Planta ficaria sediada no Ceará e seria bancada pelos israelenses

 

Da Redação

 

Em busca por estreitar laços com o Brasil, Israel ofereceu um projeto de instalação de uma usina de dessalinização no Nordeste.

 

O embaixador israelense Yossi Shelley apresentou o escopo do empreendimento ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com o diplomata, Israel bancaria a instalação do equipamento.

 

O Ceará já conta com um projeto de uma usina de dessalinização, encabeçado pelo Governo do Estado. A unidade será instalada na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O edital para a construção deve ser lançado em dezembro.

 

As obras são estimadas em 26 meses, com conclusão prevista para dezembro de 2021.

 

A escassez de água sempre foi um sofrimento para Israel. O país está localizado em uma região desértica, com clima entre tropical e semiárido e escassas fontes naturais de água doce.

 

Uma das principais estratégias do governo israelense tem sido investir na construção de usinas de dessalinização. Atualmente, cerca de 80% da água potável consumida pela população israelense é proveniente do mar.

 

A busca por segurança hídrica levou o governo de Israel, em 2011, investir US$ 500 milhões para erguer a usina Soreq e aumentar a quantidade de água doce para abastecimento público no país, captando água do Mar Mediterrâneo.

 

Localizada a 15 quilômetros ao sul de Tel Aviv, Sorek produz 624.000 m³ por dia de água doce, o que representa 7,23 m³/s, suficientes para abastecer uma cidade com população de mais de 2 milhões de habitantes.

 

A usina foi erguida pela IDE Technologies, companhia israelense. E a tecnologia utilizada para dessalinizar a água é a de osmose reversa.

 

“Os empresários israelenses estão em posição de vantagem porque conseguem processar um litro de água dessalinizada por um preço menor do que o valor regular disponível nos mercados”, destacou o diplomata de Israel, segundo informações da Agência Brasil.

 

A SECA

A mais recente escassez de água, em decorrência da seca que já dura cinco anos no Nordeste, despertou o interesse de empresas e governos para soluções de tecnologia que promovam a dessalinização da água do mar.

 

No ano de 2017, o governo do Ceará lançou edital para contratar empresa responsável pela elaboração de uma planta de dessalinização na região metropolitana de Fortaleza, com capacidade para gerar 1 metro cúbico por segundo (m³/s) de água potável para a rede de abastecimento. Esse volume equivale a cerca de 15% do consumo de Fortaleza.

 

Desde 2016, os 17 municípios da região, nos quais moram quase metade da população cearense, são submetidos a uma tarifa de contingência para economizar água.

 

De acordo com o diretor da Região Nordeste, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Francisco Vieira Paiva, “a dessalinização faz parte de um contexto mundial. A indústria usa a dessalinização para processos industriais. Com relação ao consumo humano, países semelhantes ao Brasil, com regiões [climáticas parecidas com as do] Nordeste, têm experimentado essa tecnologia, porque é uma forma de minimizar o impacto às populações. No Ceará, isso salvaguardaria nossos açudes”, explicou.

 

O assunto foi tema de simpósio da Abes, em Fortaleza. Oportunidade em que alguns especialistas nacionais falaram sobre os impactos das tecnologias de dessalinização na matriz hídrica do país e também sobre reúso das águas.

 

Embora seja uma realidade em outros países, como Israel e Arábia Saudita, a dessalinização ainda está em seus primeiros passos no Brasil. Fernando de Noronha (PE) é o exemplo pioneiro de alcance público: possui uma usina de dessalinização para consumo humano que apoia o sistema de abastecimento da ilha, especialmente nos períodos de estiagem. O distrito estadual possui apenas um açude, o Xaréu, além de poços.

 

Outras experiências são de iniciativa privada, especialmente industrial. Sérgio Hilsdorf, gerente de aplicações e processos da empresa Veolia, dá o exemplo de uma usina termelétrica que será implantada em Sergipe, que vai utilizar água dessalinizada em seus processos. Ele considera prioritário o uso das tecnologias de dessalinização para atender o consumo humano.

Ele afirmou que “a água dessalinizada pode ser utilizada na indústria, mas grandes plantas foram construídas com o objetivo de fornecer água potável para a população das cidades litorâneas com problemas crônicos de falta de chuva. Considero que lançar mão de uma técnica que não é barata, deveria ser para uso nobre, que é o uso potável”.

 

Segundo o diretor da Abes no Nordeste, o uso de água dessalinizada para abastecimento de cidades já era debatido no Ceará 15 anos atrás. Mas, à época, não havia políticas públicas para abranger a inovação. Apesar de a ideia apenas agora começar a tomar contornos reais, Paiva considera que o momento é ideal.

 

“Acredita-se, sempre, que até dia 19 de março [dia de São José, padroeiro do Ceará] vai chover, mas vemos que a realidade não é mais essa. A população, as indústrias e o consumo aumentam. De alguma forma, à adesão a esta nova tendência está atrasada, mas sempre é o momento para começar”, lembrou ele.

