Equipamentos custaram ao estado R$ 50,4 milhões e acabaram sendo devolvidos porque não serviam para o combate à Covid-19
Com R7
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), é um dos alvos de busca em uma operação da PF (Polícia Federal) desta quarta-feira (10) que investiga um esquema de fraude na compra de respiradores no Pará.
O objetivo da operação é investigar se o Governo do Pará teria se aproveitado da situação de emergência causada pela pandemia de coronavírus para comprar os respiradores sem licitação.
A compra dos equipamentos custou R$ 50,4 milhões ao estado do Pará e, desse total, metade do pagamento foi feito de forma antecipada à empresa fornecedora. Os respiradores, além de sofrerem grande atraso na entrega, eram de um modelo diferente do contratado e não serviam para o tratamento da covid-19. Por este motivo, foram devolvidos.
Governador Helter Barbalho - foram homologados mais de R$ 25 milhões
A operação, batizada de "Para Bellum" (prepare-se para a guerra, em latim), conta com a participação de aproximadamente 130 policiais federais, e com o apoio da Controladoria Geral da União e da Receita Federal do Brasil.
As autoridades cumprem 23 mandados de busca e apreensão nos estados do Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal, expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Os alvos das buscas são pessoas físicas e jurídicas suspeitas de terem participação nas fraudes. Dentre elas, estão servidores públicos estaduais e sócios da empresa investigada.
As buscas foram realizadas nas residências dos investigados, em empresas e, também, no Palácio dos Despachos (sede do Governo do Pará), e nas Secretarias de Estado de Saúde, Fazenda e Casa Civil do Estado do Pará.
Os crimes sob investigação são de fraude à licitação, falsidade documental e ideológica, corrupção ativa e passiva, prevaricação e lavagem de dinheiro.
O outro lado
Em nota, o Governo do Estado do Pará, afirmou que "o recurso pago na entrada da compra dos respiradores foi ressarcido aos cofres públicos por ação do Governo do Estado. Além disso, o Governo entrou na justiça com pedido de indenização por danos morais coletivos contra os vendedores dos equipamentos." E completou que tem "compromisso de sempre apoiar a Polícia Federal no cumprimento de seu papel em sua esfera de ação".
No Tocantins nas últimas 24 horas foram 246 novos casos de coronavírus. Desde o início da pandemia, 114 pacientes do Tocantins morreram em decorrência da doença.
Com Agências
Após críticas ao novo sistema de divulgação de dados da Covid-19, Mininstério da Saúde retoma modelo antigo em que sinaliza números totais;
Total de pacientes infectados por Covid-19 no Brasil é de 739.503
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (9) os novos dados sobre a Covid-19 no Brasil. Nas últimas 24 horas foram registradas 1.272 mortes pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), um novo recorde do país. Desses, 333 foram registrados nos últimos três dias. O total agora é de 38.406. aumento é de 3,3 %. A atual taxa de letalidade é de 5,2 %.
Já os casos registrados nas últimas 24 horas somam 32.091, totalizando 739.503. O aumento é de 4,3 %.
Depois de críticas ao novo sistema de divulgação de dados, que ocultava casos e óbitos totais e informava apenas os registrados em 24 horas, o Ministério da Saúde retomou na tarde de hoje o modelo antigo do Portal da Covid-19 , estruturado na gestão de Luiz Henrique Mandetta (DEM).
O novo horário definido para divulgação dos dados é às 18h; hoje, a pasta atrasou 55 minutos.
O levantamento de ontem da pasta registrou 679 óbitos e 15,6 mil casos em 24 horas. Agora, o Brasil tem 37.134 mortos e 707.412 pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
O estado de São Paulo segue liderando no número de mortes, com 9.522. O Rio de Janeiro está em segundo lugar, com 6.928.
Já grande parte dos infectados pela Covid-19 também está em São Paulo. São 150.138 casos no estado, seguido por Rio de Janeiro (72.979), Ceará (68.384), Pará (59.148) e Amazonas (51.234).
O estado menos impactado pela pandemia no Brasil segue sendo o Mato Grosso do Sul, com 22 mortes e 2.455 casos.
