Gestores abordaram as Políticas públicas de incentivo, bem como as ações para alavancar esta cadeia
Por Edvânia Peregrini
O desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva da piscicultura no Tocantins é bem promissor, e para isso, a atual gestão vem trabalhando as ações de forma integrada, envolvendo as pastas do Governo do estadual para alavancar essa cadeia. As políticas públicas de incentivo, bem como as ações para o fomento da piscicultura foram abordadas nesta sexta-feira, 18, na Agrotins 2021 pelos gestores que também atuam na Câmara Setorial da Piscicultura do Tocantins.
Participaram do quadro os gestores da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Jaime Café; da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Miyuki Hyashida; da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Sandro Henrique; da Secretaria da Indústria e Comércio (SICs) Tom Lyra; do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Fabiano Miranda; do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) Renato Jayme; e da Agência de Fomento, Denise Rocha.
Na ocasião, cada gestor ressaltou sua contribuição para que o estado, que hoje ocupa a 18ª posição no ranking nacional, se posicione entre os cinco maiores produtores de peixes do Brasil, com uma estimativa de produzir 50 mil toneladas de pescado por ano.
O secretário da Agricultura, Jaime Café, reforçou os incentivos promovidos pelo Governo do Tocantins “Desenvolvemos, nos últimos anos, políticas públicas voltadas à piscicultura, podemos citar o programa Tilápia – Vida na Água, com linhas de crédito específicas, a concessão de isenção no ICMS [Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] para a produção e a comercialização do pescado até 2024, além do melhoramento das nossas estradas, pensando no transporte dessa produção. Então o sucesso da cadeia se deve a um trabalho conjunto”, frisou.
A secretária do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Miyuki Hyashida, explanou sobre a Estratégia Tocantins Competitivo e Sustentável, um projeto de desenvolvimento capitaneado pela Semarh que guiará o Tocantins até o ano de 2040, que inclui em seu eixo econômico o incentivo a inovações tecnológicas que garantam uma produção de baixo carbono das cadeias produtivas, como a da piscicultura. Miyuki elogiou o empenho de todos e comentou o potencial do Tocantins. “Nós somos um estado com a maior quantidade de águas internas do país, com grande potencial para a aquicultura, e hoje vejo que o governo viu isso, com a visão de todos que estão aqui. Então eu fico muito satisfeita de ver o resultado obtido quando se quer fazer e nesta gestão nós estamos vendo isso acontecer, afinal a aquicultura era um gargalo imenso”, afirmou.
O gestor do Ruraltins, Fabiano Miranda, ressaltou a atuação integrada do órgão para levar atendimento ao produtor: “Com essa integração das pastas do Governo, vejo que estamos alinhados e preparados para nos posicionarmos entre os estados de maior produção de peixe. E o nosso empenho é levar de forma eficiente assistência técnica aos produtores. Para isso, capacitamos nossos extensionistas que estão aptos a atender o produtor desde a elaboração do projeto para acesso à linha de crédito, facilitado pela Fomento; ao acompanhamento técnico da atividade”, frisou o presidente Fabiano Miranda.
“O Governo do Tocantins está empenhado em desenvolver a piscicultura, e para isso investe em incentivos e políticas públicas para desenvolvimento da atividade, especialmente em linha de crédito para o pequeno produtor, por meio do Programa Tilápia – Vida na Água, disponibiliza pela Agência de Fomento”, ressaltou Denise Rocha.
Plano de Desenvolvimento da Piscicultura no Tocantins
Com a participação do setor produtivo, órgãos de pesquisa, fomento, fiscalização, dentre outros, o governo segue Plano de Desenvolvimento da Piscicultura no Tocantins (PDP), que traz as propostas de políticas públicas para o planejamento e ordenamento da piscicultura, no período de 2017 a 2027, focadas em sete eixos: Licenciamento Ambiental e Sanidade; Incentivos Fiscais; Financiamento e Seguro Garantia; Pesquisa, Tecnologia e Pós-Graduação; Assessoria Técnica e Capacitação; Infraestrutura, Distribuição, Suprimento e Beneficiamento; e Organização e Governança.
