Faltam confirmar adesão organizações de Sergipe, Piauí, Rondônia, Roraima, Acre e Amapá. Em Brasília, o ato começa, às 10h, no Museu Nacional. Informações foram dadas em entrevista coletiva de imprensa, convocada por entidades responsáveis pela manifestação nacional

 

Por Samara Schwingel

 

Representantes de entidades de trabalhadores da educação federal concedem coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (13). O encontro conta com equipes de Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), UNE (União Nacional dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), ANPG (Associação Nacional de Pós-graduandos), Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) e Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), que definiram ações conjuntas e unificaram o discurso em defesa das universidades e institutos federais.

 

Técnico-administrativos em educação, docentes e estudantes promovem, nesta quarta-feira (15), a “Greve nacional da educação”, em protesto contra os cortes anunciados para as universidades federais. Também há uma greve geral dos trabalhadores (não só da educação), marcada pelas centrais sindicais para 14 de junho.

 

Paralisação nacional em 15 de maio

“Sobre o dia 15, temos agendados atos nas capitais das 21 unidades da Federação que aderiram, além de outras grandes cidades. Será um dia bastante movimentado”, informa Heleno Araújo, presidente do CNTE. "Faltam confirmar Sergipe, Piauí, Rondônia, Roraima, Acre e Amapá, mas acreditamos que todos vão aderir."

 

“A educação está dando uma grande demonstração de força construindo esses atos unitários. É uma pauta que interessa a toda a sociedade. No dia 15, vamos parar nossas atividades e vamos para a rua”, afirma Antônio Gonçalves.

 

O ato em Brasília:

Em Brasília, os integrantes do movimento se reunirão em frente ao Museu Nacional, às 10h, da quarta-feira (15). De lá, caminharão até o Congresso Nacional, passando pelo Ministério da Educação (MEC), terminando a passeata na Rodoviária do Plano Piloto. Não há previsão de horário de término. O ato será acompanhado por carro de som. Haverá distribuição de panfletos.

Confira a programação da manifestação em Brasília, de acordo com Luis Antonio Pasquetti, presidente da ADUnB (Associação dos Docentes da Universidade de Brasília):

10h — Concentração no Museu Nacional
11h — Marcha em direção ao Congresso Nacional (usando as três faixas à esquerda no mesmo sentido da direção dos veículos, para não atrapalhar o trânsito)
12h — Chegada à “Rua das Bandeiras”, próxima ao Congresso Nacional (permanência de uma hora e 30 minutos), onde o ministro da Educação, Abraham Weintraub, deve estar no momento
13h30 — partida em direção à Rodoviária
14h30 — dispersão, usando as faixas à esquerda
Confira orientações da ADUnB para a manifestação de quarta (15), em Brasília:
"Para garantir a segurança de todos e todas, manifestantes e da sociedade, repassamos as seguintes orientações:
1. A manifestação é pacífica em defesa da educação pública e do direito à aposentadoria;
2. Combine de ir à manifestação em grupo. Ande SEMPRE junto ao grupo. Nem na saída da manifestação saia separado;
3. Não aceite provocações, tampouco provoque;
4. Não incite a violência;
5. Não deprede o patrimônio público;
6. Não use máscaras, nem nada que cubra o rosto;
7. Não solte bombinhas ou fogos de artifício durante a manifestação;
8. Siga as orientações da coordenação do ato;
9. Leve seus documentos de identificação pessoal. O policial não pode prender você por estar sem documento. No entanto, na ausência de documento, você pode ser levado à delegacia para fins de identificação;
10. Você tem o direito de filmar e registrar tudo;
11. Você tem o direito de permanecer calado diante de qualquer pergunta, de qualquer autoridade;
12. Leve água e lanche para consumo próprio;
13. Sapatos confortáveis ajudam caso você precise sair do local da manifestação por causa de alguma confusão;
14. A manifestação faz parte de um movimento democrático assegurado pela Constituição Federal. Você pode levar faixas, bandeiras e cartazes. Manifestar é um direito seu! Sem violência!"
O ato no resto do país
Confira onde se concentrarão os manifestantes em todas as unidades da Federação que aderiram ao movimento até agora em diferentes locais do país no link.
Veja as instituições que terão atividades acadêmicas interrompidas por adesão ao dia de paralisação pela educação de quarta-feira (15), de acordo com a Fasubra.
No entanto, o número total de institutos e universidades que vão aderir pode ser muito maior, pois a lista abaixo cita apenas as entidades filiadas à Fasubra:
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Universidade Federal de São Carlos (Ufscar)
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
Universidade Federal de Itajubá (Unifei)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG)
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG)
Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Universidade Federal do Tocantins (UFTO)
Universidade Federal de Alagoas (Ufal)
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Universidade Federal do ABC (UFABC)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR)
Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)
Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR)
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
Universidade Federal do Pampa (Unipampa)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Greve geral em 14 de junho

