Rendimento foi de R$ 1.438,67 por mês em 2019. No Rio, ganho sobe 11,4% ante o registrado em 2018, a 2ª maior alta, no Tocantins foi de R$ 1.055,60
Com Agência Brasil
O rendimento domiciliar por pessoa (per capita) do Brasil foi de R$1.438,67 por mês em 2019, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. O valor é 4,78% maior do que o registrado em 2018, sem considerar a inflação, que terminou o ano em 4,31%. Em 12 estados, a renda domiciliar per capita foi menor que o salário mínimo nacional, de R$ 998 no ano passado.
O rendimento domiciliar per capita é o resultado da soma da renda recebida por cada morador, dividido pelo total de moradores do domicílio. O cálculo inclui pensionistas, domésticos e seus familiares. Em 2018, 13 estados brasileiros possuíam renda domiciliar per capita menor que o salário mínimo nacional.
A desigualdade é explicada por fatores como a estrutura do mercado de trabalho e a taxa de desemprego de cada região (mais altas no Norte e Nordeste), o nível educacional da população e o tamanho das famílias.
A desvantagem econômica está concentrada em estado do Norte e do Nordeste, onde há o predomínio da informalidade. No ano passado, 11 estados já tinham mais informais do que formais.
Como nos anos anteriores, o Distrito Federal apresentou o maior rendimento per capita, de R$ 2.685,76 em 2019. O valor mais elevado pode ser explicado pela concentração dos serviços públicos, cujos salários são mais elevados, na região.
Já o menor rendimento por pessoa foi observado no Maranhão, de R$ 635,59 por morador, o que representa menos da metade da média nacional.
No Rio de Janeiro, a renda domiciliar per capita subiu de R$ 1.698 para R$ 1.881,57 no ano passado, uma elevação de 11,4%. Foi a segunda maior elevação de rendimento entre os estados brasileiros, atrás apenas do Espírito Santo, que registrou de 14%.
Em São Paulo, estado mais rico do país, por sua vez, a alta foi de 2,51%, atingindo R$ 1.945,73
Os dados fazem parte da Pnad Contínua e servem para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme definido pela Lei Complementar nº 143, de julho de 2013.
Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das primeiras entrevistas dos quatro trimestres da pesquisa.
Veja o rendimento nominal mensal domiciliar per capita em 2019, por estado:
Maranhão: R$ 635,59
Alagoas: R$ 730,86
Pará: R$ 806,76
Piauí: R$ 826,81
Amazonas: R$ 842,08
Amapá: R$ 879,67
Acre: R$ 889,95
Bahia: R$ 912,81
Paraíba: R$ 928,86
Ceará: R$ 942,36
Pernambuco: R$ 970,11
Sergipe: R$ 979,78
Roraima: R$ 1.043,94
Tocantins: R$ 1.055,60
Rio Grande do Norte: R$ 1.056,59
Rondônia: R$ 1.136,48
Goiás: R$ 1.306,31
Minas Gerais: R$ 1.357,59
Mato Grosso: R$ 1.402,87
Espírito Santo: R$ 1.476,55
Mato Grosso do Sul: R$ 1.514,31
Paraná: R$ 1.620,88
Santa Catarina: R$ 1.769,45
Rio Grande do Sul: R$ 1.842,98
Rio de Janeiro: R$ 1.881,57
São Paulo: R$ 1.945,73
Distrito Federal: R$ 2.685,76
Campanha nacional vai começar no dia 23 de março; objetivo é facilitar diagnóstico do coronavírus
Por Marcos Araújo
O Governo federal anunciou, na tarde desta quinta-feira (27), em coletiva de imprensa, que irá antecipar a campanha de vacinação da gripe em 23 dias, com início previsto para 23 de março. A decisão acontece após confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a importância da vacina contra a gripe está justamente em facilitar o diagnóstico do coronavírus. Segundo ele, os pacientes que já tiverem tomado a vacina, mas apresentarem sintomas gripais, devem procurar as unidades de saúde e fornecer essas informações, o que irá facilitar o diagnóstico do coronavírus, porque as doenças contempladas na vacina não serão consideradas.
