Com dólar nas alturas, Guedes diz que país mudou modelo econômico, tendo juros mais baixo e o câmbio mais alto. ''Não tem negócio de câmbio a R$1,80'', disse
Por Sarah Teófilo
Após o dólar atingir o 4° recorde consecutivo, chegando a R$ 4,35, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o modelo econômico no país mudou, não sendo mais, segundo ele, composto por juros alto e câmbio baixo. Ao falar do assunto, Guedes disse que os brasileiros devem fazer mais turismo pelo país. "Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Todo mundo indo para a Disney, empregada doméstica indo para a Disney, uma festa danada. Vai passear em Foz do Iguaçu, vai passear no Nordeste, está cheio de praia bonita. Vai conhecer onde o Roberto Carlos nasceu", disse.
O ministro disse que o Brasil estava em um processo de desindustrialização acelerada, com o câmbio sobrevalorizado, atrapalhando as exportações e abrindo mais espaço para importações. "Pera aí, muda o modelo. O juros é um pouco mais baixo, mais investimento, mais consumo, e o câmbio é um pouco mais alto, o que é bom pra todo mundo, com mais exportação, mais substituição de importações. Inclusive em setores intensivos, como turismo. Vamos botar todo mundo pra conhecer o Brasil", afirmou.
Logo em seguida, no decorrer da fala, Guedes retomou a afirmação que fez em relação às empregadas domésticas, afirmando que quis dizer que o câmbio estava tão baixo que todo mundo estava indo para a Disney, inclusive as classes mais baixas. "Todo mundo tem que ir para a Disney um dia, mas não é quatro vezes ao ano. Porque com o dólar a R$ 1,80, tinha gente indo três vezes no ano. Vai em Foz do Iguaçu, conhece o Brasil e na quarta vez você vai na Disney", disse.
O ministro disse que no ano passado o país teve R$ 70 bilhões a menos de juros e que para 2020 a previsão é de R$120 bilhões a menos. "Passamos daquele modelos de juros lá em cima e câmbio lá embaixo, vamos fazer o contrário", pontuou.
As falas do ministro foram feitas durante discurso de encerramento do Seminário de Abertura do Ano Legislativo 2020, organizado pelo grupo Voto.
No total, o lucro líquido de Itaú Unibanco, Santander Brasil e Bradesco foi de R$ 68,8 bilhões em 2019
Com Estadão Conteúdo
Os três maiores bancos privados do país encerraram o último trimestre do ano com um ritmo de crescimento menor frente aos períodos anteriores, o que ainda assim não os impediu de apresentar projeções de desempenho otimistas para 2020. O resultado positivo foi puxado, principalmente, pelo crescimento do crédito para pessoas físicas e pequenas empresas, cujas margens são melhores, e maiores receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias, ainda que pese uma maior concorrência com fintechs.
No total, o lucro líquido recorrente de Itaú Unibanco, Santander Brasil e Bradesco foi de R$ 17,667 bilhões no quarto trimestre, alta de 12,44% em relação ao mesmo período de 2018. No ano, porém, os resultados apresentaram crescimento maior. A cifra foi de R$ 68,8 bilhões, expansão de 15,25% frente aos R$ 59,695 bilhões registrados em 2018.
Para analistas do mercado, 2019 pode marcar o último ano de crescimento anual de dois dígitos para os grandes bancos de capital aberto no País, que cada vez mais veem suas margens serem comprimidas e seus clientes serem abocanhados por players novos.
Em entrevista exclusiva ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, rebateu essa visão. “Para nós, pode ter certeza que não é. Nós vamos crescer”, disse, ao ser questionado se o banco conseguiria entregar expansão de dois dígitos no lucro de 2020.
A concorrência com fintechs, as startups do setor financeiro, e diversos outros players – como os varejistas, que a cada dia colocam mais os pés no setor financeiro – é crescente. Assim, repetir as projeções de anos anteriores já é sinal de otimismo em um cenário de maior competitividade e mudanças regulatórias por parte do Banco Central.
Depois de ver seus empréstimos aumentarem 10,9% em 2019, o Itaú espera que sua carteira de crédito cresça de 8,5% a 11,5%. O impulso no ano passado veio da operação brasileira, com empurrão das famílias e pequenas empresas. Na operação da América Latina, o crescimento foi de apenas 1,9%, evidenciando o impacto da onda de manifestações no Chile e a queda dos empréstimos na Argentina, Paraguai e Colômbia.