Posted On Sexta, 02 Novembro 2018 05:11 Escrito por

A presidente do PT disse que os advogados do partido e do ex-presidente avaliam medidas jurídicas após a escolha de Moro

 

Com Estadão Conteúdo

 

Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão, em Curitiba, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o petista ficou "indignado" com a escolha do juiz Sérgio Moro - que o condenou no processo do tríplex do Guarujá - para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

Segundo Gleisi, Lula está "bem, mas indignado com a nomeação do seu algoz como ministro da Justiça". "Ao invés de apresentar prova contra mim, aceita ser ministro", teria dito Lula, nas palavras da dirigente petista.

 

A presidente do PT disse que os advogados do partido e do ex-presidente avaliam medidas jurídicas após a escolha de Moro. Uma das decisões, afirmou, é acrescentar as informações sobre a indicação na representação protocolada contra o juiz no Conselho Nacional da Justiça (CNJ).

 

Nota

A defesa do ex-presidente emitiu nota condenando a decisão de Moro de aceitar o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para chefiar o futuro Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

"A decisão de Moro prova 'definitivamente o que sempre afirmamos: Lula foi processado, condenado e encarcerado sem que tenha cometido crime, com o claro objetivo de interditá-lo politicamente'", diz o texto, citando ainda uma reportagem da Folha de S.Paulo em que o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, declarou que o convite a Moro foi feito ainda durante a campanha eleitoral.

 

O advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que a defesa "tomará as medidas cabíveis no plano nacional e internacional para reforçar o direito de Lula a um julgamento justo, imparcial e independente".

Nota

A defesa do ex-presidente emitiu nota condenando a decisão de Moro de aceitar o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para chefiar o futuro Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

"A decisão de Moro prova 'definitivamente o que sempre afirmamos: Lula foi processado, condenado e encarcerado sem que tenha cometido crime, com o claro objetivo de interditá-lo politicamente'", diz o texto, citando ainda uma reportagem da Folha de S.Paulo em que o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, declarou que o convite a Moro foi feito ainda durante a campanha eleitoral.

 

O advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que a defesa "tomará as medidas cabíveis no plano nacional e internacional para reforçar o direito de Lula a um julgamento justo, imparcial e independente".

Posted On Sexta, 02 Novembro 2018 05:03 Escrito por

Juíza Gabriela Hardt se encarregará das funções de Sergio Moro até que o TRF-4 designe o novo ocupante da 'primeira instância da Lava Jato'

Por Agência Brasil

 

Com a saída de Sergio Moro da vara de Curitiba após seu aceite, nesta quinta-feira (1), do convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ocupar o Ministério da Justiça, quem deve assumir em um primeiro momento o andamento dos processos da Lava Jato na primeira instância é a juíza substituta Gabriela Hardt.

 

Gabriela Hardt já vinha atuando em situações de ausência do magistrado titular. Foi ela, por exemplo, quem decretou a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu em maio deste ano. Além dos casos próprios, a juíza ficará provisoriamente a cargo também de todos os casos sob a responsabilidade de Moro, que não devem ser redistribuídos, permanecendo na 13ª Vara Federal.

 

Curitibana, a juíza é filha de Jorge Hardt Filho, engenheiro que trabalhou por vinte anos na Petrobrás. Ela é formada na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a mesma onde Moro lecionava direito.

 

Gabriela ingressou na magistratura por concurso em 2007, sendo nomeada em 2009. Desde 2014 ela atuava como substituta de Moro na Lava Jato.

 

Em suas redes sociais na internet, Hardt dá sinais de acompanhar seu antigo chefe em diversas posições. Ela se manifestou contrariamente, por exemplo, a um pacote anti-corrupção aprovado na Câmara em 2017, que estipulava punições à juízes que agissem por motivação político-partidária, o que, em sua avaliação, visou a mitigar a atuação "combativa" do Judiciário.

 

A partir da exoneração de Moro, a vaga de titular aberta deverá ser oferecida por meio de um edital de remoção, do qual poderá participar qualquer juiz federal titular interessado que atue não só no Paraná, mas também em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Os três estados estão sob a supervisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre.

 

A preferência pela vaga se dá pelo critério de antiguidade. O TRF-4 possui sob sua jurisdição atualmente 233 juízes federais, dos quais oito ingressaram em 1994, sendo os mais antigos e, portanto, com preferência caso se interessem em assumir a Lava Jato.

 

A escolha do novo titular da 13ª Vara é feita pelo Conselho de Administração do TRF-4, após análise dos candidatos. Caso nenhum titular se interesse pela vaga, ela é oferecida a título de promoção para algum dos juízes federais substitutos que atuam no Sul, novamente com preferência aos mais antigos. Nesse caso, é o plenário do TRF-4 quem escolhe o candidato.