“Depois do dia 15, só temos programada mobilização para o dia 14 de junho. Entre esses dois dias, estaremos trabalhando, nos preparando para a greve do dia 14”, completa Heleno Araújo. “Dia 14 vamos parar tudo: transporte, educação, toda a classe trabalhadora”, observa Marcelino Rodrigues, coordenador geral da Fasubra.

Os porta-vozes não souberam informar detalhes da programação de 14 de junho. "Ainda não tem uma programação certa. Só sabemos que vão paralisar o dia todo e talvez, à tarde, tenha uma passeata", diz.

 

 

Questionado sobre a possibilidade de greves prolongadas, que durem mais de um dia, Antônio Gonçalves rebate: “Nacionalmente, não pensamos em outra atividade, mas cada local pode ter uma articulação nesse meio tempo”. Ou seja, o movimento de algumas universidades e institutos federais pode até decretar greve, mas não será nacional ou geral.

Reclamações

“O governo fala de contingenciamento, mas não vai haver recomposição desses recursos. E as instituições públicas são as que mais produzem conhecimento no pais”, reclama Antônio Gonçalves, presidente do Andes.

“De fato, 95% da pesquisa brasileira é feita no ambiente das universidades públicas. Essas pesquisas fazem diferença na vida das pessoas. Fomos surpreendidos com a suspensão de verbas. É um cenário de apagão da ciência brasileira”, critica Manuelle Marques, da Anpg. “É um ataque à soberania brasileira e à universidade, que tem sido produtora do senso crítico. A justificativa é que essas bolsas estariam ociosas, mas sabemos que não é verdade”, diz Manuelle Marques, da Anpg, sobre os cortes aos benefícios da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Manifestação da Ubes
Confira artigo de Pedro Lucas Gorki, presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) sobre a movimentação do dia 15:

"Cortes na educação: A gota d’água vai virar um tsunami
Na segunda-feira (6/5), eu estava junto às centenas de estudantes que protestavam do lado de fora do Colégio Militar do Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca. Dentro, o presidente Jair Bolsonaro, cujo governo anunciou, recentemente, o corte de 30% do dinheiro da educação. Enquanto Bolsonaro estava fechado, cercado por alto esquema de segurança, com medo da reação popular e de encarar os jovens que lá estavam, o protesto dos secundaristas ganhava o apoio da população, das pessoas que passavam a pé, nos carros, dos trabalhadores, de quem escutava as reivindicações e concordava com elas.

 

A reação popular contra os cortes na educação, liderada pelo movimento estudantil secundarista e universitário, pode resultar nas maiores manifestações do Brasil desde a posse presidencial em janeiro. Até Bolsonaro já sabe que essa foi a gota d’água que vai virar um tsunami. Bolsonaro não gosta muito de estudar e não é lá muito bom de história – a ponto de falar que a ditadura no Brasil não existiu ou que os ditadores assassinos de países como o Chile e o Paraguai foram pessoas importantes. Mas ao ignorar ou desconhecer que, neste mesmo continente, foi a juventude que enfrentou e derrubou os regimes mais autoritários, pode ter cometido um erro que as ruas não vão perdoar. Nós vamos para cima.

O movimento estudantil está protagonizando, nas diversas regiões do país, um levante unificado contra a tentativa de destruição do nosso ensino. Toda essa força vai desaguar, no dia 15 de maio, em uma jornada nacional nas ruas, nos institutos federais, nos colégios, construindo uma grande paralisação nacional da educação.

 

A mobilização dos atos foi rápida. Em poucos dias, o movimento se espalhou em assembleias, debates, protestos, ações diretas. Os jovens têm acompanhado com preocupação a transformação ideológica covarde de um Ministério da Educação que vira as costas para alunos e professores, voltando-se apenas para o fanatismo de extrema direita e para os lucros do setor educacional privado. A declaração do ministro Abraham Weintrub de que as universidades públicas devem ser punidas por promover “balbúrdia” foi a gota d’água.

