Reunião também abordou a construção do anel viário em Axixá do Tocantins, uma das regiões diretamente impactadas pelo aumento no tráfego de veículos pesados
Por Guilherme Lima
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, esteve nesta quarta-feira, 6, em Brasília, onde se reuniu com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e com a bancada federal tocantinense para tratar do andamento das obras da nova Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (Ponte JK), que liga os municípios de Aguiarnópolis/TO e Estreito/MA. A previsão é que a nova estrutura seja entregue em dezembro deste ano. Ao lado do Governador, também participaram da reunião secretários e deputados estaduais e federais.
Ministro dos Transportes, Renan Filho agradeceu a visita do governador e reafirmou o compromisso de entregar a ponte ainda este ano;
Durante o encontro, o Governador também tratou da recuperação das rodovias estaduais afetadas pela queda da ponte antiga, em dezembro de 2024, e da construção do anel viário no município de Axixá do Tocantins, uma das regiões diretamente impactadas pelo aumento no tráfego de veículos pesados.
“Nós tratamos de diversas pautas importantes, mas a mais urgente é a ponte entre Aguiarnópolis e Estreito, que está dentro do cronograma estabelecido pelo ministério. Também dialogamos sobre as rodovias estaduais prejudicadas com a queda da estrutura anterior e, entre elas, o anel viário de Axixá. Agradeço o empenho do governo federal nesse compromisso conjunto”, destacou o governador Wanderlei Barbosa.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, agradeceu a visita do governador e reafirmou o compromisso de entregar a ponte ainda este ano. “Estamos empenhados em cumprir o cronograma. Vamos entregar a ponte de Estreito até Aguiarnópolis e garantir os recursos para o anel viário de Axixá. Essa parceria com o governador Wanderlei é importante para avançarmos nas obras, amenizar os transtornos causados na região e impulsionar ainda mais o desenvolvimento do Tocantins”, reforçou o ministro.
Ponte JK e recuperação de vias
A Ponte JK, localizada na BR-226, é de responsabilidade do Governo Federal e representa uma ligação estratégica entre o Tocantins e o Maranhão. A estrutura desabou em dezembro de 2024, interrompendo o fluxo de veículos e causando impactos diretos no escoamento da produção agrícola e na mobilidade regional.
Para amenizar os efeitos da queda, o Governo do Tocantins adotou medidas emergenciais, como a disponibilização de travessia gratuita por meio de voadeiras e a reestruturação de rotas alternativas utilizando rodovias estaduais. Entre elas, destacam-se a TO-126 (Tocantinópolis a Aguiarnópolis), TO-134 (Darcinópolis a Axixá do Tocantins) e TO-201 (Axixá a Bela Vista, distrito de São Miguel do Tocantins). Essas rotas, no entanto, também sofreram desgastes e passaram a demandar intervenções constantes, como ações de tapa-buracos e controle de tráfego, para garantir a segurança dos motoristas.
Bancada federal tocantinense também participou da reunião que ocorreu nesta quarta-feira, 6;
Em reunião com o ministro Renan Filho, o governador Wanderlei Barbosa reforçou a necessidade de investimentos federais para a recuperação dessas vias e propôs a criação de um anel viário em Axixá do Tocantins, como solução para retirar o tráfego pesado do perímetro urbano da cidade. A proposta foi acatada pelo Ministério dos Transportes.
“O governador Wanderlei Barbosa é nosso parceiro. O presidente Lula me comunicou a boa recepção que teve em sua última visita ao Tocantins, em julho, e determinou que tenhamos atenção redobrada com a construção da ponte, pois ela impacta dois importantes estados brasileiros. Teremos também atenção especial ao contorno do anel viário de Axixá, e ainda este ano tudo estará resolvido”, finalizou o ministro Renan Filho.
Investimento federal
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) contratou, em janeiro deste ano, o consórcio A. Gaspar e Arteleste para executar a obra da nova ponte, com investimento de R$ 171.969.000,00. A travessia é considerada uma das mais importantes da região Norte, e sua reconstrução representa um marco na integração logística entre os estados do Tocantins e Maranhão.
