O governador Marcelo Miranda nomeou no dia 17 de novembro, o defensor Público Murilo da Costa Machado ao cargo de defensor público-geral para o biênio 2017/2019. Murilo da Costa Machado foi eleito em chapa única no dia 4 de novembro passado em eleição onde votaram os defensores públicos da Instituição. 

 

Da Redação

 

Em entrevista ao O Paralelo 13, o defensor disse que concorrer a uma chapa única com o consenso dos colegas lhe traz uma responsabilidade ainda maior, falou sobre seu perfil como gestor e as metas para a administração. “Eu vejo com muita responsabilidade assumir uma instituição como a Defensoria. Acredito que possuo um p perfil conciliador, no entanto, não fujo de minhas responsabilidades, mas busco decidir com bom senso e justiça de maneira a mantermos um clima de harmonia. Durante toda a minha vida institucional eu sempre tive uma linha conciliadora e é com esse conceito que eu quero assumir a Instituição e tentar fazer o melhor, o melhor para os defensores, o melhor para os servidores e o melhor para a população carente, que é quem precisa dos nossos serviços”, frisou. Murilo Machado relatou as dificuldades que enfrentam as instituições, em decorrência da crise econômica do país. “Posso afirmar que do primeiro ao último dia da minha gestão, trabalharei em prol da Instituição, sempre tendo em mente a nossa atividade fim e o nosso serviço, que é o de levar assistência jurídica, integral e gratuita a toda população carente do Tocantins”.

Sobre a atuação da Defensoria no Estado, o procurador geral nomeado disse que o crescimento do órgão é visível, principalmente se comparado a outras defensorias do Brasil. “Crescemos muito, e de forma considerável até porque nascemos do zero há poucos anos. Claro que o Brasil como um todo teve esse crescimento, isso salta aos olhos de todos quanto a Defensoria Pública cresceu, mas nós temos que lembrar que ela esteve estagnada durante muitos anos. Então, é natural que ela venha crescendo de uma maneira diferenciada de outras instituições e a conjuntura natural do País exige isso. Nós temos a Emenda Constitucional 80 que exige exatamente isso, que nós tenhamos Defensores em cada comarca e os estados devem garantir esse acesso da população carente à Justiça em todas as localidades”.

O defensor ressaltou ainda que a Defensoria Pública do Tocantins ainda está aquém do ideal que ela precisa atingir de prestação de serviço jurídico para a comunidade. Há ainda sérios gargalos e necessidades que precisam diminuir nos impactos para a população. “É claro que o momento econômico nos traz dificuldades, mas vamos tentar fazer o melhor com diálogo, criatividade e sensibilização de toda a comunidade, do Governo e poderes, mostrando a importância e a necessidade da Defensoria Pública para que continue crescendo e ampliando os seus serviços para a comunidade.  Sem dúvida alguma, esse é o grande desafio de um País como o nosso, que está entre as dez potências mundiais, no entanto, estamos entre os piores no índice de desenvolvimento humano, então, algo está errado”.

 

A Defensoria tem papel fundamental na democratização desse País, na ampliação dos serviços públicos à comunidade carente e na diminuição desses traumas sociais que aconteceram ao longo da história do País. É preciso diálogo com todas as instituições, é preciso entender as diferenças de cada um e é preciso que o Estado priorize algumas políticas públicas para as comunidades carentes, reforçou Machado. O senhor presidiu por dois mandatos a Associação de Defensores Públicos. Em que essa experiência colabora para o cargo de Defensor Público-Geral?

No momento em que eu assumi a Associação, éramos um grupo pequeno, eu fazia parte da primeira leva dos nomeados para o segundo concurso de Defensores Públicos e nós estávamos em um momento de dificuldades em relação a valorização da carreira, ao numerário de membros e a estrutura da Instituição. Houve naquele momento uma oxigenação da carreira e, de certo modo, acabou que meu nome, ainda em estágio probatório, surgiu para presidir a Associação. Eu peguei uma Associação pequena, com poucos recursos financeiros e poucos associados, no entanto entreguei uma associação com quase 100% de associados e com uma sede própria praticamente concluída com 100% de recursos próprios.

Sobre a ADPETO, Murilo Machado explicou que enquanto presidente, muitas coisas foram feitas para que pudesse crescer e que os associados percebessem a sua importância. Para o defensor, existe apenas a certeza de que fez o melhor que pode, e que tenha deixado um bom legado.