 

Ao atacar o ensino superior, o governo mentiu, dizendo priorizar a educação básica. Mas o MEC cortou recursos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio. Um bloqueio de pelo menos R$2,4 bilhões de reais.

 

Enquanto publica decretos de posse de arma para enriquecer a indústria do tiro e tenta emplacar a reforma da Previdência e o fim das aposentadorias para agradar aos bancos e a previdência privada, Bolsonaro tira dos salário dos professores, da merenda, dos laboratórios, das bibliotecas, da reforma das quadras e das salas de aula das escolas públicas. E é por isso que a UBES e o movimento estudantil secundarista estão no centro desse debate e vão conduzir os milhões de estudantes da educação básica para resistir a esse governo. Vamos ensinar ao ministro da Educação que as escolas e universidades brasileiras devem ser prioridade, inclusive para garantir o crescimento econômico.

 

Mais de 100 institutos federais já deram o seu recado, aderindo à campanha #TiraAMãodoMeuIF. O movimento já conta com paralisações e protestos em todos os 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Com roupas pretas e palavras de ordem, os secundaristas denunciam que, devido aos cortes no orçamento das instituições, muitos alunos não poderão, sequer, concluir o ano letivo. Não bastasse promover a perseguição nas escolas, a censura de alunos e professores; a tentativa de obrigar todos os estudantes do Brasil a repetir o seu slogan partidário de campanha eleitoral no pátio das instituições, Bolsonaro agora quer estrangular a juventude da forma mais direta e cruel: tirando os poucos recursos do setor educacional e tentando matar de fome o sistema de ensino brasileiro.

 

O que o governo não sabe é que essa mesma juventude já resistiu a momentos tão ou mais duros que esse, ao longo dos últimos 70 anos. E tem uma força invencível quando está unida. Já derrubamos presidentes e ditadores quando conseguimos contagiar a sociedade e ela ficou do nosso lado. Cada estudante secundarista também tem uma mãe, um pai, um vizinho que não concorda com a retirada de dinheiro da educação e que precisa de muito pouco para ser convencido a ir às ruas conosco. E se isso acontecer, já seremos numericamente um movimento incontrolável e incontornável. Um governo que perde popularidade de forma inédita nos seus cinco primeiros meses, deveria ter mais sabedoria ao escolher seus inimigos. Mexer com a juventude brasileira é coisa séria. Não aos cortes. Vamos à luta!" *Estagiária sob a supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa

 

Posted On Segunda, 24 Junho 2019 07:39 Escrito por

MTur, Sebrae e Adetuc apresentam programa que contempla rota com quatro municípios de Tocantins

 

Com Assessoria 

 

O Ministério do Turismo, em parceria com o Sebrae/TO e a Agência Estadual de Desenvolvimento Turístico, Cultura e Economia Criativa (Adetuc-TO), realiza nesta segunda-feira (24), em Palmas (TO), o quinto seminário itinerante do programa Investe Turismo. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, fará a abertura do evento.

 

O evento ocorrerá das 9 às 17 horas, no auditório do Palácio Araguaia, e contará, também com a presença do governador Mauro Carlesse e representantes do trade e do poder executivo.

 

A iniciativa visa reunir atores públicos e privados envolvidos nos projetos de gestão integrada e qualificação da Rota Palmas e Jalapão, identificando oportunidades de negócios, políticas públicas e outras ferramentas oferecidas pelo programa para potencializar o desenvolvimento da atividade turística local.

 

A rota é dividida em duas regiões turísticas: Encantos do Jalapão, que compreende as cidades de Mateiros, Ponte Alta do Tocantins e São Félix do Tocantins; e Serras e Lagos, que contempla Palmas, a capital.

Posted On Segunda, 24 Junho 2019 07:39 Escrito por

Veja destaca a liderança de Rodrigo Maia na articulação política. IstoÉ mostra a caça ao Hacker de Moro e Época expões as críticas do general Santos Cruz, demitido do ministério

 

Veja

O Calendário Maia

Em meio à desarticulação política do governo, o Congresso vai apresentar uma agenda de propostas para o país. Liderado por Rodrigo Maia, o pacote inclui mudanças no FGTS, autonomia do Banco Central, simplificação de impostos e redução dos juros bancários. No vácuo da desarticulação política do Executivo, o Congresso prepara uma agenda que será implementada após a aprovação da reforma da Previdência .

