Com Yahoo notícias
As lideranças partidárias do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Socialista Brasileiro (PSB) têm uma reunião marcada para a próxima sexta-feira (8), na qual o PSB deve formalizar a indicação de Geraldo Alckmin como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições de 2022. A informação foi confirmada por Lula, na manhã desta terça-feira (5), durante entrevista a uma rádio local do Paraná.
"Eu e o Alckmin podemos estar juntos na chapa. Vou ter uma reunião na sexta-feira em que o PSB vai propor ele, o Alckmin, de vice e isso nós vamos levar para discutir no PT. Vamos reconstruir o Brasil porque somos dois democratas, gostamos da democracia e temos como prova o exercício dos nossos mandatos", disse o ex-presidente.
No primeiro discurso após a filiação ao PSB no dia 23 de março, Alckmin defendeu o apoio do partido à candidatura de Lula e disse que o petista é, hoje, "aquele que melhor reflete o sentimento de esperança do povo brasileiro".
Os principais articuladores da aliança Alckmin e Lula, foram o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador de estado Marcio França (PSB).
Alckmin e Lula apareceram juntos, pela primeira vez, no final de 2021, em jantar organizado por grupo de advogados em São Paulo.
Alckmin, que é um dos fundadores do PSDB, deixou o partido no final de dezembro de 2021, após mais de 33 anos de trajetória na legenda. Na ocasião, afirmou que era um “tempo de mudança” e “hora de traçar um novo caminho”.
Geraldo Alckmin disputou a presidência da República duas vezes. Em 2006, quando perdeu no segundo turno para o ex-presidente Lula, e em 2018, quando ficou na quarta colocação, atrás de Jair Bolsonaro, Fernando Haddad e Ciro Gomes.
Formado em medicina, ingressou na política há 50 anos e, neste período, atuou em diversas funções no âmbito do Executivo estadual e do Legislativo: foi vereador, prefeito de Pindamonhangaba, deputado estadual, deputado federal, vice-governador e governador de São Paulo.
Petista afirmou que gostaria de polarizar com os tucanos: 'Mais democrático'
Com Yahoo notícias
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (4) que a terceira via é uma “cretinice”. A declaração do petista foi feita num evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Na avaliação de Lula, a eleição presidencial deste ano será “complicada” e que, até o momento, o que ele percebe é uma imprensa que trabalha de forma “alucinada” para encontrar uma terceira via.
“Esse negócio de terceira via, de polarização, é uma cretinice, porque a polarização há toda vez que tem duas pessoas disputando. O PT está polarizando desde que foi criado. Eu gostaria de polarizar com os tucanos, com o FHC [Fernando Henrique Cardoso], que é mais democrático, sensível. E não com um fascista como Bolsonaro que só sabe transmitir ódio, e mentiras. Mas é com ele, paciência”, argumentou.
O ex-presidente disse também que não está lutando com um homem qualquer, mas com alguém que conta mentiras todos os dias.
“Um cara [Bolsonaro] que não tem pudor de atacar qualquer pessoa sobre qualquer coisa. Ele não tem critério, respeito, humanismo, solidariedade”, falou.
“A gente vai precisar ser muito esperto nessa eleição. Não fazer o jogo rasteiro que eles vão fazer. O que vamos criar é uma indústria para dizer a verdade para o povo, porque eles não têm limites”, completou.
Nos dois principais colégios eleitorais do Nordeste, os palanques do ex-presidente Lula (PT) têm características similares, com candidatos desconhecidos da população em geral, grupos há 16 anos no poder e estratégia de nacionalização dos pleitos estaduais nas eleições de 2022.
POR JOSÉ MATHEUS SANTOS
O grupo que cuida da estratégia eleitoral do PT avalia que é preciso sair com ampla margem de votos sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Nordeste para compensar eventuais defecções nas outras regiões do país, como o Sul e o Centro-Oeste.
Para isso, petistas ligados à campanha de Lula preveem que é fundamental alavancar o ex-presidente em estados-chave do Nordeste, como Bahia e Pernambuco.
Quarto maior colégio eleitoral do Brasil, a Bahia é governada pelo PT desde 2007. Foram dois mandatos de Jaques Wagner e dois de Rui Costa, que está no último ano de gestão.
A escolha do candidato à sucessão de Rui foi tumultuada na base aliada. De início, o mais cotado era o senador Jaques Wagner, que desistiu da postulação. Depois, a missão passou para o senador Otto Alencar, que externou preferência pela reeleição ao Legislativo.
Por fim, o escolhido foi o ex-secretário estadual de Educação Jerônimo Rodrigues. O processo tenso ocasionou o rompimento do vice-governador João Leão (PP) com o PT. Para compensar a perda de votos, os petistas fecharam aliança com o MDB, do ex-ministro Geddel Vieira Lima.