Empresário fez anúncio durante painel sobre grãos na Agrotins 2021 100% Digital
Por Brener Nunes
Produtores de algodão no Tocantins receberam uma notícia que promete alavancar ainda mais a produção no Estado. O ceo da Uniggel Rações e Óleo, Fausto Garcia, anunciou durante o painel “Tendências do Agronegócio Mundial e Brasileiro com foco em Milho e Soja”, que graças ao incentivo fiscal concedido pelo Governo do Tocantins por meio do Proindústria, irá implantar a primeira indústria de esmagamento de semente de algodão no Estado. O painel, mediado pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Aquicultura, Jaime Café, encerrou a programação científica desta quinta-feira, 17, terceiro dia da Feira Agrotecnológica do Tocantins - Agrotins 2021 100% Digital.
O ceo da Uniggel, Fausto Garcia, ressaltou que o incentivo do Governo traz um dos maiores benefícios, que é fazer com que essa indústria, que está sendo implantada no Estado, possa ter segurança para crescer e se consolidar. “Esse incentivo nos traz a possibilidade da implantação e do amadurecimento da empresa. Ela está incentivada fazendo com que possa gerar lucros e consiga chegar à jovialidade da empresa com saúde financeira, com segurança financeira para que ela possa inclusive crescer nesse período que está sendo incentivada pelo Governo. Com certeza isso trará crescimento da indústria, trará crescimento da produção, geração de novos empregos”, afirmou.
Fausto Garcia destacou que a Uniggel Rações e Óleo é a primeira indústria de esmagamento de caroço de algodão no Tocantins. “Como sempre a gente se propôs a ser pioneiro. Acabamos nos expondo a mais riscos, a maiores dificuldades, muitas vezes a custos iniciais mais altos e eu acho que esse incentivo é de grande importância para gerar segurança para o empreendimento que está sendo montado no Estado”, ressaltou.
Ainda de acordo com o ceo da Unigel, o óleo bruto de algodão poderá ser usado na produção de biodiesel. A empresa também produzirá a torta de algodão, que poderá ser usada na dieta bovina, principalmente para engorda do gado leiteiro, porque o produto aumenta a produção de leite.
No painel foi discutido sobre as Tendências do Agronegócio Mundial e Brasileiro com foco no milho e soja
O secretário da Agricultura, Jaime Café, destacou a importância do empreendimento para a cadeia produtiva no Estado. “As perspectivas são boas e animadoras. O investimento da Uniggel será no município de Campos Lindos, onde se produz algodão. Será implantada uma esmagadora do caroço da planta para fazer torta, farelo e extrair o óleo e insumos importantes para ração animal”, explicou.
Jaime Café ainda reforçou que este investimento será importante para a região, podendo agregar valor ao algodão no Tocantins e desenvolver a integração na produção do gado de corte por meio dos confinamentos. “Boa notícia que nos anima. A máquina também pode esmagar soja, para oferta do farelo. O Tocantins está no caminho certo, no caminho da industrialização destes produtos que temos no nosso Estado”, frisou.
O Painel
O painel contou ainda com as participações do palestrante de mercados dos grãos e agroenergia, Vlamir Brandalizze, do presidente da Aprosoja Tocantins, Dari Fronza, e do presidente da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e do Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/TO), Ricardo Khouri.
O palestrante Vlamir Brandalizze destacou que em 2020, o Brasil faturou R$ 38 bilhões com a exportação da soja. E a projeção para 2021 é chegar a R$ 48 bilhões. “Isso dá mais de R$ 200 bilhões. A soja é o ouro brasileiro. Vamos avançar com isso”, ressaltou.
Segundo Vlamir Brandalizze, a soja é o maior produto da pauta de exportação do Brasil. “Apenas nas duas primeiras semanas de junho exportamos 5,1 milhões de toneladas. No ano, são 55,5 milhões de toneladas. A soja, é líder do agro, puxa toda a fila junto ao milho, trigo, arroz e feijão. Onde a soja chega, o emprego também chega. As cidades crescem, a vida da população melhora”, frisou.
Já o produtor e presidente da Aprosoja, Dari Fronza, pontuou alguns gargalos da produção no Brasil. Ele afirmou que a produção está vindo muito abaixo do esperado e fez um apelo aos estudantes do segmento. “Estudem tudo que faz parte do agro. O Brasil tem clima, tem terra. Tocantins é movido pelo agro. Isso é uma transformação, fortalece muito as cadeias”, afirmou.
