Petista afirmou atual presidente "é peça importante na extrema direita fascista"

 

Com Ansa - Brasil

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (15), em uma coletiva de imprensa em Bruxelas, que Jair Bolsonaro representa "uma peça importante na extrema direita fascista".

 

Líder nas pesquisas para as eleições de 2022, o petista está na capital belga para uma série de compromissos nas instituições da União Europeia, a convite da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), grupo que detém a segunda maior bancada no Legislativo do bloco.

 

Em coletiva ao lado da líder do S&D no Europarlamento, a espanhola Iratxe García, Lula disse que o mundo atravessa uma situação "extremamente delicada", com o crescimento da extrema direita em vários países.

 

"O Bolsonaro representa hoje uma peça importante na extrema direita fascista, nazista, o que você quiser. O que você quiser falar da antipolítica você pode falar do governo brasileiro. O Brasil, na verdade, não merecia passar pelo que está passando", acrescentou.

 

Segundo Lula, o atual presidente é uma "cópia mal feita do Trump". "Se fosse uma cópia bem feita do Trump já era ruim, agora imagina uma cópia mal feita do Trump. O Bolsonaro não pensa, ele não tem ideia, ele não entende absolutamente de nada a não ser de falar bobagem", disse.

 

Lula também afirmou que deve confirmar em "fevereiro ou março" se será postulante à Presidência da República nas eleições de 2022, apesar de já adotar um discurso de candidato. "O PT vai concorrer. Se for eu, estarei satisfeito. Estou preparado, motivado, com saúde, sabe? Eu tô com tanta saúde que quero ver se caso antes das eleições", brincou.

 

O ex-presidente ainda foi questionado sobre uma possível chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que foi derrotado pelo próprio Lula na disputa pelo Planalto em 2006.

 

"Eu tenho uma extraordinária relação de respeito com o Alckmin. Eu fui presidente quando ele foi governador, nós conversamos muito. Não há nada que aconteceu entre eu e o Alckmin que não possa ser reconciliado", destacou, fazendo a ressalva de que ainda não está discutindo quem será seu vice.

 

Lula está na Europa desde a última quinta-feira (11) e já se reuniu com o vencedor das eleições na Alemanha, Olaf Scholz, e com o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, que esteve recentemente no Brasil.

 

Já na terça-feira (16), Lula dará uma palestra no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po) sobre o "lugar do Brasil no mundo de amanhã". Na quarta (17), o ex-presidente receberá o prêmio Coragem Política 2021, concedido pela revista Politique Internationale por seu "desejo de promover a igualdade".

 

Posted On Terça, 16 Novembro 2021 05:25 Escrito por

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (15) que seu prazo de espera por uma definição com o PL tem limite, e revelou que voltou a conversar com outros partidos sobre uma possível filiação.

 

Por Fábio Zanini

 

"Depende do Valdemar [Costa Neto, presidente do PL], com a sua habilidade que todo mundo conhece, conduzir essa coisa. O PP me quer lá ainda. Conversei com o Ciro [Nogueira], com o Fábio Faria, Rogério Marinho, as pessoas que estão no Brasil. Eu tenho um limite. [Conversei com] O Republicanos também", disse ele, durante visita à Expo 2020, em Dubai.

 

A filiação do presidente ao PL estava praticamente acertada, mas foi adiada em razão da composição de palanques estaduais. O maior entrave é São Paulo, onde o partido pretende apoiar a candidatura do tucano Rodrigo Garcia. Em estados do Nordeste, há acenos a partidos de esquerda.

 

De acordo com Bolsonaro, não é possível esperar até o mês de março para uma definição –o prazo legal para filiação partidária é o início de abril.

 

"O prazo é março, mas março é tarde demais, porque já começam pessoas a se apresentarem como candidatos pelo Brasil", afirmou.

 

Ele disse esperar por uma definição em um prazo curto. "Espero em pouquíssimas semanas, duas ou três no máximo, casar ou desfazer o noivado, mas acho que tem tudo para casar e ser feliz", declarou.

 

O presidente refutou a afirmação de que haveria um recuo de seu grupo político caso a filiação não se confirme.

 

"Não vou voltar atrás porque não falei nada. Na política as coisas só acontecem depois que você assina."

