Como a união entre PF, MP e outros órgãos com a imprensa no combate à corrupção fizeram o Brasil iniciar uma “faxina geral”
Por Edson Rodrigues
Para Napoleão Bonaparte, a imprensa tinha um papel preponderante. A monarquia francesa caiu do trono no fim do século XVIII e subiu os degraus da guilhotina exatamente quando a difusão das impressoras influenciou a circulação de panfletos e jornais de conteúdo explosivo. Napoleão teve a sua escalada liberada em seguida pela imprensa. Sentiu na epiderme esse efeito e nunca esqueceu a importância do controle da informação.
Já como imperador, afirmou: “Se perco o controle da imprensa, não me aguentarei no poder nem por três meses”.
De lá pra cá a importância da comunicação, da circulação das informações e opiniões, foi uma constante limitadora para os governantes, determinando constrangimento na atuação indiscriminada. Mudou e ainda vem mudando os costumes.
Agora as redes sociais, como as impressoras do século XVIII, ampliam e aceleram o alcance da informação, apertam ainda mais os governantes. E a guerra nas redes toma aspectos patéticos, marcados de absurdos e inverdades acobertados pelo anonimato. A verdade, entretanto, tem uma força que costuma aparecer. O engano dura pouco ou muito tempo, mas nunca para sempre.
A informação correta incomoda os sistemas de governo arbitrários; quanto mais tirânicos, mais necessidade de oprimir a imprensa.
O governante, quanto mais sofrível é seu desempenho, mais queixoso será com a mídia e mais feroz com quem a mantém num campo de objetividade. A mídia enganosa, especialmente agora com a concorrência das redes, se inviabiliza. Esconder, manipular, distorcer, além de atos falhos, são atos suicidas.
A imprensa nos últimos 200 anos aumentou a capacidade de incomodar o poder e ser, quando bem administrada, um instrumento de equilíbrio social.
Não se enxerga porque, agora, surgem tantas preocupações de limitar uma liberdade que é indispensável para qualquer democracia.
OS GERADORES DE NOTÍCIAS
Você sabia que a maior parte dos brasileiros não conhece os principais órgãos de combate à corrupção? Foi essa a conclusão de uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB), em que 55,1% dos entrevistados responderam nunca ter ouvido falar no TCU, enquanto 68% nunca ouviram falar na CGU.
É por isso que resolvemos fazer este texto, para esclarecer quais são os órgãos que trabalham incessantemente no combate à corrupção no Brasil, através da investigação, fiscalização, supervisão, ou responsabilização e julgamento dos mais diversos casos.
1) CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU)
A CGU é um órgão do Governo Federal responsável por prestar assistência ao Poder Executivo em todos os assuntos relacionados à defesa do patrimônio público e à promoção da transparência da gestão pública. As principais atividades da CGU são: controle interno (financeiro), auditoria pública, ouvidoria, correição (punição de infrações disciplinares dentro da Administração Pública), prevenção e combate à corrupção.
Traduzindo: a Controladoria-Geral da União funciona como um centro de ações voltadas ao combate à corrupção, realizando fiscalização, recebendo denúncias e reclamações, realizando punições a funcionários públicos e promovendo a transparência na administração pública.
A CGU é um órgão relativamente recente. Ela iniciou suas atividades em 2003, depois de ter sido criada por meio de medida provisória pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Pode-se destacar como uma das maiores ações promovidas pela Controladoria-Geral da União foi o lançamento do Portal da Transparência, no ano de 2004, iniciativa que foi internacionalmente premiada.
E tem mais: a Ouvidoria da CGU mantém o e-Ouv, um portal de denúncias e manifestações diversas (sugestões, reclamações, elogios), para que o cidadão possa registrar fatos importantes relacionados ao trabalho dos agentes, órgãos e entidades do Poder Executivo Federal. Se você tiver algo para falar a respeito do trabalho do Governo Federal, esse é um canal que pode ser útil.
2) DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL (DPF)
A Polícia Federal é a principal instituição policial do Brasil. Ela está subordinada ao Ministério da Justiça. Esse órgão faz o trabalho de apuração de infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses. Ela também previne e reprime o tráfico de drogas, o contrabando, exerce funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras. Outras atribuições são: combate à pedofilia, ao terrorismo, aos crimes cibernéticos, aos crimes contra povos indígenas, repressão ao desvio de recursos públicos, aos crimes ambientais, aos crimes políticos, entre outras.