O rival Bradesco é levemente mais otimista e projeta aumento de 9% a 13% na carteira de crédito neste ano. O Santander Brasil segue com a projeção de elevar sua carteira acima dos 10% até 2022.
Do lado das receitas, os três bancos privados entregaram expansão de 5,47% em 2019, para menos de R$ 90 bilhões. Ampliar essa linha foi mais difícil no ano passado diante da crescente concorrência com as fintechs. O maior crescimento veio do Santander, com alta de mais de 8% no comparativo anual. No trimestre, porém, os concorrentes apresentaram melhor desempenho.
Os bancos privados também aproveitaram para reforçar suas provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, em meio ao ganho contábil com a reavaliação ds créditos tributários em decorrência do aumento da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), que passou de 15% para 20% após reforma da Previdência.
A cifra somada de Itaú, Bradesco e Santander foi de R$ 11,406 bilhões, sendo praticamente revertida em proteção para eventuais perdas, considerando as novas regras contábeis.
No quarto trimestre também houve reforço em provisões para demandas trabalhistas. No ano passado, com a pressão da concorrência por mais eficiência, os bancos enxugaram suas redes físicas e promoveram programas de demissão voluntária. Assim, a meta para despesas operacionais em 2020 está mais otimista no caso do Itaú, enquanto o Bradesco reiterou suas projeções após ter estourado o intervalo prometido para 2019.
Demonstrando maior preocupação com questões sociais, o Itaú anunciou ações para compensar a emissão de gases de efeito estufa (GEE), dando sequência a uma prática que adota desde 2015.
O Bradesco assumiu compromisso amplo de levantar a bandeira da sustentabilidade e tem como meta zerar suas emissões de carbono e usar 100% de energia renovável em todo o conglomerado até o fim de 2020. No ano passado, o Santander anunciou que pretende utilizar energias renováveis em 100% de sua operação até 2025.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia iniciou hoje (10) uma discussão sobre as eleições presidenciais de 2022. Com a saída do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o Partido dos Trabalhadores (PT) perdeu espaço e em consequência disso, vê condições para a construção de um candidato do centro democrático.
Com O Bom da Notícia
Com uma precipitada avaliação, o presidente da Câmara citou possíveis nomes como, o governador de São Paulo, Jorge Dória; do apresentador Luciano Huck e também do possível candidato do PDT, Ciro Gomes.
O Palácio do Planalto está empenhado entrar em um acordo para evitar a derrubada de todos os vetos feitos pelo presidente Bolsonaro em um projeto que mudou regras para a execução do Orçamento de 2020. De acordo com fontes palacianas, o governo está propenso a ceder a deputados e senadores o direito de indicar a prioridade para a execução das emendas.
O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), será o primeiro judeu a presidir a mais alta Corte do país, deve levar a criação do juiz das garantias para votação no plenário antes de setembro, quando tomará posse como presidente da Corte.
A ex-presidente Dilma Roussef condenou o ataque do atual presidente, Jair Bolsonaro, ao Bolsa Família. Segundo ela, Bolsonaro pretende “destruir” o programa. “O desprezo pelas necessidades dos mais pobres revela em toda a sua perversa dimensão a desumanidade da agenda neoliberal aplicada pelo seu governo. Destruir o Bolsa Família e um crime contra a Nação”, escreveu a ex-presidente em sua rede social.
De olho nas eleições municipais, e no esforço de ajudar um irmão a se eleger prefeito, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, chamou para um longo papo, os principais interlocutores de José Sarney.
Analistas políticos de plantão consideram que dificilmente a reforma administrativa será aprovada neste ano, se o ministro da Economia, , não sair de cena e deixar as negociações a cargo dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Duas medidas provisórias do governo devem perder validade nesta semana sem ser analisadas pelo Congresso. Os textos, sobre a emissão de carteirinhas estudantis e a publicação de editais de licitações em jornais, devem ser arquivados. Para não caducarem, elas têm de ser votadas até o próximo domingo.
Por meio de suas redes sociais, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, negou, que a sigla tenha autorizado alianças com PSDB e DEM para as eleições municipais deste ano. “Nossa decisão é contra alianças com PSDB, DEM e partidos da extrema direita”, escreveu a deputada federal.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu colocar a Proposta de Emenda à Constituição, que altera a forma de provimento dos cargos no Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos 10 assuntos prioritários para este ano. De acordo com a PEC, os ministros do STF passariam a ser escolhidos pelo presidente da República entre os integrantes de uma lista tríplice.