 

Para ele, o maior desafio que considera para os próximos dois anos é ampliar os serviços, assim como a Defensoria como um todo, podendo estar em todas as comarcas e prestar um trabalho nos diversos rincões do Estado, mesmo com as dificuldades econômicas que passa o nosso País. Por isso precisamos dialogar muito, porque certamente há prioridades e, com todo o aperto de cinto das questões orçamentárias, é preciso ter um olhar diferenciado para a Defensoria porque certamente ela representa a comunidade mais carente desse Estado e esse serviço, para essa comunidade carente, é essencial. Até a sua posse, prevista em janeiro de 2017, o defensor disse que a atual gestão já vem o colocando a par de algumas situações, mas que formalmente, o período de transição do cargo começa no início de dezembro, que
começa a fazer todos os levantamentos para trabalhar a real situação da instituição e tentar fazer os contatos que precisa para priorizar as necessidades da Instituição e conjugar tudo isso com as necessidades da comunidade. Antes disso, segundo ele, nenhuma decisão ou posição em relação ao seu trabalho e ações específicas serão divulgadas.


PERFIL

Murilo da Costa Machado é natural de Crixás-GO. Graduou-se pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, mas frequenta o Tocantins desde a década de 1990 quando seus pais moravam no município de Itacajá. Foi nesse município que ele começou a sua carreira na Defensoria Pública do Tocantins, em 2007, sendo o primeiro defensor público da cidade. Ainda em estágio probatório, foi o 11º defensor a assumir a presidência da ADPETO – Associação dos Defensores Públicos do Estado do Tocantins e geriu a Associação por dois mandatos, nos biênios 2009/2011 e 2011/2013. É casado há três anos com Karinne de Toledo Gomes da Silva, com quem tem uma filha, de dois anos.

 

POSSE

Durante a cerimônia de nomeação, o governador parabenizou a gestão do defensor público-geral Marlon Costa Luz Amorim e desejou sucesso ao defensor público Murilo da Costa Machado que vai assumir o cargo. “Eu vejo que todos aqueles que integram a Defensoria Pública, desde o seu início, tem uma questão em comum, que é tratar bem quem procura a Instituição. É um trabalho harmônico, um trabalho onde todos compartilham os valores humanos. Eu quero parabenizar o Marlon Amorim e toda a equipe que fez parte dessa administração, que hoje transfere para o Murilo Machado. Muito
sucesso a todos, e que ele possa, na sua juventude, trazer frutos altamente
positivos para a Defensoria”, desejou o governador.

 A solenidade de nomeação aconteceu no gabinete do Palácio Araguaia e contou com a presença também do atual defensor público-geral, Marlon Costa Luz Amorim; da corregedora-geral, Estelamaris Postal; do subdefensor público-geral, Alexandre Augustus Lopes Elias El Zayek; do presidente da ADPETO – Associação dos Defensores Públicos do Tocantins, Neuton Jardim; do defensor público Fábio Monteiro dos Santos; do secretário-chefe da Casa Civil, Télio Leão Ayres; e do presidente do SISDEP – Sindicato dos Servidores da Defensoria Pública do Tocantins, Renan de Oliveira Freitas. A posse do novo defensor acontecerá em janeiro de 2017.

 

Posted On Quinta, 15 Dezembro 2016 18:17 Escrito por

No final da tarde desta quarta-feira, 14, o Secretário de Estado da Segurança Pública do Estado do Tocantins, Cesar Roberto Simoni de Freitas, juntamente com a cúpula da SSP, recebeu em seu gabinete, a visita de cortesia do General de Divisão do Exercito Brasileiro e Inspetor Geral das Polícias Militares e Bombeiros Militares do Brasil, Gláucio Lucas Alves. 