Durante a coletiva, Mandetta pontuou que a campanha será realizada em nível nacional e ressaltou que a vacina deixa o sistema imunológico 80% protegido contra cepas virais que estão circulando e que são milhares de vezes mais comuns que o coronavírus. O ministro destacou ainda que, se o paciente relatar para o profissional de saúde, mesmo cerca de dois meses depois de receber a dose, que foi vacinado contra a gripe, irá auxiliar o raciocínio desse profissional para pensar na possibilidade de outras viroses, que não aquelas que são cobertas pela vacina.
Centro de monitoração dos casos de coronavírus
Durante a coletiva, o coordenador do Centro de Contingência montado pelo Governo federal, David Uip, explicou como funcionará o centro para monitorar casos suspeitos de coronavírus. Conforme ele, esse centro está formado por especialistas na área de infectologia. Uip afirmou que a primeira informação colhida é a de que o coronavírus não é novo, mas uma variação genética. “Vivemos isso com H1N1, com a dengue, com o sarampo, então nós estamos preparados para lidar com uma situação que é conhecida”, afirmou Uip, acrescentando que pacientes com complicações respiratórias deverão procurar um serviço de saúde. “A febre foi e voltou? Procure o atendimento. Começou a ter dificuldade para respirar? Procure um serviço de saúde”, completou.
Dados são referentes ao governo central, que engloba Tesouro, Banco Central e Previdência Social
Com Agência O Globo
As contas públicas brasileiras encerraram janeiro com superávit de R$ 44,1 bilhões, informou nesta quinta-feira (27) o Tesouro Nacional. Os dados são referentes ao chamado governo central, que não inclui estados e municípios. O resultado positivo é o maior da série histórica, iniciada em 1997.
Tradicionalmente, as contas do governo central, que englobam Tesouro, Banco Central e Previdência Social, fecham no azul em janeiro. No ano passado, o superávit foi de R$ 30,03 bilhões.
Essa é a primeira divulgação do quadro fiscal do país em 2020. Em janeiro, o Tesouro informou que o governo fechou 2019 com um rombo de R$ 95 bilhões. O resultado veio pior que o previsto pela equipe econômica. Mesmo assim, foi o melhor em cinco anos e ficou dentro da meta estabelecida para o ano passado, que era de déficit R$ 139 bilhões. Para este ano, o limite é de R$ 124,1 bilhões.
No ano passado, o comportamento das contas públicas foi influenciado principalmente pelo dinheiro arrecadado com o megaleilão de petróleo na chamada área do excedente da cessão onerosa, que arrecadou cerca de R$ 70 bilhões em novembro.
Para este ano, não há previsão de um volume tão grande de receitas extraordinárias. Para equilibrar as contas, o governo conta com a aprovação da chamada proposta de emenda à Constituição (PEC) emergencial, que autoriza cortes de salários e carga horária de servidores públicos. O impacto da aprovação da medida chegou a ser incluído no Orçamento aprovado no ano passado
Governo vai iniciar campanha nacional para esclarecer sobre Covid-19
Por Pedro Rafael Vilela
O governo federal deve lançar, nas próximas semanas, uma campanha nacional de esclarecimento sobre o novo coronavírus (Covid-19), informou hoje (26) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ele e outros oito ministros participaram de uma reunião, no Palácio do Planalto, para tratar das ações para o enfrentamento à síndrome respiratória, que teve um primeiro caso de infecção confirmado no Brasil. Foi também a primeira reunião interministerial comandada pelo novo ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto. O presidente Jair Bolsonaro, que retornou a Brasília nesta quarta-feira, após tirar uns dias de descanso no carnaval, não participou da reunião. Ele retoma sua agenda normal a partir de amanhã (27).
"Nós vamos ter que fazer uma comunicação um pouco maior para a população, a gente já tinha esse plano de comunicação, dependendo se tívessemos um caso ativo, então a gente deve começar uma campanha para as pessoas poderem perceber a importância de lavar as mãos, de ter higiene, se caso tiver febre, tosse, entrar em contato com o telefone da Ouvidoria, o 136, a página do Ministério da Saúde, porque nessa época se produzem muitas fake news, para as pessoas terem uma informação de qualidade, ali nessa página tem um plano de contingência por estados, por cidades", informou Mandetta.
Ele não disse quando a campanha começará a ser veiculada na mídia, mas destacou que será semelhante a campanhas anteriores sobre epidemias mundiais, como a da gripe H1N1. "Esse é um plano que a gente já tinha, ele é basicamente informativo, para a população ficar tranquila, saber o que pode fazer", acrescentou.
