maneira: ele fala na condição de enviado da principal mandatária do País. Foi com essa credencial que Giles se aproximou da publicitária Danielle Fonteles, dona da agência Pepper Interativa. Em uma série de encontros, muitos deles mantidos na própria residência da publicitária no Lago Sul, em Brasília, Giles orientou Danielle a montar a engenharia financeira responsável por abastecer as campanhas de Dilma de 2010 e 2014 com recursos ilegais. A maior parte do dinheiro oriunda de empreiteiras do Petrolão e de agências de comunicação e publicidade que prestam serviço para o governo federal.
As revelações foram feitas pela própria dona da Pepper em seu acordo de delação premiada, a cujo conteúdo a revista ISTOÉ teve acesso. Ainda não homologado, o depoimento tem potencial explosivo, pois sepulta o principal argumento usado até agora por Dilma para se apresentar como vítima de um “golpe” destinado a apeá-la do poder: o de que não haveria envolvimento pessoal seu em malfeitos. Agora, fica complicado manter esse discurso em pé. No governo, e fora dele, há um consenso insofismável: Giles é Dilma.
Nas conversas com Danielle, segundo a delação, Giles tratava sobre as principais fontes de financiamento que irrigariam as campanhas de Dilma por intermédio da Pepper. Sem registro oficial. Segundo ela, as orientações partiam do discreto assessor da presidente.
Mesmo representando grupos diferentes, senadores tocantinenses têm tudo para atuar como protagonistas das eleições municipais
Por Edson Rodrigues
A demarcação de território para os dois senadores tocantinenses com a chegada do PMDB à presidência da república em maio torna-se inevitável. Vicentinho Alves, homem de confiança do presidente do Senado, Renan Calheiros e primeiro secretário da Mesa Diretora da Casa mantém-se no cargo como fiel escudeiro e homem importante na aprovação de Leis e ações do governo. Já Kátia Abreu, a ministra mais bem avaliada do governo Dilma Rousseff, não tem “telhado de vidro” e deve recuperar-se a longo prazo do desgaste por ter se mantido ao lado da sua amiga presidente até o último momento, principalmente por ter colocado à prova toda a sua lealdade.
KÁTIA ABREU
KÁTIA ABREU E IRAJÁ; VICENTINHO, VICENTINHO JR.,: JUNTOS SÃO MAIS FORTES
Os que pensaram que Kátia Abreu estaria morta, politicamente, por seu posicionamento, fizeram uma leitura errada, pois deixaram de levar em consideração que a senadora e ministra tem uma garra extraordinária, é guerreira, gosta de desafios e ainda tem mais de seis anos e meio de mandato como senadora.
O momento de Kátia, agora é de se integrar com suas bases eleitorais nos municípios, buscar uma aproximação ainda maior com o eleitorado, tendo como condutor seu filho, Irajá Abreu que vem trabalhando muito bem nesses alicerces eleitorais, via presidência do PSD no Estado, que agregou bons nomes nos principais municípios, com chances reais de eleição ou reeleição, aproveitando-se de maneira correta da janela para as filiações e trocas de partido.
VICENTINHO ALVES
Já o senador Vicentinho Alves vem traçando uma caminhada similar à da senadora Kátia Abreu, pois tem no seu filho, deputado federal Vicentinho Júnior seu articulador junto ás bases nos municípios tocantinenses, com a diferença que vem sendo a “tábua de salvação” de muitos prefeitos, vereadores e candidatos, conseguindo liberação de verbas e articulando candidaturas, com mais de 80 realizações em sua conta, tendo Porto Nacional, sua terra natal como maior exemplo, transformada em um verdadeiro canteiro de obras, com mais de 10 bairros asfaltados, construção de calçadão, meio-fio, iluminação pública, internet gratuita em todo o município, doação de área pública para instalação de indústrias mecânicas, pré-moldados, serralherias, confecções e serrarias, reunindo mais de 200 empreendimentos, com financiamentos do Basa, banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, além de recuperação das estradas vicinais e construção de pontes de concreto.