 

Por Rogério de Oliveira

O encontro teve como objetivo tratar de assuntos relacionados à segurança Pública, bem como estreitar e fortalecer os laços de parceria e integração já existentes entre a SSP o Exército Brasileiro, por meio do desenvolvimento de ações que promovam mais segurança à população do Estado. Um dos temas debatidos durante a reunião foi o enfrentamento às novas modalidades criminosas tais como o novo cangaço, que vem atuando de forma constante em vários Estados do Brasil. Ainda durante a reunião, o general, bem como os demais oficiais que o acompanhavam, pode conhecer a estrutura administrativa e operacional da SSP, bem como, discutir ideias e estratégias comuns no enfrentamento à criminalidade. Ao final do encontro de mais de uma hora, o general Gláucio entregou ao Secretário da Segurança Pública, uma placa comemorativa como símbolo da harmonia, amizade e cooperação entre o Exército Brasileiro e Segurança Pública. Para o secretário César Roberto Simoni, a visita do General foi muito importante, uma vez que o Exército Brasileiro, por meio do 22º Batalhão de Infantaria Motorizada do Tocantins, já atua em parceria com a Segurança Pública do Estado em várias ações com o objetivo de fortalecer a integração entre as forças e promover a segurança da população. “A visita do General, bem como dos demais membros do Exército Brasileiro nos enche de orgulho e visa o fortalecimento das ações de estratégia e inteligência que possam combater o crime e trazer mais paz e tranquilidade à sociedade tocantinense. É importante lembrar que o Exército já atua em parceria com a segurança pública, em ações de prevenção e fiscalização de fronteiras e estabelecimentos que fazem a comercialização e uso de explosivos”, ressaltou o secretário. Para o General Gláucio Lucas, a visita foi muito proveitosa, pois ele pode conhecer a realidade da Segurança Pública do Tocantins, ouvir demandas, propostas e conhecer o trabalho que vem sendo realizado pela Secretaria quanto à promoção de medidas que visam o fortalecimento da segurança no Estado.   “A visita da inspetoria geral das polícias e bombeiros militares ao Secretário da Segurança Pública do Tocantins foi extremamente positiva, pois cada vez mais as tropas do Exército Brasileiro e os órgãos da segurança pública têm operado de maneira integrada em todos os estados da federação e, dessa vez estamos tendo a oportunidade de estar aqui no Tocantins e conhecer a cúpula que cuida da segurança pública do estado, o que é extremamente importante para o exército e faz com que essa integração seja cada vez mais forte, já que um dos grandes objetivos do exército é trabalhar sempre em harmonia com as demais forças de segurança”, ressaltou. Além do Secretário da Segurança Pública, César Roberto Simoni, também se fizeram presentes ao encontro, o Subsecretário da SSP, Abizair Antônio Paniago, o Delegado Geral da Polícia Civil, Claudemir Luiz Ferreira, o Corregedor Geral da Polícia Civil, Fábio Augusto Simon, do Diretor de Inteligência e Estratégia da SSP, Bruno Sousa Azevedo, o Gerente de Segurança de Voo do Ciopaer, Delegado Leonardo Marincek Garrido, o diretor de Administração e Finanças, José Américo Carneiro, e a Diretora de Projetos da SSP, delegada Suraya Vilela. Durante a visita de cortesia, o General Gláucio Lucas se fez acompanhar pelo  Comandante do 22º Batalhão de Infantaria Motorizada do Tocantins, Coronel Cláudio Alexandre de Almeida Freitas, Andren Darlan Modernel da Silveira Coronel do Comando de Operações Terrestres do Ministério da Defesa e do Coronel Ronald Santana Aragão, também do Ministério da Defesa.    

Posted On Quinta, 15 Dezembro 2016 07:02 Escrito por

Com apoio de pouco mais de 13 mil pessoas, impeachment de Marcelo será protocolado nesta quarta13 na Assembleia Legislativa

 

Por Edson Rodrigues

 

A equação é muito mais fácil de resolver que qualquer argumento que seja usado contra ou a favor do governador Marcelo Miranda.  Um “líder sindicalista” que deflagrou uma greve geral que prejudicou radicalmente a vida de mais de um milhão e 500 mil tocantinenses com a deterioração dos serviços de Saúde, os prejuízos ao ano letivo dos alunos de todos os níveis e a insegurança que se espalhou pelas ruas, comércios e residências do Tocantins, vendo seu movimento enfraquecido e sem apoio popular, capitula de suas intenções com a paralização e resolve, de maneira egoísta e oportunista, sugerir o impeachment do governador Marcelo Miranda, numa clara demonstração de vingança pessoal e de intempestividade.

Ok. Já que a greve falhou, vamos colher assinaturas junto à população para que o governador seja impedido de continuar à frente do comando do Estado, e apresentar esse pedido á Assembleia Legislativa!

Ora, se a greve falhou, o impeachment vai nos respaldar, raciocinou o presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro, na insatisfação popular, no desgaste do governo do Estado.  Cleiton Pinheiro só se esqueceu de combinar com o povo do Tocantins.