Por fim, a Polícia Federal exerce com exclusividade a função de polícia judiciária da União, o que significa que ela apura crimes cometidos no âmbito da União (Governo Federal). É por isso que a maioria dos grandes escândalos de corrupção deflagrados nos últimos anos foram descobertos por meio de operações especiais da Polícia Federal, como a recente Operação Lava-Jato.
Apesar de que obviamente nem todos os detalhes das investigações da Polícia Federal podem ser divulgados, você pode descobrir as atividades dela neste endereço, também baseado na Lei de Acesso à Informação.
3) TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU)
Enquanto a Controladoria-Geral da União realiza o controle interno das contas do Governo Federal, o TCU cumpre o papel de realizar o controle externo dessas contas, junto com o Congresso Nacional. O TCU tem suas competências previstas nos artigos 71 a 74 da Constituição de 1988. Entre essas competências estão: apreciar todos os anos as contas do Presidente da República; julgar as contas dos administradores públicos; realizar inspeções e auditorias por iniciativa própria ou a pedido do Congresso; fiscalizar a aplicação de recursos da União repassados a estados e municípios.
O TCU ficou em evidência na mídia neste ano por conta do caso das pedaladas fiscais, manobras fiscais que podem servir de argumento para abrir um processo de impeachment contra a presidente Dilma.
4) MINISTÉRIO PÚBLICO (MP)
O Ministério Público é uma instituição independente e autônoma, essencial para a função jurisdicional do Estado brasileiro (traduzindo: para a função de julgar). O MP age na defesa da ordem jurídica, do regime democrático de direito e na defesa de direitos sociais. Isso significa que o seu trabalho é garantir que os direitos constitucionais sejam cumpridos. Além do Ministério Público Federal, que tem representações em todos os estados, cada estado tem seu próprio Ministério Público.
A grande missão do MP é defender a sociedade de maneira coletiva. Assim, se algum cidadão estiver sofrendo alguma violação que não atinja somente a ele, mas a toda a sociedade, ele pode acionar o Ministério Público. Para isso, ele tem à sua disposição um importante instrumento jurídico: a ação civil pública. Ele também pode agir sem precisar ser acionado, desde que sua ação seja direcionada a fatos que atingem os interesses coletivos.
Alguns exemplos de casos em que o Ministério Público atua: ações que envolvam o Presidente da República, senadores, deputados e outros agentes políticos com foro privilegiado; infrações que podem causar prejuízo ao erário, como desvio de dinheiro público; e crimes políticos praticados contra a União ou empresas públicas e autarquias.
5) CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS (COAF)
Esse conselho foi criado em 1998 e é vinculado ao Ministério da Fazenda. A principal missão do COAF é coibir o crime de lavagem de dinheiro, disciplinando, aplicando penas administrativas, recebendo, examinando e identificando ocorrências suspeitas de atividades ilícitas relacionadas à lavagem de dinheiro. Para isso, o conselho fiscaliza de perto vários setores da economia, como o sistema financeiro, o mercado imobiliário, o mercado de seguros, as juntas comerciais e o transporte e guarda de valores. Além disso, investiga casos de financiamento do terrorismo.
Apenas em 2015, o COAF já recebeu 166.571 comunicações sobre operações financeiras atípicas. No ano de 2014, esse número chegou a mais de 1,5 milhão, rendendo a aplicação de multas no valor de cerca de R$ 1,3 milhão.
IMPRENSA, A ARMA CONTRA A CORRUPÇÃO
Para 91% dos brasileiros, a imprensa ajuda a combater a corrupção ao divulgar escândalos que envolvem políticos e autoridades, indica pesquisa feita pelo instituto Análise a pedido do Estado. Nada menos que 97% dos entrevistados se declaram a favor da investigação e divulgação de casos e suspeitas de corrupção pela imprensa.
Quando o instituto pergunta quais são os principais canais de denúncias de corrupção, jornalistas e meios de comunicação aparecem em primeiro lugar, com 50%. Para outros 37%, são os próprios políticos os que mais denunciam irregularidades de políticos.
A maioria expressiva dos entrevistados vê a imprensa como apartidária (69%) e digna de credibilidade (88%) ao revelar desvios e irregularidades. Nove em cada dez entrevistados defendem que os meios de comunicação não sejam submetidos a nenhum tipo de controle.
