Nota do Instituto Não Aceito Corrupção foi publicada em 29 de agostoNota do Instituto Não Aceito Corrupção foi publicada em 29 de agosto

 
Por Gazeta do Povo

O Instituto Não Aceito Corrupção divulgou nota pública, nesta segunda-feira (29), em que pediu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), torne pública a decisão em que autorizou a Polícia Federal a cumprir mandados de busca e apreensão contra oito empresários na semana passada. Eles supostamente teriam defendido um golpe de Estado em um grupo de WhatsApp, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições em outubro.

 

De acordo com o instituto, a democracia se edifica com decisões processuais transparentes e públicas, por isso é preciso garantir que a sociedade tenha o direito de conhecer os fundamentos da decisão, e possa fiscalizar o STF, assim como deve fazer nos casos dos poderes Executivo e Legislativo.

 

“O princípio da separação dos poderes é pedra angular de nosso sistema constitucional assim como o é certamente o do respeito ao regime democrático, cuja defesa teria lastreado aludida decisão do eminente Ministro Alexandre de Moraes, que simultaneamente preside o TSE.

 

Ocorre, entretanto, que, mesmo para proteger o regime democrático, é necessário seguir o devido processo legal e até o presente momento não se tem conhecimento dos fundamentos da decisão que decretou as severas medidas, cerceadoras de direitos civis dos mencionados empresários, que, em diálogo de aplicativo, cogitaram praticar atos de desrespeito ao sistema democrático se o presidente não fosse reeleito.

 

Uma democracia se edifica necessariamente com atitudes processuais democráticas, transparentes, públicas. E, por mais que possa ser conveniente o segredo para o sucesso investigativo, desrespeitar o devido processo legal é ainda mais sério e traz junto consigo o grave risco de dano à credibilidade do Poder Judiciário.

 

Parece-nos imperioso tornar pública a decisão em questão e eventuais outras futuras, nos termos da Constituição, para que se garanta à sociedade o direito de conhecer os respectivos fundamentos, assim como o direito de fiscalizar adequadamente o exercício do poder pelo STF e o Judiciário, da mesma maneira que se sujeitam a esta fiscalização o Executivo e Legislativo”, diz um trecho da nota do Instituto Não Aceito Corrupção.

 

Desafios do Brasil

Além de desaprovar a conduta de Moraes em relação ao sigilo da decisão sobre a operação contra os empresários, a nota do instituto também criticou comportamentos atribuídos ao chefe do Executivo, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, tais como colocar em dúvida o sistema eleitoral e casos de hostilidades contra jornalistas.

 

Ao falar de forma geral sobre os desafios do Brasil, o texto mencionou ainda a Covid, inflação, e a maior percepção de existência de corrupção praticada em sucessivos governos, entre outros.

 

“Nos últimos anos, o Brasil tem vivido tempos especialmente complexos, sob as óticas social, política, econômica e jurídica, com agudo acirramento da desigualdade social, maior percepção de existência de corrupção praticada em sucessivos governos, altas taxas de desemprego e inflação, o que se potencializou ainda mais em decorrência da pandemia do COVID 19, tragédia que se abateu sobre o mundo desde março de 2020”.

 

A nota na íntegra foi publicada no site do Instituto Não Aceito Corrupção.

 

Posted On Segunda, 29 Agosto 2022 16:12 Escrito por

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) caiu 0,70% em julho e fechou o mês em R$ 5,804 trilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 29, pelo Tesouro Nacional. Em junho, o estoque estava em R$ 5,845 trilhões.

 

Com Estadão

 

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 40,50 bilhões no mês passado, enquanto houve um resgate líquido de R$ 81,62 bilhões.

 

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) retraiu 0,66% em julho e fechou o mês em R$ 5,558 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,74% menor no mês, somando R$ 245,81 bilhões ao fim de julho.

 

Parcela da DPF prefixada

 

Em meio à alta da taxa básica de juros, a parcela de títulos da Dívida Pública Federal (DPF) atrelados à Selic voltou a subir em julho, para 37,77%. Em junho, estava em 36,69%. Já os papéis prefixados reduziram a fatia de 27,23% para 25,75%.

