Após romper com gestão do PT, vice João Leão disputará o Senado e pede conversa com ex-presidente
Por Bernardo Mello
O PP da Bahia, estado que tem o quarto maior colégio eleitoral do país, acertou nesta terça-feira aliança com o pré-candidato ao governo ACM Neto, do União Brasil, que apoiará o vice-governador João Leão (PP) para o Senado. Embora o PP esteja na base do presidente Jair Bolsonaro (PL) e Neto faça oposição ao PT baiano, Leão garantiu também seu apoio ao ex-presidente Lula mesmo após romper com o grupo do governador petista Rui Costa.
Em nota divulgada hoje, Leão rebateu o diretório estadual do PT, que acusou o vice-governador de aproximar-se de Bolsonaro, e disse que viajará a São Paulo “para conversar pessoalmente com Lula, olho no olho”, e garantir seu apoio ao ex-presidente.
“Lula me conhece, conhece minha história, e ele quer voto. Meus votos são dele. E estou à disposição para ajudá-lo a ter uma votação estrondosa na Bahia”, disse Leão, que informou já ter avisado ACM Neto de sua posição.
A oficialização da aliança entre Leão e Neto ocorrerá quinta-feira, numa coletiva em Salvador. No mesmo dia, Bolsonaro visitará a cidade acompanhado pelo ministro da Cidadania, João Roma, que deve formar um palanque bolsonarista pelo PL. A ideia de Bolsonaro é lançar Roma ao governo e a médica Raíssa Soares, que já foi apelidada de “doutora cloroquina”, ao Senado.
Aliados de Neto veem o ingresso do PP na chapa como forma de atingir três objetivos: suprir a vaga ao Senado; desidratar a coligação petista, agora restrita a partidos de esquerda e ao PSD, do senador Otto Alencar; e incentivar uma migração, ainda que minoritária, do eleitorado de Lula para o candidato do União Brasil, a despeito de o PT ter como candidato ao governo o secretário de Educação Jerônimo Rodrigues.
Antes da fusão entre PSL e DEM, Neto planejou lançar ao Senado o aliado Elmar Nascimento, do União. Outro postulante à vaga era o deputado Marcelo Nilo, que deixou o PSB e pode se filiar ao Republicanos. Nilo, que agora disputa o posto de vice com nomes de PDT e PSDB, avalia que o palanque multipartidário pode atrair para Neto eleitores de diferentes presidenciáveis, inclusive do PT.
— Neto deve ficar equidistante, sem nacionalizar a campanha — afirma Nilo.
O apoio do PP a Neto contou também com a articulação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que deseja assumir o controle do União Brasil em seu estado, Alagoas.
Aliado do ex-senador Antônio Carlos Magalhães, o ACM, Leão entrou no grupo do PT em 2010. O rompimento com Costa e a reaproximação com o carlismo, decididos após conversa com Lira, ocorreram após o PT vetar o plano de Leão de assumir o governo em abril.
Pesquisa foi realizada com 2.000 entrevistados, face-a-face, entre os dias 10 e 13 de março de 2022; margem de erro é de 2 pontos percentuais
Da CNN- São Paulo
Pesquisa Quaest/Genial para as eleições presidenciais de 2022, divulgada em primeira mão pela CNN nesta quarta-feira (16), traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 45% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 25%. Depois, aparecem os candidatos Ciro Gomes (PDT), com 7%, e Sergio Moro (Podemos), com 6% das menções.
No cenário com o maior número de candidatos, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), figura com 2% das intenções de voto, mesmo percentual do deputado federal André Janones (Avante). Já Simone Tebet (MDB) registrou 1%, mesmo percentual do governador gaúcho Eduardo Leite, que teria que sair do PSDB para ser candidato. Felipe d’Avila (Novo) foi citado, mas não chegou a 1% das menções.
Além disso, 6% dos entrevistados afirmaram que votariam em branco/nulo ou não iriam votar. Outros 4% se declararam indecisos.