O presidente da Coapa, Ricardo Khouri, afirmou que o produtor ainda investe em tecnologia e maquinário. “Dentro desse horizonte de mais quatro, cinco safras, permitindo boa remuneração, acho que tem mais uma estabilidade a se planejar em grande escala”, projetou.
Painel abordou fatores que contribuem com o crescimento da organização da agricultura familiar e dos mercados para o segmento
Por Brener Nunes
A agricultura familiar foi o foco do painel Cadeia de Valor, Mercado Institucional e Privado, que aconteceu nesta quarta-feira, 16, na Feira Agrotecnológica do Tocantins - Agrotins 2021 100% Digital. Mediado pela diretora de Agricultura Familiar da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Francisca Marta Barbosa, o painel abordou os fatores que contribuem para o crescimento acelerado da organização da agricultura familiar, incluindo o cooperativismo e associativismo que fazem com que a agricultura brasileira se torne mais forte.
Os mercados para a agricultura familiar crescem a cada dia. A pesquisadora e colaboradora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenadora técnica do projeto Cadeia de Valor em Plantas Medicinais (ArticulaFito), Joseane Costa, destacou que a realização de um diagnóstico participativo possibilitou visualizar os processos produtivos no seu elo mais elementar. “São exatamente os agricultores familiares das populações tradicionais, como eles estão se organizando e quais são os desafios e as oportunidades que podemos alavancar. E a partir deste diagnóstico conseguimos estruturar um plano de ação voltado a esses empreendimentos mapeados”, explicou.
No Tocantins, Joseane ressaltou produtos como a pílula de babosa, o chá medicinal de hortelã, óleo de macaúba e a semente de sucupira. “Com esse projeto compreendemos a necessidade de um novo modo de produzir, mas também de consumir. É muito importante que essa relação entre produção e consumo se estabeleça de uma forma que possa ser sustentável, que ela possa garantir renda, emprego aos trabalhadores e trabalhadoras rurais, aos povos e comunidades tradicionais, a partir dessa biodiversidade fenomenal que existe no nosso país. No entanto, é preciso que a gente fortaleça essa base produtiva a partir de capacitações, de intercâmbios. Enfim, um conjunto de ações para superar esses gargalos que encontramos durante esse nosso diagnóstico”, afirmou a pesquisadora.
Cadeia de Valor
O coordenador-geral de Acesso a Mercados, na Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mateus Soares da Rocha, afirmou que o Brasil tem uma diversidade imensa de produtos, um clima que colabora para ter essa diversidade e um conhecimento cultural que vem sendo passado de geração em geração. “Dentro de uma cadeia de valor, precisamos entender quais são os atores que estão envolvidos e quais são as relações que esses atores constroem, tanto com suas produções, como com os outros processos até chegar no consumidor final. Vemos que é um leque de possibilidades quando paramos para analisar uma cadeia de valor. É sempre importante manter esse bom relacionamento, entender e fazer as conexões necessárias entre pessoas, atores, sociedade civil e governo para que possamos ter resultados positivos”, ponderou.
O coordenador Mateus Soares da Rocha pontuou os dois grandes programas de compras públicas: o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Ele afirmou que o PAA vem em momento muito oportuno. “Nós tivemos em 2020 um aporte de R$ 500 milhões buscando garantir esse fortalecimento das duas principais linhas que o PAA trabalha, que é a questão de garantir o alimento da família que se encontram em situação vulnerável, e o fortalecimento da agricultura familiar, que é o grande fornecedor de alimentos para o programa”, explicou.
Sobre o PNAE, Mateus Soares da Rocha destacou que vê uma diversidade de riquezas de alimentos que estão na mesa dos nossos alunos. “Hoje temos alimentos que não encontrávamos há anos. Se olharmos há 10, 15 anos, nós tínhamos uma alienação mais deficitária nas nossas escolas. E hoje temos a participação da agricultura familiar, 30% desses alimentos vem dessa agricultura. E são alimentos que valorizam o consumo local. Alimentos que eles comem em casa, que dialogam com seus costumes e cultura”, detalhou.
