Lançamento da obra e a abertura da exposição fotográfica foram realizados na tarde desta sexta-feira, 27, no Terminal Rodoviário de Palmas
Por Kleidiane Araújo
Fotografias do servidor do Instituto de Natureza do Tocantins (Naturatins), Alessandro Machado, ganha páginas no livro Anjos da Natureza, do escritor Willian Borges. O lançamento da obra e a abertura da exposição fotográfica foram realizados na tarde desta sexta-feira, 27, no Terminal Rodoviário de Palmas, onde a mostra ficará aberta ao público por 10 dias.
O livro Anjos da Natureza retrata, por meio de fotografias, o cotidiano de brigadistas florestais, os riscos e os prejuízos causados à natureza e aos seres humanos. As imagens, registradas em 2024 no Parque Estadual do Jalapão (PEJ) e na Área de Proteção Ambiental (APA) do Jalapão, mostram os estragos causados pelo fogo e os esforços dos profissionais de brigadas para combater o avanço das chamas.

Entre os registros mais emblemáticos de Alessandro Machado está a imagem de um tatu morto por incêndio
Alessandro Machado fala da experiência de ter suas fotos expostas em um livro. “Uma experiência muito boa e gratificante. As fotos foram tiradas quando estava tendo vários incêndios de grandes proporções no Parque Estadual do Jalapão. Tive a ideia, com meu próprio celular, de estar em campo com a brigada, fazer algumas fotos aleatórias e mostrar verdadeiramente o trabalho do brigadista. Como eu digo: o CPF que está por trás da gandola. Automaticamente, já mostramos o prejuízo que o fogo traz na fauna e flora. O meu olhar foi voltado para o brigadista em combate e em ação”, destaca.
Para o escritor Willian Borges, o livro é uma homenagem aos brigadistas. “Esse livro é uma homenagem que fazemos aos brigadistas que trabalham aqui no Tocantins. Pessoas que são anônimas, pouco valorizadas. Eu já trabalhei como brigadista e conheço o esforço dessas pessoas. Sei o quanto é difícil a profissão. Então, tive a ideia de escrever esse livro e chamei colegas, como o Alessandro, do Naturatins, que colaboraram. O livro é um trabalho educativo e de prevenção aos incêndios florestais. Estamos com uma exposição fotográfica na rodoviária, um ponto estratégico por onde passam muitas pessoas todos os dias. A ideia é que esse trabalho desperte emoções, sensibilize e inspire cada visitante a contribuir com a proteção do meio ambiente”, ressalta Willian.
O FANTÁSTICO E A PRISÃO DE EDUARDO SIQUEIRA I

Infelizmente a matéria exibida pelo programa Fantástico deste domingo confirmou que o ministro do STF Cristiano Zanin decidiu pela prisão do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos baseado em argumentos pífios.
A prova “mais grave” contra Eduardo é um áudio que consta em seu celular onde é avisado que “quatro equipes completas da PF chegaram a Palmas por terra”.
Ora, se qualquer cidadão tocantinense que veja quatro equipes da PF chegando à Capital, via terrestre, ou seja, circulando abertamente em suas viaturas, a primeira atitude seria utilizar as redes sociais para “fofocar” ou levar ao conhecimento de seus amigos, de que a Polícia Federal está na cidade.
Se você, leitor, já fez uma relato ao menos semelhante à esse, muito cuidado! Você pode estar “na mira” da Polícia federal...
O FANTÁSTICO E A PRISÃO DE EDUARDO SIQUEIRA II
O mais incrível nessa história é que a operação que se desdobrou na prisão do prefeito de Palmas, tem como origem um vazamento de informações de dentro do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.
Quanto a esse vazamento, a Polícia Federal não tem ideia de quem seja a “fonte”, o fofoqueiro, dentro da Suprema Corte, muito menos o Fantástico citou esse fato em sua reportage,
Ao que parece, o que interessa na “Operação Sisamnes” é apenas confirmar – ou não – que algumas pessoas estão recebendo essas informações privilegiadas, e não, quem tem a língua solta dentro do STJ.
O FANTÁSTICO E A PRISÃO DE EDUARDO SIQUEIRA III