 

Os títulos remunerados pela inflação aumentaram para 31,99% do estoque da DPF em julho, ante 31,55% em junho. Os papéis cambiais reduziram a participação na DPF de 4,53% para 4,49% no mês passado.

 

O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou aumento, passando de 23,11% em junho para 24,61% em julho. O prazo médio da dívida teve alta de 3,88 anos para 3,90 anos na mesma comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF caiu de 10,90% ao ano para 10,76% a.a. no mês passado.

 

Participações

 

A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública subiu em julho. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) passou de 8,92% em junho para 9,01% no mês passado.

 

No fim de 2020, a fatia estava em 9,24%, chegando a 10,56% em dezembro do ano passado. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 500,76 bilhões em julho, ante R$ 499,32 bilhões em junho.

 

A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 29,57% em julho, ante 30,14% em junho. A parcela dos fundos de investimentos passou de 23,60% para 24,37% em no mês passado.

 

Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 22,32% para 22,59% de um mês para o outro. Já as seguradoras recuaram de 3,94% para 3,91% na mesma comparação.

 

Colchão de liquidez

 

O Tesouro Nacional encerrou julho com R$ 1,177 trilhão no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 3,58% menor em termos nominais que os R$ 1,221 trilhão que estavam na reserva em junho. O montante ainda é 1,53% maior que o observado em julho de 2021 (R$ 1,159 trilhão).

 

O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa. O órgão não define metas para o tamanho mínimo da reserva de liquidez.

 

Posted On Segunda, 29 Agosto 2022 16:10 Escrito por

Irajá cresce nas pesquisas

O crescimento da candidatura do senador Irajá ao Governo do Estado é uma das preocupações dos dois grupos adversários, tanto de Wanderlei Barbosa, quanto de Ronaldo Dimas. O Candidato Irajá Abreu teve uma forte adesão na Região Sudeste e no Bico do Papagaio e nos próximos dias vai usar forças do motor do PSD para ser o segundo mais bem votado e chegar ao segundo turno. Caso isso aconteça o grupo do candidato acredita ter chance de chegar ao Palácio Araguaia. Será?

O tempo dirá!

 

Eduardo Gomes coloca bloco nas ruas

 O coordenador político da candidatura de Ronaldo Dimas a Governador, Senador Eduardo Gomes já formou equipe de atuação em Palmas e em dezenas de municípios. Gomes neste último final de semana acompanhou a majoritária composta por Ronaldo Dimas, Freire Júnior de vice-governador nas cidades de Miranorte, Miracema e Tocantínia. Durante a semana os trabalhos serão multiplicados e o senador trabalha firme para garantir a presença do candidato Ronaldo Dimas no segundo turno. Eduardo Gomes tem feito um trabalho de bastidores com os 139 prefeitos tocantinenses e a partir desta segunda terá uma aceleração na campanha de Ronaldo. Paralelamente as agendas do candidato o senador irá se reunir pessoalmente com os gestores e mostrar o que já fez por cada município e como pode contribuir com a gestão de Ronaldo Dimas no Palácio Araguaia.

Quem planta tem a colher.

 

Prefeita de Miracema declara apoio a Dimas

A prefeita de Miracema, Camila Fernandes, confirmou, neste final de semana, a adesão à campanha do candidato a governador Ronaldo Dimas. Ela recebeu Dimas, o candidato a vice-governador Freire Jr. (MDB), o senador Eduardo Gomes (PL) e outros líderes políticos em sua casa. Ao justificar o apoio, Camila destacou que o Tocantins só tem a ganhar com a eleição de Dimas.

 

Quem está com quem

Não dá mais para adiar. Está chegando a hora dos candidatos a governador mostrar quais prefeitos realmente estão apoiando-os. Não basta apenas dizer que têm o apoio de dezenas, mas será preciso nominá-los, falar os municípios. Chegou a hora. Chega de Fake News.