 

Moro já anunciou seu afastamento imediato das atividades como juiz, “para evitar controvérsias desnecessárias”, disse, em nota. Ele deverá assumir a pasta da Justiça, que englobará a área de Segurança Pública e outros órgãos de fiscalização federal. Gabriela Hardt , assim, só ficará no lugar do ex-juíz por breve período, já que o TRF-4 escolherá um juíz titular para o cargo nos próximos meses.

 

Posted On Sexta, 02 Novembro 2018 05:00 Escrito por

A Escola Estadual Almeida Sardinha, de Itacajá, jurisdicionada à Diretoria Regional de Educação (DRE) de Pedro Afonso, trabalhou uma sequência de aulas sobre a mandioca como fonte de alimento. As aulas com ações práticas sobre a manipulação da mandioca se iniciaram na segunda-feira, 29, de outubro, e a culminância do trabalho ocorreu nesta quinta-feira, 1º de novembro em Itacajá.

 

Por Abrão de Sousa

 

As ações envolveram os estudantes do Ensino Médio Integrado ao Agronegócio, e teve como objetivo compreender o processo de cultivo e manuseio da mandioca, bem como sua transformação em farinha e em alguns pratos típicos que têm essa raiz como parte.

 

Na culminância, serão expostos e vendidos os pratos derivados da mandioca, além de competição destacando quem consegue apresentar a maior raiz. Serão premiados o primeiro e o segundo colocado.

 

No evento, Ismael AprakKrahô, líder indígena, e Joseli João da Silva, tecnólogo em agricultura familiar e sustentabilidade da Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) proferirão palestra. Outras atividades que irão ocorrer são desfile da rainha da mandioca; bingo dançante e bingo de produtos recebidos como doação feita pelos comerciantes locais, além do baile com atrações culturais locais. Tudo isso são pontos de divulgação e valorização dos produtos locais.

 

Segundo Maria de Lourdes Rocha da Cruz Porto, gestora da escola, o tema valoriza a cultura local. “Todos os participantes estão empolgados com a realização do evento. O assunto foi trabalhando de forma interdisciplinar. Temos a mandioca como uma das fontes de renda e base de alimentação local”, destacou.

Edmeire Moraes Lacerda Brito, professora de geografia, reforça que os alunos tiveram a oportunidade para conhecer os benefícios proporcionados pela mandioca. “Todo o processo de cultivo da mandioca foi discutido com os estudantes. Além disso, foram produzidos textos informativos e instrucionais”, pontuou.

 

Alzirina Pereira Alves, Coordenadora Pedagógica, conta que os estudantes demonstraram interesse em desenvolver as atividades. “Ocorreu uma intensa busca pelo conhecimento sobre as propriedades nutritivas existentes na mandioca, como um dos alimentos muito consumido no Brasil. Os alunos aprenderam como se planta e também o passo a passo da produção de farinha”, ponderou.

 

De acordo com Lucélia da Silva Soares, estudante, na prática o conhecimento teórico foi reforçado. “Na prática, aprendemos o passo a passo do cultivo da mandioca. Cada professor com sua disciplina apresentou algo diferente em relação ao trabalho com a mandioca e seus derivados”, finalizou.

Posted On Sexta, 02 Novembro 2018 04:47 Escrito por

Após encontro com o presidente eleito Jair Messias Bolsonaro, o juiz federal Sérgio Moro aceitou o convite para integrar a equipe de ministros do novo governo

 

Por Edson Rodrigues

 

É chegada a hora dos políticos desonestos, gestores públicos sem ética, corruptores, praticantes de improbidade administrativa, superfaturamentos, traficantes e criminosos em geral temer pela própria sorte. Aqueles que ainda estejam exercendo seus cargos e terão que, em breve, prestar contas, também devem “colocar as barbas de molho”, pois o Juiz Federal Sérgio Moro aceitou, esta manhã, o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para ser o superministro da Justiça e da Segurança Pública.  Um superministério com carta branca para investigar, levantar dados, colher provas e mandar para as barras dos tribunais todo aquele cidadãos que tiver a ousadia de tentar enriquecer às custas do erário público ou, no caso doas criminosos comuns, da propriedade alheia.

 

A escolha de Moro para o superministério é a conformação final de que o governo de Bolsonaro será implacável com o crime e não vai tolerar políticos que entram para a vida pública pensando apenas em inflar seus patrimônios.

 

O jogo contra o crime será duro assim como as exigências pela transparência na gestão pública, em todas as esferas, deverão ser cumpridas à risca.

 

A REUNIÃO

O juiz Sérgio Moro, que aceitou a indicação para o Ministério da Justiça e da Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro, e pronunciou-se através de nota. Na nota, Moro confirmou que aceitou o convite, informou que vai se afastar imediatamente de novas audiências na Lava Jato e afirmou que concederá entrevista coletiva na semana que vem.

 

Leia a íntegra da nota de Sérgio Moro:

 

Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite.

 

Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior.

 

CRIMINOSOS, TREMEI!

A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.

 

Posted On Quinta, 01 Novembro 2018 15:37 Escrito por