Eduardo Siqueira Campos nem constava no início da operação desenvolvida pela PF, mas, como o que interesse é mostrar trabalho, um diálogo corriqueiro encontrado em seu celular, foi o pretexto ideal para que o prefeito eleito de Palmas, pelas mãos do povo, com 78.673 votos, num universo de 148.357 votos válidos, e por ser do Tocantins, virasse o “bode expiatório” para o desenrolar da operação.
Não só injusta, a prisão de Eduardo Siqueira Campos causa uma instabilidade política e jurídica na Capital.
O certo é que há uma comoção na Capital do Tocantins, que já começa a se manifestar pela liberdade do seu prefeito.
Ainda há tempo para a “justiça” corrigir sua rota, mirando nos alvos certos...
PREFEITO EM EXERCÍCIO GARANTE CONTINUIDADE

O pastor Carlos Velozo (Agir), prefeito em exercício de Palmas, informou que vai seguir o cronograma de obras e reforma administrativa da gestão. Ele assumiu o cargo após a prisão de Eduardo Siqueira Campos (Podemos) e garantiu que a convocação dos aprovados no concurso da educação será mantida.
"Quero deixar claro à população que vai continuar tudo dentro do cronograma que já é previsto. A população não pode sofrer por nenhum intempério. Nós temos que ter a hombridade de trabalhar e fazer aquilo que de fato o povo precisa e vamos trabalhar incansavelmente para que Palmas continue brilhando como o sol que está sobre nós aqui", afirmou.
JAIR FARIAS HOMENAGEADO EM DOIS IRMÃOS

O deputado estadual Jair Farias (UB) foi homenageado na semana passada, durante uma série de entregas e anúncio de obras públicas no município de Dois Irmãos do Tocantins.
A homenagem foi realizada em reconhecimento ao apoio parlamentar do deputado, que já destinou mais de R$ 2 milhões em emendas para o município, que se transformaram em unidades habitacionais, na ampliação do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), em uma escola municipal, um abatedouro, uma feira municipal e no lançamento da pedra fundamental para a construção de uma escola de tempo integral.
Durante a cerimônia de homenagem, o deputado agradeceu ao prefeito Geciran Saraiva e à população do município. “Fico muito feliz em receber esse reconhecimento. É uma motivação a mais para continuar lutando por melhorias para nosso povo. Agradeço ao prefeito Geciran e à população de Dois Irmãos pela parceria e confiança. Meu mandato segue à disposição”, declarou.
SUCESSÃO ESTADUAL EMBOLADA

As três principais pré-candidaturas ao governo do Tocantins em 2026 – Amélio Cayres, presidente da Assembleia Legislativa, Dorinha Seabra, senadora e Laurez Moreira, vice-governador – ainda dependem da decisão a ser tomada até o dia cinco de abril de 2026 pelo governador Wanderlei Barbosa, sobre renunciar ao governo para se candidsar ao Senado – ou não.
Outra questão a ser definida é quem será o candidato apoiado pelo Palácio Araguaia, em caso de não renúncia de Wanderlei. Se Dorinha Seabra ou se Amélio Cayres, o certo é que, antes de cinco de abril de 2026, nada será fato consumado...
CAIADO APONTA DESORDEM NO GOVERNO LULA

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou, nesta semana, que irá suspender seu Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) entre 1º e 31 de julho, dentre outras medidas emergenciais mediante cortes orçamentários. A autarquia ressaltou que vem sofrendo restrições orçamentárias recorrentes nos últimos anos.
De acordo com a ANP, a autorização para despesas discricionárias caiu de R$ 749 milhões em 2013 (valor corrigido pela inflação) para R$ 134 milhões em 2024 (-82%).
Nas redes sociais, o governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB), afirmou que a situação representa uma grave falha no controle, com a perda do controle da qualidade, do volume do abastecimento e do preço dos combustíveis. O governador também afirmou que “a desordem tomou conta do país no governo do presidente Lula”.
Caiado também disse que a suspensão é “mais uma parceria com o crime” e que postos irão se “beneficiar cada vez mais e punir o consumidor e o cidadão de bem do país”.
VITRINE NA CAMPANHA DE LULA, PAC EMPACA

