Parecer de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) foi apresentado à CCJ nesta segunda (10) e discussão deve começar na quarta (12). Relatório também será votado pelo plenário da Câmara Felipe Amorim e Gustavo Maia Em uma derrota para o governo, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), relator da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), deu parecer favorável nesta segunda-feira (10) a que a Câmara dos Deputados autorize o prosseguimento do processo contra o presidente.
"A denúncia não é inepta. Por ora, o que temos são indícios de autoria, o que a meu sentir enseja o deferimento da autorização", disse Zveiter. "Limitei-me a verificar se há indícios suficientes. "As [análises das] provas concretas são obrigatórias apenas no final do processo", disse o relator, dizendo que, nesta fase, os indícios são suficientes para abrir o processo.
Por ora, temos indícios que são sérios o suficiente para ensejar o recebimento da denúncia "Sobre a autenticidade [das gravações], indícios fortíssimos existem, pois o próprio presidente da República a reconheceu em rede nacional", acrescentou. "É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem a autorização do outro. Não sou eu que estou dizendo. É o Supremo Tribunal Federal, há duas décadas."
O relator também afirmou que o STF (Supremo Tribunal Federal) tem um histórico de admitir como prova judicial o uso de gravações feitas por um dos interlocutores, caso do encontro com Temer no Palácio do Jaburu gravado por Joesley Batista.
O relator também rebateu o argumento da defesa de Temer de que a gravação violou o princípio da privacidade, dizendo que o presidente recebeu Joesley para tratar de "assuntos públicos e não republicanos".
Zveiter afirmou que a autorização do processo pela Câmara atende o interesse da sociedade de que a investigação prossiga. "Num primeiro momento, é a sociedade que tem o direito de ver os fatos esclarecidos", afirmou.
Em seu parecer, o relator disse que o arquivamento da denúncia, e não seu prosseguimento, como afirmam aliados do governo, teria o efeito de agravar a crise no país. "Impedir os avanços das investigações e seu devido julgamento seria ampliar perigosamente o abismo entre a sociedade e as instituições que as representam", afirmou.
"Voto pela admissibilidade da acusação e pelo deferimento da solicitação de instauração de processo", finalizou.
Ao final do voto, Zveiter foi ovacionado por deputados de oposição, que passaram a gritar "fora, Temer".
Zveiter leu seu parecer na tarde de hoje em sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. O texto precisa de maioria simples (metade mais um dos presentes) para ser aprovado. Se o parecer for derrotado, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), designa um segundo relator para emitir parecer de acordo com o entendimento da maioria na comissão.
Sessão tem acusações contra governo
O andamento da sessão foi disputado entre aliados do governo, que tentavam acelerar a análise da denúncia, e deputados da oposição, que usaram de expedientes para alongar a reunião da CCJ.
Logo de início, a oposição conseguiu que a comissão realizasse a leitura da ata da sessão anterior, medida normalmente dispensada em outras reuniões. A oposição também apresentou requerimentos, rejeitados pelo presidente da CCJ, para que fossem convocadas testemunhas e para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, viesse à CCJ se manifestar sobre a denúncia.
Este domingo, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, rejeitou a ação proposta pelo deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) para garantir a ida de Janot à CCJ.
O começo da sessão foi marcado pelo desabafo, aos gritos, do deputado Delegado Waldir (PR-GO), um dos quatro parlamentares de seu partido que foram substituídos na comissão nesta segunda. "Revoltado", ele acusou o PR de vender sua vaga ao governo federal, já que ele votaria pela admissibilidade da denúncia.
O líder da legenda na Casa, deputado José Rocha (BA), por sua vez, disse que os quatro pediram para ser trocados porque "não se sentiam confortáveis em votar contra a denúncia", e que os substitutos votarão como quer o partido, que faz parte da base aliada.
Além das trocas do PR, outros quatro membros titulares do PMDB, PTB, PSD e Solidariedade foram trocados nos últimos dias. As substituições de última hora foram a estratégia adotada pelo governo para tentar garantir maioria na votação do relatório sobre a denúncia na CCJ. Em menos de uma semana, portanto, quase 1/7 dos membros titulares da comissão foram trocados.
Temer foi denunciado pelo crime de corrupção pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
Para que o processo tenha seguimento e o presidente seja julgado perante o STF (Supremo Tribunal Federal) é preciso que primeiro os deputados deem aval ao processo.
Depois de passar pela CCJ, a denúncia da PGR segue para o plenário da Câmara, onde precisa do voto favorável de ao menos 342 dos 513 deputados.
A votação na Câmara determina apenas a autorização para que o Supremo julgue o presidente, e não representa, em tese, um juízo de culpa sobre se ele de fato cometeu o crime.
Caso o prosseguimento do processo seja aprovado pela Câmara, os 11 ministros do STF ainda precisam analisar se recebem a denúncia da Procuradoria contra Temer. Se aceita, este faria com que Temer se tornasse réu pelo crime de corrupção e o deixaria afastado do mandato por 180 dias ou até o julgamento do processo pelo Supremo.
Caso a ação não seja julgada em 180 dias, o presidente retoma o cargo, mas o processo continua sua tramitação no Supremo.
No período de afastamento, assume a Presidência da República o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Por Rose Dayanne Santana
A DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins protocolou nesta sexta-feira, 7, Recomendação junto à Procuradoria Geral de Palmas, onde requer a suspensão dos efeitos do Decreto nº. 1.394/20017, que estabelece normas para a prestação do serviço de transporte motorizado privado e remunerado de passageiros no município de Palmas, para oportunizar a discussão dos dispositivos do Decreto, antes de impor obrigações excessivas aos motoristas.
