Os acertos, as adequações e o trabalho de excelência desenvolvido pela equipe de campanha do homem que vai governar o Tocantins nos próximos quatro anos
Por Edson Rodrigues
Acabou dando a lógica. Venceu a eleição no Tocantins o candidato que sabiamente trouxe para junto de si as pessoas certas e preparadas para auxiliá-lo nos embates verdadeiros, nas urnas, em que precisaria de uma equipe competente para delegar poderes enquanto administrava o caos em que o Estado se encontrava.
Pois foi exatamente a sabedoria de Mauro Carlesse que o levou a fazer essa leitura, de que precisaria de profissionais competentes para fazer o trabalho de campo, enquanto cuidava daquilo que realmente importava para o povo, que era o saneamento da situação do Estado, municiando sua equipe de campanha com suas conquistas e com seu trabalho impecável.
Com um líder que trabalha assim, produzindo apenas bons resultados, ficou fácil para a equipe de profissionais de sua campanha usar o bom trabalho como matéria-prima para as peças publicitárias e o trabalho em torno do nome de Carlesse.
Sem cometer nenhum deslize, esse grupo de profissionais soube realizar um trabalho cristalino, orientando de forma segura e objetiva o conjunto de líderes que compuseram o conglomerado de forças políticas que apoiaram a candidatura do governador à reeleição.
Todo o mérito publicitário, técnico e administrativo da campanha pode ser creditado às pessoas de Lincoln Morais, da TV3, um dos maiores profissionais do marketing político do Norte do Brasil, com larga experiência e dezenas de vitórias nas principais cidades do Estado, para o governo, para o Senado, para a Câmara Federal, Assembleia Legislativa, e uma credibilidade à toda prova, prezado por muitos por sua discrição aliada à competência profissional, um verdadeiro diferencial na colheita de bons frutos nessa vitória, João Neto, Divino Alan e Claudinei Aparecido Quaresmin, secretário de Estado da Infraestrutura, Habitação e Serviços Públicos, verdadeiro guardião do governador Casrlesse, homens que trocaram suas horas de sono para trabalhar, de forma conjunta, ajustando os ponteiros e a temperatura do caldeirão eleitoral, evitando confrontos desnecessários e mostrando ao povo, da melhor forma possível, que o caminho do progresso estava sob os pés de Mauro Carlesse.
TRABALHO FACILITADO, MAS NÃO MENOS DESGASTANTE
Enquanto essa equipe acostumada aos embates políticos de grande monta fazia seu trabalho como manda o figurino, uma outra equipe, a de governo, também se esmerava para que nenhuma contenda que pudesse atrapalhar a caminhada rumo à vitória surgisse da área administrativa.
Essa equipe manteve relações cristalinas com o funcionalismo público, pagando em dia os salários, mantendo os serviços públicos em pleno funcionamento, principalmente nas áreas da Saúde, Educação e Segurança Pública, manutenção de rodovias e saneamento básico, contando sempre com o apoio irrestrito dos membros do Poder Legislativo.
Essa foi a receita que resultou em uma vitória incontestável e esclarecedora, mostrando que o povo tocantinense não quer saber de aventureiros ou de inexperientes.
EDUARDO GOMES E A GOVERNABILIDADE GARANTIDA
Se uma equipe de profissionais cuidava da parte do marketing político de um lado, o povo tratou de cuidar da outra parte importante para qualquer governo que tenha a pretensão de trabalhar com efetividade, elegendo para a Assembleia Legislativa, para a Câmara Federal e para o Senado, as pessoas certas para garantir a governabilidade e dar segurança à Mauro Carlesse na condução dos trabalhos em território tocantinense.
A maioria na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal deu a segurança que faltava para que o governador possa colocar o seu plano de governo em prática, mas a vitória mais expressiva foi a do senador Eduardo Gomes, eleito contra tudo e contra todos, principalmente contra aqueles que tentaram desqualificar sua capacidade política, instando resultados negativos nos institutos de pesquisa de baixa credibilidade, tentando minar sua imagem pública, colocando o senador que saiu desse pleito como o mais bem votado, em posições incompatíveis com a opinião do povo e com sua história política.
Pois o bem venceu o mal, e Eduardo Gomes está aí, eleito para oito anos no Senado Federal, para a felicidade do povo tocantinense, com a vantagem de ter eleito os candidatos mais bem votados para a Câmara Federal, Tiago Dimas e os dois mais bem votados para a Assembleia Legislativa, Leo Barbosa e Vilmar de Oliveira, além de Eli Borges, pelo seu partido. Como vice-presidente nacional do Solidariedade, esse desempenho de Eduardo Gomes o transforma em um dos quadros mais importantes do partido em todo o País, garantindo que seja prestigiado no senado, com grandes chances de assumir cargos importantes tanto na Mesa-Diretora da Casa quanto nas Comissões.