O embate do PT na Bahia é com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil). Para ampliar a competitividade, o desafio dos petistas é associar a imagem de Jerônimo Rodrigues à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder em intenções de voto para presidente no Brasil e na Bahia.
"É voto casado na Bahia. É L de Lula lá e J de Jerônimo cá para governador", disse Jaques Wagner em discurso na última quinta-feira (3).
Também na quinta, Lula desembarcou em Salvador para dar a benção à chapa de Jerônimo Rodrigues para o governo e Otto Alencar para o Senado.
Outra tática que deverá ser usada pelo PT na Bahia é a presença de Jerônimo nas inserções partidárias da legenda no rádio e na televisão. Mesmo que não possa fazer campanha direta, a sigla pretende fazer com que a imagem dele esteja mais presente na mente do eleitorado baiano.
O PT da Bahia também tenta associar a imagem de ACM Neto à de Bolsonaro, explorando o apoio dado pelo ex-prefeito ao hoje presidente no 2º turno da eleição de 2018.
Membros do PT
"De um lado está o time de Lula, que é do sonho, da esperança e trabalha para cuidar de gente. Do outro lado está o grupo do atraso, formado por pessoas que trabalham com ódio, que não têm coragem de assumir o presidente deles. Eles estão do lado do bolsonarismo", afirmou Jerônimo no lançamento da pré-candidatura, em 31 de março.
A fala de Jerônimo é direcionada a ACM Neto, que tem evitado se associar a uma candidatura presidencial.
Líder nas pesquisas de intenção de voto para o Governo da Bahia, ele tem tentado se aproximar do eleitorado de Lula com aliados que declaram voto no ex-presidente, como João Leão (PP), seu pré-candidato a senador.
Em Pernambuco, o cenário é parecido com o da Bahia, só que para o PSB. Há quase 16 anos no poder, o partido adotará a nacionalização da eleição estadual em 2022.
Nos planos traçados em reuniões de bastidores, estão previstas gravações para programas eleitorais de rádio e da televisão com o pré-candidato ao governo, Danilo Cabral, ao lado do ex-presidente Lula.
O objetivo é, além de tentar jogar Bolsonaro (com rejeição elevada no estado) no colo da oposição, evitar que a deputada federal Marília Arraes, pré-candidata ao governo pelo Solidariedade, associe-se a Lula.
O comportamento do PSB na eleição de 2022 deverá ser o oposto do que aconteceu na eleição de 2020 no Recife. Na ocasião, no segundo turno, o candidato do partido, João Campos, usou o antipetismo como estratégia para derrotar Marília Arraes, à época no PT.
A escolha do candidato do PSB a governador também teve uma recusa, como a de Jaques Wagner pelo PT na Bahia. No caso do PSB pernambucano, o ex-prefeito do Recife Geraldo Julio jogou a toalha.
Temendo a exploração de investigações da Polícia Federal sobre supostas irregularidades em compras para o combate à Covid-19 na Prefeitura do Recife em 2020, quando era prefeito, ainda que não tenha sido implicado diretamente, Geraldo optou por dar negativa à possível candidatura em 2022.
Outra razão foi um veto da família à sua postulação na disputa estadual.
A postulação caiu no colo do deputado federal Danilo Cabral, tido como da confiança da família Campos, influente no poder em Pernambuco.
Pesquisas internas apontam que outro desafio para o PSB em 2022 será superar a rejeição ao governador Paulo Câmara. A tática deverá ser esconder o gestor da campanha de Danilo Cabral, explorando a imagem de Lula junto ao candidato.
"O povo brasileiro tem sim saudade de Luiz Inácio Lula da Silva. E nós queremos Lula de volta. Por tudo o que Lula representou para o Brasil. Pelo conjunto de ações e de políticas que ele implantou e que trouxe de volta para o Brasil o orgulho de ser brasileiro", disse Danilo em discurso recentemente.
A área de marketing eleitoral do PSB também já prepara um acervo com banco de imagens de Danilo Cabral junto ao ex-governador Eduardo Campos. A ideia é reativar na memória do eleitor os momentos positivos dos governos de Eduardo.
Por outro lado, haverá uma pesquisa com um banco de imagens e vídeos para criticar os ex-prefeitos de Petrolina Miguel Coelho e de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira, pré-candidatos a governador, pelos vínculos com o presidente Bolsonaro.
Anderson é o candidato declarado de Bolsonaro, enquanto Miguel Coelho tem se afastado do presidente desde que o seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, deixou a liderança do governo no Senado, em dezembro.
Para a cientista política Priscila Lapa, a estratégia de nacionalização da eleição pode ter sucesso em estados do Nordeste, que votam majoritariamente em Lula, como Bahia e Pernambuco, no entanto, há brecha para esse roteiro falhar.