Vicentinho pai e Vicentinho filho juntaram-se, de maneira inteligente, com o prefeito Otoniel Andrade, em uma parceria muito importante para Porto Nacional, que resultou, principalmente, na construção de escolas de tempo integral, tão importantes para os trabalhadores, pois suprem as necessidades não só de educação, mas de onde poder deixar as crianças durante o trabalho, deixando no eleitorado a boa impressão de que estão fazendo tudo o que podem por sua cidade e pelo seu Estado.
UNIÃO É QUESTÃO DE TEMPO
A união entre Kátia Abreu e Vicentinho Alves é uma questão de tempo, pois já perceberam que unidos poderão eleger dezenas de companheiros em diversos municípios tocantinenses, principalmente em Palmas, centrando suas atuações em torno do nome do ex-governador e atual deputado federal Carlos Gaguim, que aparece em boa conta junto ao funcionalismo público estadual.
A união dos três pode criar uma nova e poderosa força política em todo o Estado e acelerar a recuperação e consolidação política dos senadores.
MARCELO MIRANDA
MICHEL TEMER E MARCELO MIRANDA: NOVAS ESTRADAS
O governador Marcelo Miranda, a partir de maio, com a provável posse de Michel Temer na presidência da república, de preterido a preferido do Palácio do Planalto. Colocado no congelador pelo PT da presidente Dilma, do mensalão e do petróleo, viu seus principais articuladores em Brasília, as deputadas Dulce Miranda e Josi Nunes, sofrerem do mesmo mal.
Com a posse de Temer, Marcelo assume o lugar antes ocupado pela senadora Kátia Abreu e pelo senador Vicentinho Alves, juntamente com seus filhos.
Queiram ou não, Marcelo ganham mais oxigênio em Brasília e passa a transitar com mais desenvoltura nos ministérios, o que pode significar mais recursos para áreas importantes como a Saúde Pública, a Educação e a Segurança, que se encontravam na UTI.
Temer na presidência significa maior facilidade na alocação de milhões e milhões de reais em recursos para a pavimentação de rodovias, recuperação de estradas vicinais, revitalização dos projetos Rio Formoso e São João, construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional e diversas outras obras importantes, além da chance crucial de respaldar a recuperação de várias administrações municipais, recuperando a popularidade de prefeitos e vereadores.
Essa nova posição, coloca Marcelo Miranda no patamar de um dos principais cabos eleitorais em agosto, quando inicia-se o processo sucessório nos municípios, principalmente na Capital, palmas, local onde o governador já estuda o apadrinhamento de uma candidatura.
As eleições municipais serão uma espécie de termômetro das forças políticas estaduais para a próxima eleição ao governo do Estado e, com o andar sinuoso da carruagem, a cada momento que se olha, o quadro eleitoral é um. A cada modificação, um novo mapa político se desenha e, a cada novo mapa, uma nova estrada se constrói rumo à retomada do desenvolvimento do Tocantins.
Que essa estrada deixe para trás os políticos que têm a cara de pau de admitir que atuam e que estão na política por seus filhos, por suas esposas por suas sogras, por suas amantes, por seus times, por tudo, menos pelos eleitores que os elegeram.
Que essa nova estrada relegue a velha política à poeira do passado!
Operação Lava Jato mostra aos que se locupletam do dinheiro público, que o início do fim da impunidade já começou
Por Edson Rodrigues
É de se louvar o excelente trabalho de combate à corrupção realizado pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, pela implacável e combatente Polícia Federal e pela Justiça Federal, que ora concentram suas miras nos contratos da secretaria da Saúde do Tocantins.