Maia acha que, se seu plano der certo, atingirá dois objetivos: terá sido responsável pela recuperação da economia e pavimentará o caminho para alçar voos maiores na eleição de 2022. Em 2018, ele chegou a cogitar uma candidatura à Presidência. Cauteloso, o deputado arma que não quer ocupar o espaço do governo, mas apenas colaborar.

 

Istoé

No rastro do hacker de Moro

Desde que o site The Intercept Brasil revelou as trocas de mensagens privadas entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e os procuradores da Lava Jato em Curitiba, o Brasil acompanha apreensivo à divulgação, em doses homeopáticas, do teor das interceptações – fruto da violação de celulares de autoridades brasileiras. O constrangimento ao qual foram expostos os integrantes da Lava Jato e o ex-juiz que se tornou símbolo do combate à corrupção no País pode mudar de lado.

A Polícia Federal planeja-se para, nas próximas semanas, tentar emitir uma contundente resposta ao que classifica de ação orquestrada perpetrada por criminosos de alto calibre. Sob a coordenação do diretor-geral Maurício Valeixo, a PF acredita ter se aproximado dos hackers que invadiram a privacidade dos procuradores e expuseram as vísceras da Lava Jato.

 

Época

'É um show de besteiras', diz general Santos Cruz sobre gestão Bolsonaro

Uma semana após sua demissão da Secretaria de Governo da Presidência da República, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz criticou o governo de Jair Bolsonaro por perder tempo com “bobagens” quando deveria priorizar questões relevantes para o país.

“Tem de aproveitar essa oportunidade para tirar a fumaça da frente para o público enxergar as coisas boas, e não uma fofocagem desgraçada. Se você fizer uma análise das bobagens que se têm vivido, é um negócio impressionante. É um show de besteiras. Isso tira o foco daquilo que é importante.

Posted On Domingo, 23 Junho 2019 22:48 Escrito por

A escuta clandestina encontrada implantada no sofá do gabinete do deputado estadual Ricardo Ayres pode ser considerado o ato mais grave contra a liberdade política já praticado no Tocantins.

A escuta foi encontrada pela diretoria de inteligência da Secretaria de Segurança Pública após desconfiança do parlamentar e deve ser tratada e investigada com a mesma gravidade que representa, pois se houve tamanha ousadia contra um membro do Poder Legislativo, o mesmo pode ter sido praticado contra membros do Executivo e do Judiciário, colocando em risco a segurança das instituições tocantinenses.

Possivelmente a Polícia Federal será acionada e a Polícia Legislativa já deve estar realizando uma varredura em todos os gabinetes, sob ordem do presidente da Assembleia, deputado Antônio Poincaré Andrade, para que o fato seja elucidado com a maior urgência possível.

O fato da descoberta ter sido na semana e só ter vindo à tona neste sábado, já é um indício de que as investigações começaram imediatamente após o encontro do dispositivo e alguma coisa já foi levantada a respeito.

Faz-se necessário que os responsáveis sejam descobertos, revelados à população e punidos exemplarmente.  A Política Tocantinense pode ter seus defeitos, mas tem muito mais qualidades que devem ser levadas em conta e não podem ser ameaçadas por atos da mais absoluta vilania e desonestidade.

 

MATURIDADE POLÍTICA

Enquanto isso, na última sexta-feira (21), estiveram em um mesmo salão, sob um mesmo teto, a deputada federal professora Dorinha Seabra, o deputado federal, Carlos Gaguim, o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos e dezenas de outros  parlamentares e lideranças políticas, participando do jantar de confraternização pelo aniversário do governador Mauro Carlesse, numa demonstração grandiosa de maturidade política de toda a nossa classe política, que serviu para separar o “joio do trigo” no momento mais apropriado possível, orquestrado pela primeira-dama do Tocantins, Dona Fernanda Mendonça, que mostrou grande habilidade social.

Que este ato de desprendimento e harmonia política se espalhe por todos os municípios tocantinenses

 

VEREADORES PALMENSES E PORTUENSES EM ALERTA

O julgamento que levou à cassação dos dez vereadores em Augustinópolis significa um forte alerta amarelo aos vereadores de Palmas e Porto Nacional, presos por suspeitas de corrupção.