O Ministério da Saúde informa que 311.064 casos estão recuperados, 390.033 estão em acompanhamento e 4.155 óbitos estão em investigação.
Levantamento independente
Segundo apuração realizada por veículos de comunicação junto das Secretarias Estaduais de Saúde, o número de casos registrados em 24 horas é de 1.185. O total seria de 38.497.
O número de casos, ainda segundo este levantamento, é de 724.084, sendo que 31.197 foram rgistrados nas últimas 24 horas.
O levantamento foi feito por veículos de comunicação em parceria inédita. Participaram da apuração O Globo, Portal G1, Uol, Extra, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo.
Tocantins
Novos casos
Dos novos diagnósticos, 80 foram registrados em Araguaína. A cidade já tem 2.512 confirmações, além de 26 mortes pela Covid-19. Já em Palmas são mais 29 pessoas doentes. A capital contabilizou 835 casos e nove mortes. Veja abaixo a relação de casos por cidade.
Os outros municípios que também tiveram novos casos são Xambioá (31), Sítio Novo do Tocantins (22), Aguiarnópolis (15), Gurupi (08), Praia Norte (06), Tocantinópolis (06), Colinas do Tocantins (05), Ananás (04), Guaraí (04), Sampaio (04), Buriti do Tocantins (03), Esperantina (03), Itaguatins (03), Palmeiras do Tocantins (03), Aragominas (02), Augustinópolis (02), Carrasco Bonito (02), São Bento do Tocantins (02), São Miguel do Tocantins (02), Araguaçu (01), Araguatins (01), Fátima (01), Figueirópolis (01), Filadélfia (01), Tabocão (01), Miracema do Tocantins, (01), Novo Alegre (01), Porto Nacional (01) e Santa Fé do Araguaia (01).
Casos de coronavírus no Tocantins
Araguaína - 2.512 casos e 26 mortes
Palmas - 835 casos e nove mortes
Xambioá - 258 casos e três mortes
Tocantinópolis - 165 casos e três mortes
Nova Olinda - 162 casos e cinco mortes
Paraíso do Tocantins - 151 casos e seis mortes
Darcinópolis - 139 casos e uma morte
Gurupi - 134 casos e cinco mortes
Colinas do Tocantins - 124 casos e duas mortes
Araguatins - 113 casos e 14 mortes
São Miguel do Tocantins - 91 casos e quatro mortes
Sítio Novo do Tocantins - 90 casos e quatro mortes
Porto Nacional - 88 casos e uma morte
Guaraí - 88 casos e quatro mortes
Itaguatins - 73 casos e uma morte
Aguiarnópolis - 70 casos e uma morte
Augustinópolis - 69 casos e quatro mortes
Cariri do Tocantins - 57 casos e uma morte
Axixá do Tocantins - 42 casos e duas mortes
Palmeiras do Tocantins - 45 casos e uma morte
Praia Norte - 48 casos
Formoso do Araguaia - 37 casos e uma morte
Goiatins - 32 casos e duas mortes
Sampaio - 36 casos
Miracema do Tocantins - 31 casos
Wanderlândia - 31 casos
Buriti do Tocantins - 31 casos
Filadélfia - 28 casos
Aragominas - 26 casos
Itapiratins - 25 casos
Esperantina -24 casos
Lagoa da Confusão - 24 casos
Rio Sono - 22 casos
Couto Magalhães - 18 casos
Maurilândia do Tocantins - 18 casos
Tabocão - 18 casos
Miranorte - 17 casos e duas mortes
Barrolândia - 15 casos e uma morte
Ananás - 15 casos
Santa Fé do Araguaia - 13 casos
São Bento do Tocantins - 13 casos
Figueirópolis - 12 casos e uma morte
Araguanã - 11 casos
Marianópolis do Tocantins - 10 casos e uma morte
Fátima - 10 casos
Cachoeirinha - nove casos
Carmolândia - oito casos e uma morte
Alvorada - oito casos
Oliveira de Fátima - oito casos
Bandeirantes do Tocantins - sete casos
Nova Rosalândia - sete casos
Pedro Afonso - sete casos
São Sebastião do Tocantins - sete casos
Luzinópolis - seis casos
Pugmil - seis casos
Santa Tereza do Tocantins - cinco casos e uma morte
Colmeia - cinco casos
Dueré - cinco casos
Araguaçu - cinco casos