 

Pesquisa Vetor/Fieto é aguardada

Mais um fato político é aguardado pelos analistas dos candidatos, os coordenadores das campanhas e os veículos de comunicação. O resultado da pesquisa encomendada pela Fieto que será divulgada no dia 1º de setembro. A pesquisa da Fieto representa muito para os candidatos pois será o retrato do atual cenário político e contribui para direcionar as ações dos próximos 30 dias.  Ainda assim, ninguém está eleito ou derrotado, em política tudo pode acontecer. Os números dirão.

 

Josi Nunes deve declarar apoio a Ronaldo Dimas

O observatório político de O Paralelo 13, ficou sabendo nos bastidores da política tocantinse que Josi Nunes, prefeita de Gurupi, terceiro maior colégio eleitoral do Estado deve declarar apoio a candidatura a governador de Ronaldo Dimas, assim como fez o prefeito de Paraíso do Tocantins, Celso Moraes. Em breve, outros gestores devem também iniciar suas declarações ao candidato Ronaldo Dimas conforme apuramos,

 

Wanderlei Barbosa mantém humilde sobre vencer no primeiro turno

O governador Wanderlei Barbosa não tem demostrado vaidade sobre os resultados e possibilidade de vencer as eleições já no primeiro turno. O candidato continua apresentando propostas nos palanques, tratando os adversários com humildade e redobrando o trabalho nos municípios e na Capital, onde conta com o apoio da prefeita Cínthia Ribeiro. O grupo segue fielmente as orientações do líder Wanderlei que é a união de forças para além de elegê-lo governador buscar eleger a maioria dos deputados federais, estaduais e a professora Dorinha ao Senado Federal.

 

Candidaturas proporcionais e novas regras do TSE

São novas regras na mini reforma eleitoral, dentre elas o quociente eleitoral. mudou o critério para preenchimento das vagas que "sobram" no sistema proporcional. Só podem concorrer a elas os candidatos com pelo menos 20% do quociente eleitoral e os partidos com pelo menos 80% do mesmo quociente (número de votos válidos dividido pelo número de vagas). A intenção é evitar que candidatos com votação irrisória se elejam graças a um "puxador de votos" no partido.

 

Teste São Tomé

Os vários resultados dos institutos de pesquisas de intenção de votos aferidos nestas eleições no estado de Tocantins, será um verdadeiro teste do São Tomé. Quem está com a metodologia certa ou errada para em um possível segundo turno ser ou serem descartados como exemplo forma das eleições municipais daqui dois anos.

O observatório político de O Paralelo 13 está de olho....

O eleitor também!

 

Posted On Segunda, 29 Agosto 2022 08:06 Escrito por

Por ter se tornado o favorito para a eleição de governador, no próximo dia dois de outubro, o governador Wanderlei Barbosa acabou virando a “vidraça” nestas eleições, ou seja, todos os demais candidatos ao Palácio Araguaia trabalham para tirar de Wanderlei essa liderança nas pesquisas e esse favoritismo persistente.  Até mesmo os candidatos ao Senado por outros grupos políticos irão fazer força contra o atual governador, pois quanto mais eleitores conquistados para si, menos serão para Wanderlei. 

 

Por Edson Rodrigues

 

Por esses motivos, a permanência de Wanderlei Barbosa no Palácio Araguaia em 2023 depende apenas do seu próprio trabalho e, seu pior inimigo será não fazer o suficiente para vencer no primeiro turno e ir para um segundo turno com duas ou mais candidaturas oposicionistas unidas contra ele.

 

Vale ressaltar que Wanderlei Barbosa, o político, o governador, já fez a sua parte. Já fez tudo o que estava al seu alcance para vencer a eleição, levando sua campanha “nas costas”, se sacrificando para atrair o maior número de lideranças políticas possíveis para o seu lado.

 

Além disso, vem administrando o Tocantins dando mostras de capacidade para continuar a fazê-lo a partir de 2023, mantendo a economia equilibrada, o Estado enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, deu prosseguimento às obras de Estado, ou seja, àquelas mais importantes, de maior abrangência, como a nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional e o Hospital Regional de Araguaína, vem recuperando as rodovias pavimentadas, resgatou direitos trabalhistas dos servidores públicos estaduais, concedendo e pagando progressões e promoções que vinham sendo ignoradas pelos governos anteriores, criando um vínculo de gratidão difícil de ser quebrado junto aos funcionalismo.