Segundo fontes, o veredicto sobre os vereadores da Capital e de Porto está previsto para a segunda quinzena de agosto e a população dos dois municípios acredita na Justiça e no Ministério Público Estadual, sempre atuantes na defesa dos interesses da sociedade, que sejam implacáveis na busca pela verdade nesse imbróglio que envolve os vereadores.  Que os inocentes sejam beneficiados e os culpados punidos com rigor, pois desrespeitaram a confiança dos cidadãos e trocaram vidas, saúde e educação por um punhado de dinheiro.

Estamos, aqui, evitando tornar públicos os nomes dos vereadores de Porto Nacional e de Palmas que foram presos, aguardando o veredicto da Justiça para, só então, mostrar à sociedade quem são e o quê fizeram pois, por confiar nos métodos e na acuidade da Polícia Civil, que levantou provas incontestáveis que levaram à decretação da prisão dos envolvidos, acreditamos que quase a totalidade dos presos são culpados e então, só então, divulgaremos seus nomes, para evitar quaisquer prejulgamentos.

 

EMPRÉSTIMOSPRÓXIMOS DE LIBERAÇÃO

O governo do Estado tem praticamente certo para, ainda esta semana, obter a liberação da Justiça Federal para o desbloqueio dos empréstimos junto ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal, que trarão recursos importantíssimos para oxigenar a economia tocantinense e, em paralelo, dos 139 municípios do Tocantins, especialmente os da Região Central, com o início das obras da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto nacional, e com a construção dos hospitais de Araguaína e Gurupi, resgatando sonhos antigos da nossa população.

 

BRASIL: MOURÃO PODE SE FORTALECER

A janela de filiações partidárias pode colocar fogo no já nada estável clima político do governo Jair Bolsonaro.  Estão previstas mais de cem filiações importantes ao PRTB, partido do vice-presidente, general Mourão, o que tem motivado os seguidores de Bolsonaro – comandados pelos filhos 01, 02 e 03 – a tentar desqualificar Mourão.

Vale ressaltar que, antes disso tudo, Mourão tem ocupado espaços importantes e de forma positiva na mídia nacional, com repercussão nas mídias sociais.

Até em Palmas, um grupo de sindicalistas vem abraçando a causa de Mourão, realizando convocações para filiações, presentando o partido como um “porto seguro” para a classe trabalhadora e dirigentes sindicais, inclusive com ramificações nos municípios do interior e com a intenção de formar uma chapa “puro sangue”, com nomes competitivos.

 

PROJETOS REEDITADOS

Derrotas recentes uniram governo e parlamentares na tentativa de reeditar projetos que foram rejeitados por falta de acordo, abrindo brecha para a judicialização. Foram três casos apenas nas duas últimas semanas.

Em 3 de junho, duas medidas provisórias caducaram, mas não morreram de fato. Quatro projetos (3 na Câmara e 1 no Senado) foram apresentados para fazer ressuscitar a MP do saneamento.

Com uma celeridade atípica, o Senado aprovou e já mandou para a Câmara um projeto de lei que cria um novo marco legal para o setor e facilita o ingresso de empresas privadas no negócio do saneamento básico.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende votar o texto na Casa nesta semana ou, no máximo, na seguinte.

Já a MP do Código Florestal, aprovada na Câmara, mas nem sequer recebida pelo Senado, foi reeditada pelo próprio governo, embora não da mesma maneira.

Inconformado com o resultado da última sessão do Congresso, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), buscou apoio do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), e apresentou um projeto de lei para reverter o veto que impede que seja considerada de natureza policial a atividade exercida pelos agentes penitenciários.

A proposta também prevê a inclusão dos agentes socioeducativos no Susp (Sistema Único de Segurança Pública).

 

COMPLIANCE (OU SEGUIR AS REGRAS)

Com os partidos políticos diante de uma crise de representatividade e associados à corrupção, compliance deixou de ser para eles assunto de outro mundo.

A palavrinha entrou na rotina dos diretórios paulistas do PSDB e do PSL e nas direções nacionais dessas e de outras siglas. A ordem é estabelecer regras mais severas.

O PSDB, por exemplo, aprovou um inédito código de ética e compliance, que prevê verificação da idoneidade de doações e de fornecedores, canal de denúncias com sigilo da fonte e divulgação de receitas e despesas na internet.

