Parlamentar concedeu entrevista ao Programa Os Pingos Nos Is nesta quinta-feira, 3
Por Jovem Pan
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) concedeu entrevista ao programa Os Pingos Nos Is da Jovem Pan nesta quinta-feira, 3. Mais cedo, a parlamentar confirmou que viajou ao Estados Unidos para “cumprir agendas pessoais”. O posicionamento ocorre após o também deputado André Janones (Avante-MG) publicar em suas redes sociais que a bolsonarista havia fugido do Brasil.
Ela também não disse quando voltará ao Brasil, prepara uma medida para recuperar o acesso às redes sociais. Ela também pretende apresentar um projeto onde visa igualar as redes sociais como ‘propriedade privada’, pois segundo ela a medida afeta o seu mandato. Além disso, ela reafirmou que não tem motivos para fugir do país.”Não tenho motivo nenhum para fugir. Ou talvez até teria diante das circunstâncias que está ocorrendo no Brasil tudo é possível. Não há especulação de que eu vá ser presa. Ocorre que apoiei os caminhoneiros.
Dei uma mensagem de ânimo logo que anunciaram o resultado das eleições e sempre faço comentários sobre as atitudes autoritárias do Moraes. Estou fazendo a minha defesa de ter perdido minha redes sociais. Não só tenho direito de reaver as minhas redes, como também tenho direito de danos morais e materiais. São mais de 9 milhões pessoas juntando todas elas. Não sei ate que dia que vou ficar aqui.
Acho que até semana que vem. Meu advogado está preparando essa medida e levando ela para os tribunais superiores. Depois vamos aprestar uma PL que iguala as redes sociais a uma propriedade privada. Tudo que tenho de material está ali e afeta o exercício do meu mandato”, argumentou Zambelli. A parlamentar chegou a criar novas redes sociais, mas elas também foram suspensas. Mais cedo, Zambelli ressaltou que, enquanto estiver em solo norte-americano, irá estudar possíveis meios de assegurar e restaurar a “liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”.
Vice eleito já estava deixando o Planalto quando foi informado que Bolsonaro o receberia no gabinete
Por: Nathalia Fruet e Andre Anelli
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) tiveram um encontro rápido na tarde desta 5ª feira (3.nov), no Palácio do Planalto depois da primeira reunião de transição do representante do governo eleito com o atual chefe da Casa Civil, o ministro Ciro Nogueira.
Alckmin já estava deixando a sede do Executivo quando foi informado que Bolsonaro o receberia no gabinete. O vice-presidente eleito retornou e foi até o encontro do presidente. A conversa foi rápida, durou menos de 5 minutos. Bolsonaro cumprimentou o vice-presidente eleito pela vitória e desejou sucesso.
"Foi positivo [o encontro com Bolsonaro]. O presidente convidou. Nós já estávamos saindo, já [do Palácio do Planalto]. [Pediu] Para que fosse até lá ao seu gabinete. E reiterou o que disse o ministro Ciro Nogueira e o ministro general Ramos [da secretaria geral da presidência] da disposição do governo federal de prestar todas as informações, colaborações, para que se tenha aí uma transição pautada pelo interesse público", afirmou Alckmin.
Questionado sobre um reconhecimento de Bolsonaro da derrota nas eleições, Alckmin desconversou e disse que o próprio presidente poderia falar sobre o teor da conversa entre eles. Até esta quinta-feira (3.nov), Bolsonaro não reconheceu o resultado das urnas do último domingo (30.out) publicamente e não citou o nome do presidente eleito Lula (PT).
Bolsonaro ficou apenas meia hora no Planalto e, depois de ter encontrado Alckmin, voltou para o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Entre os pontos discutidos pela equipe estão restrições ao aumento da potência de calibres e munições
Por: Leonardo Cavalcanti
A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara um "decretaço" para rever os principais pontos implementados pelo governo Jair Bolsonaro (PL) na política armamentista. Entre os temas em análise estão a volta das restrições à potência de calibres à disposição de civis, incluindo as pistolas 9mm, a proibição de fuzis para Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) e a validade de registros de arma para 5 anos -- em vez dos atuais 10.
A expectativa de atores e especialistas em segurança pública é que a equipe de Lula altere os decretos e portarias mais voltadas à política em prol de empresários e lobistas de armas, incluindo donos de clubes de tiros. "Tem de pensar no cidadão e, assim, cortar excessos feitos com medidas inconstiticionais", diz diz Bruno Langeani, gerente do Instituto Sou da Paz. "É preciso voltar para um estado de normalidade, sem que isso represente um cavalo de pau na política. Não vejo nenhum espaço para retirada da possibilidade de o cidadão comprar arma para a defesa, para defender a sua chácara ou seu comércio. Agora, os excessos do cidadão comprar fuzil, portar arma na rua para ameaça política, isso deve virar coisa do passado."
