Presidente Alberto Fernández estendeu restrições até 30 de agosto

 

Por Lucila Sigal

 

Uma multidão de argentinos saiu às ruas nessa segunda-feira (17) para se manifestar contra medidas tomadas pelo governo do presidente Alberto Fernández, que estendeu as restrições por causa da pandemia do novo coronavírus no país até 30 de agosto.

 

Em carros com bandeiras argentinas, ou a pé com máscaras e com panelas das varandas, os manifestantes protestaram em vários pontos do país por causas diversas: contra a reforma do Judiciário, para que sejam julgados os casos de corrupção envolvendo a atual vice-presidente, Cristina Kirchner, e pelo relaxamento da quarentena imposta desde março.

 

"Sou contra nos manterem cinco meses dentro de casa, parece mais político do que outra coisa. A maioria de nós é consciente da pandemia e do que está acontecendo", disse uma mulher a um canal de televisão local no bairro de Belgrano, na capital argentina.

 

"Não estou de acordo com este governo e não quero a reforma do Judiciária", disse outra mulher no Obelisco, no centro de Buenos Aires.

 

Convocada nas redes sociais com as hashtags #17ASalimosTodos e #17AYoVoy, o chamado "bandeiraço patriótico" foi questionado pelo governo, que advertiu sobre o risco de exposição ao contágio por covid-19 em um momento de alta de casos e de relaxamento de algumas das restrições de circulação.

 

A crescente insegurança nos grandes centros populacionais também esteve entre as reclamações dos manifestantes.

 

Esta é a terceira marcha contra o governo em plena quarentena e realizada em um feriado nacional, assim como os protestos em 20 de junho e 9 de julho. Nessa segunda-feira foi celebrado o aniversário da morte do general José de San Martín, que teve participação ativa no processo de independência do país.

 

A Argentina, que decretou quarentena em março, registrava até ontem um total de 294.569 casos do novo coronavírus, com 5.750 mortos.

 

 

Posted On Terça, 18 Agosto 2020 06:09 Escrito por

Dario Messer é investigado na Lava Jato sob acusação de participar de esquemas nacionais e transnacionais de lavagem de dinheiro

 

Juiz determinou que o mandato de prisão seja expedido depois da pandemia de Covid-19

 

Por iG Último Segundo

 

 

O doleiro Dario Messer , conhecido como “doleiro dos doleiros” foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro. A condenação é referente ao processo da Operação Marakata, que é um desdobramento da Lava Jato do Rio de Janeiro.

 

Essa é a primeira condenação do doleiro na Lava Jato. Anteriormente, ele havia sido absolvido da acusação de evasão de divisas. A sentença foi publicada oficialmente nesta segunda-feira (17) pelo juiz Alexandre Libonati, da 2ª Vara Criminal do Rio.

 

Ele não permitiu que Messer recorra em liberdade. Além disso, ele determinou que o mandado de prisão seja expedido depois que a pandemia de Covid-19 acabar. Ele ainda é réu em duas ações penais nas Operações Câmbio, Desligo e Patrón, que estão tramitando.

 

 

Posted On Terça, 18 Agosto 2020 06:03 Escrito por

Doleiro delator, por enquanto, poupa nomes de artistas e jogadores de futebol e políticos

Por Paulo Motoryn

 

Em acordo com o Ministério Público, Dario Messer vai devolver R$ 1 bilhão aos cofres públicos© Reprodução: TV Globo Em acordo com o Ministério Público, Dario Messer vai devolver R$ 1 bilhão aos cofres públicos
No acordo de delação com o Ministério Público Federal (MPF) e com a Polícia Federal (PF), o “doleiro dos doleiros”, Dario Messer se comprometeu a ressarcir os cofres públicos em cerca de R$ 1 bilhão.

 

O acordo foi homologado na última 4ª feira (12.ago.2020). Messer é investigado pela Lava Jato sob acusação de participar de esquemas nacionais e transnacionais de lavagem de dinheiro e outros crimes.

 

Preso desde julho de 2019, o doleiro afirmou que repassou quantias em dólares à família Marinho no início dos anos 1990. Os donos da Globo negam. A informação foi divulgada na última sexta-feira (14.ago.2020), pela revista Veja.

 

Entre as contas e pertences que deverão ser devolvidos pelo doleiro, divulgadas pela CNN Brasil, estão:

R$ 60 milhões de uma conta nas Bahamas;

R$ 3 milhões em um banco no Brasil;

R$ 2,5 milhões depositados no Paraguai;

a participação em uma cobertura na avenida Delfim Moreira, no Leblon, avaliada em R$ 40 milhões;

R$ 60 milhões em contas de empresas imobiliárias;

R$ 23,8 milhões em imóveis das mesmas companhias;

outros imóveis, automóveis, animais e máquinas das fazendas em nome da empresa Chai, a maioria localizada no Paraguai, estimados em US$ 120 milhões (mais de R$ 600 milhões);

outros imóveis, automóveis, animais e máquinas das fazendas em nome da empresa Matrix, também no Paraguai, estimados em US$ 30 milhões (mais de R$ 150 milhões);

US$ 6 milhões (ou R$ 30 milhões) da Fazenda Tournon, também no Paraguai;

US$ 2 milhões (R$ 10 milhões) de um apartamento em Nova York registrado no nome de uma offshore;

14 obras de arte de valor ainda inestimado, sendo quatro de Di Cavalcanti, cinco de Eugênio de Proença Sigaud e cinco de Lia Mittarakis.