Para Alberto Carlos Almeida, diretor do instituto Análise, o fato de jornais, rádios e TVs serem vistos como os principais canais de denúncias de corrupção revela a boa imagem de que a imprensa desfruta e o descrédito da população em outras instituições.
"Em termos de combate à corrupção, os cidadãos se veem representados e assistidos pelos meios de comunicação, mas eles esperam resultados, e é aí que o papel do Judiciário deixa a desejar", analisou, destacando a virtual inexistência de condenações judiciais de políticos acusados de desviar recursos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Edson Rodrigues
A senadora Kátia Abreu uma mulher destemida e temida, competente, corajosa e ficha limpa ao assumir a relatoria da comissão que analisará salários que não respeitam o teto constitucional de R$ 33.763,00. A Comissão que analisará os Supersalários tem o objetivo de corrigir distorções. Segundo Kátia, “se apropriar de verbas que não fazem parte do seu salário também é corrupção”.
Para fazer análises e julgamentos, é preciso ser ficha limpa, sem teto de vidro e não ter o pé de barro para a partir de agora enfrentar as inúmeras pessoas que não respeitam essa determinação e estão espalhadas no governo federal, estadual e municipal. Elas estão em toda parte, em todas as esferas.
A senadora Kátia Abreu passará a enfrentar crocodilos, serpentes e cobras venenosas como cascavel, coral, sucuri, bem como, a onça e os reis leões.
Sei lá talvez em sua vida pública este seja um dos seus maiores desafios. Sua vida pública não foi e não está sendo enganada, bobos os que pensam que o presidente Renan deu a Kátia um presente de grego. Pode ser que até ele Renan esteja pensando nisso, mas ela não aceitou o presente de grego porque gosta do desafio, assim como aceitou ser relatora na comissão da CPMF que derrotou no voto do Congresso Nacional o todo poderoso na época Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente da república.
Katia decolou na mídia nacional internacional e se tornou política de elite brasileira no Congresso Nacional. As primeiras pílulas (balas) já estão sendo diluídas na mídia nacional tornando senadora, e relatora de uma revisão do teto salarial, ao dos detentores do supersalários espalhados em todas as estruturas governamentais do país.
Kátia Abreu, em inúmeras entrevistas garantiu que não haverá perseguição política durante a análise das contas. A senadora tem frisado que receber salários indevidos também é corrupção e que a lei é para todos e “todos devem se enquadrar na Constituição”.
A ex-ministra da Agricultura possui uma ficha política extensa e bem sucedida, em que foi presidente de sindicato rural, deputada, primeira mulher eleita senadora do Tocantins e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Assim como de sucesso, Kátia Abreu coleciona também algumas notícias amargas a seu respeito. De acordo com uma matéria veiculada no Estado de São Paulo, Kátia Abreu gastou R$ 45.350 em tratamentos dentários pagos pelo Senado nos anos de 2010 e 2013; o plano de saúde do Senado é vitalício, ele banca despesas de senadores, ex-senadores e dependentes como filhos, enteados e cônjuges; para usufruí-lo, o parlamentar não precisa fazer nenhuma contribuição - basta que tenha exercido o cargo por 180 dias ininterruptos. Após a morte do titular, o cônjuge continua usando a carteirinha
Segundo o jornal, Kátia Abreu gastou R$ 45.350 em tratamentos dentários pagos pelo Senado nos anos de 2010 e 2013. O plano do Senado estabelece um limite anual de R$ 25,9 mil para gastos odontológicos, mas a Casa tem pago valores acima. O caminho para ignorar as normas é invadir a cota não utilizada de outros anos.
Já uma matéria veiculada no Canal Rural diz que a Defensoria Pública Agrária do Tocantins investiga o favorecimento de políticos na distribuição irregular de terras no Estado. Documentos obtidos pelo Canal Rural com exclusividade mostram que Kátia Abreu está envolvida. O caso pode parar na Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Em 2015, o G1 trouxe o nome da então ministra da Agricultura em mais um fato negativo. Neste, Kátia estaria envolvida em suposto esquema de grilagem no Tocantins.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) acusa o governo de promover uma 'reforma agrária às avessas' que tentou mascarar um suposto esquema de grilagem de terras públicas. "A implantação do projeto desconsiderou a existência de cerca de 160 famílias camponesas que, de forma comunitária, ocupavam o local havia mais de quatro décadas com produção diversificada, criando o gado solto e aproveitando o que o Cerrado oferecia", diz documento da Pastoral da Terra.