Ao longo do mandato de Bolsonaro, a política sobre armas foi preparada a partir do Executivo, com decretos e portarias. Para Langeani, que é autor do livro Arma de fogo no Brasil - gatilho da violência (Editora Telha, 172 páginas, R$ 39), a pauta pode se deslocar para o Congresso. "Isso é uma notícia boa, o tema será tratado no fórum adequado. Existe uma legislação de controle de armas, e as alterações que se possa fazer deve ser feita no Congresso, algo que atual governo se furtou a fazer, sem qualquer tipo de análise técnica", afirma Langeani. "Mas se hoje a gente tem mais parlamentares eleitos por causa da pauta armamentista ao mesmo tempo é preciso lembrar que nas pesquisas de opinião publica mostram que mais de 70% da população são contra a flexibilização da compra de armas."
Há 24 interdição em cinco estados
Por Bruno Bocchini
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou na noite de hoje (3), em suas redes sociais, que todas as rodovias federais estão livres de bloqueios. Ainda ocorrem interdições, que é quando o fluxo de veículos fica parcialmente impedido em 24 rodovias. No final da manhã de hoje, esse número era 73 locais, sendo 60 interdições e 13 bloqueios, que é quando o fluxo fica totalmente impedido.
As interdições ocorrem nos estados do Amazonas (2), do Mato Grosso (7), do Mato Grosso do Sul (1),do Pará (6) e de Rondônia (8).
Segundo a PRF, até o momento, foram desfeitos 936 interdições ou bloqueios nas estradas federais.
* Matéria alterada às 22h39 para atualização de informações.
Governo do Tocantins e bancada federal projetam a destinação de R$ 200 milhões para as áreas da saúde, educação, infraestrutura e segurança pública
Por Guilherme Lima
Emendas parlamentares e demandas municipais do Tocantins foram pautas discutidas na reunião que aconteceu na manhã desta quinta-feira, 3, na sala de reuniões do Palácio Araguaia, em Palmas. O objetivo do encontro do governador Wanderlei Barbosa com os deputados federais foi alinhar as principais necessidades dos municípios tocantinenses para uma melhor aplicação dos recursos oriundos da bancada federal.
O governador Wanderlei Barbosa destacou que o Governo do Tocantins e a bancada federal aproveitaram a oportunidade para, juntos, estabelecerem diretrizes para a destinação de recursos aos 139 municípios do Estado.
“É importante o diálogo com os parlamentares, tanto aqueles que deixam o mandato em dezembro quanto os novos deputados. Queremos fazer essa relação institucional com o Congresso Nacional para viabilizar a destinação de recursos para a saúde, a educação, a infraestrutura, a segurança pública e outras áreas. O Governo do Tocantins vai fazer todo o esforço para manter uma boa relação com os nossos representantes e trazer os benefícios que precisamos, para que possamos atender os municípios”, afirmou o Governador.
O deputado Federal Vicentinho Alves Júnior (PP) afirmou que esse momento representa um grande avanço para todos os tocantinenses, já que a articulação com o Governo do Tocantins possibilita estreitar os laços entre os parlamentares em Brasília e os cidadãos. “Isso é um resultado muito positivo para todos. Precisamos registrar a credibilidade do governador Wanderlei Barbosa. Ele reconquistou essa interlocução do Palácio Araguaia com a bancada federal e hoje, voltamos a conversar e a articular com a equipe de um Governo que nos possibilita atender a todos os municípios do Estado de forma indistinta”, ressaltou o parlamentar.
O secretário de Estado do Planejamento e Orçamento, Sergilei Silva de Moura, afirmou que a captação de recursos, por meio de articulação com a bancada, é essencial, já que os investimentos serão revertidos em serviços para toda a população. “Estamos falando aí de volume de recursos de até R$ 200 milhões, na entrega de serviço à população. Essa busca é no sentido de estabelecer custeio para áreas como a saúde, a segurança pública e a educação. A bancada entendeu o objetivo do Governador e se propôs a estabelecer recursos para 2023 no Orçamento Geral da União”, explicou o secretário.
Participaram da reunião os deputados federais Carlos Henrique Gaguim, Eli Borges, Osires Damaso, Professora Dorinha e Vicentinho Júnior, além de representantes das pastas estaduais.