 

Posted On Segunda, 17 Agosto 2020 10:45 Escrito por

ISTOÉ TRAÇA O PERFIL DE QUEM SE ISOLOU PARA FUGIR DA PANDEMIA. VEJA DISCORRE SOBRE A ECONOMIA E A REELEIÇÃO DE BOLSONARO E ÉPOCA FALA DO “NOVO” STF

 

Istoé

Vida nova no campo e na praia

 

Poder respirar na natureza, ficar à vontade num quintal que seja, ou à beira da piscina, se tornou muito mais interessante do que permanecer isolado num apartamento. O isolamento social deixou o ar livre ainda mais precioso e cobiçado. E todos querem se afastar do epicentro da doença para diminuir os riscos de contágio. De um modo geral, o coronavírus vem fazendo muitas pessoas repensarem onde querem viver por medo, questões de sobrevivência ou mesmo por projeto pessoal.

 

Não se trata apenas de um retiro emergencial, mas de uma preparação para uma saída definitiva da cidade grande. A possibilidade de trabalho remoto abre um campo vasto de opções para a moradia. Essa é uma tendência que se percebe principalmente no topo da pirâmide social, onde as pessoas têm dinheiro para realizar seus projetos de curto prazo, mas que, também, avança forte pela classe média.

 

Há, por exemplo, uma procura crescente, nos últimos meses, por casas em condomínios de luxo no interior e litoral de São Paulo. Em alguns locais privilegiados, a procura por imóveis multiplicou por seis em relação ao ano passado.

 

Veja

A estrada da perdição

 

Em um traço característico de sua persona pública, o presidente Jair Bolsonaro costuma adotar discursos e atitudes tranquilizadoras quando flerta com um risco iminente. Na última quarta-feira, 12, exercitou com afinco o lado diplomático e apaziguador de sua personalidade habitualmente truculenta e explosiva para dissipar os rumores de que está desembarcando da estratégia econômica desenhada pelo ministro Paulo Guedes em favor de uma nova manobra política, baseada na abertura dos cofres públicos, como forma de pavimentar sua reeleição em 2022 (um objetivo evidente desde a sua posse).

 

Em sua missão de ressaltar o compromisso com Guedes, Bolsonaro publicou logo pela manhã nas redes sociais uma mensagem defendendo o teto de gastos, a responsabilidade fiscal e até as privatizações, junto com uma foto em que aparece ao lado do ministro da Economia e de Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, um dos representantes do time a favor da gastança. À tarde, convocou ao Palácio da Alvorada os chefes do Legislativo, líderes no Congresso, além de Guedes e outro de seus adversários, Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional. Após a reunião, todos rumaram a um palanque improvisado. Dessa vez, a cena não deu muito certo. Numa breve manifestação, o presidente disse que o governo vai respeitar o teto de gastos. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, reforçaram o coro. Nenhum deles, no entanto, mencionou o nome de Paulo Guedes ou anunciou medidas destinadas a conter os gastos públicos ou acelerar a tramitação de qualquer ponto da agenda do ministro no Legislativo.

 

Época

O novo STF

Nos últimos meses, o Supremo Tribunal Federal impôs uma série de derrotas à Lava Jato. Derrubou a prisão de condenados em segunda instância; decidiu que réus precisam se manifestar em processos depois dos delatores, uma regra que levou à anulação de condenações e forçou outras dezenas de processos a voltar algumas casas; e transferiu para a Justiça Eleitoral os casos de caixa dois e corrupção, na prática retirando-os da alçada da operação. Na semana passada, mais um tópico para a lista: a Segunda Turma do STF decidiu retirar a delação premiada de Antonio Palocci do processo contra Luiz Inácio Lula da Silva, com duras críticas ao ex-juiz da Lava Jato, o agora ex-ministro Sergio Moro.

 

Tais decisões têm em suas tintas o triunfo do chamado “garantismo”, vertente jurídica que poderá perder força em breve na Corte, diante das mudanças de composição que se avizinham: a aposentadoria do decano Celso de Mello e a troca de presidência, com a saída de Dias Toffoli e a entrada de Luiz Fux no posto.

 

Posted On Segunda, 17 Agosto 2020 04:18 Escrito por

Doleiro não apresentou provas e diz não ter tido contato direto com nenhum dos membros da família proprietária da emissora

 

Por Por João Batista Jr. 

 

Em sua delação homologada na quarta, 12, com o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, Dario Messer citou supostos serviços prestados para a família Marinho, dona da Rede Globo. Em depoimento realizado no dia 24 de junho e que consta no anexo 10 da delação que tem mais de 20 capítulos, o doleiro afirma ter realizado repasses de dólares em espécie para os Marinho em várias ocasiões. Segundo o delator, a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 000 e 300 000 dólares.

 

No depoimento, Messer diz ter começado a fazer negócios com os Marinho por intermédio de Celso Barizon, supostamente gerente da conta da família no banco Safra de Nova York. De acordo com o delator, os repasses teriam começado no início dos anos 90, quando Messer tocava sua operação de dólar a partir do Rio de Janeiro. Segundo a versão de Messer, os valores em espécie entregues no Brasil seriam compensados pelos Marinho no exterior, por intermédio da conta administrada por Barizon. Os Marinho depositariam para Messer (no exterior também) o valor entregue em dinheiro vivo no Brasil.

 

De acordo com o delator, a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um funcionário identificado por ele como José Aleixo. Messer não apresenta provas dessas entregas de dólares e cita em depoimento que nunca teve contato direto com os Marinho, segundo autoridades que leram a delação, em Brasília. Apesar disso, o doleiro sustenta em depoimento que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu (Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo).

 

Em nota encaminhada à redação de VEJA, a assessoria de Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho negou as informações dadas por Messer: “A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades”.

 

Posted On Domingo, 16 Agosto 2020 07:21 Escrito por
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