Depois de Carlesse, Eduardo Gomes é o político que mais cresceu dentro do cenário tocantinense.
VITÓRIA DE IRAJÁ E DERROTA DE VICENTINHO
Quem surpreendeu foi o jovem político Irajá Abreu, que derrotou o senador Vicentinho Alves, que concorria à reeleição. Irajá, filho da também senadora Kátia Abreu, encontrou o apoio decisivo para suas pretensões na figura do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, que deixou de apoiar o candidato do seu partido, o próprio Vicentinho e o candidato natural da sua cidade, César Halum, para postar em seu novo aliado.
A vitória de Irajá pode ser facilmente justificada pelo apoio de Dimas e pela força política de sua mão, Kátia Abreu, que investiu nos oito principais colégios eleitorais do Estado, criando um “cinturão de votos” decisivo para a vitória.
Já Vicentinho Alves, um político que tem seu trabalho reconhecido por todos os tocantinenses, ficha-limpa, campeão em liberação de recursos para os 139 municípios do Estado, optou por uma campanha sem ataques aos adversários, realizando visitas pontuais, carreatas e reuniões com lideranças, mas acabou se alinhando com uma corrente política que não lhe deu o respaldo necessário, muito menos vantagens eleitorais em termos de votos.
O candidato ao governo de sua coligação lhe prejudicou muito durante toda a campanha, sempre com comportamentos estranhos e ambíguos, que acabaram provocando um afastamento natural pela diferença de estilos, que teve seu ápice quando Amastha deixou de subir em um palanque, no Bico do Papagaio, por causa da presença do ex-governador Marcelo Miranda, nada menos que a maior e mais forte liderança do MDB no estado.
O mais impressionante foi que a coligação de Carlos Amastha não elegeu ninguém de seu grupo político, servindo apenas de “barriga de aluguel” para algumas candidaturas com estrutura própria, como foi o caso de Luana Ribeiro, Olynto Neto, Dulce Miranda, Valdemar Jr. e Nilton Franco, entre outros poucos.
Trocando em miúdos, Vicentinho deixou de receber o apoio do candidato a governador em sua chapa e de todo o seu séquito, mas recebeu, por outro lado, os efeitos negativos da larga vantagem que Carlesse abriu sobre Amastha, impondo uma derrota acachapante ao ex-prefeito de Palmas.
Faltou, também, aos cegos apoiadores de Amastha, perceberem que, se não iriam ter sucesso na eleição de seu candidato a governador, a eleição de um senador, da grandeza de Vicentinho, poderia dar fôlego ás suas carreiras políticas em eleições futuras.
Enfim, Vicentinho amargou a decepção de um casamento político sem amor e sem fidelidade, em que faltou estrutura política da coligação para alimentar suas bases no momento final. Os recursos que distribuiu entre os 139 municípios do Estado acabaram sendo ofuscados pela coligação mal costurada da qual fez parte. Resumindo, Vicentinho perdeu esta eleição no momento em que escolheu se coligar ao colombiano Carlos Amastha.
RONALDO DIMAS SAI FORTALECIDO
Quem apostou alto e se deu bem nessas eleições foi o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, que deixou de lado o seu partido e os candidatos tradicionais de Araguaína, para lançar a candidatura de seu filho à Câmara Federal e as de Eduardo Gomes e deIrajá Abreu ao Senado. Os três saíram vitoriosos e aumentaram consideravelmente o cacife político de Dimas em eleições futuras, tornando-se a principal liderança política da Região Norte e fortalecendo a sua posição de “posto avançado” de Mauro Carlesse.
Sem dúvida nenhuma, Dimas sai bem maior e bem mais forte do que entrou nessa eleição.
Importantes projetos para o Sistema Único de Saúdo no Tocantins serão apresentados nesta terça e quarta-feira
Por Sarah Pires
Com o objetivo desenvolver pesquisas que apontem soluções para problemas vivenciados no Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuir para a redução das desigualdades regionais no campo da ciência, tecnologia e inovação em saúde, nos dias 09 e 10 de outubro, serão realizados seminários para avaliar os projetos do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS). A iniciativa é da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT), em parceria com o CNPq, Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual da Saúde (SESAU).
O Seminário do dia 09 (terça-feira), tem como objetivo verificar a compatibilidade dos resultados com a proposta inicial da pesquisa, avaliar o cumprimento do cronograma dos estudos científicos e promover o debate em torno dos principais problemas de saúde da população do Tocantins. Foram investidos R$ 600 mil em dezesseis projetos, sendo R$ 450 mil do CNPq e R$ 150 mil da FAPT. Os pesquisadores apoiados farão uma apresentação sucinta das suas pesquisas, com foco nos resultados alcançados e na identificação das dificuldades observadas na execução do projeto. Essa apresentação será realizada para uma banca avaliadora formada por técnicos do Ministério da Saúde e da SESAU.