 

POLITICAMENTE

Enquanto vinha administrando o Estado, com uma equipe de auxiliares competentes, de caráter, muitas se tornando revelações positivas no desempenho de suas funções, sem nenhuma suspeita de corrupção durante sua gestão, Wanderlei conseguiu formar um grupo de lideranças políticas em torno da sua candidatura, formada, principalmente, por deputados estaduais, prefeitos e deputados federais que, além de se aproximarem do Palácio por afinidade pessoal e política com Wanderlei, foram atraídas pela sua forma de governar e por ser o primeiro governador genuinamente tocantinense, dando uma cara de “povo” à sua gestão, como nunca houve na história política do Tocantins.

 

GOVERNO TRANSPARENTE

 

Wanderlei também vem sendo muito feliz na área do marketing, da publicidade e da comunicação do seu governo, começando pelo competente Lincoln Morais e, agora com Márcio Rocha, que assumiu a assessoria de comunicação e vem mantendo parcerias com os veículos de comunicação mais tradicionais e de maior credibilidade do Estado, agindo de forma republicana, sem nenhum tipo de agressão, comparação ou desmerecimento aos adversários.

 

Essa assessoria de alto nível de Wanderlei, mantém a transparência do seu governo do jeito que o povo entende e gosta, expondo as obras e as ações positivas, sem se esconder quando problemas são apontados, partindo de forma imediata para a solução, sem intermediários e sem contemporização.

 

Enfim, Wanderlei vem surpreendendo e, não é à toa, que aparece bem nas pesquisas eleitorais. Mas, tudo isso, por mais positivo que seja, não vence uma eleição.

 

UNIÃO E INTERAÇÃO

Por tudo o que já foi dito de positivo do governo de Wanderlei Barbosa, nota-se que sua gestão é extremamente democrática, e é, justamente, neste ponto, que mora o “perigo”.

 

Um governo democrático demais, que confia demais em seus assessores, pode acabar vítima dos mesmos erros por que passaram Marcelo Miranda e Moisés Avelino que, de tanto confiar em seus auxiliares, acabaram deixando-os “soltos” demais.

 

Alguns diretores e chefes de órgãos estaduais, que alcançaram seus cargos pelo método do “QI” – quem indica – deixa de lado justamente a parte em que deveriam demonstrar gratidão pelo acolhimento, e não comparecem aos atos políticos do governo, nas reuniões e concentrações populares cujo motivo é a simples presença de Wanderlei Barbosa.  Muitos dizem não gostar de política, mas todos sabem que se trata de falta de compromisso.

 

Em Porto Nacional, por exemplo, Wanderlei Barbosa já esteve diversas vezes durante sua gestão e, pelo menos, 98% dos detentores de cargos de confiança em órgãos do governo do Estado, inclusive com carro e combustível pagos pelo governo, nem compareceram, muito menos se manifestaram.

 

Como dizia o saudoso Antônio Carlos Magalhães, “quem não integrar, se entrega e entrega o cargo junto”.  Foi assim que Marcelo Miranda acabou sofrendo as traições que sofreu e Moisés Avelino viu assessores comprarem imóveis fora do Brasil, recaindo sobre eles, então governadores, os ônus dos atos impróprios de seus comandados.

 

Se o governo de Wanderlei Barbosa não enquadrar esses assessores, detentores de cargos de confiança que estão agindo como se tivesse “o rei na barriga”, ele pode acabar tendo o seu governo e, pior, a sua campanha comprometida, pois são essas pessoas as mesmas que instalam o clima de “já ganhou”, agem com irresponsabilidade em meio à uma campanha importante, inédita, cheia de entrelinhas e, ao invés de trabalhar e lutar para elevar o nome de Wanderlei Barbosa junto à população, ficam restritos às quatro paredes palacianas, tentando agradar o governador com “boas notícias”, sem fundamento, sem baseamento e, principalmente, sem o compromisso com a verdade e com o objetivo de todo o esforço que Wanderlei vem fazendo para permanecer governador em 2023.