Em meio às preocupações com o impacto do novo tarifaço imposto pelos Estados Unidos, o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, e o governador do Estado, Wanderlei Barbosa, se reuniram nesta quarta-feira, 6, em Brasília (DF), com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro
Da Assessoria
O encontro teve como objetivo discutir medidas para garantir a competitividade das exportações da carne bovina tocantinense, setor estratégico da economia estadual que pode ser duramente atingido pela elevação de tarifas norte-americanas.
Além de Eduardo Gomes e Wanderlei, participaram da audiência o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, deputado Amélio Cayres; o deputado federal Alexandre Guimarães; o deputado estadual Luciano Oliveira; os secretários estaduais Jaime Café (Agricultura e Pecuária) e Carlos Humberto Lima (Indústria, Comércio e Serviços); e Oswaldo Stival Júnior, presidente da Cooperfrigu e do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Tocantins (Sindicarnes).
O aumento tarifário de 50% sobre produtos brasileiros, decretado pelo presidente norte-americano Donald Trump e já em vigor, atinge diretamente setores como o de carnes, frutas, têxteis, móveis e calçados. No caso da carne bovina, a estimativa da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) é de uma perda de até US$ 1 bilhão nas exportações ao mercado norte-americano. Segundo a Amcham Brasil, cerca de 10 mil empresas brasileiras podem ser afetadas, o que comprometeria mais de 3 milhões de empregos.
Durante a reunião, Eduardo Gomes ressaltou que a articulação antecipada com o Ministério da Agricultura demonstra a preocupação e o compromisso das lideranças tocantinenses com o setor produtivo. “Todos nós, sob a coordenação do governador Wanderlei, debatemos com serenidade e antecedência com o ministro Fávaro a situação da exportação e das plantas de carne do Tocantins. O Estado não terá prejuízos, porque novos mercados já estão sendo buscados pela equipe técnica do Ministério e pela sua liderança. Estamos muito satisfeitos com o resultado da audiência”, afirmou.
O governador Wanderlei Barbosa destacou o esforço conjunto para proteger a economia tocantinense em um momento de instabilidade no comércio internacional. “Foi uma audiência importante para a economia do Tocantins e do Brasil. Viemos preocupados com as exportações e em busca de novos mercados, para que o Tocantins continue crescendo e gerando emprego. Saímos confiantes com o compromisso do ministério de nos apoiar neste momento delicado, mas com boas perspectivas”, declarou.
O ministro Carlos Fávaro garantiu que o governo federal está intensificando a abertura de novos mercados para produtos brasileiros e se comprometeu a manter diálogo permanente com os estados mais afetados pelo tarifaço, como o Tocantins.
Chefe do Executivo apresentou projetos prioritários e defendeu a liberação de novas unidades habitacionais para atender famílias em situação de vulnerabilidade no Tocantins
Por Lidieth Sanchez
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, reuniu-se, na manhã desta quarta-feira, 6, em Brasília/DF, com o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, para discutir a ampliação do número de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida no estado.
Na ocasião, foi formalizado o pedido para liberação de mais de 1,4 mil moradias em cinco municípios: Palmas, Araguaína, Porto Nacional, Gurupi e Paraíso do Tocantins. Os projetos envolvem diferentes tipos de moradias, como apartamentos e casas, e integram empreendimentos prioritários já cadastrados no governo federal.
Durante a reunião, o governador Wanderlei Barbosa destacou que o objetivo é contemplar o maior número possível de municípios com a construção de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida
Durante a reunião, o governador Wanderlei Barbosa reforçou o compromisso com a ampliação do acesso à moradia digna e a redução do déficit habitacional no Tocantins. “O nosso objetivo é contemplar o maior número possível de cidades com a construção de moradias, reduzindo o déficit habitacional que, hoje em dia, atinge mais de 44 mil tocantinenses sem residência própria. Essa é uma pauta prioritária e tudo o que conseguimos conquistar para o estado tem grande importância para a nossa população”, destacou.
A habitação tem sido uma das principais frentes de atuação do Governo do Tocantins, que busca ampliar o acesso à moradia digna, principalmente para famílias em situação de vulnerabilidade social. A parceria com o governo federal e os municípios representa um esforço conjunto para promover inclusão social, reduzir desigualdades e impulsionar o desenvolvimento urbano em todo o estado.