Com uma população de mais de um milhão e 500 mil tocantinenses, com base em 13.723 assinaturas, o presidente do Sisepe quer, na manhã desta quarta-feira, sensibilizar os deputados estaduais de que é preciso tirar do poder, à força, o governador Marcelo Miranda.

13.723 assinaturas significam o incrível percentual de 0,91670007% da população de todo o Estado.  Qual o significado disso para mais de um milhão e meio de habitantes?

 

A PARTE ESQUECIDA

Ao dar entrada com esse “respaldadíssimo” pedido de impeachment, o Sisepe faz questão de esquecer o processo impiedoso que se arrastará por mais de oito meses, com uma hemorragia moral e econômica sem parâmetros, que impedirá que o Tocantins seja avalisado pelo governo federal para a viabilização de empréstimos para obras importantíssimas como a nova ponte de Porto Nacional, as duplicações. das rodovias Paraiso/Palmas e Porto/Palmas, a construção de casas populares, a  pavimentação de rodovias, a implantação do Projeto Luz Para Todos, projetos de irrigação e de recuperação de antigas iniciativas e, principalmente, o travamento de um empréstimos de mais de 600 milhões de reais do Banco do Brasil e outros empréstimos já programados, que poderiam colocar a economia do Tocantins novamente nos trilhos.

Esquece-se, também de que  quando chegar ao fim, esse processo já estará influenciando o ano eleitoral de 2018, sem se preocupar se o Estado terá condições de estar gerindo sua economia de forma suficiente para garantir a manutenção da folha de pagamento, o  repasse de recursos para os demais poderes, estará com suas certidões positivas para receber recursos da União, em um ambiente em que o  presidente Temer vai estar de costas para um Estado que cassou um governador que sempre foi seu companheiro, respeitou seus ministros e dirigentes dos demais poderes e procurou alinhar a situação do Tocantins aos ditames necessários para a recuperação nacional.

 

BATATA MORNA

O certo é que o pedido de impeachment do governador Marcelo Miranda está recheado de ódio pessoal de um líder sindical que foi derrotado em um movimento grevista fracassado e mal dirigido, e que, agora, quer jogar nas mãos dos deputados estaduais uma batata nem tão quente assim. Afinal, a base para o pedido, fundamentada juridicamente, afirma que o governador Marcelo Miranda vem cometendo crimes de responsabilidade como: desrespeito à Lei Orçamentária Anual (LOA), não empregando recursos vinculados no texto à finalidade específica; a aplicação inadequada dos recursos do Fundo da Educação Básica (Fundeb); descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF); e apropriação indébita dos valores das consignações no contracheque dos servidores públicos referentes aos empréstimos consignados, Brasilcard, Plansaúde, Igeprev e mensalidades à sindicatos e associações, o que não é, assim, tão concernente ao governo Marcelo Miranda.

Diante desta nova crise, questionado,  o presidente da Assembleia Legislativa, Osires Damaso (PSC), admitiu que qualquer matéria de interesse de alguma categoria poderia ser levada para apreciação do Plenário, mas, mesmo com a possível abertura do processo de impeachment, parecem existir poucas chances do impedimento prosperar. Nos bastidores, deputados avaliam não haver clima para que o governador seja afastado, admitindo que, piorar a crise seria um desserviço ao povo do Tocantins e uma simples “troca de seis por meia dúzia”.

Vamos ver no que vai dar mais essa insensatez...

Posted On Quarta, 14 Dezembro 2016 06:21 Escrito por

O Ministério Público do Tocantins tem sido peça fundamental no combate à violação dos direitos previstos na Constituição Federal. Sob o comando do procurador-geral de Justiça (PGJ) Clenan Renaut de Melo Pereira desde dezembro de 2014, a Instituição, que é responsável pela defesa da ordem jurídica e dos interesses sociais, vem atuando permanentemente na defesa do cidadão. Nesse sentido, recebe e apura inúmeras denúncias em diversas áreas que envolvem instituições públicas, e também privadas, além de situações específicas e, que um cidadão ou um grupo teve seus direitos violados.