De acordo com a CPT, os camponeses correm risco iminente de despejo pelo cumprimento de um mandado de reintegração de posse, em favor da Associação de Plantadores do Alto do Tocantins (Associação Planalto), representante dos produtores de soja da região.
A comissão teme pelas famílias, uma vez que, segundo a organização, a Polícia Militar já fez o reconhecimento de campo e aguarda mais policiais para realizar a ação de despejo.
Outro escândalo envolvendo a Senadora foram as viagens a trabalho com seu esposo, onde funcionários do Ministério não a acompanhavam. Todas essas notícias vieram a público, mais uma vez, após Kátia ser a escolhida para presidir a Comissão dos Supersalários dos Poderes. A pergunta que fica é: a senadora tem autonomia e idoneidade para julgar sobre este assunto.
Por Edson Rodrigues
A senadora Kátia Abreu uma mulher destemida e temida, competente, corajosa e ficha limpa ao assumir a relatoria da comissão que analisará salários que não respeitam o teto constitucional de R$ 33.763,00. A Comissão que analisará os Supersalários tem o objetivo de corrigir distorções. Segundo Kátia, “se apropriar de verbas que não fazem parte do seu salário também é corrupção”.
Para fazer análises e julgamentos, é preciso ser ficha limpa, sem teto de vidro e não ter o pé de barro para a partir de agora enfrentar as inúmeras pessoas que não respeitam essa determinação e estão espalhadas no governo federal, estadual e municipal. Elas estão em toda parte, em todas as esferas.
A senadora Kátia Abreu passará a enfrentar crocodilos, serpentes e cobras venenosas como cascavel, coral, sucuri, bem como, a onça e os reis leões.
Sei lá talvez em sua vida pública este seja um dos seus maiores desafios. Sua vida pública não foi e não está sendo enganada, bobos os que pensam que o presidente Renan deu a Kátia um presente de grego. Pode ser que até ele Renan esteja pensando nisso, mas ela não aceitou o presente de grego porque gosta do desafio, assim como aceitou ser relatora na comissão da CPMF que derrotou no voto do Congresso Nacional o todo poderoso na época Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente da república.
Kate decolou na mídia nacional internacional e se tornou política de elite brasileira no Congresso Nacional. As primeiras pílulas (balas) já estão sendo diluídas na mídia nacional tornando senadora, e relatora de uma revisão do teto salarial, ao dos detentores do supersalários espalhados em todas as estruturas governamentais do país.
Kátia Abreu, em inúmeras entrevistas garantiu que não haverá perseguição política durante a análise das contas. A senadora tem frisado que receber salários indevidos também é corrupção e que a lei é para todos e “todos devem se enquadrar na Constituição”.
A ex-ministra da Agricultura possui uma ficha política extensa e bem sucedida, em que foi presidente de sindicato rural, deputada, primeira mulher eleita senadora do Tocantins e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Assim como de sucesso, Kátia Abreu coleciona também algumas notícias amargas a seu respeito. De acordo com uma matéria veiculada no Estado de São Paulo, Kátia Abreu gastou R$ 45.350 em tratamentos dentários pagos pelo Senado nos anos de 2010 e 2013; o plano de saúde do Senado é vitalício, ele banca despesas de senadores, ex-senadores e dependentes como filhos, enteados e cônjuges; para usufruí-lo, o parlamentar não precisa fazer nenhuma contribuição - basta que tenha exercido o cargo por 180 dias ininterruptos. Após a morte do titular, o cônjuge continua usando a carteirinha
Segundo o jornal, Kátia Abreu gastou R$ 45.350 em tratamentos dentários pagos pelo Senado nos anos de 2010 e 2013. O plano do Senado estabelece um limite anual de R$ 25,9 mil para gastos odontológicos, mas a Casa tem pago valores acima. O caminho para ignorar as normas é invadir a cota não utilizada de outros anos.
Já uma matéria veiculada no Canal Rural diz que a Defensoria Pública Agrária do Tocantins investiga o favorecimento de políticos na distribuição irregular de terras no Estado. Documentos obtidos pelo Canal Rural com exclusividade mostram que Kátia Abreu está envolvida. O caso pode parar na Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Em 2015, o G1 trouxe o nome da então ministra da Agricultura em mais um fato negativo. Neste, Kátia estaria envolvida em suposto esquema de grilagem no Tocantins.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) acusa o governo de promover uma 'reforma agrária às avessas' que tentou mascarar um suposto esquema de grilagem de terras públicas. "A implantação do projeto desconsiderou a existência de cerca de 160 famílias camponesas que, de forma comunitária, ocupavam o local havia mais de quatro décadas com produção diversificada, criando o gado solto e aproveitando o que o Cerrado oferecia", diz documento da Pastoral da Terra.