As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, vitrine do governo federal para infraestrutura no país, sofrem com restrições de recursos e paralisações.
Os valores autorizados para serem gastos (dotações orçamentárias); o dinheiro reservado para as obras (empenhado); e os valores efetivamente pagos constam no Painel do Orçamento, do Ministério do Planejamento. E os cortes afetam todo o Programa.
Enquanto isso, o governo federal e o TCU divergem nos dados sobre o PAC.
Para o TC o PAC conta com 6.754 obras, das quais 4.234 estariam paralisadas, ou seja, 63%. Já na avaliação d Casa Civil do governo federal, o PAC tem 21.649 obras, das quais 1.225 estariam paralisadas, ou seja, 6%.
CIRO GOMES PODE REACENDER CHAMA DO PSDB I

A trajetória política de Ciro Gomes (PDT) pode ganhar um novo capítulo nos próximos dias. O ex-ministro e ex-governador devem encontrar integrantes da cúpula do PSDB nesta semana para alinhar a ida para a sigla tucana.
Se confirmada, a mudança encerra um ciclo de 28 anos de Ciro no PDT, partido que compôs e influenciou ao longo das últimas eleições.
A data do encontro, de acordo com aliados, ainda está sendo fechada e depende de agendas. Ainda assim, os participantes já estão definidos: Marconi Perillo, presidente do PSDB, além dos tucanos Aécio Neves e Tasso Jereissati.
CIRO GOMES PODE REACENDER CHAMA DO PSDB II
Amigo de longa data, Jereissati – ex-governador do Ceará e ex-senador – é o principal articulador do retorno do ex-ministro ao ninho. Pela sigla, Ciro comandou o governo cearense entre 1991 e 1994.
Em crise de identidade e sofrendo com a perda de nomes nacionais, o PSDB vê no político cearense a oportunidade para recuperar forças e retornar ao centro dos debates nas eleições de 2026.
Integrantes da sigla acreditam que, no cenário atual, Ciro poderia retornar com duas possibilidades de candidatura em aberto, uma para presidência da República e outra para o governo cearense.
ALEXANDRE DE MORAES, O IMPARÁVEL: É PROIBIDO SENTAR NO TRONO!