Estamos falando a Operação pronto Socorro, deflagrada em dezembro de 2014, com a prisão da cúpula da secretaria estadual da Saúde ainda na sua primeira fase e, nos moldes da Operação Lava Jato, inicia uma nova fase, com ações do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e do DENASUS. Uma fase bem mais abrangente, pautada pelas apreensões nas sedes das empresas envolvidas, nas residências de seus proprietários e contadores, com quebra de sigilos bancários, bloqueios de bens e contas do envolvidos. Segundo as investigações, as empresas envolvidas teriam arrecadado mais de 132 milhões de reais, somente entre os anos de 2012 e 2014.
A “FONTE 00”
Segundo os investigadores, esses recursos estão ligados apenas a repasse federais, as chamadas “verbas carimbadas”. Se a mesma metodologia de corrupção foi aplicada sobre recursos próprio estaduais, a chamada “fonte 00”, ainda não se sabe, pois nem a Assembleia Legislativa nem o Tribunal de Contas do Estado não se dispuseram a abrir, de forma independente, uma tomada de preços.
É a hora do governo do estado mostrar que não está omisso nem conivente e, via procuradoria do Estado e Corregedoria estadual, empreender esforços, como uma auditoria – feita por empresa idônea e, de preferência, de fora do Estado – para apurar se houve superfaturamento ou dolo nas fontes de recursos da Saúde.
OPERAÇÃO DA PF NA SEPLAN
Outra novidade nesta segunda fase da Operação pronto Socorro é que além dos 11 mandados de busca e apreensão – dez na Capital e um em Divinópolis, a 125 Km de Palmas – foi o recolhimento de documentos na SEPLAN (secretaria estadual de Planejamento), justamente no departamento de licitações, o que possibilitou a quebra dos sigilos bancários das empresas, de seus proprietários e dos “operadores” do suposto esquema, o que vai possibilitar um rastreamento das transações que envolveram os contratos sob investigação e, sem sombra de dúvidas, trará muitas surpresas à tona.
O raciocínio é simples: a Polícia Federal e o Ministério Público Federal – e até o povo brasileiro e tocantinense – já sabem que não há corrupto sem que haja um corruptor. Ou seja, em se chegando ás empresas que participam do esquema, bloqueia-se a principal veia da corrupção.
O bloqueio de bens das empresas, dos seus proprietários, diretores e hipotéticos “laranjas” é o primeiro passo para que se chegue aos recursos desviados da Saúde do nosso Estado. O próximo passo seria a cadeia para esses agentes do mal.
Porém, em conversa reservada com um dos membros da equipe investigativa, o caminho mais provável a ser tomado nessa ação é estimular a delação premiada, o que pode livrar muita gente da cadeia, da depressão, do desgaste emocional e da vergonha e humilhação de suas famílias, mas nunca do conhecimento público dos atos vis que praticaram.
Para este experiente profissional, assim que a Polícia Federal fechar o cerco e os envolvidos sentirem a proximidade da corda em seus pescoços, não haverá outra saída – nem a do aeroporto – já que bens e contas bancárias estarão bloqueadas.
SIQUEIRA CAMPOS
O ex-governador Siqueira campos é um desbravador, conquistador, visionário realizador e um dos poucos Estadistas – na acepção da palavra – da política Brasileira. Um homem que criou um Estado, instituiu todos os Poderes, construiu uma das Capitais mais bonitas e pujantes do Brasil, foi eleito governador pelo voto direto por quatro mandatos, não enriqueceu e vive de sua aposentadoria como deputado federal por cinco mandatos e tem todas as suas contas, de todos os seus mandatos, aprovadas pelo TCE.
Acreditamos na seriedade e na imparcialidade das investigações do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Justiça Federal, que bloquearam as contas de todos os envolvidos na Operação pronto Socorro.
A inclusão de Siqueira Campos entre os envolvidos se dá apenas e simplesmente por ele ter sido o governador do Estado na época em que as fraudes aconteceram. Até agora, a hipótese mais provável é que alguém de sua inteira confiança tenha lhe apresentado algum documento de ordem de serviço ou de dispensa de licitação para que assinasse, sem a devida ciência da intenção do documento.
Não acreditamos que Siqueira Campos tenha arquitetado, executado ou, sequer, participado de tal barbaridade contra o povo que ele tanto ama.