Barra do Ouro - cinco casos e duas mortes
Pequizeiro - quatro casos e uma morte
Babaçulândia - quatro casos
Ponte Alta do Tocantins - quatro casos
Aliança do Tocantins - três casos
Divinópolis do Tocantins - três casos
Goianorte - três casos
Muricilândia - quatro casos
Nazaré - quatro casos
Pindorama do Tocantins - três casos
Presidente Kennedy - três casos
Riachinho - três casos
Sandolândia - três casos
Ipueiras - dois casos e uma morte
Abreulândia - dois casos
Angico - dois casos
Aurora do Tocantins - dois casos
Brejinho de Nazaré - dois casos
Campos Lindos - dois casos
Carrasco Bonito - dois casos
Caseara - dois casos
Dianópolis - dois casos
Monte do Carmo - dois casos
Novo Acordo - dois casos
Palmeirante - dois casos
Silvanópolis - dois casos
Tocantínia - dois casos
Lizarda - um caso e uma morte
Novo Alegre - um caso e uma morte
Arapoema - um caso
Brasilândia do Tocantins - um caso
Crixás do Tocantins - um caso
Juarina - um caso
Lajeado - um caso
Palmeirópolis - um caso
Peixe - um caso
Piraquê - um caso
Pium - um caso
Santa Rosa do Tocantins - um caso
São Salvador do Tocantins - um caso
Talismã - um caso
As novas orientações também citam que profissionais de saúde que não trabalham diretamente com a Covid-19 precisam do equipamento
Com Olhar Digital
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou suas diretrizes em relação às máscaras de tecido que podem ajudar a impedir a propagação do novo coronavírus. A nova recomendação diz que elas devem ter três camadas específicas de tecido e devem ser lavadas adequadamente.
As novas orientações também recomendam que os profissionais de saúde em áreas de ampla transmissão usem máscaras médicas em ambientes clínicos, mesmo que não estejam trabalhando diretamente com pacientes da Covid-19.
A OMS reforça que as máscaras por si só não podem derrotar a pandemia de coronavírus. Seja feita em casa ou comprada em lojas, as máscaras devem ter três camadas:
Camada interna absorvente;
Camada intermediária que atua como um filtro;
Camada externa feita de um material não absorvente, como o poliéster.
Essas camadas, nessa ordem, podem "fornecer uma barreira", explica a epidemiologista Maria D. Van Kerkhove, líder técnica da OMS na Covid-19.
A organização está preparando um documento que trará as novas diretrizes, bem como detalhes de como usar e limpar corretamente as máscaras de tecido. A OMS também incentiva as pessoas que trabalham em ambientes clínicos a usar máscaras médicas - mesmo que não estejam trabalhando diretamente com pacientes com o novo coronavírus.
"Isso significa, por exemplo, que quando um médico está passeando pelas unidades de cardiologia ou de cuidados paliativos, onde não há pacientes confirmados com Covid-19, eles ainda devem usar uma máscara médica", afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse o diretor-geral da OMS.
O que não mudou nas diretrizes da OMS é o conselho de que as pessoas doentes permaneçam em casa, procurem atendimento se necessário e se isolem.
"Se for necessário que uma pessoa doente saia de casa, ela deve usar uma máscara médica", completa Tedros. Cuidadores de pessoas positivas para o novo coronavírus devem uma máscara médica quando na mesma sala que a pessoa infectada.
A OMS alerta que as máscaras podem levar a uma falsa sensação de segurança, levando as pessoas a negligenciar outras medidas importantes de prevenção. "As máscaras por si só não o protegerão da Covid-19 , não substituem o distanciamento físico, a higiene das mãos e outras medidas de saúde pública", afirma o diretor-geral.