"Vejo como o risco dessa estratégia o nível de desgaste que o PT na Bahia e o PSB em Pernambuco possuem por estar há muito tempo no poder, a fadiga de material político e por não conseguirem mais agradar totalmente o conjunto de aliados que formam chapas de oposição competitivas. A nacionalização pode não ser suficiente para vencer a eleição", afirma Priscila.
Marcelo Freixo (PSB-RJ) é pré-candidato ao cargo de governador do Rio de Janeiro
Com Agências
Em reunião do diretório estadual do Rio de Janeiro, o PT aprovou neste domingo, 3, o apoio à candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) para o governo do Estado. A aliança com o PSB também envolve o nome de André Ceciliano (PT) para o Senado.
A aprovação de Freixo foi quase unânime, conquistando 52 dos 55 votos dos dirigentes petistas. Em suas redes sociais, o parlamentar agradeceu: “Muito feliz com o apoio do PT e do presidente Lula. Vamos juntos vencer o bolsonarismo e reconstruir o Brasil e o Rio de Janeiro.”
Com apoio de Lula, Freixo aparece na frente de Cláudio Castro nas intenções de voto ao governo do Estado. © Dida Sampaio/Estadão Com apoio de Lula, Freixo aparece na frente de Cláudio Castro nas intenções de voto ao governo do Estado.
Com apoio de Lula, Freixo lidera disputa ao governo. Segundo os resultados da pesquisa Genial/Quaest para o Palácio Guanabara, publicada nesta terça-feira, 22, Freixo aparece empatado tecnicamente, no limite da margem de erro, com o atual governador Cláudio Castro, do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Em simulação de primeiro turno, o governador tem 21% das intenções de voto, ante 17% de Freixo.
A mesma pesquisa simulou um eventual segundo turno entre os dois candidatos. Sem apoio dos presidenciáveis, Castro fica na frente com 34% das intenções de voto, enquanto Freixo tem 30%. Na pergunta em quem o eleitor votaria para governador se Freixo tivesse apoio de Lula e Castro de Bolsonaro, as intenções de voto no parlamentar do PSB sobem para 41%, enquanto Castro aparece com 36%.
Ex-ministro, que cumpre pena em liberdade condicional por crimes como lavagem de dinheiro, participou de evento que formalizou união entre o PT e o MDB no maior colégio eleitoral do Nordeste
Da CNN
O PT e o MDB da Bahia oficializaram a chapa que concorrerá ao governo do estado. O pré-candidato é o petista Jerônimo Rodrigues, que era secretário estadual da Educação. Seu vice será Geraldo Júnior (MDB), presidente da Câmara Municipal de Salvador.
Ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geddel Vieira Lima esteve na sede do MDB da Bahia durante o evento que formalizou a aliança, na quarta-feira (30). A informação foi confirmada à CNN pela assessoria do senador Jaques Wagner (PT). Geddel não possui cargo formal no MDB da Bahia, segundo o partido, mas ainda tem influência sobre a legenda e “abençoou” a aliança.
Geddel cumpre pena em liberdade condicional pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso das malas com cerca de R$ 51 milhões encontradas em um apartamento em Salvador.
O emedebista foi deputado federal pela Bahia por cinco mandatos consecutivos, entre 1991 e 2011. Nesse período, foi ministro da Integração Nacional do governo Lula entre 2007 e 2010, quando deixou o cargo para se candidatar ao governo da Bahia ― ele foi derrotado por Jaques Wagner, que concorria à reeleição.
Em 2016, durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), Geddel voltou a ser ministro, assumindo a chefia da Secretaria de Governo de Michel Temer (MDB). Em novembro daquele ano, deixou o cargo.
“Bunker da propina”
Geddel teve a prisão provisória decretada em julho de 2017. Ele e o irmão, o também ex-deputado Lúcio Vieira Lima, foram condenados pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro de 2019.
Geddel foi condenado a 14 anos e dez meses de prisão; Lúcio, a dez anos e seis meses, além de pagar um valor de R$ 52 milhões por danos morais.
Os dois foram denunciados após a Polícia Federal (PF) encontrar cerca de R$ 51 milhões em caixas e malas em um apartamento em Salvador, no caso que ficou conhecido como “bunker da propina”.
Geddel está em liberdade condicional desde fevereiro, após decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo.
Além da progressão de regime, o ministro também reduziu a pena de Geddel em 681 dias por motivos de trabalho e estudo. Na decisão, Fachin argumentou que o ex-ministro participou de cursos de capacitação profissional, se dedicou à leitura e elaboração de resenhas, além de ter sido aprovado em quatro áreas do conhecimento no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).