Queremos deixar bem claro que, como jornalista e veículo de comunicação, já tivemos diversos embates jurídicos com o ex-governador, ocasiões em que tivemos como defensores os competentíssimos juristas Epitácio Brandão, Hercílio Bezerra e Hélio Miranda, nos quais, graças a Deus, saímos vitoriosos, mas, jamais, em momento algum, fomos humilhados, mal tratados ou sequer destratados.
Ressalte-se que Siqueira Campos criou uma Capital com centenas de milhares de lotes, muitos deles em áreas privilegiadas, como as Avenidas JK e Teothônio Segurado e que nem ele nem nenhum dos seus parentes ou amigos se beneficiou com qualquer lote que seja.
Siqueira Campos sempre gostou do exercício do poder, mas nunca foi um homem apegado a bens materiais. Seu maior patrimônio é o seu passado de lutas e conquistas, que pode ser facilmente comparado com o de outros estadistas como Tancredo Neves, que foi senador eleito, governador de Minas Gerais e presidente da República; Ulysses Guimarães, deputado federal e presidente do PMDB por mais de 40 anos; JK, que criou e instalou a Capital Federal no meio do cerrado; Pedro Ludovico Teixeira, que criou e instalou a capital de Goiás. Todos deixaram como legado as benfeitorias e a preocupação com a população de seus estados.
Nenhum desses grandes homens deu o prazer aos seus adversários políticos de os chamarem sequer de desonestos, muito menos de corruptos.
TEMPO, O SENHOR DA RAZÃO
O veredito final da valiosa operação Pronto Socorro trará aos olhos da sociedade tocantinense o “chefão” ou os chefões da máfia de corruptos que surrupiou os cofres da Saúde tocantinense, colocando em risco a vida de milhares e milhares de pessoas que não têm outro recurso, senão a Saúde Pública, quando, efetivamente, não levou embora entes queridos de muitas famílias.
Temos, apenas, que parabenizar o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Justiça Federal por esse trabalho tão importante de combate à corrupção na Saúde do nosso Estado.
Outros capítulos, ou fases, dessa operação, ainda virão, trazendo à tona o nome do “grande chefe” e dos gafanhotos – e realizando a prisão dos mesmos – quetiraram recursos, vidas e a saúde de milhares de pessoas, pois quem interfere na qualidade do atendimento médico, interfere não só com o bolso, mas com a vida doas cidadãos e merece muito mais que a simples punição da Justiça. Esses irão se haver diretamente com Deus, quando chegarem as suas horas.
Nessa operação, o tempo será o senhor da razão. Por outro lado, podemos dizer que o tempo também será o fiel da balança da Justiça já que, quando aplicado como remédio, é o pior deles, pois sempre mata o paciente no fim.
O certo é que além das novas prisões que podem acontecer nessa segunda fase, muitas surpresas podem acontecer, com muito “peixe grande” caindo na rede.
Que quem brincou com a saúde do povo, tenha no tempo sua única esperança....
Com palavras como “fascista” e “traidoras”, documento do PT ofende deputadas Dulce Miranda e Josi Nunes e enfurece família Miranda
Por Edson Rodrigues
A nota publicada na imprensa tocantinense, assinada pelo presidente do PT estadual, Júlio César Ramos Brasil, trazendo duras críticas às duas deputadas federais do PMDB, Josi Nunes e Dulce Miranda, onde se diz traído pelas duas representantes do PMDB na Câmara Federal, traz indício claros de que o PT estadual pretende desembarcar do governo Marcelo Miranda.
A nota chama as “nobres deputadas” de “traidoras que preferiram abraçar o golpe” e, em outro momento é ainda mais contundente, associando a imagem das duas deputadas à palavras como “fascistas, conservadoras e hipócritas, que usaram o nome de Deus e de suas famílias para cravar um punhal e ferir de morte a democracia”.
