Laboratório diz que tem resultados positivos da vacina contra o novo coronavírus
Com Reuters
A Moderna divulgou que começou a administrar uma vacina experimental contra a Covid-19 em pacientes que participam de um estudo. Já a Sanofi interrompeu temporariamente o recrutamento de novos pacientes de Covid-19 para dois testes clínicos de hidroxicloroquina e, não fornecerá mais o remédio para tratar a doença até as dúvidas a respeito de sua confiabilidade serem esclarecidas.
A Moderna iniciará a aplicação das vacinas experimentais em participantes de um estudo intermediário e afirmou que poderá inscrever até 600 pacientes neste teste.
A empresa estendeu um acordo para garantir grandes volumes de lipídios usados para produzir sua vacina experimental contra Covid-19, enquanto a empresa de biotecnologia norte-americana procura aumentar a capacidade e produzir doses suficientes para atender à demanda global esperada.
A Moderna planeja fornecer milhões de doses por mês em 2020 e dezenas de milhões por mês em 2021, se a vacina for bem-sucedida.
Ainda não existem tratamentos ou vacinas aprovados para a Covid-19, e os especialistas preveem que uma vacina segura e eficaz pode levar de 12 a 18 meses desde o início do desenvolvimento.
Em outro estudo para o tratamento da doença, a farmacêutica Sanofi afirmou que não utilizará por enquanto a hidroxicloroquina e nem fornecerá mais o remédio para tratar pacientes.
A empresa vinha realizando dois testes clínicos aleatórios e controlados de hidroxicloroquina contra Covid-19. Esperava-se que o primeiro testasse 210 pacientes dos EUA, França, Bélgica e Holanda no estágio inicial da doença que não estavam hospitalizados, e o segundo se concentraria em cerca de 300 pacientes hospitalizados com Covid-19 moderada ou grave na Europa.
A decisão veio depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) parar seu grande teste de hidroxicloroquina, o que levou vários governos europeus a proibirem o uso do remédio, que é recomendado para tratar malária, artrite reumatoide e lúpus, mas que não tem comprovação de eficácia contra a Covid-19.
A Sanofi e a rival Novartis prometeram doar dezenas de milhões de doses do medicamento para Covid-19. No mês passado, a empresa francesa disse que já dobrou sua capacidade de produção em oito instalações e que se prepara para aumentá-la ainda mais.
Proposto pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), brincadeira tem o objetivo de valorizar o setor e apoiar o consumo de leite e derivados
Por Francielle Bertolacini
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), o presidente Jair Bolsonaro e outros representantes do governo aderiram ao desafio da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). A entidade propôs que eles gravassem vídeos tomando um copo de leite como forma de valorizar o setor e apoiar o consumo de leite e derivados, “como alimentos extremamente saudáveis”, em meio à crise do coronavírus.
“E também com objetivo da sociedade valorizar a cadeia produtiva do leite nacional que gera milhões de empregos direta e indiretamente, produzindo com muita responsabilidade, preservando o meio ambiente, com bons tratos animais, e fixando milhares de famílias no campo, evitando o êxodo rural e o inchaço das cidades”, afirma o presidente da Abraleite, Geraldo Borges.
Em vídeo, a ministra incentiva o consumo do produto e diz que o leite, assim como seus derivados, trazem benefícios à saúde. “O leite é um alimento super completo. Vamos tomar mais leite. Quem não gosta de leite, toma iogurte ou come um pedaço de queijo”, diz.
Ela lembrou ainda que recentemente o governo liberou um pacote de ajuda com recursos para estocagem de produtos lácteos. Outra medida foi o aporte de R$ 130 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que, segundo ela, deve beneficiar pequenos produtores de leite, principalmente do Nordeste.
Já o presidente da FPA, Alceu Moreira, afirmou que o setor leiteiro é um dos mais nobres do agronegócio pela estrutura e forma de produção.
Durante transmissão nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro também entrou na brincadeira. Com um copo de leite na mão, ele brindou à agropecuária nacional. “Não estou fazendo propaganda. É o desafio do leite, e vamos brindar ao produtor rural, ao pessoal do setor leiteiro do Brasil, que é uma atividade que não é fácil”, disse.