 

Se houver segundo turno, a culpa será tão, e tão somente, dessas pessoas.

 

ANÁLISE

 

Após a divulgação dos números da pesquisa FIETO/Vetor, no próximo dia primeiro de setembro, o Observatório Político de O Paralelo 13 fará uma análise conjunta de todos os resultados que também foram apresentados no decorrer dessa semana, quando poderá traçar uma primeira avaliação com dados e números reais e factíveis, deste início de campanha visando as eleições de dois de outubro. 

 

Aguardem!

 

Posted On Segunda, 29 Agosto 2022 07:51 Escrito por

O primeiro debate entre os candidatos e candidatas à Presidência da República nas eleições de 2022, realizado neste domingo (28/8), foi marcado por momentos de tensão como os embates entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Além das discussões entre os dois líderes nas pesquisas eleitorais, o debate foi marcado por um clamor por mais respeito às mulheres e, ainda, por bate-boca entre aliados de Lula e Bolsonaro nos bastidores do evento.

 

O debate foi promovido por um pool de veículos formado por Folha de S.Paulo, TV Cultura, UOL e TV Bandeirantes. Além de Lula e Bolsonaro, participaram do debate os candidatos Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe D'Ávila (Novo).

 

Com BBC Brasil   

Confira os principais momentos do encontro:

 

Lula e Bolsonaro lideram as principais pesquisas de intenção de voto mais recentes e o duelo direto entre os dois, o primeiro desde o início da corrida eleitoral, era um dos mais esperados.

 

Logo no primeiro bloco, no momento dedicado às perguntas diretas entre candidatos, Bolsonaro escolheu Lula para responder a uma questão e o presidente perguntou ao petista sobre a corrupção na Petrobras.

 

O tema é considerado sensível porque Lula foi condenado duas vezes por crimes supostamente cometidos no âmbito da Operação Lava Jato. Ele ficou 580 dias preso.

 

Em 2021, porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações de Lula por considerar que a 13ª Vara Federal de Curitiba, na qual Lula foi condenado em primeira instância, não era competente para analisar os seus casos.

 

"Delatores devolveram 6 bilhões de reais. Ou seja, corrupção houve. Presidente Lula, o senhor quer voltar ao poder para quê? Para continuar fazendo a mesma coisa na Petrobras?", perguntou Bolsonaro.

 

Lula respondeu mencionando medidas de fortalecimento de órgãos de controle tomadas durante os governos do PT como a criação do Portal da Transparência.

 

"Não teve nenhum presidente da República que fez mais investigação para que a gente apurasse a corrupção do que nós fizemos", disse o ex-presidente.

 

Em um dos momentos mais tensos do debate, o presidente Bolsonaro chamou Lula de "ex-presidiário" após Lula criticar o sigilo de 100 anos a documentos imposto pelo candidato à reeleição.

 

"Hoje, qualquer coisinha é sigilo de 100 anos", disse Lula.

 

"Que moral tu tem pra falar de mim, ex-presidiário? Nenhuma moral", rebateu Bolsonaro.

 

Após ter sido chamado de ex-presidiário, Lula ganhou direito de resposta concedido pela produção do debate e respondeu a Bolsonaro. Segundo o petista, sua prisão só aconteceu para que Bolsonaro pudesse ser eleito.

 

"Apenas para dizer da irresponsabilidade de quem exerce o cargo de presidente e que me chamou duas vezes de presidiário. Ele sabe porquê eu fui preso. Que é para ele ser presidente da República. Fui julgado, considerado inocente pelo STF, pela ONU e estou aqui candidato para ganhar as eleições, e num decreto só vou apagar todos os seus sigilos", disse Lula.

 

Ataque de Bolsonaro a jornalista

 


O segundo bloco foi marcado por um dos momentos mais tensos de todo o debate. A jornalista Vera Magalhães, escalada para fazer perguntas aos candidatos, foi atacada por Bolsonaro ao mencionar que o presidente teria difundido desinformação sobre vacinas contra a covid-19.

 

"Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido em um debate como esse, fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro", disse o presidente.