Um membro do núcleo duro do PMDB palaciano afirmou, ressaltando não estar falando em nome do partido, mas como membro do partido, que seria “uma grande demonstração de caráter e vergonha, e um favor, que o presidente do PT estadual tivesse a iniciativa de solicitar aos seus companheiros que entreguem os cargos que ocupam no governo Marcelo Miranda “o mais breve possível”.
“Os incomodados que se mudem, mas aconselhamos que antes que se retirem das pastas que ocupam, façam uma prestação de contas do que fizeram pelo Tocantins, o que trouxeram de verbas do governo federal – não vale verba carimbada nem obrigatória. Até agora estão todos em silêncio”, continua exaltado.
Segundo esse membro do PMDB, o silêncio dos petistas, Paulo Mourão, Amália Santana, Zé Roberto e do Senador Donizete Nogueira, é um sinal de que a nota teve a aquiescência e aprovação de todos eles: “isso é muito bom, pois cumpriremos com tranquilidade a orientação do PMDB nacional de exterminar do governo estadual todo e qualquer resquício de PT”, completa.
Os petistas, talvez, apostem no fato de o governador Marcelo Miranda sempre ter sido uma pessoa humilde e de bom coração, mas, ao que parece, não será o caso desta vez. Afinal, uma das atacadas na nota, além de deputada federal é sua esposa, primeira-dama do estado e mãe de seus filhos, Dona Dulce Miranda. A mesma pessoa que, ao ver e ouvir o deputado federal Vicentinho Jr. atacar o seu marido nos 15 segundos que tinha para dar o seu voto – contrário – ao prosseguimento do impeachment, quase foi às vias de fato com o parlamentar, sendo contida pelo deputado federal Carlos Gaguim.
RESPOSTA DURA E DURADOURA
Esse mesmo membro do primeiro escalão do governo Marcelo Miranda completa suas informações, afirmando que “ as deputadas Dulce Miranda e Josi Nunes, e o governador Marcelo Miranda sempre foram preteridos pelo Palácio do Planalto, pela presidente Dilma Rousseff e pelos seus ministros. As duas parlamentares, inclusive, nunca conseguiram liberar nenhum recurso, nem mesmo carimbado, em seus nomes, ao contrário do que aconteceu com a senadora Kátia Abreu que sempre teve as portas abertas dos cofres federais e que, agora, vai morrer afogada, abraçada ao PT”, concluiu.
O PMDB do Tocantins, na figura do seu presidente, Derval de Paiva, ressalta que foi o primeiro diretório estadual da Região Norte do e o segundo do Brasil a defender o rompimento do partido com o PT do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.
Mais incisivamente, defendeu o desembarque do governo e a entrega dos cargos em Brasília e nos Estados.
O PMDB do Tocantins sempre foi transparentes quanto ao posicionamento pró impeachment e as deputadas Dulce Miranda e Josi Nunes, que são mães, devem ter pensado, mais que na unidade de ações do partido, no futuro de seus filhose dos filhos de todas as famílias tocantinenses e brasileiras, escolhendo votar a favor da continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, para pôr fim a esse governo que institucionalizou a própria corrupção, provocando a maior recessão econômica de todos os tempos, o empobrecimento das famílias brasileiras, mais de nove milhões de desempregados e os maiores índices de inadimplência da história.
Mesmo assim, os membros do PT tocantinense, que não merecem ter seus nomes divulgados, insistiram no apoio a esse governo corrupto e, mais ainda, publicam nota de repúdio, com palavras impróprias de serem associadas ás duas parlamentares do PMDB do Tocantins que, assim como milhões e milhões de brasileiras, são mães e querem o melhor para o futuro do Tocantins e do Brasil.
Confira, abaixo, a nota publicada pelo PT do Tocantins:
“O Partido dos Trabalhadores do Tocantins vê com tristeza e preocupação, o avanço do golpe. O dia 17 de abril de 2016 está marcado como o dia em que corruptos tentaram manchar a história de uma presidenta honesta, credenciada por 54 milhões de brasileiros, para dar continuidade a um projeto de governo que se difere pelo respeito a todos e todas.