 

Bolsonaro negou relato divulgado pelo site O Antagonista, de que teria trocado ofensas com Valdemar por mensagens de texto. "Não sei como divulgam uma matéria que teria trocado ofensas com Valdemar Costa Neto. Nem conversei com o Valdemar por telefone, houve uma rápida troca por zap", declarou ele.

 

O presidente admitiu que o dirigente do PL é conhecido por ser cumpridor de acordos, e que para fazer uma mudança de planos em São Paulo, Valdemar teria que descumprir a palavra empenhada.

 

"O Valdemar é uma pessoa de palavra, ele está dizendo que está buscando uma negociação, não conseguiu uma garantia de que pode desfazer o que fez no passado. Resolvemos então adiar [a filiação]", disse o presidente. A entrada formal de Bolsonaro no PL estava a princípio marcada para o próximo dia 22.

 

Em São Paulo, o presidente pretende lançar como candidato a governador o atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que a princípio resiste à ideia.

 

"Alguns estados para a possível eleição são vitais, como São Paulo. Eu preciso, se vier a ser candidato, obviamente ter candidatos em quase todos os estados", declarou. Para o presidente, seu futuro partido "não pode estar flertando com a esquerda" em outro estado.

 

O presidente revelou que conversou em Dubai com Tarcísio, e que está em curso um processo de convencimento para que ele assuma essa missão.

 

"Conversei ontem [domingo] com o Tarcísio. Ele aceita discutir uma possível candidatura ao governo do estado de São Paulo. Se ele for candidato, tem tudo para levar", declarou.

 

Bolsonaro antecipou-se a uma possível crítica ao ministro, pelo fato de não ser paulista (ele é nascido no Rio). "Pode falar que é uma pessoa que não é paulista, mas eu também me elegi pelo Rio sem ser carioca", afirmou o presidente, que é paulista de nascimento, mas fez carreira na política fluminense.

 

Mais cedo, em conversa com a Folha, o ministro confirmou que está falando sobre eleição com o presidente, mas afirmou que ainda não tomou nenhuma decisão.

 

Também presente à comitiva de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) declarou que não existe no momento um plano B para o caso de a filiação ao PL não se concretizar. "Estamos nos acertando, neste momento não há outra alternativa."

 

Bolsonaro está sem partido há cerca de dois anos, desde que rompeu com o PSL, legenda pela qual se elegeu. Neste período, ele tentou várias alternativas, a começar da criação de um novo partido, a Aliança pelo Brasil, mas a empreitada fracassou.

 

Depois, flertou com diversas legendas, como PTB, PRTB, Patriota e PP, até definir-se pelo PL, mas com a condição de que pudesse ter controle total sobre o partido, incluindo a definição dos palanques estaduais.

 

Na última quarta-feira (10), após uma reunião com Bolsonaro, Valdemar havia anunciado a filiação do mandatário ao partido em um ato no dia 22 de novembro, em Brasília.

 

De acordo com o próprio Bolsonaro, a ida para o PL estava 99,9% confirmada e dependia de detalhes.

 

 

Posted On Segunda, 15 Novembro 2021 17:03 Escrito por

Cadastro é principal instrumento para inclusão no programa

 

Por Wellton Máximo

 

Principal ferramenta do governo para incluir famílias de baixa renda em programas sociais, o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) também será usado para garantir o acesso ao Auxílio Brasil, programa social que paga a primeira parcela no dia 17. Todos os meses, o Ministério da Cidadania selecionará novos beneficiários para o programa, desde que os dados estejam atualizados.

 

Apesar de ser pré-requisito para o novo programa social, a inscrição no CadÚnico não representa garantia de que a família passará a receber o Auxílio Brasil. Apenas significa que ela está incluída em uma lista de reserva do programa, que será ampliado à medida que o governo tenha recursos no Orçamento. Os escolhidos todos os meses serão comunicados oficialmente pelo Ministério da Cidadania.

 

As informações deverão ser atualizadas a cada dois anos, mesmo que não haja mudança de dados. Caso haja alterações na família, a atualização deve ser feita o mais depressa possível. Isso se aplica em situações como novo endereço; aumento ou diminuição de renda; mudança de escola de filhos crianças ou adolescentes; alterações nos documentos do responsável pelo domicílio; nascimentos, mortes, chegada e saída de pessoas no domicílio.