 

O ataque de Bolsonaro à jornalista foi seguido de uma série de manifestações de solidariedade a ela e a críticas à postura do presidente em relação a mulheres.

 

Ainda no segundo bloco, a candidata Simone Tebet criticou o presidente após a fala contra Vera Magalhães.

 

"Nós temos que dar exemplo. Exemplo que, lamentavelmente, o presidente não dá quando desrespeita as mulheres, quando fala das jornalistas, quando agride, ataca e conta mentiras como acabou de fazer", disse a candidata.

 

Outra que saiu em defesa da jornalista foi a candidata Soraya Thronicke.

 

"Eu vejo o que aconteceu com a Vera. Eu realmente fico extremamente chateada. Quando homens são 'tchutchuca' com outros homens, mas vê pra cima da gente sendo 'tigrão'. Eu fico extremamente incomodada", disse.

 

Mulheres e as políticas públicas

A questão feminina não ficou restrita ao episódio envolvendo Bolsonaro e Vera Magalhães. Políticas voltadas ao público feminino foram alvo de perguntas feitas aos candidatos.

 

Uma das primeiras a levantar o assunto foi Simone Tebet, mencionando posições supostamente contrárias aos diretos da mulher tomadas por Bolsonaro.

 

"Candidato Bolsonaro, por que tanta raiva das mulheres?", perguntou a senadora.

 

Bolsonaro rebateu a pergunta afirmando que seu governo foi o que teria sancionado mais leis em favor das mulheres no país.

 

"Por que essa forma barata de me acusar como se eu não gostasse de mulheres? Eu fui o governo que mais sancionou leis defendendo mulheres", disse Bolsonaro.

 

Em outro momento, o alvo foi o ex-presidente Lula. O petista foi indagado pela jornalista Ana Estela de Sousa Pinto sobre se ele iria formar um ministério com metade dos cargos ocupados por mulheres. Lula evitou se comprometer com essa meta.

 

"Não sou de assumir compromisso, de me comprometer a fazer metade, indicar religioso, indicar mulher, indicar negra, indicar homem [...]. ou seja... você vai indicar as pessoas que têm capacidade para assumir determinados cargos", disse.

 

"Tenho orgulho de ter indicado o primeiro negro para a Suprema Corte. De indicar a Carmen Lúcia para a Suprema Corte. E poderia indicar muito mais. Pode-se indicar muito mais. Pode até ter maioria mulher [...] mas eu não vou assumir um compromisso de que eu tenho que ter determinada pessoa obrigatoriamente porque se não for possível eu passarei por mentiroso", afirmou o presidente.

 

Ciro ataca Lula, que diz querer conversa

Outro momento que chamou atenção no debate foi quando Lula e Ciro tiveram um confronto direto.

 

Ciro foi, por diversos anos, um dos principais aliados de Lula. Ele chegou a ser ministro da Integração Nacional durante o governo do petista, mas há pelo menos oito anos Ciro vem se mantendo distante do petista.

 

Nesta campanha, ele tem sido um dos principais críticos à gestão do ex-presidente. Segundo o candidato, as gestões petistas teriam sido responsáveis pela crise econômica e política que levou à eleição de Bolsonaro em 2018.

 

Lula foi questionado pela jornalista Patrícia Campos Mello sobre como faria para atrair o apoio de Ciro Gomes em um eventual segundo turno.

 

E Ciro foi questionado sobre se ele daria apoio a Lula caso o petista fosse ao segundo turno das eleições. Lula disse ter respeito por Ciro e que esperava que os dois ainda pudessem conversar ao longo da corrida eleitoral.

 

"Eu sempre digo o seguinte: tem três pessoas no Brasil que eu trato com deferência: Mário Covas, [Roberto] Requião e Ciro Gomes. De vez em quando eles podem até falar mal de mim que não levo em conta, porque eu sei que eles têm o coração mais mole do que a língua. Eles têm o coração muito mais mole, são muito mais compreensivos aos problemas sociais", disse Lula.