Produtos
A empresária Rose Bezecry, fundadora da Cativa Natureza, relatou seu trabalho com cosméticos sustentáveis. “Trabalhamos com produtos que têm a rastreabilidade dos insumos orgânicos escassa. Existem pelo menos 126 químicas nocivas que não contém nos nossos cosméticos. É fácil formular um cosmético quando se tem toda a matéria prima pronta. E nosso desafio é ao contrário, nós temos essa matéria-prima muito escassa porque tem a rastreabilidade menor e temos um compromisso minucioso com a matéria-prima. Preciso saber se tem sustentabilidade, se não tem agrotóxico, tem todo esse parâmetro”, explicou a empreendedora.
A agricultora familiar do Projeto de Assentamento Piracema, em Marianópolis, Zilma Cunha, produz açafrão, urucum e farinha de jatobá. Ela também destacou a participação dos produtores na Feira Digital. “Ainda temos alguns gargalos. Plantar, nós plantamos. Nós trabalhamos com sistema agroflorestal, sem nenhum tipo de adubação química. Transformamos as folhas em adubo. E agora, depois de tudo isso, como a gente vai trabalhar neste processamento? O que falta é mercado, a questão de estruturação. Temos o produto in natura, mas ele precisa ser processado, precisamos das certificações. Esse é nosso gargalo”, esclareceu Zilma Cunha.
Produção tocantinense já abastece pelo menos quatro estados brasileiros
Por Laiane Vilanova
Aumento na demanda mundial no consumo de arroz, áreas ainda não exploradas e desenvolvimento de tecnologias, são fatores que podem transformar o Tocantins no maior produtor de arroz do país. O cenário atual e as perspectivas do mercado foram o tema da palestra que abriu, nesta quarta-feira, 16, o segundo dia de programação da Feira Agrotecnológica do Tocantins - Agrotins 2021 100% Digital.
Em fevereiro de 2020, com o início da pandemia, as pessoas começaram a ficar mais em casa e a cozinhar a própria comida, essa mudança de hábito foi a responsável pela disparada das commodities das cotações de grãos em todo o mundo, puxada pelo arroz. Alçando índices históricos como explicou o engenheiro agrônomo e consultor do mercado agro, Vladimir Brandalizze. “Historicamente na pandemia, o agro atingiu seus maiores níveis dos últimos 8 anos. Saímos de um valor 300 dólares/tonelada do arroz beneficiado para 600 dólares/tonelada e isso puxou a alta de outras commodities como grãos, carne e outros insumos”, explicou.
Mesmo com cenário positivo, é preciso pensar em outros fatores que poderão impactar a produção de arroz no futuro. “Além do aumento no consumo de arroz, a população tem crescido mais, em contrapartida a produção de arroz não tem acompanhado esse ritmo de crescimento. A Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] apontou uma demanda de 10,8 milhões de consumo para este ano, mas eu acredito que essa quantidade será superada por conta dos incentivos dos governos para a população como o auxílio emergencial, bolsa família e outros programas que permitem o brasileiro comer”, disse Vladimir Brandalizze.
Nesse cenário, o Tocantins tem um desafio, atender a demanda externa sem prejudicar a interna, por isso Daniel Fragoso, pesquisador da Embrapa, aponta a tecnologia no campo como uma solução. “Nós somos o terceiro maior produtor brasileiro de arroz, o arroz do Tocantins tem um valor econômico e social, porque ele é produzido na mesma região onde é consumido, mas não podemos parar de atender a demanda interna para alimentar o mundo. E, como melhoramos essa produção? Investindo em tecnologia e nisso o Brasil sai à frente de outros países, pois contamos com o trabalho da Embrapa”, destacou.
Na safra 2020/21, o Tocantins produziu aproximadamente 700 mil toneladas de arroz em casca, que se traduz em cerca de 490 mil toneladas de arroz beneficiado, apresentando uma produção excedente em 400 mil toneladas. Esse excedente é destinado ao abastecimento das regiões Norte e Nordeste, mais precisamente os estados do Maranhão, Ceará, Piauí e Pará.
Incentivos para o produtor
O produtor de Pium, Alfredo Júnior, participou do painel e ressaltou a necessidade de mais incentivos para os produtores. “As alíquotas para importação estão beirando os 12% e nós temos uma média de 8 mil toneladas por hectare. Então, os nossos custos acabam sendo mais caros que outros Estados como o Rio Grande do Sul, que hoje é o líder no segmento. Em compensação, as indústrias têm recebido incentivos e conseguem mandar o arroz para fora com melhores condições”, ponderou.