De acordo com proposta, os votantes seriam representantes do Poder Judiciário, o procurador-geral da República e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Aliados do ministro da Justiça, Sérgio Moro, veem a medida como uma maneira encontrada pelos parlamentares para impedir que ele alcance uma cadeira no Supremo.
O dólar comercial segue acima do patamar de R$ 4,30 nesta segunda-feira. A moeda americana é negociada a R$ 4,321, mesmo operando estável frente ao real. No mercado acionário, o Ibovespa (índice de referência da Bolsa de São Paulo) registra recuo de 0,39%, aos 113.331 pontos. O avanço do coronavírus, além de juros baixos no Brasil, são apontados como os responsáveis pela disparada no câmbio, que afeta desde o preço de importados até aluguéis.
O Palácio da Alvorada passará um ano fechado à visitação pública.
Obra foi finalizada em novembro de 2019
A pavimentação da BR-163/PA, uma das principais entregas do Governo Federal para 2019, entrou em sua reta final em novembro de 2019. E, quem irá participar da inauguração oficial será o próprio presidente da república, Jair Bolsonaro.
A pavimentação da BR-163/PA vai proporcionar o fluxo ininterrupto de caminhões que levam a safra de grãos do Centro-Oeste para os portos de Miritituba, no Rio Tapajós. A rodovia federal impulsionará a economia, escoando produtos agrícolas pelo Brasil e incrementando a exportação para outros países.
Considerada o segundo maior corredor logístico do Brasil, a BR-163 atingiu 100% de extensão pavimentada. O serviço foi realizado por militares do 8º Batalhão de Engenharia e Construção (8º BEC), e deve beneficiar todos os transportes que fazem o fluxo de carga e comércio dos portos da Região Norte.
O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para comentar a conclusão da obra, e afirmou que a pavimentação diminuirá o custo para exportação de produtos brasileiros.
Em respeito ao compromisso que assumimos com caminhoneiros, produtores e cidadãos que aguardam há 45 anos por este dia, comunico que na sexta (14/02) o presidente @JairBolsonaro irá pessoalmente inaugurar a conclusão da pavimentação da BR-163 até Miritituba/PA. Promessa cumprida. pic.twitter.com/p80FIcU1pU
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) February 10, 2020
A conclusão da BR-163 foi uma das promessas do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao assumir a pasta. “Estamos redirecionando a logística do país para o Norte, porque teremos menores distâncias para os mercados consumidores da Ásia e da Europa. Seremos mais competitivos e vamos diminuir o custo para o produtor. É mais dinheiro que sobra para novos investimentos e mais empregos gerados. [Com essa obra] o Brasil volta a ser um grande player no cenário internacional”, afirmou em entrevista à TV Brasil, em Brasília.
O ministro afirmou que haveria ainda a possibilidade de criar concessão de trechos da BR-163, e revelou que o ministério já fez estudos aprofundados sobre a viabilidade da privatização. “Acredito que essa concessão [da BR-163] deve ocorrer em 2020”, concluiu o ministro.
Legalizada durante o governo Temer, a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) gerou polêmica nas redes sociais após reportagem do JN
Por Redação
Reportagem exibida no Jornal Nacional no sábado (1) chamou a atenção das redes sociais por tratar do “empréstimo entre pessoas”. A operação, legalizada em abril de 2018 pelo Banco Central, foi bastante comparada com a agiotagem.
“Uma nova modalidade de empréstimo permite que pessoas físicas emprestem dinheiro a juros para pessoas físicas. O que no passado seria chamado de agiotagem, agora recebeu o nome de sociedade de empréstimo entre pessoas”, diz trecho da matéria.
A operação, conhecida como Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), foi estabelecida ainda no governo de Michel Temer, e possui hoje quatro entidades fazendo o intermédio entre quem quer emprestar dinheiro e quem quer fazer um empréstimo. O negócio não dá garantias de retorno do dinheiro.
Nas redes, a medida foi criticada. “Eu vi essa reportagem no JN e fiquei pensando “é sério mesmo que legalizaram e agora estão tentando romantizar o papel do agiota?’ Sim, é serio”, publicou a conta Nada Novo no Front. “Legalizaram a agiotagem”, disse Glauber Macario.
A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) também condenou a prática. “Governo libera agiotagem por pessoa física. Citam a Bíblia para perseguir e odiar, mas esquecem Êxodo 22:25: ‘Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, a algum necessitado que vive em teu meio, não agirás com ele'”, tuitou.