Eles protestam contra nova lei de segurança nacional
Por NHK - HONG KONG
Um ano após o início de grandes manifestações contra o governo em Hong Kong, moradores do território voltaram a tomar as ruas em atos pró-democracia.
Nessa terça-feira (9) fez um ano do protesto em que mais de 1 milhão de pessoas tomaram as ruas em repúdio a um projeto de lei que permitiria a extradição de suspeitos de crimes à China continental.
Desde então, o projeto foi arquivado. Agora a população está realizando protestos contra o plano de Pequim de instituir uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong.
Centenas de pessoas se reuniram na região central da ilha de Hong Kong na noite de ontem. Eles usaram seus telefones celulares como velas, pedindo pela independência do território.
Alguns manifestantes continuaram a realizar o protesto até tarde da noite. Policiais usaram gás lacrimogêneo para dispersá-los.
Segundo a polícia, 53 pessoas foram presas sob suspeita de participação em reuniões que violam a lei.
A agência estatal de notícias da China afirma que o Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo irá se reunir de 18 a 20 de junho.
O comitê é encarregado da formulação da lei. Ela pode ser aprovada durante essa sessão.
Hong Kong protestos manifestantes
Ação é resultado da força-tarefa criada para revisar, por determinação do STF, os benefícios autorizados a cerca de 2,5 mil ex-militares da FAB
Com Estadão
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, anulou anistias políticas concedidas a 295 ex-cabos da Força Aérea Brasileira (FAB) após concluir que o desligamento deles das Forças Armadas não se deu por motivos políticos. A determinação é um desdobramento de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a revisão de anistias concedidas a 2,5 mil militares da Aeronáutica.
As anulações foram publicadas, nesta segunda-feira, 8, em portarias que alegam "ausência de comprovação da existência de perseguição exclusivamente política no ato concessivo". Conforme disposto no Diário Oficial da União, os militares não vão precisar devolver as verbas recebidas.
As anistias contestadas foram concedidas com base em um portaria de outubro de 1964, do então Ministério da Aeronáutica. Ela determinava que após oito anos de serviço os militares eram automaticamente desligados, condição dos 2,5 mil submetidos ao pente-fino do ministério de Damares Alves. Por mês, a Aeronáutica paga a eles R$ 31,5 milhões em indenizações.
A Comissão de Anistia, ligada à pasta de Damares, é o colegiado ao qual cabe a análise dos pedidos de reparação por perseguições políticas entre 1946 e 1988. Não há prazo limite para as solicitações.
"Sempre conduzimos os trabalhos neste âmbito de forma muito transparente, e com muito respeito aos anistiados. Repudiamos o que foi feito no passado. Advogados ficaram ricos. Uma militância absurda. Mas, agora, queremos conduzir tudo, de fato, à luz dos direitos humanos. E respeitando a dignidade do anistiado, especialmente daqueles que já estão idosos", afirmou a ministra.
Até o governo de Michel Temer, a Comissão de Anistia era ligada ao Ministério da Justiça. Sob Bolsonaro, passou a ser responsabilidade da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Chefe do ministério, Damares Alves deu a orientação de "fechar a torneira" das indenizações.
Em 2019, a comissão já havia mudado o entendimento sobre a portaria de 1964. Antes, o texto era interpretado como "ato de exceção, de natureza exclusivamente política". Em seguida, prevaleceu a abordagem administrativa, a de que a referida portaria foi baixada para diminuir gradativamente o efetivo pois havia uma distorção no total de cabos e soldados, o que gerava problemas administrativos e orçamentários.
Pagamentos a ex-militares são considerados absurdos pelo núcleo militar do governo de Jair Bolsonaro. Até 2018, as despesas com anistiados políticos chegavam a R$ 17,4 bilhões, como mostrou o Estadão. Do montante, R$ 9,9 bilhões já haviam sido pagos no período, sendo R$ 3,5 bilhões para ex-militares da Aeronáutica, do Exército e da Marinha.
Após a decisão do STF que permitiu a revisão, em outubro passou, o governo criou uma força-tarefa para reanalisar as indenizações. A Advocacia-Geral da União (AGU) estabeleceu rotinas e procedimentos para a verificação que levou às anulações.