O Ministério da Economia faz os últimos cálculos antes de dar o sinal verde para a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) ainda este ano. Na contramão dessa medida, o governo, por ora, desistiu de passar de 25% para 33% o corte linear das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em benefício da indústria.
Por Adriana Fernandes
Entre reduzir o Imposto de Renda para as empresas e a tributação das pessoas físicas, a preferência do ministro da Economia, Paulo Guedes, é a correção da tabela e da faixa de isenção do IRPF. Além de ser uma promessa não cumprida na eleição de 2018 do presidente Jair Bolsonaro, a medida seria uma compensação pelo impacto da guerra da Rússia e da Ucrânia nos preços, que retira a renda dos brasileiros.
A faixa de isenção, hoje em R$ 1,9 mil, deve aumentar, mas o valor não está definido. Em projeto que passou na Câmara e está parado no Senado, a elevação da faixa de isenção prevista é para R$ 2,5 mil. Mas no projeto o governo teria receitas extras com a volta da taxação de lucros e dividendos de acionistas de empresas.
Em evento promovido nesta quinta-feira, 7, pelo Bradesco, Guedes sinalizou que faria a correção da tabela, mas não deixou claro se seria ainda em 2022 ou para 2023. O ministro recebeu alertas do secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, para ter cautela com a medida e o impacto nos cofres públicos.
Com a diminuição da distância entre o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto nas eleições deste ano, o governo está cada vez mais confiante e fala de planos para 2023. A correção da tabela é uma promessa de Bolsonaro não cumprida até agora nos quase três anos e meio de governo. Bolsonaro entende que será cobrado nesse ponto na sua campanha à reeleição.
O entendimento é de que a mudança, que beneficiaria a todos os contribuintes, não precisaria de compensação com aumento de outros tributos como exige a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Como mostrou o Estadão, o governo ainda tem uma folga de R$ 45 bilhões na meta de R$ 170 bilhões de déficit primário das contas públicas. Como é do lado das receitas, a desoneração do IR não afeta o teto de gastos (regra que atrela o crescimento das despesas à inflação), mas os Estados e municípios perderiam ainda mais receitas porque o tributo tem a arrecadação compartilhada com eles.
IPI
O governo desistiu de passar de 25% para 33% o corte no IPI. O aumento do corte da alíquota para 33% estava pronto para ser assinado, mas por razões políticas o presidente não quis assinar o novo decreto para beneficiar os produtos da Zona Franca de Manaus (ZFM) - os produtos fabricados na região ficariam de fora do corte do IPI para não tirar a "competitividade tributária".
O governo diz que o acordo para a ampliação da queda do IPI caiu porque os Estados não cumpriram o acerto feito e congelaram o ICMS dos combustíveis no pico de preços.
O presidente Jair Bolsonaro já criticou o PROS por acionar a Justiça contra o corte no IPI e chamou o relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de "prezado ministro".
"O partido PROS está contra a redução de IPI de automóveis, motocicletas, produtos da linha branca. E está na mão do prezado ministro Alexandre de Moraes se vai mandar arquivar esse meu decreto ou vai dizer que está valendo. Se mandar arquivar - atenção, pessoal -, vai subir IPI de carros, motocicletas, geladeira, fogão", declarou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais.
O PROS foi ao STF por entender que a medida compromete a existência da Zona Franca de Manaus, por reduzir o atrativo tributário na região. Quando o governo promoveu o corte linear de 25% da alíquota do IPI, no final de fevereiro, os produtores instalados no parque industrial da Zona Franca de Manaus criticaram a medida, alegando que perderiam a vantagem competitiva que têm hoje em relação às demais empresas instaladas em outras partes do Brasil. A pressão tinha surtido efeito e o governo estava pronto para fazer a mudança, mas desistiu.
O acordo que selou a aliança para o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) ser vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, 8, não interrompeu o processo de “caça às bruxas” instalado no PT. Nos bastidores do partido, há críticas à coordenação da campanha e preocupação com deslizes verbais de Lula, que, nos últimos dias, deram munição para adversários, principalmente aos aliados do presidente Jair Bolsonaro.
Por Vera Rosa
Lula tentou consertar afirmações em defesa do aborto e explicar a declaração na qual incentivou que sindicalistas batessem à porta das casas de deputados e de seus parentes para cobrar votações. Mas o desgaste já estava feito, tanto que o bombardeio nas redes sociais continua. Além disso, a equipe de Bolsonaro prepara um material com todas as polêmicas frases de Lula para divulgar no início da campanha oficial, em agosto.
Alckmin preferiu o silêncio. Ao ser indicado nesta sexta-feira, 8, pelo PSB para fazer dobradinha com Lula, o ex-tucano afirmou que a hora é de “generosidade, grandeza política e união” e disse estar disposto a somar esforços para a “reconstrução” do País. “Temos hoje um governo que atenta contra a democracia e as instituições”, destacou.