 

"Eu espero que o Ciro, nessas eleições, não vá para Paris, eu espero que o Ciro fique aqui no Brasil, que a gente sente para conversar e possa construir a verdadeira aliança política que ele sabe que vai ser construída", disse Lula em alusão à viagem que Ciro fez a Paris após o primeiro turno das eleições de 2018. Ele foi criticado por setores da esquerda por supostamente não ter se empenhado no segundo turno contra a eleição de Bolsonaro.

 

Ciro, por sua vez, chamou Lula de "encantador de serpente" e voltou a criticar o petista.

 

"O Lula é esse encantador de serpente, vai na emoção das pessoas, cativa [...] Eu atribuo ao Lula a contradição econômica do Lula, a contradição moral do Lula e do PT o Bolsonaro. Eu não acho que o Bolsonaro desceu de Marte com essas contradições todas. O Bolsonaro foi um protesto absolutamente reconhecido respeitosamente por mim contra a devastadora crise econômica que o Lula e o PT produziram e que ele apaga", afirmou Ciro.

 

D'Ávila critica fundo eleitoral; Soraya rebate

O candidato Felipe D`Ávila e a candidata Soraya Thronicke protagonizaram um breve embate sobre a legitimidade do fundo eleitoral. O fundo é garantido por recursos públicos e é destinado ao financiamento de campanhas eleitorais. Neste ano, a estimativa é que o fundo seja de R$ 5,7 bilhões.

 

Para D'Ávila, o fundo é uma "excrescência".

 

"Que dignidade é essa de se aprovar o fundão eleitoral de R$ 5 bilhões? Tirar dinheiro da educação , da pobreza, atendimento médico, pra financiar campanha política? Pra todo mundo vir no debate de jatinho enquanto tem gente passando fome. Qual a dignidade de aprovar uma excrescência desse fundo eleitoral?", indagou o candidato.

 

Soraya Thronicke rebateu afirmando que nem todos os candidatos teriam as mesmas condições financeiras que D'Ávila para financiar suas campanhas. O candidato declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de R$ 24 milhões.

 

‘Não vou apertar a mão de ladrão’, diz Bolsonaro sobre Lula; veja vídeo

 

"Candidato, nem todos têm o patrimônio que o senhor tem e muitos doadores que a campanha de vocês tem pra tocar uma campanha, que é cara. Se nós não tivéssemos o fundo eleitoral pra financiar a democracia, nós nunca, e principalmente nós mulheres, jamais teríamos acesso à política", disse.

 

 

 

Ao chegar ao primeiro debate presidencial das eleições, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, afirmou que não vai “apertar a mão de ladrão” - em referência ao seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência da República.

 

A partir das regras acordadas previamente, Bolsonaro e Lula ficariam lado a lado no debate. Duas horas antes do debate, no entanto, o candidato do PDT, Ciro Gomes, foi às redes sociais dizer que houve uma mudança repentina que separou os principais candidatos. A Band, organizadora do debate, ainda não confirma.

 

A informação que circulava quando a campanha de Lula chegou ao local era de que o GSI havia solicitado a troca.

 

Questionado se pediu a troca, Bolsonaro respondeu que “não interessa”. “Posso ficar do lado do Lula sem problema nenhum. Eu faço um pedido, se houve a troca, volta ao normal. Mas só uma coisa, não vou apertar a mão de ladrão”, declarou.

 

O presidente estendeu as críticas ao principal adversário, líder nas pesquisas de intenção de voto. “Tem um cara que saiu como o presidente mais corrupto da história do Brasil. Poderia ter botado o brasil lá em cima, optou por fazer um governo para se perpetuar no poder”, declarou.

 

‘É só recorrer ao Auxílio Brasil’

Após dizer que não há fome “para valer” no Brasil, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro afirmou neste domingo que quem está no nível da pobreza “é só recorrer ao Auxílio Brasil”. “Quem recebe até 1,9 dólares por dia está abaixo da linha da pobreza. Isso dá 10 reais por dia. O Auxilio Brasil dá 20. Quem está no nível da pobreza, é só recorrer ao Auxílio Brasil”, afirmou Bolsonaro ao chegar ao debate na Band. Do lado de fora, manifestantes gritavam “Fora, Bolsonaro”.

 

 

Posted On Segunda, 29 Agosto 2022 07:46 Escrito por