A iniciativa é impulsionada pelo governador João Doria, cujos aliados encampam um discurso de faxina anticorrupção no PSDB, preparando terreno para a candidatura presidencial dele em 2022.

Seguindo as diretrizes da cúpula nacional, o diretório paulista da sigla, chefiado por Marco Vinholi, ligado a Doria, contratou um especialista para desenhar regras próprias. O advogado Fernando Palma, escolhido para a missão, sugeriu o nome "tolerância zero" ao programa.

"Compliance se aprende no amor ou na dor", diz Palma, ressaltando que os tucanos é que tomaram a iniciativa de "fazer o certo porque o certo é certo". Questionado sobre os escândalos que afetaram o partido recentemente, o especialista fala que "várias empresas públicas e privadas tiveram problemas".

Foi com a derrota eleitoral do ano passado como pano de fundo que o PSDB discutiu suas novas regras. Contudo, o código de ética aprovado pelo comando nacional da sigla não afasta de imediato envolvidos em corrupção.

Legendas de variadas posições ideológicas, como PT, PSL, PDT e Podemos, começam a estudar programas na mesma linha. Recorrem a essa grife por diferentes razões: limpar a imagem, evitar novos malfeitos e se reconectar com a sociedade.

Posted On Domingo, 23 Junho 2019 22:32 Escrito por

Cerco aos hackers: PF segue no encalço dos criminosos que violaram as conversas mantidas entre Moro e integrantes da Lava Jato; pistas estão sendo seguidas no Brasil e no exterior, e agentes veem respostas próximas

 

Por IstoÉ - Germano Oliveira

 

Desde que o site The Intercept Brasil revelou as trocas de mensagens privadas entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e os procuradores da Lava Jato em Curitiba, o Brasil acompanha apreensivo à divulgação, em doses homeopáticas, do teor das interceptações – fruto da violação de celulares de autoridades brasileiras.

 

O constrangimento ao qual foram expostos os integrantes da Lava Jato e o ex-juiz que se tornou símbolo do combate à corrupção no País pode mudar de lado. A Polícia Federal planeja-se para, nas próximas semanas, tentar emitir uma contundente resposta ao que classifica de ação orquestrada perpetrada por criminosos de alto calibre. Sob a coordenação do diretor-geral Maurício Valeixo, a PF acredita ter se aproximado dos hackers que invadiram a privacidade dos procuradores e expuseram as vísceras da Lava Jato.

 

Em investigações preliminares, os agentes da Polícia Federal já identificaram conexões no Brasil, em especial em Santa Catarina, e no exterior, com o suposto envolvimento de agentes na Rússia e até em Dubai, nos Emirados Árabes. Segundo agentes ouvidos por IstoÉ , a PF pode estar perto de alcançar os responsáveis pelo hackeamento ilegal, o que, se confirmado, constituiria uma bomba capaz de provocar uma reviravolta no caso.

 

 

As pistas da principal linha de investigação levam à Rússia. É onde reside o americano Edward Snowden , notório aliado do jornalista Glenn Greenwald , dono do site The Intercept Brasil . Em 2013, Snowden se aproximou dos irmãos bilionários Nikolai e Pavel Durov, que criaram o Telegram, um sistema de comunicação por mensagens similar ao WhatsApp. A PF suspeita que Snowden possa estar por trás do esquema de bisbilhotagem e divulgação das mensagens de membros do Ministério Público Federal. Recentemente, Snowden elogiou o Telegram por sua resiliência na Rússia, depois que o governo proibiu o aplicativo e pressionou para que liberasse o acesso às mensagens privadas dos usuários. Na PF,há quem acredite que o americano refugiado na Rússia possa ter se valido de recentes contatos com os Durov para ter acesso aos diálogos envolvendo as autoridades brasileiras.

 

Condinome: “lucky12345”
A partir da investigação sobre os passos de Snowden, informantes do Brasil na Rússia puxaram um outro fio do novelo: o que leva a Evgeniy Mikhailovich Bogachev, de 33 anos. Criador do vírus Cryptolocker e do ardiloso código Zeus, ele é procurado pelo FBI americano por crimes cibernéticos. Um rastreamento identificou que Slavic ou “lucky12345”, como é conhecido, teria recebido US$ 308 mil em bitcoins (a moeda virtual). Resta saber se o depósito foi realmente a contrapartida financeira por ele ter participado do processo de quebra do sigilo telefônico dos procuradores. O dinheiro teria circulado pelo Panamá antes de chegar a Anapa, na Rússia, onde foi transformado em rublos. Na última semana, o nome do agente russo veio à tona pela primeira vez através de um perfil anônimo no Twitter .