Lula, por sua vez, observou que Alckmin entrava para o time dos “companheiros”, embora uma ala do PT tenha críticas à indicação. Por uma questão de formalidade, o casamento passará pelo crivo do Diretório Nacional do partido, na próxima quarta-feira, 13, mas a chance de veto da aliança é zero.
Não foi à toa que, no começo de seu discurso, ao lado de Alckmin, Lula elogiou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Fez uma espécie de desagravo a ela. A deputada é alvo de “fogo amigo” até mesmo em sua própria corrente, a Construindo um Novo Brasil (CNB).
Em 2019, antes da pandemia de covid-19, uma ala do PT tentou encurtar o mandato de Gleisi à frente do partido. O grupo não queria que ela conduzisse a campanha deste ano. Argumentava que a deputada levava o PT para uma linha radical e de isolamento e não tinha jogo de cintura político. Lula ainda estava preso quando essas pressões começaram e não aceitou tirá-la do cargo. Tudo o que Gleisi faz tem aval do ex-presidente. É ele quem, de fato, manda no PT.
De lá para cá, no entanto, as queixas sobre estratégias capitaneadas por Gleisi só aumentaram. Soma-se a isso a disputa pelo comando da comunicação na campanha de Lula, como mostrou o Estadão. De um lado está Franklin Martins, que coordena a equipe; de outro, o secretário do PT, Jilmar Tatto.
A sucessão de declarações enviesadas de Lula expôs ainda mais as divergências. Embora o ex-presidente tenha falado de improviso em todas as ocasiões, houve cobranças internas sobre a falta de estratégia política no momento em que pesquisas indicam recuperação da popularidade de Bolsonaro. Na prática, o petista precisa ampliar o leque de apoios para sua candidatura ao Planalto - que será lançada no dia 30, em São Paulo -, e não fazer o discurso do “nós com nós mesmos”.
Uma das avaliações foi a de que Lula está recorrendo à mesma tática usada por Bolsonaro ao dizer apenas aquilo que seu eleitor quer ouvir. Em conversas reservadas, dirigentes do PT argumentaram que a defesa do aborto como questão de saúde pública, feita pelo ex-presidente, puxou a polêmica para a campanha numa hora inadequada. A interrupção da gravidez, atualmente, só é permitida no Brasil em casos de estupro, de anencefalia do feto e quando há risco de vida para a mulher.
O “conselho” para que os sindicalistas pressionassem deputados em suas casas foi dado por Lula há quatro dias, durante encontro da CUT. Não foi a primeira vez que Lula disse isso, mas a época era outra. Depois, em reunião na Fundação Perseu Abramo, na terça-feira, ele chamou a elite brasileira de “escravista” e endereçou críticas à classe média por ostentar “um padrão de vida acima do necessário”.
O diagnóstico de uma ala do PT é o de que, com essas manifestações fora do prumo, Lula atiçou ainda mais a divisão e o clima de acirramento existentes no País. A “culpa”, porém, não foi debitada na conta dele, mas, sim, atribuída aos desacertos da coordenação da campanha.
Integrantes do partido estão preocupados com as reações a declarações sobre pressão a deputados em casa e sobre o aborto
Por Luciana Lima
Duas declarações recentes do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva, sobre forma de pressão a parlamentares e sobre aborto, provocaram reações entre lideranças petistas envolvidas na pré-campanha ao Planalto. A maior preocupação é com a fala em que Lula afirmou a sindicalistas que deveriam ir à casa de parlamentares para pressioná-los sobre matérias de interesse, o que incendiou não apenas as redes sociais bolsonaristas, mas os grupos de mensagens de integrantes do PT.
Nos grupos, muitos integrantes do partido se manifestaram contrários ao pensamento externado por Lula, que será lançado pré-candidato do partido à Presidência da República no próximo dia 30 de abril.
“Para falar a verdade, essa fala foi uma merda, foi muito ruim”, avaliou um petista em conversa reservada com o Metrópoles.
“Foi uma fala de conteúdo totalmente explosivo, contra nós, e estamos em um momento no qual não precisamos disso, ao contrário, não podemos errar”, disse o petista, bastante próximo do ex-presidente.
Nas discussões feitas no grupo ao longo dessa quarta-feira (6/4), membros do partido avaliaram que será necessário conversar com o ex-presidente no sentido de medir as palavras, com o objetivo de não dar munição para o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário.
“Certamente vão fazer uma avaliação com ele, ele mesmo deve estar fazendo essa avaliação”, informou um nome do partido.
A preocupação, segundo outro membro do partido, é em relação ao uso que pode ser feito tanto da afirmação. “É para ter cautela, porque nós não podemos ficar dando munição ao adversário numa campanha”, ponderou.