 

Todos os anos, o governo federal convoca as famílias com dados desatualizados a alterar os cadastros. As prefeituras, que têm autonomia para operar o cadastro, também podem fazer a convocação. A chamada ocorre por cartas, telefonemas ou mensagens em extratos bancários. Por meio do aplicativo Meu CadÚnico, o cidadão pode acessar seus dados, acompanhar a situação do cadastro e imprimir comprovantes.

 

A atualização deve ser feita presencialmente, em um Centro de Atendimento de Referência Social (Cras) ou em postos de atendimento do CadÚnico, mas alguns municípios oferecem meios eletrônicos para a atualização dos dados. Os endereços dos Cras em cada município estão no site do Ministério da Cidadania. Famílias que não atualizem as informações por mais de quatro anos serão excluídas do cadastro.

 

Podem inscrever-se no Cadastro Único famílias que ganham, por mês, até meio salário mínimo por pessoa (R$ 550), tenham renda mensal total de até três salários mínimos (R$ 3,3 mil), pessoas que moram sozinhas ou que vivem em situação de rua (só ou com a família). Caso a família receba mais de três salários mínimos, a inscrição só será permitida se as demais condições forem atendidas, mas apenas se o cadastro for vinculado à inclusão em programas sociais federais, estaduais ou municipais.

 

Como se inscrever

A inscrição no CadÚnico é realizada somente em postos do Cras ou em postos do Cadastro Único e do antigo Programa Bolsa Família na cidade onde a pessoa de baixa renda mora. Esses estabelecimentos são administrados pelas prefeituras. Geralmente, o processo é presencial, exigindo a ida do cidadão a esses locais, mas, por causa da pandemia de covid-19, alguns municípios abriram a possibilidade de cadastramento por telefone ou pela internet.

 

Só pode se inscrever no CadÚnico pessoas com pelo menos 16 anos. O cidadão deve ter Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou título de eleitor em seu nome e ser preferencialmente mulher. O responsável pela família deve levar pelo menos um desses documentos para cada membro da família: certidão de nascimento, certidão de casamento, CPF, carteira de identidade (RG), carteira de trabalho, título de eleitor ou registro administrativo de nascimento indígena (Rani), caso a pessoa seja indígena.

 

Quem não tiver documentação ou registro civil pode inscrever-se no Cadastro Único, mas só poderá ter acesso a programas sociais após apresentar os documentos necessários. No caso de quilombolas e indígenas, os responsáveis familiares estão dispensados de apresentar o CPF ou título de eleitor, caso não o tenham, mas devem levar pelo menos um dos documentos de identificação mencionados anteriormente.

 

Etapas seguintes
Após a apresentação dos documentos, um funcionário da prefeitura entrevistará o responsável familiar, para conferir os dados e traçar o perfil da família. A conversa pode ser registrada em formulário de papel ou pelo computador, no Sistema de Cadastro Único. Caberá ao entrevistador social entregar o formulário preenchido ou impresso, pedir a assinatura do responsável familiar e fornecer um comprovante de cadastramento.

 

O Sistema de Cadastro Único verificará se as pessoas da família têm um Número de Inscrição Social (NIS). Caso não o tenham, o sistema gerará um número em até 48 horas. O NIS é necessário para a participação em todos os programas sociais.

 

Caso o Cras ou os demais pontos de atendimento não queiram fazer o cadastramento, o cidadão pode fazer uma denúncia à Ouvidoria do Ministério da Cidadania. Basta ligar para o telefone 121.

 

 

Posted On Segunda, 15 Novembro 2021 05:12 Escrito por

O reajuste acumulado neste ano só para o consumidor residencial chega a 7,04%, ou seja, o aumento projetado para o ano que vem praticamente triplica a alta de 2021

 

Por Estadão Conteúdo

 

O aumento no preço da conta de luz não dará trégua ao consumidor no ano que vem. O reajuste que documentos oficiais do governo e do próprio setor elétrico preveem é superior a 20% em 2022, uma alta que vai turbinar ainda mais a inflação e corroer a renda do cidadão.

 

O Estadão teve acesso a um documento interno da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) emitido na sexta-feira, 5, no qual o órgão regulador faz uma projeção sobre o impacto financeiro que a atual crise hídrica terá sobre a conta de luz em todo o País, devido às medidas que foram adotadas para garantir o abastecimento de energia. A conclusão é trágica.

 

"Nossas estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022 da ordem de 21,04%", diz o texto. Considerando dados da própria Aneel, o reajuste acumulado neste ano só para o consumidor residencial chega a 7,04%, ou seja, o aumento projetado para o ano que vem praticamente triplica a alta de 2021. Em 2020, o aumento médio foi de 3,25%.