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou para condenar Fábio Alexandre de Oliveira a 17 anos de prisão por crimes durante os atos criminosos de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com a PGR (Procuradoria-Geral da República), que apresentou a denúncia, Fábio apareceu sentado em uma cadeira da Corte atribuída a Moraes em vídeos nas redes sociais. A transcrição indica que o homem gritou: “Cadeira do Xandão aqui, ó! Aqui ó, vagabundo! Aqui é o povo que manda nessa p*, c*!”.
O réu chegou a reconhecer a gravação do vídeo em suas declarações, segundo o STF, mas alegou que tudo se tratou de uma "brincadeira".
Em seu voto, Moraes afirma que as provas demonstram a adesão de Fábio ao "movimento antidemocrático", inclusive com "contribuição direta" para difundir mensagens contra o Supremo.
Isso tudo, só por alguém ter sentado em sua cadeira....
Homens e mulheres entrando em uma escola de fachada azul para a realização do concurso do TJTO
Por Isis Coutinho
A diversidade de sotaques tomou conta das salas de aula de Palmas neste domingo (29/6), durante a aplicação da primeira etapa do VI Concurso para Juiz(a) Substituto(a) do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO). Com 1.994 inscritos(as), o certame oferece sete vagas imediatas, além da formação de cadastro reserva. A prova objetiva foi realizada das 13h às 19h, em sete unidades de ensino da capital, com índice de abstenção de aproximadamente 38%.
Vindos de norte a sul do país, os(as) candidatos(as) compartilharam expectativas e histórias de superação, como a da concurseira mineira Adriane Ramos, do município de Araguari, que já participou de provas em Manaus e Sergipe. “Concurso é um processo. Um dia vai dar certo. Estou estudando muito e sigo confiante”, afirmou.
A capixaba Yasmim Vital também esteve entre os(as) participantes e destacou sua estratégia de concentração. “Evito sair da sala, lanchar ou até beber água durante a prova. Tento manter o foco ao máximo, porque sei que a exigência é alta”, comentou.
O candidato Fernando Santos Maia saiu de Rio Branco, no Acre, para disputar uma vaga de juiz. “Busco esse sonho há três anos. Eu me formei em Direito como segunda graduação com o propósito de alcançar a magistratura. Hoje é mais uma chance de fazer isso acontecer”, contou, confiante.
Comissão do Concurso visita local de prova
A Comissão Organizadora do Concurso, presidida pelo desembargador Eurípedes Lamounier, esteve presente no Colégio Militar do Estado do Tocantins Senador Antônio Luiz Maya, unidade com maior concentração de candidatos(as), para acompanhar a abertura dos malotes das provas, o fechamento dos portões e o andamento da avaliação, com o objetivo de assegurar a legalidade e a transparência do processo seletivo.
A execução do certame está a cargo da Fundação Getulio Vargas (FGV), contratada como banca organizadora, responsável pela operacionalização de todas as etapas do concurso.
“A FGV já tem reconhecida experiência em concursos de grande porte, e essa atuação técnica reforça a credibilidade do processo. Tudo transcorreu dentro da normalidade”, destacou o presidente da Comissão.
Também acompanharam a aplicação da prova da 1ª fase do concurso a promotora de Justiça Flávia Rodrigues Cunha, a advogada da OAB/TO Priscila Madruga Ribeiro, o secretário da Comissão, José Ribamar Sousa da Silva, e a coordenadora executiva da FGV, Caroline Santana.
O gabarito preliminar da prova objetiva será divulgado na próxima terça-feira (1º/7), no site da FGV.
O que vem pela frente
As próximas etapas, provas escritas discursiva e prática de sentença, estão previstas para os dias 31 de agosto e 1º de setembro. Essas avaliações serão manuscritas, com caneta esferográfica de tinta preta ou azul, em material transparente.
O concurso é composto por cinco fases eliminatórias e classificatórias, que incluem: prova objetiva seletiva; etapa escrita, que contempla a prova discursiva e a prática de sentença; sindicância da vida pregressa e investigação social; exames de sanidade física, mental e psicotécnico; prova oral; e, por fim, a avaliação de títulos.
Sobre o concurso
Autorizado pelo Pleno do TJTO em 2023, o concurso teve a contratação da banca organizadora em janeiro de 2025. As inscrições foram abertas em fevereiro, com 15 vagas oferecidas, sendo sete para nomeação imediata e oito para cadastro reserva.
Pastor diz que partidos com cargos no governo Lula pressionam Bolsonaro a escolher sucessor
Com CNN
O pastor Silas Malafaia, organizador do ato pró-Jair Bolsonaro (PL) na avenida Paulista, neste domingo (29), disse à CNN que o seu discurso sobre uma parte da direita ser “prostituta" é voltada a partidos que mantêm ministérios no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que pressionam o ex-presidente a definir um sucessor da direita para as eleições de 2026.