De acordo com a CPT, os camponeses correm risco iminente de despejo pelo cumprimento de um mandado de reintegração de posse, em favor da Associação de Plantadores do Alto do Tocantins (Associação Planalto), representante dos produtores de soja da região.
A comissão teme pelas famílias, uma vez que, segundo a organização, a Polícia Militar já fez o reconhecimento de campo e aguarda mais policiais para realizar a ação de despejo.
Outro escândalo envolvendo a Senadora foram as viagens a trabalho com seu esposo, onde funcionários do Ministério não a acompanhavam. Todas essas notícias vieram a público, mais uma vez, após Kátia ser a escolhida para presidir a Comissão dos Supersalários dos Poderes. A pergunta que fica é: a senadora tem autonomia e idoneidade para julgar sobre este assunto.
Por Edson Rodrigues
A senadora Kátia Abreu uma mulher destemida e temida, competente, corajosa e ficha limpa ao assumir a relatoria da comissão que analisará salários que não respeitam o teto constitucional de R$ 33.763,00. A Comissão que analisará os Supersalários tem o objetivo de corrigir distorções. Segundo Kátia, “se apropriar de verbas que não fazem parte do seu salário também é corrupção”.
Para fazer análises e julgamentos, é preciso ser ficha limpa, sem teto de vidro e não ter o pé de barro para a partir de agora enfrentar as inúmeras pessoas que não respeitam essa determinação e estão espalhadas no governo federal, estadual e municipal. Elas estão em toda parte, em todas as esferas.
A senadora Kátia Abreu passará a enfrentar crocodilos, serpentes e cobras venenosas como cascavel, coral, sucuri, bem como, a onça e os reis leões.
Sei lá talvez em sua vida pública este seja um dos seus maiores desafios. Sua vida pública não foi e não está sendo enganada, bobos os que pensam que o presidente Renan deu a Kátia um presente de grego. Pode ser que até ele Renan esteja pensando nisso, mas ela não aceitou o presente de grego porque gosta do desafio, assim como aceitou ser relatora na comissão da CPMF que derrotou no voto do Congresso Nacional o todo poderoso na época Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente da república.
Kate decolou na mídia nacional internacional e se tornou política de elite brasileira no Congresso Nacional. As primeiras pílulas (balas) já estão sendo diluídas na mídia nacional tornando senadora, e relatora de uma revisão do teto salarial, ao dos detentores do supersalários espalhados em todas as estruturas governamentais do país.
Kátia Abreu, em inúmeras entrevistas garantiu que não haverá perseguição política durante a análise das contas. A senadora tem frisado que receber salários indevidos também é corrupção e que a lei é para todos e “todos devem se enquadrar na Constituição”.
A ex-ministra da Agricultura possui uma ficha política extensa e bem sucedida, em que foi presidente de sindicato rural, deputada, primeira mulher eleita senadora do Tocantins e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Assim como de sucesso, Kátia Abreu coleciona também algumas notícias amargas a seu respeito. De acordo com uma matéria veiculada no Estado de São Paulo, Kátia Abreu gastou R$ 45.350 em tratamentos dentários pagos pelo Senado nos anos de 2010 e 2013; o plano de saúde do Senado é vitalício, ele banca despesas de senadores, ex-senadores e dependentes como filhos, enteados e cônjuges; para usufruí-lo, o parlamentar não precisa fazer nenhuma contribuição - basta que tenha exercido o cargo por 180 dias ininterruptos. Após a morte do titular, o cônjuge continua usando a carteirinha
Segundo o jornal, Kátia Abreu gastou R$ 45.350 em tratamentos dentários pagos pelo Senado nos anos de 2010 e 2013. O plano do Senado estabelece um limite anual de R$ 25,9 mil para gastos odontológicos, mas a Casa tem pago valores acima. O caminho para ignorar as normas é invadir a cota não utilizada de outros anos.