Os fascistas, conservadores e hipócritas utilizaram o nome de Deus e de suas famílias para cravar um punhal e ferir de morte a democracia brasileira. Ironicamente, diziam “Tchau Querida”, se referindo a democracia, a liberdade, a ética e a vontade do povo, demonstrada nas urnas.
Porém convém relembrar que a luta e a caminhada não acabaram. Agora, mais do que nunca, haverá mais luta e resistência ao avanço do conservadorismo e da Direita Fascista. A Batalha agora será no Senado e no STF.
Ser militante em um momento difícil como este não é fácil, pois somos colocados a prova a cada minuto. Mas sabemos que a Luta nunca foi mais fácil para os companheiros do passado, e eles a fizeram e escreveram capítulos de muita honra e muito orgulho. Cabe a nós e a nossa geração fazer a resistência e o enfrentamento do agora. Resistir, enfrentar e avançar. Este será o nosso mantra. Ontem o mal saiu vencedor, mas não prevalecerá. Agora, mais do que antes, é preciso estarmos unidos e mobilizados, pois a Luta Continua!
Estamos igualmente entristecidos e decepcionados pela maneira como o PMDB do Tocantins se portou na Câmara: Como verdadeiro oportunista e aproveitador. Nós do Partido dos Trabalhadores do Tocantins, nos sentimos traídos pelos votos das deputadas Dulce Miranda e Josi Nunes, que preferiram abraçar o golpe, ao invés de ficar do lado do povo e da democracia.
Reafirmamos que o PT do Tocantins participa do governo do Estado, porque ajudou a elegê-lo. Sem nós, Marcelo Miranda não teria ganhado as eleições. Não estamos neste governo de favor.
Ressaltamos também, o apoio integral que a bancada do PT na Assembleia Legislativa do Estado deu ao Governo até aqui. Porém, iniciamos ainda hoje um debate com nosso partido para discutir a nossa permanência ou não, neste governo.
A luta continua. Vamos lutar até depois do fim. Pois, lutamos “pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo” (Olga Benário Prestes).”
Júlio César Brasil
Presidente Estadual do PT-TO
COLIGAÇÕES PODEM SER PROIBIDAS
Após tomar conhecimento do teor da nota, segundo um membro da cúpula do PMDB do Tocantins, o partido está ultimando os preparativos de uma reunião em que deve ser baixada uma normativa orientando os diretórios municipais do partido nos municípios tocantinenses a não firmarem coligações com o PT.
Essa é uma resposta rápida e contundente ao que foi considerado uma afronta direta à honra e ao respeito merecidos pelos parlamentares do PMDB do Tocantins.
Como dissemos no artigo anterior, os efeitos da votação que selou a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma ainda terão muitos desdobramentos no Tocantins.
Aguardem as cenas dos próximos capítulos....
Por Edson Rodrigues
Como dizia o saudoso Tancredo Neves, “política é como as nuvens, que mudam constantemente sua configuração no céu”. Assim se sucedeu no domingo histórico de votação da continuidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, com o placar de 367 votos em favor do Brasil e 137 em favor do PT.
Os maiores derrotados pela votação, na verdade, foram aqueles que firmaram pé e insistiram em apoiar a presidente. No Brasil, os grandes perdedores foram o ex-presidente Lula e o seu PT.
Já no Tocantins, quem mais perde é Kátia Abreu, senadora e até hoje ministra da Agricultura e, por sorte, tem seus dois grandes inimigos na berlinda: o PT pode ter seu registro de partido político cassado e sua maior estrela – com o perdão do trocadilho – o ex-presidente Lula, desafeto venal da tocantinense, dificilmente escapará das garras da Polícia Federal nas águas da operação Lava Jato.