"O recado de direita prostituta é para quem tem ministério no governo Lula e quer botar Bolsonaro na parede para dizer quem vai sucedê-lo. Que moral esses caras têm? Isso é prostituta. Tá com um, tá com outro. Como é que pode querer exigir alguma coisa de Bolsonaro se tem ministério no governo Lula? Manda esses caras se enxergarem. Aí você vê quem tem ministério lá, que a carapuça é para eles", disse Malafaia à CNN.
As siglas União Brasil, Progressistas e Republicanos têm cargos na Esplanada dos Ministérios. Nos bastidores, o incômodo é que a cúpula das duas primeiras legendas, que formaram a federação União Progressista Brasileira, pressiona para que Bolsonaro, inelegível até 2030 e às vésperas de ser julgado na ação que apura uma tentativa de golpe de Estado, admita que não concorrerá ao Palácio Planalto no pleito do ano que vem.
A preferência do grupo é que o ex-presidente indique, até o fim do ano, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, como sucessor. O chefe do governo paulista, por sua vez, repete com frequência que seu foco é a reeleição.
O União, comandado por Antônio Rueda, ocupa as pastas de Turismo, com Celso Sabino; e Comunicações, com Federico Siqueira. Além disso, também indicou o ministro Waldéz Goés, licenciado ao PDT, para o Ministério da Integração e Desenvolvimento.
Já o Progressistas, presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), possui o ministro André Fufuca à frente do Esporte, enquanto o Republicanos, comandado pelo deputado Marcos Pereira (SP), tem Silvio Costa Filho no Ministério de Portos e Aeroportos.
"Eu não estou dando o nome de ninguém. Cada um que tire a conclusão", disse Malafaia.
Ao discursar o ato deste domingo, o organizador da manifestação e líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo criticou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e disse que o magistrado não sofre impeachment em razão de parte da direita “se vender”.
"Sabe por que um cara desse [Moraes] não toma um impeachment? Porque nós temos uma direita prostituta, vagabunda, que se vende. Nós temos uma direita séria, mas grande parte dela é um bando de vagabundo, vendilhão", disse Malafaia.
Aliado de longa data de Bolsonaro, o pastor costuma vocalizar nesses atos parte das insatisfações do ex-presidente e seu entorno, chamando para si a responsabilidade dos ataques mais duros à Corte e aos adversários.
Pressionado a sinalizar um sucessor em meio à reta final do processo de tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro usou o ato na avenida Paulista para dizer que seu foco é a eleição no Congresso Nacional. Na fala, ele disse que não precisa ser presidente para liderar o país, mas evitou indicar um caminho alternativo a ele mesmo.
"Se vocês me derem, por ocasião das eleições do ano que vem, 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil", disse.
"Digo mais, nem preciso ser presidente. Valdemar me mantendo presidente de honra do PL, nós faremos isso por vocês", acrescentou Bolsonaro.
Caso Tarcísio não seja o escolhido para concorrer ao Planalto, integrantes do Centrão avaliam que a tendência é uma fragmentação da direita.
Sob reserva, lideranças de legendas de centro discordam da estratégia de Bolsonaro de lançar uma candidatura, mesmo inelegível, e colocar alguém da família como vice.
Os nomes mais cotados são do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Se prosperar, a ideia repete uma tática similar da chapa Lula-Fernando Haddad, hoje ministro da Fazenda, em 2018.
A prisão do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), determinada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, na última sexta-feira (27), caiu como um trovão em céu aberto no Tocantins. Mas, ao contrário do barulho que a decisão causou, o que se seguiu foi um silêncio ensurdecedor e não por parte da política, mas da própria Justiça
Por Edson Rodrigues e
Edivaldo Rodrigues
A acusação? Suposta participação em um esquema de vazamento de decisões judiciais. Os fatos? Nenhum flagrante, nenhum risco de fuga, nenhuma ameaça concreta à ordem pública ou ao andamento das investigações. A medida? Prisão preventiva e afastamento imediato do cargo por 180 dias. Tudo isso sem que a fundamentação venha a público com a robustez que o Estado de Direito exige.
Estamos diante de mais um episódio em que o símbolo do poder judicial, a balança, parece pender antes de ouvir. Onde está o princípio da proporcionalidade? Onde estão os elementos que justificam uma medida tão extrema contra um gestor eleito, com presença institucional ativa e aprovação popular?
O peso da dúvida