Mais grave
O problema mais grave, na opinião de petistas, refere-se ao discurso feito em um evento promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Lula pediu que os sindicalistas mudassem a forma de pressionar os congressistas e passassem a procurar deputados em suas casas, nas cidades onde eles moram.
Lula apontou que a atual forma de pressionar o Congresso, muitas vezes baseada em manifestações em frente ao órgão em Brasília, não surte mais efeitos e que por isso, seria necessário tentar convencer deputados e seus familiares sobre as propostas de interesse dos trabalhadores.
“Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa, não é para xingar, não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte muito mais efeito do que fazer a manifestação em Brasília”, disse Lula.
No mesmo discurso, o ex-presidente falou sobre a necessidade de conseguir passar uma “narrativa” sobre as reivindicações do movimento sindical e apontou que a disputa se dará com uma pessoa ligada às milícias, se referindo ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Lula queria falar sobre esse voto do Congresso, que é comprado pelas verbas. Mas a expressão foi infeliz. Não dá pra dizer que não foi. Ela foi infeliz”, justificou um petista.
Aborto
Petistas consideraram menos grave a fala sobre o aborto, visto que o presidente expôs uma realidade brasileira e não defendeu nada que o partido também não propague em relação ao aborto, ou seja, que o tema seja tratado sem dogmas ou moralismo, e como uma questão de saúde pública.
Essa foi a máxima repetida por Lula e pela ex-presidente Dilma Rousseff durante os governos petistas entre 2003 e 2016.
Mesmo assim, a forma e as palavras usadas por Lula também foram consideradas inadequadas.
“No caso do aborto, o que o Lula quer dizer, na prática, é que toda mulher tem o direito de ser atendida. Não tem nada de novo. Mas a ênfase que ele dá cria a impressão de que o partido vai liberar geral para legalizar o aborto, e não é isso”, apontou um dos membros da legenda.
Munição bem usada
A fala de Lula sobre a pressão a parlamentares realmente virou uma munição bem usada por parlamentares bolsonaristas, que chegaram a ameaçar, por meio das redes sociais, receber eventuais manifestantes à bala.
A deputada Carla Zambelli divulgou um vídeo na internet dizendo que entrará com uma representação contra Lula por ameaça, e “autorizou” a sua mãe a “meter chumbo” em quem chegasse à sua porta.
“Minha família é sagrada, e na minha família tem pistola”, discursou a parlamentar. “Olha, mãe, se vier vagabundo aqui ameaçar a senhora e ameaçar meu filho, a senhora está autorizada a pegar a minha pistola e meter chumbo”, orientou.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado federal Junio Amaral (PL-MG) aparece carregando uma pistola enquanto explica seu endereço na cidade de Contagem, região metropolitana de Minas Gerais.
“Vou esperar vocês lá. Tanto sua turma, como você. Vai lá conversar com a minha esposa, com a minha filha. Vocês serão muito bem-vindos”, ameaçou, mostrando a arma.
Daniel Freitas (PL-AC), também apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), prometeu pedir uma investigação contra Lula no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Questiono se nesse caso o ministro Alexandre de Moraes (do Supremo Tribunal Federal) pedirá a prisão do ex-presidiário Lula por essa ameaça ao Parlamento”, postou.
Em relação à questão do aborto, a reação partiu imediatamente de evangélicos, e foi endossada por deputados bolsonaristas.
A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, usou conta oficial no Instagram para dizer que Lula “sempre foi a cultura da morte” e alegou que a disputa se dará no próximo pleito entre as pessoas que defendem a morte e as que defendem a vida.
“Nas próximas eleições, nossas escolhas serão: vida protegida desde a concepção X morte de crianças inocentes”, publicou a ex-ministra.
O deputado Carlos Jordy (PL-PR) também partiu para o ataque contra Lula. “Não basta destruir o país por meio da corrupção, tem que destruir também nossos valores, princípios, as famílias, e assassinar inocentes. Não permitiremos”, publicou o deputado.
O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) disse que Lula não escondeu o que pensa sobre a questão. O parlamentar afirmou que, pela primeira vez, viu sinceridade no petista. “Lula para maiores”, pontuou o pastor.
“Acredito que pela primeira vez vi o Lula de quem sempre falei. Lula para maiores”, destacou.
O ex-presidente defendeu que mulheres devem ter o direito de abortar se não querem ter o filho
Com Yahoo notícias
Lula participou nesta terça-feira (5) de um debate promovido pela Fundação Perseu Abramo e a Fundação Friedrich Ebert, onde criticou a classe média, a elite brasileira e defendeu o assassinato de bebês em ventre materno (aborto).
“Nós temos uma classe média que ela é muito, ela ostenta um padrão de vida que nenhum lugar do mundo a classe média ostenta. Nós temos uma classe média que ostenta um padrão de vida que não tem na Europa, que não tem em muitos lugares, as pessoas são mais humildes. Aqui na América Latina, a chamada classe média ostenta muito um padrão de vida acima do necessário”, disse Lula.