Da Redação

Mais uma vez, os promotores e procuradores de Justiça reelegeram Clenan Renaut para um novo mandato, a ser exercido nos próximos dois anos, de 2017-2018. O procurador-geral cumpre atualmente seu terceiro mandato e já esteve à frente do MPE por duas gestões consecutivas durante os biênios 2009-2010 e 2011-2012. Em entrevista a O Paralelo 13, Clenan Renaut ressaltou a importância de estar à frente de uma Instituição como o Ministério Público. “Ser reconduzido pela quarta vez ao cargo de procurador-geral de Justiça é uma honra imensurável, pois isso demonstra não só a confiança dos membros do MPE diante do trabalho prestado, mas também a aprovação da forma como estamos conduzindo as atividades”, enfatizou o PGJ. Segundo ele, o Ministério Público tem atuado para que a população receba um serviço público de qualidade. “Buscamos trabalhar para que os gestores ofereçam uma saúde melhor, apesar de conhecermos as deficiências do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, defendemos uma educação pública de qualidade desde a educação básica ao ensino superior que atenda à sociedade e esteja em conformidade com a lei, assim como em diversas outras áreas, a exemplo da defesa do consumidor, do meio ambiente, da criança e do adolescente, do idoso. Consiste em nossa missão, ainda, fiscalizar o trabalho dos gestores públicos, a aplicação correta das verbas e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida da população”. Prioridades da gestão
Questionado sobre quais serão as prioridades enquanto procurador-geral de Justiça para os próximos anos, Clenan Renaut garantiu que o objetivo é ampliar o Ministério para atender à sociedade, e assim fazer com que ela se sinta segura e amparada. “Precisamos nos estruturar ainda mais, pois as nossas demandas vêm aumentando, e isso é um resultado positivo do acesso à informação, bem como do crescimento populacional no Estado. Uma sociedade consciente dos seus direitos, fiscaliza e denuncia a má aplicação do dinheiro público. Hoje contamos com 42 Comarcas, em todas as Regiões do Estado, portanto nossa meta é estender o atendimento, acompanhar e fiscalizar de forma assídua a correta aplicação dos recursos públicos, conforme orçado e destinado a cada setor, para que não haja desvios”. O procurador-geral ressaltou ainda que o Ministério Público é o advogado do povo, e a Instituição está de portas abertas, por meio dos promotores de Justiça para atender qualquer cidadão que busque pelo cumprimento dos seus direitos, de acordo com a lei. Casos de Corrupção
Sobre as denúncias relacionadas aos casos de corrupção no Estado praticados contra o erário, Clenan Renaut explicou que o Órgão recebe as acusações, inicia as investigações e, uma vez que consideradas procedentes, são abertos os inquéritos. “O MPE busca combater a prática destes crimes, pois a corrupção é o fator responsável por uma série de deficiências no País. Temos trabalhado com tecnologia de ponta para detectar possíveis falhas e fraudes, de modo que os corruptos e corruptores sejam punidos”, pontuou. “Quando há desvio de recursos, a população é a principal impactada com estes males, pois as consequências desses desvios afetam na prestação dos serviços públicos. Temos nos empenhado em impedir esses desmandos e fazer com que sejam punidos os maus gestores que se utilizam do patrimônio público em benefício próprio”, salientou o procurador. Indagado sobre as investigações relacionadas à Operação Ápia, fraudes em licitações do BRT e às suspeitas de irregularidades no aporte de recursos do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev) em um fundo de investimentos que participou da construção do Trump Hotel, no Rio de Janeiro, grupo empresarial de Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos, Clenan Renaut explicou que as duas primeiras investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, portanto, não tem conhecimento sobre o andamento. Quanto ao Igreprev, o procurador ressaltou que por envolver outros estados, as investigações também estão sendo feitas pelo MPF e PF, no entanto, existem outras investigações em andamento no Ministério Público Estadual, e que por tratar de um assunto complexo que envolve dinheiro dos servidores públicos, há um prazo para conclusão e que, com o desfecho, os responsáveis serão penalizados conforme a participação de cada um no suposto esquema de corrupção. Perfil
Clenan Renaut de Melo Pereira é natural de Tocantinópolis e possui formação nas áreas de Direito e de Farmácia e Bioquímica. Ingressou no Ministério Público Estadual por meio do primeiro concurso público para membro da instituição. Tomou posse em janeiro de 1990 no cargo de Promotor de Justiça, tendo atuado nas comarcas de Araguacema, Ponte Alta, Itaguatins, Filadélfia e Porto Nacional. Em sua carreira, exerceu diversos cargos de comando no MPE, como os de coordenador do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional e do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas, subprocurador-geral de Justiça e corregedor-geral. Em janeiro de 2013, foi eleito membro do Conselho Superior do Ministério Público, representando os Promotores de Justiça no órgão superior. Ocupou o cargo de Corregedor-Geral do MPE, no biênio 2013/2014. Exerceu o cargo de Procurador-Geral de Justiça nos biênios 2009-2010 e 2011-2012. Em 2014, foi eleito para o seu terceiro mandato (biênio 2015-2016) e este ano reeleito para assumir pela quarta vez o cargo, no biênio 2017-2018. Emocionado, o procurador lembrou quando assumiu o MPE em 1990, em Porto Nacional, a primeira Comarca em que atuou. Ele declarou que possui imensa admiração e gratidão pelos portuenses, povo que ele conceituou como acolhedor. Durante a entrevista, Clenan Renaut destacou ainda que o Ministério Público está à disposição dos tocantinenses e ressaltou: “a população pode ter a confiança no trabalho da nossa Instituição, pois estamos em todos os lugares por meio dos promotores de Justiça, que têm a função atender a todos e atender bem”, concluiu o procurador-geral de Justiça reeleito.