 

Embora parecesse inverossímil num primeiro momento, por conter erros de grafia e tradução, IstoÉ confirmou que a PF segue sim o rastro da pista, considerada importante pelos agentes hoje à frente do caso. Em especial, pelos indícios de que Slavic, uma espécie de laranja no esquema, possa estar ligado a Snowden. Um relatório de segurança da Ucrânia aponta que “lucky12345” atua sob a supervisão de uma unidade da espionagem russa.

 

Mas por que os bilionários irmãos Nikolai e Pavel Durov, do Telegram, se aliariam a Snowden e Slavic na tentativa de desqualificar a principal operação de combate à corrupção da história recente do Brasil? Agentes da PF colheram informações que os levam a crer que os Durov, atualmente abrigados em Dubai, podem ter agido com motivações puramente ideológicas. Adeptos do islã, eles teriam ficado enfurecidos com a proverbial predileção do presidente Jair Bolsonaro por Israel em detrimento aos árabes. Em abril, depois de recebido com honras pelo premiê Benjamin Netanyahu, o presidente anunciou a criação de um escritório de negócios em Jerusalém “para a promoção de comércio, investimentos e intercâmbio” bilaterais. Netanyahu saudou a abertura de um gabinete brasileiro na cidade e pediu que aquele fosse o primeiro passo para a abertura da embaixada brasileira em Jerusalém – o que provocou a ira dos islâmicos e, consequentemente, dos Durov. Bolsonaro, ao alcançar o poder, foi o principal beneficiário da Lava Jato, conduzida por Moro. Desmoralizar o juiz e a Lava Jato significaria enfraquecer o bolsonarismo e trazer a esquerda lulista de volta ao jogo. Confirmada a tese, Greenwald teria sido a ponta final da operação comandada pelo trio Snowden, Slavic e Durov.

Maurício Valeixo, diretor-geral da PF, está à frente da operação para achar responsáveis pela violação das conversas

 

Não custa lembrar que Greenwald e Snowden foram parceiros num trabalho desenvolvido em 2013 e que expôs dados secretos da Agência de Segurança Nacional (NSA), do governo dos EUA. O material interceptado por Snowden, também de forma ilegal, foi divulgado por Greenwald no jornal inglês The Guardian e em outros jornais pelo mundo afora, como O Globo , no Brasil. Graças aos documentos vazados, o jornalista ganhou os prêmios Pulitzer e Esso. Pressionado a divulgar detalhes de sua operação, Snowden acabou se asilando na Rússia, onde passou a ser protegido pelo presidente Vladimir Putin. Enquanto que Greenwald se refugiou no Brasil, casando-se com o brasileiro David Miranda, atual deputado federal pelo PSOL e acabou fixando residência no Rio de Janeiro, de onde opera o The Intercept Brasil . Atualmente, Snowden é presidente da Freedom of the Press Foundation. Um dos co-fundadores é Greenwald. Na última semana, a PF considerou realizar uma operação de busca e apreensão dos computadores do dono do The Intercept e conduzi-lo para prestar depoimento, mas fontes ligadas ao ministro entenderam que esse fato poderia transformar o jornalista em mártir e o governo ainda corria o risco de ser acusado de cercear a liberdade de imprensa.

 

Trabalho de profissional
Algo é certo: a PF já sabe que o acesso ilegal ao aplicativo Telegram dos procuradores não foi realizado por amadores. “Não foi uma ação de um adolescente por trás de um computador. Tratou-se de um trabalho feito por uma organização criminosa altamente especializada”, endossou Moro em depoimento que prestou no Senado na quarta-feira (19) . De fato, segundo fontes da PF, o trabalho de hackers na quebra de sigilo de celulares e computadores foi coisa de profissional. Além de envolver equipamentos caríssimos que alcançam a casa dos milhões de dólares, fogem completamente do padrão de hackers de menor poder destrutivo, conhecidos como “defacements”, que se notabilizaram por fazer as chamadas “pichações políticas” em sites e organizar malfadados ataques a transações bancárias. No dia 4, o suposto hacker tentou se passar pelo ministro da Justiça enviando uma mensagem a um funcionário do gabinete de Moro, depois de ativar uma conta no Telegram.