Primeiro turno
Intenção de voto estimulada para presidente
Cenário I
Lula (PT) – 44%
Jair Bolsonaro (PL) – 26%
Sergio Moro (Podemos) – 7%
Ciro Gomes (PDT) – 7%
João Doria (PSDB) – 2%
André Janones (Avante) – 2%
Simone Tebet (MDB) – 1%
Felipe d’Avila (Novo) – 0%
Branco/nulo/não vai votar – 6%
Indecisos – 5%
Cenário II
Lula (PT) – 45%
Jair Bolsonaro (PL) – 25%
Ciro Gomes (PDT) – 7%
Sergio Moro (Podemos) – 6%
João Doria (PSDB) – 2%
André Janones (Avante) – 2%
Simone Tebet (MDB) – 1%
Eduardo Leite (PSDB) – 1%
Felipe d’Avila (Novo) – 0%
Branco/nulo/não vai votar – 6%
Indecisos – 4%
Cenário III
Lula (PT) – 48%
Jair Bolsonaro (PL) – 28%
Ciro Gomes (PDT) – 8%
Eduardo Leite (PSDB) – 3%
Branco/nulo/não vai votar – 8%
Indecisos – 4%
Segundo turno
A pesquisa apresentou cinco cenários de segundo turno. Veja:
Cenário I
Lula (PT) – 54%
Jair Bolsonaro (PL) – 32%
Branco/nulo/não vai votar – 10%
Indecisos – 3%
Cenário II
Lula (PT) – 53%
Sergio Moro (Podemos) – 26%
Branco/nulo/não vai votar – 18%
Indecisos – 3%
Cenário III
Lula (PT) – 51%
Ciro Gomes (PDT) – 23%
Branco/nulo/não vai votar – 22%
Indecisos – 4%
Cenário IV
Lula (PT) – 56%
João Doria (PSDB) – 15%
Branco/nulo/não vai votar – 26%
Indecisos – 4%
Cenário V
Lula (PT) – 57%
Eduardo Leite (PSDB) – 15%
Branco/nulo/não vai votar – 24%
Indecisos – 4%
Metodologia
Esta edição da Quaest/Genial foi realizada por meio de entrevistas face-a-face com 2.000 entrevistados entre os dias 10 e 13 de março de 2022, com pessoas de 16 anos ou mais de todas as regiões do país.
A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%. Ou seja, se 100 pesquisas fossem realizadas, ao menos 95 apresentariam os mesmos resultados dentro desta margem.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-06693/2022.
O ex-prefeito de Gurupi e presidente do PDT tocantinense Laurez Moreira está perdendo as principais lideranças de seu grupo político na Capital da Amizade e no Estado. O afastamento de Família Stival, proprietária de um dos maiores grupos econômicos do Estado, com sede em Gurupi, é o maior exemplo do resultado dessas tomadas de decisões equivocadas.
Por Edson Rodrigues
Apesar disso, acreditamos que dificilmente Laurez não será o candidato a vice-governador na chapa de Wanderley Barbosa. Mas, em Gurupi e região, ele terá de redobrar esforços para recuperar a musculatura perdida junto com a Família Stival, que sempre foi um esteio importante em suas vitórias como candidato a deputado federal e prefeito. Laurez poderá escolher entre uma reaproximação com Família Stival ou buscar outras lideranças para recompor a musculatura política perdida.
Sempre lembrando que Gurupi é o terceiro maior colégio eleitoral do Estado e a prefeitura está nas mãos de uma adversária que conta com mais de R$ 80 milhões oriundos de emendas parlamentares para serem investidos em obras de infraestrutura após o período chuvoso.
Laurez foi recebido pelo Palácio Araguaia com todas as honras e tapete vermelho. Entregaram em suas mãos a presidência do Partido Democrático Brasileiro (PDT) no Estado e fizeram uma complicada engenharia política para colocar seu fiel escudeiro Gutierres Torquato na Assembleia Legislativa.
Laurez Moreira com a família Stival e Carlos Amastha - Fpto Atitude-To
Mas, ao invés de demonstrar fidelidade ao seu novo grupo, partiu para a perseguição políticas a pessoas da região sul indicadas para compor o Governo em cargo de direção, provocando um constrangimento na gestão, que não tem como norma esse comportamento.
Em determinado momento Laurez participou de várias reuniões no Bico do Papagaio ora na companhia de Ronaldo Dimas, ora junto com a senadora Kátia Abreu e Edson Tabocão. Depois, se reuniu em Gurupi com o ex prefeito de Palmas, Carlos Amastha, e o empresário Oswaldo Stival, declarando em seguida que estava em um grupo político que iria discutir os destinos do Tocantins.
PDT E AS CANDIDATURAS.