O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, reconheceu o preparo técnico do Tocantins e sinalizou a possibilidade de redirecionamento de unidades habitacionais para o estado. “Vamos realizar um remanejamento regional das unidades habitacionais entre os estados que não conseguirem cumprir as regras do programa. A ideia é direcionar esses recursos para regiões como o Tocantins, onde há demanda real e capacidade comprovada de execução”, pontuou.
Prioridade social
No encontro, o deputado federal Ricardo Ayres ressaltou a urgência da pauta habitacional. “Estamos falando de famílias que vivem à margem, sonhando com um lar digno, algumas sem lugar para morar e outras pagando aluguéis altíssimos que comprometem mais da metade de sua renda. Viemos solicitar aquilo que é justo: a ampliação e a liberação imediata das unidades do Minha Casa, Minha Vida para quem mais precisa”, enfatizou.
A parceria com o governo federal e os municípios representa um esforço conjunto para promover inclusão social, reduzir desigualdades e impulsionar o desenvolvimento urbano em todo o estado
A equipe tocantinense solicitou o agendamento de uma nova audiência técnica com o ministro para apresentar, de forma detalhada, os projetos habitacionais prioritários, fortalecendo ainda mais o diálogo entre os entes federativos na área da habitação.
Presenças
Também participaram da reunião o deputado federal Alexandre Guimarães; o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), deputado estadual Amélio Cayres; o deputado estadual Luciano Oliveira; o secretário de Estado da Comunicação, Márcio Rocha; o secretário extraordinário de Representação do Tocantins em Brasília, Carlos Manzini Júnior; e o secretário de Estado das Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional, Ubiratan Carvalho Fonseca.
Com prazo limite até esta sexta-feira (8), governo ainda avalia alternativas ao que será recusado pelo Planalto; entenda
Por Edis Henrique Peres e Lis Cappi
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem até esta sexta-feira (8) para dar um desfecho ao projeto que flexibiliza licenças ambientais aprovado pelo Congresso. O prazo é voltado para veto ou sanção do texto.
Conforme apurou o R7, o Planalto decidiu por uma alternativa intermediária e vai aplicar vetos parciais, alcançando apenas uma parte das propostas. A decisão deve ser oficializada pelo governo na data limite, na própria sexta.
Sob reserva, interlocutores próximos a Lula, no Planalto e Congresso, relatam que a previsão é apresentar uma justificativa a cada veto, além de indicar propostas alternativas para compensar o que não for sancionado pelo governo.
Os trechos vetados voltarão automaticamente para análise do Congresso, mas o governo prevê enviar, também, sugestões de modificações ao projeto. Essas alterações devem ser encaminhadas como medida provisória, mas a análise do formato ainda não foi definida.
Licenciamento ambiental
Na prática, o PL flexibiliza processos para emissão de licenças. Dentro das principais mudanças está a modalidade de emissão de autorizações de forma automática, com a LAC (Licença Ambiental por Adesão e Compromisso).
Pela proposta, a modalidade alcança uma série de empreendimentos e dispensaria a necessidade de fiscalização de órgãos ambientais, deixando as fases para um processo autodeclaratório.
O Congresso também estabeleceu uma licença ambiental especial, que pode ser priorizada a partir de decisões políticas. A alteração, na prática, pode facilitar pedidos como o de exploração de petróleo na Amazônia.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem reiterado que, se as mudanças forem confirmadas, o Brasil dificilmente conseguirá reduzir o desmatamento. O projeto é chamado por ambientalistas como PL da Devastação.
“Não consigo imaginar como nós vamos zerar desmatamento em 2030. Já conseguimos bons resultados, reduzimos, nesses dois anos e meio, o desmatamento em 46% na Amazônia, 25% no Cerrado, 77% no Pantanal, e uma redução na média global no país de 32%. Não consigo ver como a gente vai conseguir continuar alcançando esses resultados se o projeto for mantido nas condições em que foi aprovado”, frisou.
A ministra tem encabeçado pedidos ao governo e tem participado de uma série de reuniões no Planalto, defendendo que interesses políticos ou econômicos não devem trazer riscos ao meio ambiente.