Posted On Segunda, 12 Dezembro 2016 21:42 Escrito por

Por: Edson Rodrigues

 

Os vazamentos de várias delações do processo da Lava Jato transformaram-se em um verdadeiro "circo", pois, valendo-se do poder midiático das delações, antes de mostrar provas das declarações feitas por criminosos confessos, são expostos de maneira extremamente negativa os nomes dos possíveis envolvidos, numa espécie de “prestação de contas” antecipada ao povo, mas que pode jogar por terra a credibilidade de trabalho sério e determinado que a Justiça vem desenvolvendo para desvendar os casos de corrupção e desvio de dinheiro público que estão escandalizando o Brasil e o mundo.

Essa prática não está caindo bem para o Ministério Público Federal muito menos da Justiça Federal. O senhor Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem que por um freio em toda essa patifaria.  Afinal, é um espetáculo trágico em que pessoas que são, além de bandidos, dedos-duros, delatores passam a ser vistos como pessoas “boazinhas”, arrependidos, quando só estão tomando essas atitudes porque foram pegos com a “boca na botija”, roubando, tiveram seus atos comprovados e, para pegar uma pena menor, entregam seus companheiros de quadrilha e saem atirando pra todos os lados, citando nomes que muitas vezes servem apenas para desviar o rumo das investigações, tirar o foco de seus chefes e dar-lhes tempo de esconder o butim, o fruto de seus roubos.

Afora os efeitos publicitários, esses delatores também foram e fizeram parte de uma quadrilha que assassinou homens, mulheres e crianças, que buscar um tratamento nos estabelecimentos de saúde pública e não encontraram, causaram o aumento da criminalidade em todo país, o desemprego, fome... São esses tais delatores que coordenaram toda esta patifaria da corrupção nos governos federal, estadual e municipal, que levou a falência da economia em vários estados e municípios. Este espetáculo está mostrando só a classe política como bandida, mas os empresários, doleiros e donos de empreiteiras também são e devem ser tratados como bandidos e assassinos.

 

CAIXA 2

O chamado “caixa2”, ou seja, dinheiro doado para campanhas políticas e que não é declarado à Justiça Eleitoral, sempre existiu e é largamente praticado por 99,99% dos políticos e dos partidos e, sem esse complemento de verba, é praticamente impossível realizar uma campanha competitiva, seja para qual cargo for.  Caso a Justiça continue a punir quem o pratica, praticamente sobrará apenas 0,01% dos políticos atuais com mandato.

Não estamos, aqui, fazendo apologia a nenhum crime, mas tem que haver uma forma de a justiça separar o joio do trigo, aplicando penas alternativas a quem recebeu recursos via caixa 2 e os utilizou unicamente para a campanha, sem praticar nenhum crime de superfaturamento e, principalmente, fez lobby criminoso para aprovação de leis e ou medidas provisórias que beneficiassem o doador do dinheiro “por fora” e resultou em prejuízo ao estado.

Enquanto isso, só nos resta aguardar o próximo show da Lava Jato com outros delatores, bandidos, travestidos de bonzinhos.

Posted On Segunda, 12 Dezembro 2016 16:00 Escrito por
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