Prefeito Eduardo na Câmara Municipal
Não se trata de defender uma pessoa, mas um princípio, o de que ninguém deve ser tratado como culpado antes de uma sentença. A prisão preventiva, nesse caso, levanta mais suspeitas sobre o sistema do que sobre o próprio investigado. O gesto foi drástico, mas a justificativa, opaca.
Há, sim, um sentimento difuso de injustiça. E isso não é apenas percepção, é um alerta. Quando a confiança nas instituições começa a ruir, abre-se espaço para o descrédito, para o populismo jurídico, para o retrocesso.
Palmas não se calou

O prefeito Eduardo Siqueira e seu vice Carlos Veloso
Se o STF não deu explicações claras, a política tocantinense respondeu com rara firmeza. Em tempos de polarização, surpreende ver tamanha unidade institucional, 22 vereadores de diferentes partidos assinaram uma nota oficial em apoio a Eduardo. O secretário-chefe do Gabinete, Carlos Júnior, afirmou que “nunca antes na história de Palmas se viu tamanha demonstração de unidade entre os Poderes.” O vice-prefeito Carlos Velozo, que agora assume interinamente, reforçou: “Seguiremos com lealdade ao projeto escolhido pelo povo.”

Prefeito entrega Escola em Taquaruçu
Com o respaldo da maior entidade municipalista do Tocantins, Eduardo Siqueira ganha um reforço institucional. A manifestação da ATM ao mesmo tempo em que reafirma o respeito às decisões do Judiciário, sinaliza que parte dos gestores municipais enxerga no afastamento do prefeito de Palmas um episódio passível de revisão. A nota pública indica que há expectativa pelo retorno célere de Eduardo ao cargo, o que revela mais do que apoio político, mas também uma leitura de que sua permanência à frente da gestão ainda é considerada legítima.
Não é um caso de defesa por afinidade, mas de instinto democrático. Quando um poder avança demais, é dever dos outros reagirem. E foi o que se viu.
Um prefeito em pleno exercício

Eduardo não é um gestor em fim de carreira, tampouco alguém que vinha se escondendo dos desafios da administração. Ao contrário, reabriu restaurantes comunitários, modernizou o transporte público, ampliou programas sociais, retomou obras estruturantes, refez praças públicas e recolocou a Prefeitura no centro do diálogo político local e nacional. Isso em pouco menos de seis meses de gestão. É exatamente por estar em movimento que sua prisão soa ainda mais arbitrária.
Um roteiro conhecido no Tocantins

O Tocantins já viu esse filme antes. Governadores presos preventivamente, expostos na mídia e, anos depois, inocentados sem o mesmo alarde, como foi o caso de Marcelo Miranda. O desgaste político é imediato; a reparação, quando vem, é tardia e nunca completa.
Estamos diante de um déjà vu jurídico? Como definiu um vereador: “Aplicaram uma dose anestésica de elefante num passarinho.” A frase é crua, mas traduz com precisão o descompasso entre ação e argumento.
Justiça que tarda… e erra?
Este artigo não absolve ninguém, mas também não aceita a naturalização de medidas desproporcionais. Prisões preventivas devem ser a última das opções, e não a primeira reação. O STF precisa responder com autoridade, mas também com muita clareza. O devido processo legal não pode ser atropelado em nome da moralização instantânea.
A democracia é feita de freios e contrapesos e isso vale também para o Judiciário.
Uma onda de solidariedade

O prefeito Eduardo e a primeira dama Poliana na entrega do Restaurante Comunitário
O apoio a Eduardo não veio apenas da base aliada. Líderes de diferentes partidos se manifestaram, com discursos que, embora diversos, convergem no essencial, o respeito às garantias fundamentais. O deputado estadual Jair Farias (UB) disse: “Seguimos confiantes de que, em breve, todos os fatos serão esclarecidos.” O deputado federal Vicentinho Júnior (PP) também se manifestou: “homem público com compromisso com o povo tocantinense.”

Prefeito Eduardo Siqueira Campos entrega nova iluminação em tecnologia LED na Avenida JK
Para o Senador Irajá (PSD) é preciso “confiança na Justiça e no direito à ampla defesa. O vereador Carlos Amastha (PSB) e ex-prefeito de Palmas lembrou que a “prisão sem base é retrocesso.”
Outro a manifestar foi o atual secretário Ronaldo Dimas (PL), ex-prefeito de Araguaína. “Que se evitem excessos.” O atual gestor de Araguaína, Wagner Rodrigues (UB) também contribuiu. “Eduardo vinha desempenhando sua missão com responsabilidade.”

Eduardo Suiquera Campos e seu secretário de governo Sérgio Vieira Marques, conhecido como Soró
Para a Senadora Professora Dorinha (UB), “a democracia exige serenidade e respeito aos princípios legais.”
O que está em jogo?

O prefeito Eduardo em galeria de águas fluviais na Capital
A liberdade de um homem, sim. Mas mais que isso, o equilíbrio entre poderes, a confiança no sistema, o funcionamento de uma cidade inteira. O povo de Palmas não pode ser vítima de um processo obscuro. E a Justiça não pode errar, porque quando erra, erra grande.
De uma coisa a família O Paralelo 13 tem certeza: o prefeito Eduardo Siqueira sairá maior depois de ser inocentado. Porque não é apenas sua reputação que está em jogo, mas a reafirmação de um princípio fundamental, o de que a verdade, mesmo quando tarda, se impõe. E quando ela vier à tona, como acreditamos que virá, não restará apenas a imagem de um homem que resistiu com dignidade, mas de um líder que enfrentou a tempestade e voltou com ainda mais legitimidade para continuar sua trajetória pública.
Família O Paralelo 13