Kátia, que não tem telhado de vidro, terá que mudar o tamanho de seu calçado e descer do salto alto para redesenhar sua vida política. Sua permanência ao lado da presidente da República, mesmo que por amizade pessoal, começa a ter reflexos em outras áreas, como na Confederação Nacional da Agricultura, entidade que preside pelo segundo mandato, que havia fechado questão em favor do impeachment e se sentiu traída com o posicionamento da senadora. Por lá, fala-se até em “impeachment” contra Kátia.
Essa correção de rota de Kátia Abreu deve partir dela própria e começar pela sucessão municipal de Palmas, Capital do seu Estado.
RAUL FILHO, CARTA FORA DO BARALHO
O homem mais popular na política partidária é, sem sombra de dúvidas, o ex-prefeito Raul Filho, filiado ao PR do senador Vicentinho Alves, e que já lidera várias pesquisas de opinião pública – as em que não figura em primeiro lugar, aparece invariavelmente na segunda posição com empate técnico.
Raul Filho está condenado por colegiado e inelegível, mas não está preso, não usa tornozeleira eletrônica, mas terá que pagar sua pena, que foi convertida em prestação de serviços, que podem ir desde lavar banheiros em creches ou abrigos públicos ou fazer trabalhos assistenciais. Caso não a cumpra, terá que usar roupa de presidiário, receber visitas na prisão aos fins de semana e não dormir em casa.
Mas, porque Raul foi condenado?
Raul foi condenado por crime ambiental, não político ou de improbidade. Mesmo assim, a condenação por colegiado o enquadra na Lei da Ficha Limpa. Com isso, o senador Vicentinho Alves perde sua “bala de prata” na sucessão da Capital, mas ganha um imenso poder de barganha, pois Raul Filho sempre foi figura fácil nas rodas políticas, goza de prestígio junto à população e será um dos grandes cabos eleitorais na campanha pela prefeitura de Palmas, com força significativa para mudar cenários e fortalecer candidaturas.
CARLOS AMASTHA, HOMEM DE SORTE
A condenação de Raul Filho caiu no colo do atual prefeito Carlos Amastha como um bilhete premiado de loteria, o que comprova que, além de jogar bem o jogo político e ser um expert em marketing pessoal, o colombiano tem muita sorte.
Filiado ao PSB e com o apoio do PSDB do senador Ataídes Oliveira, Amastha deve dispensar a presença da senadora Kátia Abreu e do seu filho, Irajá Abreu em seus palanques, mesmo que essa opção o obrigue a dar a vaga de vice-prefeito em sua chapa ao partido de Aécio Neves.
Se já aparecia bem nas campanhas, agora Amastha deve estar trabalhando em um planejamento para que os índices de intenção de votos pela sua reeleição permaneçam num patamar adequado, sem perder musculatura na reta final.
MARCELO MIRANDA E O PMDB PALACIANO
O governador Marcelo Miranda tem mais uma oportunidade dada por Deus ou pelo destino de dar uma virada em sua vida pública.
De preterido pelo Palácio do Planalto e pela presidente Dilma, caso Michel Temer assuma a presidência da República, o governador do Tocantins poderá alçar voo como o preferido do governo federal, com as portas ministeriais abertas para seu governo, com as deputadas federais Josi Nunes e Dulce Miranda recebendo tratamento VIP graças aos votos de domingo.
Outro peemedebista ex-aliado de Marcelo que, apesar de estar sem mandato, poderá ganhar influência em Brasília, é o ex-deputado federal Jr. Coimbra, que flanava no segundo escalão do governo federal por indicação da bancada do PMDB na Câmara federal e acabou demitido por Dilma por conta da sua amizade com o deputado Eduardo Cunha.
Mesmo assim, Marcelo Miranda ainda precisa ficar atento em relação aos seus “companheiros” que servem a Deus e ao diabo. A hora é de aproveitar a oportunidade e olhar para os peemedebistas que sempre estiveram ao seu lado, na vitória ou na derrota e que lutaram e trabalharam por sua volta ao Palácio Araguaia. Eles também merecem ser prestigiados. Muitos ainda estão “na sarjeta” à margem do poder.