“Além de prejudicar os motoristas que exercem sua atividade, ainda prejudica os direitos da coletividade, os consumidores, usuários do serviço”, destacou a coordenadora do NUAmac Palmas – Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas, a defensora pública Letícia Amorim.
A Recomendação é resultado de uma atuação conjunta do NUAmac Palmas e Nudecon – Núcleo Especializado de Defesa do Consumidor, após um grupo de cerca de 50 motoristas do aplicativo Uber ter recorrido à DPE-TO, na quinta-feira, 6, denunciando as violações advindas do Decreto, como o impedimento de seguir com a prestação de serviços. Atualmente, em Palmas, há cerca de 300 motoristas que contratam o Uber como aplicativo para prestação de serviço.
O Decreto Municipal de nº 1.394, publicado no Diário Oficial do dia 7 de junho, regulamenta a Medida Provisória nº 16, de 6 de junho de 2017, e apresenta algumas exigências para executar o serviço de transporte motorizado privado e remunerado de passageiros em Palmas, como identificação externa nos veículos, curso de formação, cobrança de taxa de 0,10 centavos por quilômetro rodado, dentre outras.
Em confraternização, jornalistas lembram com saudade do comunicador Salomão Venceslau, ressaltam suas peripécias, e excelente companhia do amigo
Da rerdação
A empresária Joana Castro recebeu em sua residência nesta sexta-feira, 7, alguns amigos seu, e do seu falecido esposo, Salomão Venceslau. Com uma extensa vida publica, e excelente relacionamento com os dirigentes dos veículos de comunicação, Darci Coelho lembrou da relação de amizade que sempre teve com o jornalista Salomão Venceslau.
Convidado ilustre, o advogado é considerado por muitos jornalistas como o conselheiro. Durante o bate papo Darci destacou vários momentos de descontração, conselhos, e eventuais diálogos que os amigos tinham.
Com saudosismo e um clima nostálgico, o encontro entre os jornalistas e o amigo da velha guarda dos profissionais da imprensa e publicitários serviu para que discutissem e recordassem do período em que instalaram-se na Capital, seu crescimento, e claro, querido e amado por todos Salomão Venceslau foi citado diversas vezes.
O falecimento do jornalista, que aconteceu em 2013, deixou saudades não apenas a familiares e ouvintes do seu programa, como também desfalcou aquele grupo de profissionais que por vários anos vem contando e noticiando os fatos da que acontece no Tocantins.
Além da viúva, Joana Castro, estiveram no encontro dos amigos comunicadores, Iracede Araújo, Wibergson Gomes, Adriana Ferraz, Vieira de Melo, Fatima Fernandes, Erika Castro, Darci Coelho, Edson Rodrigues, José Honorato, Luiz Celso e Valeria Barros.
Por Cinthia Abreu
A população de Couto Magalhães e de Silvanópolis será beneficiada com atendimento do projeto Defensoria Itinerante na sexta-feira, 7. Os atendimentos em Couto Magalhães acontecem de 9 às 16h30, na sede dos CRAS – Centro de Referência e Assistência Social dos municípios. Já em Silvanópolis os atendimentos acontecem na sede da Câmara Municipal, de 9 às 17 horas.
O projeto é uma realização da DPE-TO - Defensoria Pública do Estado do Tocantins, por meio da ação “Expedição Cidadão”, que busca levar o acesso à justiça às populações mais isoladas e carentes do Estado.
Os atendimentos são voltados para os moradores dos municípios e da região circunvizinha. Para receber atendimento, os interessados que se enquadrem no perfil do Assistido da Instituição (não tenham condições financeiras para pagar um advogado) devem levar a documentação pessoal: RG, CPF, Certidão de Nascimento ou Casamento (de todos os envolvidos), comprovante de renda e comprovante de residência; e ainda outros documentos relacionados ao assunto do atendimento. Por exemplo, no caso de demanda de saúde, laudos médicos, receitas, exames.
Itinerante
O “Expedição Cidadã” faz parte do projeto Defensoria Itinerante que pretende aproximar o cidadão dos seus direitos, ampliando o acesso à justiça e levando serviços jurídicos gratuitos aos municípios que não tem sede da Instituição, bairros afastados, comunidades rurais e localidades isoladas.
O ex-presidente disse, também, que não havia uma preferência pela Odebrecht, quando o Fundo de Investimento do FGTS foi criado, durante seu segundo mandato presidencial
Por Kariane Costa
O ex-presidente Lula disse à Justiça Federal, em Brasília, que na época do seu governo não tinha conhecimento sobre a influência do deputado cassado Eduardo Cunha na Caixa Econômica Federal .
Ele também negou que a indicação do ministro Moreira Franco para a vice-presidência na Caixa, em 2007, tenha partido do presidente Michel Temer, e sim que foi uma decisão do PMDB.
Lula prestou depoimento como testemunha de defesa indicado pelo advogado de Eduardo Cunha. O depoimento do ex-presidente foi rápido, menos de 10 minutos.
O processo acusa Cunha de receber R$ 52 milhões de reais das empresas OAS, Odebrecht e Carioca para aprovar, junto à Caixa, o financiamento que revitalizou o porto do Rio de Janeiro para a Olimpíada. Projeto que Lula afirmou só ter conhecido por meio da imprensa.
A audiência foi realizada em Brasília, mas Lula prestou depoimento por meio de videoconferência em São Paulo.
O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, também prestou depoimento nessa terça-feira (4), mas a pedido da defesa do operador Lúcio Funaro. Os dois estão presos.
O empresário afirmou que ouvia falar da influência de Cunha sobre a Caixa.
Fábio Cleto é ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa. Ele fez um acordo de delação premiada e afirma que Cunha recebia propina para a liberação de verbas do FI-FGTS.