Mais cedo, o Ministério da Saúde confirmou que um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que esteve na região da Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro, foi confirmado como primeira pessoa contaminada pelo coronavírus no país. Por enquanto, disse Mandetta, não há nenhuma mudança nas regras de circulação em portos e aeroportos do país. "Não tem mudanças de conduta, não tem mudança em relação ao trânsito de pessoas", enfatizou.
O governo informou que todos os estados do país atualizaram e enviaram ao Ministério da Saúde seus planos de contingência, com ações para enfrentamento à doença. O Ministério da Saúde também realizou licitação para a aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como máscaras, para distribuir a todos os estados do país, ampliando os estoques já disponíveis. Ainda de acordo com as autoridades, as unidades básicas de saúde já contam com protocolo atualizado para o devido atendimento à infectados e possuem salas especiais para triagem. Casos suspeitos serão encaminhados para hospitais de referência nos estados, que possuem leitos disponíveis para cuidados intensivos, caso necessário.
Participaram da reunião desta quarta-feira os ministros Braga Netto (Casa Civil), Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Ernesto Araújo (Itamaraty), Sérgio Moro (Justiça), Onyx Lorenzoni (Cidadania), Augusto Heleno (GSI), Tereza Cristina (Agricultura) e Jorge Oliveira (Secretaria Geral). Também participaram representantes do Ministério da Economia, do Desenvolvimento Regional, da Polícia Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
‘Viu, sentiu compaixão e cuidou dele’ é o lema da edição de 2020 da CF (veja o vídeo abaixo)
Com CNBB
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou, nesta quarta-feira (26), a campanha da fraternidade de 2020, com o tema "Fraternidade e Vida: dom e compromisso".
A cerimônia de abertura ocorreu na sede da CNBB, no Setor de Embaixadas Sul. Santa Dulce dos Pobres e o Papa Francisco são apresentados como exemplos de bons samaritanos – referência a uma parábola da Bíblia.
Em Belém, o arcebispo Dom Alberto Teixeira participa do lançamento da campanha com a presença da imprensa as 9h da manhã, na cúria metropolitana. Este ano o tema escolhido é "Fraternidade e vida: dom e compromisso" e o lema é "Viu, sentiu compaixão e cuidou dele.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disponibilizou um vídeo para ser divulgado nas paróquias e comunidades. E disse que a campanha desse ano é um convite para que todos possam agir como bons samaritanos na sociedade.
A ideia, de acordo com a CNBB, é ajudar os católicos a “viver, difundir e praticar os preceitos” da religião.
Foi divulgado o vídeo oficial da Campanha da Fraternidade 2020, cujo tema é “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34). A produção apresenta experiências de cuidado com a vida em suas várias dimensões encontradas Brasil afora e poderá ser utilizado para auxiliar as reflexões sobre a temática proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a Quaresma de 2020.
Segundo a editora Edições CNBB, que prepara os materiais da Campanha da Fraternidade, o vídeo oferece um panorama completo, com todo o referencial necessário “para viver, difundir e praticar os preceitos desta edição da CF”. E, neste ano, não será colocado um DVD à venda, mas oferecido diretamente às comunidades.
“Além de uma abordagem fundamentada para cada um dos pilares: ‘Viu, Sentiu e Cuidou’, o vídeo auxiliará nossas comunidades na divulgação e aprofundamento do tema e do lema da Campanha, bem como na assimilação da relevância do assunto para a nossa sociedade”, lê-se na descrição do vídeo no Youtube. Os pilares citados nesta explicação referem-se à parábola do Bom Samaritano, que inspira e ensina o compromisso de cuidar do dom da vida.
O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, ressalta as diversas ações de cuidado em favor da vida promovidas pela Igreja em várias partes do Brasil e também “as diversas situações onde a vida tem sido descuidada e necessita de uma intervenção evangélica fruto de um coração convertido pela Palavra de Deus”.
O vídeo intercala experiências de cuidado com a vida com frases de Santa Dulce dos Pobres, segundo padre Patriky, “a grande inspiradora, boa samaritana para os dias atuais”, exemplo de que “Vida doada é vida santificada”.
“Conheça o vídeo, divulgue na sua paróquia, nas suas comunidades a fim de estabelecermos uma grande corrente do bem, que Deus abençoe e vos faça muito felizes!”, desejou padre Patrky.