“As leis da natureza não mudam em função dos nossos interesses. E tecnicamente, cientificamente, não tem como fazer uma tipologia diferente”, disse, na última semana. “O rio que é contaminado com metal pesado em Minas Gerais é o mesmo que vai ser contaminado no Espírito Santo”, completou.
Rodadas de negociações
Como parte das conversas, Marina se reuniu com Jorge Messias, da AGU (Advocacia-Geral da União), com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e um representante do Ministério de Relações Institucionais, que é liderado por Gleisi Hoffmann, para discutir os vetos.
Parlamentares e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, também levaram sugestões ao presidente Lula. A ministra reitera que a proposta pode afetar comunidades indígenas.
“O presidente Lula está neste momento colhendo informações e pareceres de todos os ministérios para fazer as suas posições”, disse. “Acho que é importante esse subsídio que a gente leva ao presidente, porque a decisão de vetar ou não vetar, vetar trechos ou integral, é uma decisão do presidente”, completou.
Pontos polêmicos
O PL da devastação, como chamam os especialistas, apresenta a proposta que permite regras locais de licenciamento, criando normas diferentes em cada estado ou município. O risco da medida, na avaliação de fontes do Ministério do Meio Ambiente, é que isso incentive uma “guerra ambiental”, com gestores disputando investimentos e adotando regras mais brandas.
Na prática, seria como a política adotada por isenção fiscal, em que alguns estados atraem fábricas e empresários oferecendo regalias específicas aos setores.
Além disso, o projeto ainda cria uma licença autodeclaratória, ou seja, o próprio empreendedor afirma cumprir as normas sem que passe por uma avaliação de algum órgão ambiental para empreendimentos de baixo e médio impacto ambiental.
O risco é que isso permita danos subestimados ao meio ambiente e que o número de fraudes aumente.
Um terceiro ponto também é combatido pelo MMA: a substituição das três fases atuais de licenciamento por uma só.
OLHO NO OLHO
Por Edson Rodrigues
De forma discreta, o ex-governador Mauro Carlesse articula a formação de um grupo político para, em breve, colocar sua pré-candidatura a governador nas ruas, distritos e nos 139 municípios do Tocantins, incluindo Palmas.
Livre para registrar sua candidatura junto à Justiça Eleitoral, Carlesse quer retornar à vida pública com a proposta de dar continuidade e aperfeiçoamento à saúde financeira do Estado, além de priorizar a industrialização das matérias-primas produzidas no Tocantins.
Segundo um interlocutor ouvido pelo Observatório Político de O Paralelo 13, Carlesse teve tempo suficiente para fazer uma reflexão e retorna à cena política com “novos sonhos, novas ideias e um espírito aberto ao diálogo, sem mágoas ou ressentimentos”.
O ex-governador afirma que não fará oposição cega a ninguém e que pretende debater com a sociedade as prioridades de cada região. Ele quer dialogar com universidades, entidades de classe, funcionalismo público, agronegócio e representantes políticos de diferentes partidos e ideologias.
Partidos e articulações
Atualmente, Carlesse mantém diálogo com três partidos e já tem agenda para conversar com pelo menos outros dois, em tratativas que envolvem também as cúpulas nacionais dessas legendas.
Segundo aliados, o ex-governador não demonstra preocupação com fundo partidário, afirmando estar preparado para financiar sua campanha com recursos próprios, obedecendo às normas eleitorais e à fiscalização da Justiça Eleitoral.
Situação eleitoral
No dia 5 de agosto de 2025, Mauro Carlesse obteve certidão de quitação eleitoral emitida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), confirmando que está quite com todas as obrigações eleitorais, apto a exercer plenamente seus direitos políticos e a registrar sua candidatura em 2026.
A certidão comprova que Carlesse está em pleno gozo dos direitos políticos; Não possui pendências ou multas na Justiça Eleitoral; Está com a prestação de contas regularizada.
Com esse aval jurídico e o discurso de que quer “discutir o futuro do Tocantins com a sociedade”, o ex-governador se prepara para percorrer o Estado, dialogando com comunidades, lideranças e setores produtivos para consolidar seu retorno ao cenário político.