Com sua visão comunista, onde tenta controlar os bens das pessoas, Lula defendeu limites para o consumo da classe média. Ele afirmou que as pessoas deveriam nascer e ter uma aula sobre os limites necessários para sobreviver.
“É uma pena que a gente não nasce e a gente não tem uma aula: o que que é necessário para sobreviver? Tem um limite que pode me contentar como um ser humano. Eu quero uma casa, eu quero casar, eu quero ter um carro, eu quero ter uma televisão, não precisa ter uma em cada sala. Uma televisão já tá boa”, enfatizou.
Embora ele mesmo ostente um padrão de vida muito acima do que lhe caberia como ex-presidente, ele listou o que seria básico para o brasileiro e defendeu imposição de limites.
“Eu quero um computador, eu quero um celular, ou seja, na medida que você não impõe limite, você faz com que as pessoas comprem um barco de 400 milhões de dólares e comprem um outro para pousar o seu helicóptero”, disse o petista.
Em seguida, Lula comentou sobre o aborto, defendendo que as mulheres devem ter o direito de “cuidar de não ter” o filho se não quiser ter e “não ter vergonha” de matar o bebê no ventre.
“Aqui no Brasil, as mulheres pobres morrem tentando fazer um aborto, porque é proibido, o aborto é ilegal”, disse. “Aqui ela (mulher) não faz porque é proibido, quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública e todo mundo ter direito e não ter vergonha. Eu não quero ter um filho, eu vou cuidar de não ter meu filho”, ressaltou o ex-presidente.
Por fim, fez ressalvas a um dos temas que deve ser alvo de acaloradas discussões durante a campanha: “Essa pauta da família, a pauta dos valores é uma coisa muito atrasada — e ela é utilizada por um homem que não tem moral para fazer isso”, afirmou o petista, se referindo ao presidente Bolsonaro.
Lula da Silva, o ex-tudo (ex-presidente, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro) pode gostar de muita coisa – de dinheiro a poder, passando por uma cachacinha -, mas não suporta concorrência e democracia verdadeiras – aliás, nunca suportou.
Com Isto É
Não à toa, conduz seu PT (Partido dos Trabalhadores) com mão de ferro e chave do cofre, desde sua fundação, jamais abrindo espaço para a renovação, muito menos permitindo aos demais partidos de esquerda, a participação efetiva no jogo eleitoral.
Todos sabem muito bem o porquê de suas indicações. Por exemplo: Dilma Rousseff e Fernando Haddad. Aliás, indicações, não, exigência; imposição. Como são sabidos os eternos boicote e subjugo a Marina Silva, Ciro Gomes e Guilherme Boulos, entre outros.
Ao trazer Geraldo Alckmin para sua chapa este ano, muito mais do que um aceno ao centro, o meliante de São de Bernardo deseja, como sempre, inviabilizar qualquer possibilidade de surgimento de uma nova liderança no partido ou em seus satélites.
Como eu disse, o barba não suporta concorrência. Talvez por isso a frase dita ontem, segunda-feira (4/4), sobre a possibilidade de união entre Simone Tebet, Eduardo Leite e Sergio Moro em torno de uma terceira via, ou centro democrático.
O pai do Ronaldinho dos Negócios disse: o que essas pessoas fizeram? Para ser líder tem de trabalhar muito, escutar muito. Não basta querer ser e pronto’. Ulalá, falou aquele que escuta muito (por um ouvido e sai pelo outro) e despreza o que lhe dizem.
Tebet, Leite e Moro têm
muitos feitos, cada um em seu caminho. Escrevi a respeito disso e vocês podem saber um pouco mais sobre os três. Muito além, todos possuem qualidades que Lula jamais sonhou em ter; será este o grande incômodo do ‘pai dos pobres’?
O líder do petrolão e mensalão quer saber o que eles fizeram, mas vou dizer o que jamais fizeram: roubar! Jamais apoiaram e financiaram ditaduras e ditadores. Jamais chamaram de ‘amigo’ e ‘irmão’ terroristas sanguinários mundo afora. Que tal?
Seus filhos jamais enriqueceram às custas deles, ou melhor, dos cargos que ocupam ou ocuparam. E nenhum jamais dirigiu um partido político que foi protagonista dos maiores escândalos de corrupção do planeta e suspeito, inclusive, de dois assassinatos.
Não sei se a resposta deixou satisfeita a ‘alma mais honesta do País’, acusada por dezenas de executivos de empreiteiras, como Odebrecht e OAS, e até mesmo por um de seus mais próximos companheiros de partido, Antônio Palocci, de corrupção. Mas é o que temos para hoje. Sorry, Lula.