 

Sem descartar as pistas que surgem pelo caminho, na última semana, a PF adicionou uma organização criminosa que operava em Santa Catarina ao rol dos suspeitos. Na terça-feira 18, a PF desencadeou a operação “Chabu” (vulgo “deu errado”) em Florianópolis, com o cumprimento de sete mandados de prisão e 23 de busca e apreensão. O objetivo foi a desarticulação de uma quadrilha que vinha quebrando sigilos de autoridades no estado para o vazamento de operações policiais e ações de órgãos públicos. Para a PF, a quadrilha pode estar envolvida na operação de hackeamento dos celulares dos procuradores do Paraná.

 

Entre os presos, está o delegado da PF Fernando Amaro de Moraes Caieron e o policial rodoviário federal Marcelo Roberto Paiva Winter, ambos especializados em crimes cibernéticos e tráfico de drogas. Foram presos ainda o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (sem partido), e o ex-chefe da Casa Civil Luciano Veloso Lima.

 

Todos eles utilizavam a estrutura da empresa Nexxera, de tecnologia, para cometer as ilegalidades. Segundo fontes ligadas ao diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, a análise dos documentos apreendidos será decisiva para apontar a existência do elo do grupo com os hackers da Lava Jato . Assim como a conexão Brasil-Rússia-Dubai, o elucidamento do caso parece estar próximo. Quem acompanha as investigações assegura: se os indícios encontrados até agora se confirmarem, a PF estará bem perto mudar o rumo do rumoroso episódio que monopolizou as atenções dos brasileiros nas últimas semanas.

Nota de esclarecimento da Nexxera:

O Grupo NeXXera, empresa com mais de 27 anos de história, vem a público repudiar e contestar a matéria denominada “Cerco aos Hackers”, da revista IstoÉ, assinada pelo jornalista Germano Oliveira e reproduzida pelo portal de notícias IG.

 

Na última terça-feira, 18 de junho, o Grupo NeXXera colaborou espontaneamente com depoimentos para a Polícia Federal sobre a “Operação Chabu”. O papel do Grupo NeXXera, de fato, no caso, foi de contribuição ao processo.

Vale ressaltar, também, que ao contrário do que a matéria diz “O PREFEITO DE FLORIANÓPOLIS, GEAN LOUREIRO (SEM PARTIDO), E O EX-CHEFE DA CASA CIVIL LUCIANO VELOSO LIMA, UTILIZAVAM A ESTRUTURA DA EMPRESA NEXXERA, DE
TECNOLOGIA, PARA COMETER AS ILEGALIDADES”, pode se comprovar equivocada pois, no próprio depoimento do prefeito, quando perguntado sobre NeXXera, o mesmo diz: “QUE FOI PROCURADO POR ELES, NO ANO PASSADO, NA PREFEITURA, MOMENTO EM QUE OFERECERAM GRATUITAMENTE UM PROJETO PILOTO QUE POSSIBILITARIA O PAGAMENTO DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS ATRAVÉS DE CARTÃO DE CRÉDITO; QUE ESSA TRATATIVA NÃO EVOLUIU, POIS A CAIXA CONTINUA SENDO A INSTITUIÇÃO
BANCÁRIA QUE CONCENTRA O RECOLHIMENTOS DESSES TRIBUTOS; QUE NUNCA FOI NA SEDE DA EMPRESA NEXXERA; QUE ESSE FOI O ÚNICO ENCONTRO QUE TINHA POSSIBILIDADE DE CONJUNÇÃO DE INTERESSES ENTRE A INICIATIVA PRIVADA E A
PREFEITURA”.

 

Além disso, outros dois pontos que comprovam que a matéria foi de pura concepção imaginária é que, primeiramente, o Grupo NeXXera conta somente com clientes privados e não possui nenhum cliente na administração pública. Outro ponto é que a empresa é um gateway de pagamento além de outras tecnologias para empresas e não uma companhia de investigação de dados.

 

Ciente de sua inocência e vítima de uma falácia sem provas, o Grupo NeXXera está à disposição para mais esclarecimentos e contribuirá sempre que preciso for com as autoridades competentes.

 

 

Posted On Sábado, 22 Junho 2019 05:20 Escrito por