Já uma matéria veiculada no Canal Rural diz que a Defensoria Pública Agrária do Tocantins investiga o favorecimento de políticos na distribuição irregular de terras no Estado. Documentos obtidos pelo Canal Rural com exclusividade mostram que Kátia Abreu está envolvida. O caso pode parar na Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Em 2015, o G1 trouxe o nome da então ministra da Agricultura em mais um fato negativo. Neste, Kátia estaria envolvida em suposto esquema de grilagem no Tocantins.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) acusa o governo de promover uma 'reforma agrária às avessas' que tentou mascarar um suposto esquema de grilagem de terras públicas. "A implantação do projeto desconsiderou a existência de cerca de 160 famílias camponesas que, de forma comunitária, ocupavam o local havia mais de quatro décadas com produção diversificada, criando o gado solto e aproveitando o que o Cerrado oferecia", diz documento da Pastoral da Terra.
De acordo com a CPT, os camponeses correm risco iminente de despejo pelo cumprimento de um mandado de reintegração de posse, em favor da Associação de Plantadores do Alto do Tocantins (Associação Planalto), representante dos produtores de soja da região.
A comissão teme pelas famílias, uma vez que, segundo a organização, a Polícia Militar já fez o reconhecimento de campo e aguarda mais policiais para realizar a ação de despejo.
Outro escândalo envolvendo a Senadora foram as viagens a trabalho com seu esposo, onde funcionários do Ministério não a acompanhavam. Todas essas notícias vieram a público, mais uma vez, após Kátia ser a escolhida para presidir a Comissão dos Supersalários dos Poderes. A pergunta que fica é: a senadora tem autonomia e idoneidade para julgar sobre este assunto.
Por: Edson Rodrigues
O governador Marcelo Miranda e os demais governadores estarão, hoje, reunidos com o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, discutindo o repasse de verbas para o Estado, a serem enviadas pelo governo Temer ainda este ano. São recursos oriundos das multas dos condenados pela Lava Jato e da repatriação de recursos desviados pela corrupção para o exterior, além de uma linha de crédito do BNDES, também para este ano.
Outro item na agenda será o valor que os estados poderão tomar emprestado nos bancos e instituições internacionais, com aval da União. Essa reunião com o ministro e equipe econômica, é uma ação do governo Temer para aludir os estados em más condições financeiras, com dificuldades para quitar as três folhas de pagamento do funcionalismo público, referente aos meses de novembro, dezembro e o 13° salário.
O governador buscará também junto ao ministro da fazenda, Henrique Meirelles, a liberação das emendas parlamentares impositivas. Com isso, o governador Marcelo Miranda deve manter o pagamento do funcionalismo em dia e, se conseguir liberar as emendas parlamentares impositivas, pagar as dívidas com boa parte dos prestadores de serviço, alugueis, Igeprev, e fechar o ano no verde, com perspectivas positivas para 2017.
AMASTHA NA POLÍCIA FEDERAL
Enquanto Marcelo Miranda corre atrás de recursos para sanar os problemas do Tocantins, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha corre da Polícia Federal, que tem em mãos uma ordem da condução coercitiva relativa ao processo investigativo de suspeita de superfaturamento na obra da construção do BRT, em Palmas, com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, que envolvem a cúpula do governo de Palmas, além de uma ordem de busca e apreensão, já realizada, na residência do prefeito Carlos Amastha e de vários dos seus secretários, onde foram apreendidos computadores, documentos e 100 mil reais em espécie, na residência do prefeito – que no momento do ato policial se encontrava no exterior – e um dossiê sobre um policial da cúpula da Polícia Federal, que está intrigando a Justiça e deve ser esclarecido nos mínimos detalhes.
Amastha ainda não é réu no processo que corre em segredo de justiça e, por isso, não podemos dar mais detalhes. Mas, nos bastidores, comenta-se a suspeita da participação de um parlamentar federal no esquema, o que obrigou a justiça, a decretar o segredo no processo.
Nem a Polícia Federal nem a Justiça Federal aventou negaram ou confirmaram essa versão, mas sabe-se que a Polícia Federal está mergulhada nas documentações colhidas nas residências dos auxiliares e do próprio Amastha e, em breve, deverá finalizar as investigações e decidir indicia o prefeito de Palmas e os demais envolvidos. As diligências estão em curso e, após ouvir Carlos Amastha, novas diligências deverão ocorrer.
Ainda não é momento de fazer qualquer pré-julgamento, mas suspeitar que a cobra vai fumar, isso pode.