O presidente citou que o Brasil é o terceiro maior produtor de leite do mundo e ressaltou a importância da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. “Sempre tomei isso aqui [leite]. Um brinde a todos os produtores de leite e à nossa ministra Tereza Cristina, a melhor ministra da Agricultura entre todos que passaram por lá”, finalizou.
Parlamentar afirmou não ter dúvida de que será alvo de uma investigação em breve e disse que participa de reuniões em que se discute ‘quando acontecerá um momento de ruptura’ no Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se tornou alvo de mais uma representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara. A Rede Sustentabilidade, o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) protocolaram o pedido na quinta-feira (28).
A ofensiva da oposição veio após declarações de Eduardo em uma transmissão ao vivo ao lado de apoiadores bolsonaristas investigados no inquérito das fake news. O parlamentar afirmou não ter dúvida de que será alvo de uma investigação em breve e disse que participa de reuniões em que se discute “quando acontecerá um momento de ruptura” no Brasil.
“Não tenho nem dúvida que amanhã vai ser na minha casa (que cumprirão mandado de busca), que, se nós tivermos uma posição colaborativa, vão entrar na nossa casa, dando risada. Até entendo quem tem uma postura moderada, vamos dizer, para não tentar chegar a um momento de ruptura, um momento de cisão ainda maior, conflito ainda maior. Entendo essas pessoas que querem evitar esse momento de caos. Mas, falando bem abertamente – opinião de Eduardo Bolsonaro –, não é mais uma opção de ‘se’, mas sim de quando isso vai ocorrer”, afirmou o parlamentar.
“E não se enganem”, emendou, “as pessoas discutem isso”. “Essas reuniões entre altas autoridades, até a própria reunião de dentro de setores políticos, eu, Bia (Kicis) etc., a gente discute esse tipo de coisa porque a gente estuda história. A gente sabe que a história vai apenas se repetindo. Não foi de uma hora para outra que começou a ditadura na Venezuela, foi aos poucos”, alegou.
O deputado disse ainda que, “quando chegar ao ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessária uma medida enérgica, ele (o presidente) é que será tachado como ditador”.
A live foi transmitida pelo canal de YouTube do blog Terça Livre, de Allan dos Santos, um dos alvos da operação da última quarta-feira contra empresários, políticos e apoiadores de Bolsonaro investigados por divulgar notícias falsas e ameaças contra autoridades da República, como ministros do Supremo e seus familiares.
Além de Santos, a deputada Bia Kicis (PSL-SP), outra investigada pelo inquérito das fake news, também participou da transmissão, ao lado de Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, e do médico Ítalo Marsili.
Para a oposição, Eduardo Bolsonaro atentou contra o Estado Democrático de Direito e demonstrou que “há, em curso, uma articulação orientada pelo representado e por aliados do presidente da República, na tentativa de deflagrar uma ruptura institucional, com graves consequências para a democracia brasileira”. Eduardo Bolsonaro já responde a processo no Conselho de Ética por afirmar que, “se a esquerda brasileira radicalizar”, uma resposta pode ser “via um novo AI-5”.
Em julho de 2018, antes do primeiro turno das eleições que deram a vitória a Jair Bolsonaro, o filho caçula do então presidenciável Jair Bolsonaro disse que, para fechar STF, bastava “um soldado e um cabo”. A declaração se referia à suposta possibilidade de o pai ser impedido de assumir o Planalto caso fosse eleito ainda na primeira fase da corrida presidencial.
Nos últimos dias, o governo tem sofrido uma sucessão de derrotas no Supremo, a maioria delas por decisões individuais dos ministros Celso de Mello e Alexandre de Moraes. O estopim para a nova crise ocorreu, no entanto, após a ação determinada por Moraes, relator do inquérito das fake news. Na ação de quarta-feira, a PF apreendeu documentos, computadores e celulares em endereços de apoiadores do presidente. Desde então, aumentam as investidas contra o STF dirigidas pelo próprio presidente e por seus apoiadores.
O número de casos de COVID-19 segue crescendo no Brasil. A ampla testagem da população é um dos caminhos apontados por especialistas para que a retomada das atividades seja feita de forma segura
Com Agências
Porém, a maioria dos testes disponíveis no mercado até então identifica se a pessoa está infectada, mas não se já adquiriu imunidade à doença. No entanto, um teste inovador, desenvolvido por cientistas brasileiros, pode mudar o paradigma de enfrentamento à pandemia e dar à sociedade uma nova perspectiva para lidar com a crise, uma vez que pode identificar indivíduos que apresentam imunidade e, portanto, poderiam retomar suas atividades. O teste leva cerca de duas horas para ser realizado e o resultado fica pronto em até seis horas.