 

Nos últimos meses, cada consumidor de energia tem bancado, mensalmente, o custo pesado das chamadas "bandeiras tarifárias", uma taxa extra que é incluída na conta de luz para pagar o acionamento das usinas térmicas, que são bem mais caras que as hidrelétricas. Isso tem ocorrido por causa da falta de chuvas e do esvaziamento dos principais reservatórios do País.

 

Uma das principais razões de se fazer essa cobrança mensal do consumidor é evitar que essas contas fossem pagas depois, nos reajustes anuais, como acontecia antes. Ocorre que nem mesmo as bandeiras tarifárias têm conseguido cobrir o rombo atual.

 

Após analisar as projeções de geração de energia e os custos previstos - incluindo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) -, a área técnica da agência reguladora concluiu que, até abril de 2022, as "melhores estimativas" apontam para um rombo de RS 13 bilhões, "já descontada a previsão de arrecadação da receita da bandeira tarifária patamar escassez hídrica no período", ou seja, o nível mais alto de cobrança da taxa extra.

 

O acionamento de tudo quanto é usina térmica no País não é o único fator que explica o rombo financeiro do setor elétrico e que terá de ser quitado pelo cidadão. Outra fatura estimada em mais R$ 9 bilhões que será paga pelo consumidor tem origem nas contratações "simplificadas" de energia feitas pelo governo no mês passado. Trata-se de uma "energia de reserva" que será entregue a partir de maio do ano que vem, para dar mais segurança e evitar o racionamento.

 

Os reajustes são puxados ainda pelo aumento de importação de energia, por meio de contratos firmados com Argentina e Uruguai. Como os reajustes de tarifas são feitos anualmente pela Aneel, após analisar os custos de cada distribuidora de energia do País, o porcentual de aumento varia de Estado para Estado.

 

O aumento do preço da energia, somado à alta dos combustíveis e do gás de cozinha, são os fatores que mais afetam a inflação no País e massacram a renda da população, porque seus impactos são disseminados em todo tipo de consumo, seja das famílias ou de empresas.

 

Posted On Domingo, 14 Novembro 2021 05:45 Escrito por O Paralelo 13

O ex-presidente Lula ampliou a vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro nas intenções de voto no segundo turno, de acordo com pesquisa Exame/Ideia divulgada na sexta-feira 12

 

Da revista Carta Capital

 

De acordo com o levantamento, se as eleições fossem hoje, o petista teria 48% e o ex-capitão, 31%. Em julho, a distância entre os dois era de 12 pontos percentuais.

 

A pesquisa testou ainda outros cenários de segundo turno. Lula venceria todos os adversários.

 

Com Bolsonaro, o levantamento simulou a votação em dois cenários, além do segundo turno com Lula. Pela primeira vez desde o início da sondagem para 2022, Ciro Gomes (PDT) venceria o atual presidente, com uma margem de 4%.

 

“O presidente Jair Bolsonaro tem níveis de aprovação abaixo dos seus pares que tentaram a reeleição: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No terceiro ano de mandato, todos tinham um patamar de aprovação acima de 30% e menor rejeição. E, para serem reeleitos, precisaram melhorar sua performance de popularidade no ano eleitoral. No caso de Bolsonaro, essa recuperação teria de ser recorde”, afirmou Maurício Moura, fundador do IDEIA.

 

Na sondagem de primeiro turno, Lula também lidera todos os cenários. Na pesquisa estimulada, o petista tem 35% das intenções de voto, Bolsonaro aparece com 25%, seguido de Ciro Gomes, com 7%, e Sergio Moro (Podemos), com 5%.

 

 “Lula lidera todos os cenários de intenção de voto estimulada. Suas fortalezas seguem as mesmas: classe popular de baixa renda, fortemente concentrada no Nordeste. Todavia, a variável mais relevante é a intenção de voto espontânea [quando não são apresentadas alternativas]. Esses são os respondentes que concentram os eleitores mais fiéis de Lula e Bolsonaro. E é esse o dado que ainda mostra uma desconexão de grande parte do eleitorado, com quase 45% que não conseguem verbalizar um nome sequer de um presidenciável”, diz Moura.

 

 

 

Posted On Domingo, 14 Novembro 2021 05:43 Escrito por O Paralelo 13
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