As traições sofridas por Dilma durante a votação pela continuidade do seu impeachment devem servir de exemplo e valem uma reflexão a todo e qualquer governante sobre o grau de periculosidade de ter ao seu lado pessoas que não são totalmente confiáveis.
OS SEM-CANDIDATO
As atenções se voltam, novamente, para os senadores Kátia Abreu e Vicentinho Alves e seus filhos, os deputados federais Irajá Abreu e Vicentinho Jr., respectivamente. A primeira ficou sem Carlos Amastha e o segundo, sem Raul Filho e, ambos, sem rumo e sem candidato em Palmas.
Mas nada os impede de se unirem para aplicar suas forças e transformar candidaturas menos festejadas em potenciais concorrentes, tanto em Palmas quanto nos demais 138 municípios do Estado.
Os dois senadores, juntos, terão força e significância consideráveis em qualquer pleito em que se envolverem e em Palmas têm duas opções:
CARLOS GAGUIM
O deputado federal Carlos Gaguim é um nome identificado com a criação e emancipação política de Palmas, cidade onde iniciou sua história política, sendo eleito vereador e presidente da Câmara Municipal por dois mandatos. A partir daí, foi eleito para a Assembleia Legislativa, onde também foi presidente por dois mandatos e eleito governador para um mandato tampão, cargo no qual concedeu uma série de benefícios, progressões e promoções ao funcionalismo público, fato que o fez ser querido e respeitado pela grande massa de servidores estaduais.
O atual sonho político de Gaguim é chegar ao Senado, e sua candidatura à prefeitura da Capital ainda é uma incógnita. Nada o impede, no entanto, que do alto do seu prestígio junto aos servidores e ao seu bom trânsito e traquejo políticos, de agir como o catalisador de uma candidatura única para fazer frente ao atual prefeito Carlos Amastha.
Condições políticas e pessoais, Gaguim reúne de sobra para enfrentar essa empreitada. Resta saber se ele estará disponível para encabeçar esse movimento.
TOM LYRA
Bem sucedido como cidadão e como empresário, Tom Lyra, atualmente filiado ao PPS, traz consigo uma extensa bagagem administrativa adquirida no Brasil e no exterior, além de um excelente relacionamento com as classes empresarial e política da Capital. Vice-governador de Sandoval Cardoso, Lyra pode ser uma opção viável caso tenha em seu staff “fazedores de votos” como Kátia Abreu e Vicentinho Alves.
Sua disposição para concorrer ao cargo também é uma incógnita, mas, “onde há fumaça, há fogo”, logo, é um nome a ser considerado.
O EFEITO PALÁCIO ARAGUAIA
Dentro de todo esse contexto, é certo que o quadro sucessório de Palmas terá modificações profundas, principalmente com o PMDB de Marcelo Miranda livre das ingerências de Kátia Abreu e de Dilma Rousseff, o que cria condições para que construa uma candidatura com chances reais de vitória.
Outra certeza é que nem Carlos Gaguim muito menos Carlos Amastha serão os “ungidos” pelas hostes palacianas na corrida sucessória da Capital – e nem em qualquer outra corrida, diga-se de passagem – pois os dois são os maiores desafetos do PMDB de Marcelo Miranda.
Outras análises sobre os efeitos do impeachment na sucessão de Palmas e dos demais municípios tocantinenses só poderão ser feitas após o andamento do processo no Senado, tendo em vista que o Tocantins possui três votos em partidos diferentes – Kátia Abreu no PMDB (afastada, tendo em seu lugar Donizete Nogueira), Vicentinho Alves no PR e Ataídes Oliveira no PSDB – sendo que Kátia Abreu deve deixar o ministério da Agricultura para voltar ao Senado Federal para trabalhar contra o impedimento de sua amiga Dilma Rousseff.
O que cada um dos nossos senadores fará com seu voto terá consequências imediatas caso o impeachment passe ou não.
Até os próximos capítulos!