O teste laboratorial, que utiliza tecnologia nacional, é capaz identificar e quantificar a presença de anticorpos tipo IgG, contra a proteína S, que é responsável pela entrada do Coronavírus nas células. Este teste permite saber quem já esteve em contato com o vírus, e se desenvolveu imunidade ao mesmo. Estudos vêm apontando que pacientes que apresentam estes anticorpos, podem apresentar imunidade contra a doença, e desta forma os pacientes não desenvolveriam ou transmitiriam a mesma.
Conforme Alberto Stein, médico que colaborou no desenvolvimento do teste, a inovação já está pronta para ser disponibilizada à população. Já foram feitas todas as testagens e validações estabelecidas pela ANVISA, com amostras de diferentes pacientes, em diferentes níveis de evolução da doença. “Neste momento, está ocorrendo a transferência desta tecnologia para laboratórios de análises clínicas, que irão executar o teste”, explica Stein.
Como funciona o exame?
O teste é realizado a partir de uma amostra de sangue, analisada em laboratório, determinando e quantificando a presença destes anticorpos que reagem contra a proteína S. Este fator é extremamente importante, visto que a maioria dos testes imunológicos disponíveis hoje no mercado não quantificam o nível de anticorpos contra a proteína S (pois eles avaliam anticorpos contra a proteína N), e nem avaliam a possibilidade de imunidade contra o vírus.
Qual é a diferença deste teste em relação aos testes rápidos?
Os testes rápidos produzem resultado a partir da identificação de anticorpos contra a proteína N, da COVID-19. Essa proteína encontra-se no interior do Coronavírus e sinaliza que a pessoa teve contato com o vírus, mas não dá informação sobre a imunidade contra ele, porque estes anticorpos contra a proteína N não são neutralizantes.
Já o teste inovador é capaz é identificar e quantificar a presença de anticorpos que reagem contra a proteína S da COVID-19, que é responsável pela entrada do Coronavírus nas células. Ou seja, este teste permite identificar e quantificar a imunidade de cada pessoa com relação à doença.
Alberto Stein Médico, doutor em Medicina pela UFRGS. Membro do grupo de pesquisa da FK-Biotec e da Imunobiotech.
Deputados Chico Bulhões e Alexandre Freitas incluem assessor mais próximos do governador no pedido de afastamento
Por Agência O Globo
Caso seja aceito, pedido de impeachment deverá apensado a um dos outros dois pedidos feitos anteriormente.
O partido NOVO protocolou, nesta sexta-feira (29), um pedido de impeachment que pede o afastamento não só do governador Wilson Witzel mas também do secretário do Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, mais próximo assessor de Witzel no Palácio Guanabara. O requerimento foi entregue à mesa diretora da Casa pelos deputados Chico Bulhões e Alexandre Freitas.
"Entendemos que ambos, o governador e o secretário, cometeram crime de responsabilidade. Claramente o Tristão é objeto da investigação. Witzel e ele são muito próximos. O Tristão tem relação com as empresas do (empresário preso) Mário Peixito, como mostramos no nosso pedido de impeachment. E, agora, o secretário ganhou ainda mais espaço dentro do Palácio Guanabara, influenciando a Casa Civil e a Secretaria de Fazenda", diz Chico Bulhões, referindo-se às exonerações dos ex-secretários André Moura (PSC) e Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho e às nomeações do procurador do estado Raul Teixeira e do economista Guilherme Mercês, idealizador do Índice Firjan de Gestçao Fiscal que ocupava o posto de subsecretário na pasta de Tristão.
O GLOBO procurou o secretário Lucas Tristão para comentar o pedido de impeachment protocolado pelo NOVO e publicará seu posicionamento tão logo ele seja enviado à reportagem.
De acordo com a mesa-diretora da Alerj, é provável que o pedido do NOVO seja apensado a um dos outros dois requerimentos de impeachment já protocolados na Assembleia pela bancada bolsonarista e pelo PSDB. A cúpula da Casa afirma, informalmente, que aceitará a instauração do processo de impeachment.