O seu lançamento a candidato a governado em Gurupi, logo após ser confirmado como presidente do PDT provocou desconfiança no Palácio Araguaia. Com isso, bons candidatos a deputado federal e estadual, que deveriam se filiar ao PDT, estão repensando essa decisão.
Para recuperar seu prestígio com a Família Stival e com vários líderes que o sempre o acompanharam, Laurez Moreira precisa trabalhar muito nos bastidores.
Fazendo isso com competência, não tem nenhuma dúvida que pode recuperar seu espaço e ser o candidato a vice-governador de Wanderley Barbosa.
Cumprindo compromissos de trabalho em defesa do Tocantins, em Brasília (DF), a deputada federal Professora Dorinha (UB/TO) participou de encontro, nessa terça, 15, com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), onde reafirmou o seu compromisso com a educação no processo de construção para o cumprimento do piso dos professores em 33%. "Cabe a União fazer a complementação aos municípios que não conseguirem pagar o piso com a definição de critérios. Estou à disposição!", frisou.
Da Assessoria
Mais tarde, Dorinha esteve em reunião na sede do União Brasil na capital federal, seguida por sessão deliberativa da Câmara dos Deputados. Entre as proposições aprovadas, está o PL 1529/2021, que institui a Política Nacional de Valorização das Mulheres na Área de Segurança Pública. A parlamentar também apoiou a aprovação do PL 2753/2021, que garante os repasses financeiros às entidades prestadoras do Sistema Único de Saúde (SUS), não exigindo o cumprimento das metas em razão da pandemia de Covid-19. Ambas as proposições, a partir de agora, seguem para apreciação do Senado.
Na quarta-feira, 16, Dorinha se reuniu, em audiência, com o Secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Luiz Rabelo, acompanhada também de representantes da UNDIME/TO, como a presidente Francinete Ribeiro; professora Elaine Aires Nunes, do Ministério Público do Tocantins e coordenadora do Projeto AlfabeTO da Rede ColaborAção Tocantins; bem como o Coordenador da Rede de Colaboração do Tocantins, Leonardo Victor, entre outros. O encontro foi para apresentar dois projetos: Institucionalização Efetiva e Gestão de Sistemas Municipais de Ensino/Educação: Formação, Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação; e AlfabeTO – Formação, Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação do processo de Gestão da Alfabetização e Letramento para enfrentamento da crise educacional derivada da Pandemia.
A parlamentar também recebeu o prefeito de Paraíso do Tocantins, Celso Morais, em seu gabinete, e o diretor do Grupo Mais Autonomia - Tecnologia Assistida, Daron Sadka, para apresentação do produto de tecnologia israelense, que permite a inclusão de pessoas cegas ou com deficiência visual. "Achei incrível e, como presidente da Comissão de Educação, vejo o produto como um grande avanço no desenvolvimento da Saúde e da Educação do País", finalizou Dorinha.
Declarações foram feitas durante uma entrevista a uma rádio do município de Patos, no Sertão da Paraíba. Definições são esperadas para o fim de abril
Com G1
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que definirá sua candidatura no fim de abril, acrescentando que a aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin ainda está em processo de "conversação".
Lula afirmou que as negociações e conversas ainda se dão em diversas direções, inclusive com as várias legendas para se definir o conjunto de aliados para a eventual candidatura.
"Não está certa a questão do Alckmin por duas razões: primeiro, porque eu não defini a minha candidatura; e segundo, porque o Alckmin não definiu o partido que ele vai se filiar", disse o ex-presidente em entrevista à Rádio Espinharas, da cidade de Patos, no sertão da Paraíba.
"Agora estamos em um processo de conversação. Tem gente que é favorável, tem gente que é contra... mas política é assim mesmo. Chega uma hora que você tem que bater o pênalti e aí você tem que bater com muita força para o goleiro não pegar. E aí é que a gente vai então definir o time que vai entrar em campo", acrescentou o presidente.
Lula lembrou que até o final e abril terá um panorama dos partidos aliados. O petista disse que já trava conversas com setores do MDB, com o PSB, PCdoB, Solidariedade e PSOL, entre outras forças políticas.
A ideia é que Alckmin filie-se ao PSB para ser o candidato a vice de Lula. O PSB optou por não formar uma federação com o PT, mas está praticamente fechada a coligação nacional com os petistas.