Nesse sentido, o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura, Jaime Café, que mediou o encontro, ressaltou que o Governo do Tocantins prepara uma solução para esta questão. “Teremos um programa do Governo que irá ajudar no aproveitamento do crédito que fica represado e permitirá usar esse crédito na compra de equipamentos, assim o produtor vai poder melhorar seu maquinário abatendo esse crédito represado no ICMS dessa máquina”, informou.
Participaram do painel ainda o CEO da empresa Maqcampo, José Augusto; e o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa, Alcido Wander. A palestra ficará gravada na plataforma da Agrotins.
A programação da Agrotins 2021 100% Digital continua ocorrendo até esta sexta-feira, 18, pela plataforma www.agrotins.to.gov.br.
Arroz novo no mercado
Durante a programação da Agrotins, a Embrapa lançará a BRS A704, nova cultivar de arroz irrigado com grande potencial de mercado. Ela tem ciclo médio, sendo cerca de 128 dias da emergência à maturação dos grãos, podendo variar até 135 dias (o tempo entre a emergência e o florescimento fica em torno de 96 dias).
A variedade é tipo longo fino e de qualidade premium. É resistente às principais doenças do arroz e apresenta tolerância ao acamamento, mesmo em altas doses de adubação nitrogenada (até 150 kg N/ha), o que contribui para maior produtividade de grãos. Em todos os ensaios da rede nacional de pesquisa Melhor Arroz da Embrapa, a cultivar apresentou excelente potencial produtivo, atingindo 14.986 kg por ha (observado no Rio Grande do Sul, na safra 2019/20), com produtividade média de 9.414 kg por hectare.
A BRS A704 tem ampla adaptabilidade o que permite o cultivo nas diferentes regiões do Brasil, sendo recomendada para os estados de Goiás, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
Apoio logístico será dado àqueles municípios que manifestarem necessidade
Por Laiane Vilanova
Com o intuito de ampliar a imunização da população tocantinense e assim barrar o avanço da Covid-19, o governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, esteve manhã desta terça-feira, 15, na Central Estadual de Imunização e gravou uma mensagem de apelo aos prefeitos para que se dirijam até o laboratório e retirem, nas unidades do Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen-TO), de Palmas e Araguaína, as vacinas destinadas aos respectivos municípios.
“Peço aos prefeitos que não demorem a buscar suas vacinas, porque a gente sabe que alguns prefeitos demoram três, quatro dias para buscar as vacinas e é importante para nós que sejamos rápidos para avançarmos na vacinação. Podem contar com a estrutura da Secretaria Estadual da Saúde para ajudar em alguma situação que estejam tendo dificuldade”, ressaltou o Governador.
O Chefe do Executivo Estadual explicou a importância da atuação dos municípios para que a imunização avance no Estado. “Nós estamos reivindicando mais vacinas ao Ministério da Saúde, mas quando a gente olha no gráfico da vacinação em que o Tocantins está em 22° lugar, isso traz uma dificuldade muito grande. Então faço esse apelo aos gestores e peço também à população que procure a vacina. Nós estamos ficando muito atrasados na segunda dose e isso dificulta a gente reivindicar mais ou ter acesso a mais vacinas para o Estado".
O secretário de Estado da Saúde, Edgar Tollini, que acompanhou o governador na vistoria, reforçou a necessidade da vacinação para o combate efetivo à pandemia. “O distanciamento social, o uso de máscara e a higienização das mãos são importantes para evitar novos casos da Covid-19, mas só a vacina impede que esses casos evoluam para um estado grave, ou mesmo mortes e só os municípios podem fazer com que a vacina chegue a cada tocantinense, por isso reforçamos a necessidade dos municípios vacinarem os seus moradores e assim atingirmos o maior número de tocantinenses vacinados”, finalizou.
Vacinômetro
Até esta terça-feira, 15, o Estado do Tocantins recebeu 681.250 doses de vacinas destinadas à imunização contra a Covid-19. Desse total, foram aplicadas 461.699, sendo 323.935 da primeira dose e 137.764 da segunda dose.