Já o Seminário do dia 10 (quarta-feira), seis pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins/UFT, selecionados na Chamada n° 01/2017, terão a oportunidade de conhecer melhor o programa e discutir ajustes metodológicos necessários aos projetos. Desse modo, os pesquisadores poderão contribuir na incorporação dos resultados das pesquisas ao sistema de saúde do Estado do Tocantins.
Confiram a programação completa e os projetos que serão apresentados:
SEMINÁRIO FINAL DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO – PROGRAMA DE PESQUISA PARA O SUS/PPSUS – EDIÇÃO 2012 DATA: 09 DE OUTUBRO DE 2018 (TERÇA-FEIRA) LOCAL: Escola Técnica de Saúde/ETSUS
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8:30- 9:00 |
Credenciamento |
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Abertura Oficial - Representante da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins/FAPT - Representante da Secretaria Estadual de Saúde/SESAU - Representante do Ministério da Saúde
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HORÁRIO |
COORDENADOR |
PROJETO |
AVALIADOR |
09:00- 10:00 |
Carla Simone Seibert |
A saúde das pessoas com doença falciforme no Estado do Tocantins. |
George Bernardo Sousa Miranda |
Jucimária Dantas Galvão |
Políticas públicas de atenção à saúde da mulher: avaliação do Programa de Rastreamento do Câncer do Colo do Útero instituído pelo sistema único de saúde no Estado do Tocantins, no período de 2008 – 2012. |
Angelita Kellen Freitas de Miranda |
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Micheline Pimentel Ribeiro Cavalcante |
Análise geoespacial, instrumento para gestão pública em saúde, estudo de caso sobre dengue em Palmas-TO. 2014-2016. |
Marcus Timóteo Torres
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10:00 – 10:30 |
Discussão |
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10:30- 11:30 |
Miriam Cristina Leandro Dorta |
Epidemiologia da leishmaniose tegumentar americana: diagnóstico molecular das espécies de leishmanias incidentes nas populações tocantinenses. |
Júlio Gomes Bigeli
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Marta Azevedo dos Santos |
Assistência ao pré-natal e suas implicações no processo de parto e nascimento: compreensão dos trabalhadores da saúde do Estado do Tocantins. |
Angelita Kellen Freitas de Miranda |
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Glêndara Aparecida de Souza Martins |
Processamento e aproveitamento de frutos do cerrado na merenda escolar no Estado do Tocantins. |
George Bernardo Sousa Miranda |
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11:30-12:00 |
Discussão |
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12 às 14- ALMOÇO |
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14:00-15:00 |
Helciléia Dias Santos |
Estudo epidemiológico da leishmaniose visceral em cães e gatos no município de Araguaína-TO e suas implicações para a saúde humana. |
Júlio Gomes Bigeli
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Silvia Minharro Barbosa |
Identificação fenotípica, molecular e susceptibilidade a antimicrobianos de salmonella sp. e escherichia coli patogênicas isoladas de carne moída comercializadas na cidade de Araguaína, Tocantins. |
Antônio Hélio Vieira |
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Araida Dias Pereira |
Estudo da associação do hábito alimentar e expressão dos genes rassf1a e hic1 em indivíduos com câncer colorretal. |
Antônio Hélio Vieira |
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15:00-15:30 |
Discussão |
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15:30-16:30 |
Raimundo Wagner de Souza Aguiar |
Epidemiologia e sorotipos de vírus da dengue associados a população de aedes aegypti nos centros urbanos do Estado do Tocantins. |
Marcus Timóteo Torres
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Fernando Rodrigues Peixoto Quaresma |
Fatores associados à hipertensão em crianças e adolescentes quilombolas da Comunidade Barra do Aroeira em Santa Tereza/TO. |
Antônio Hélio Vieira |
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Anita Coelho dos Santos Teixeira |
Fatores relacionados ao acesso dos usuários a um hospital público da Região Sul do Estado do Tocantins. |
Antônio Hélio Vieira |
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16:30-17:00 |
Discussão |
OBSERVAÇÃO:
ü Pode haver antecipação nas apresentações, caso haja alguma alteração. Portanto, solicitamos que todos os pesquisadores fiquem preparados, caso necessite.
PESQUISAS A SEREM APRESENTADAS, VIA SKYPE, NO DIA 10/10 (Quarta-Feira) NA FAPT
OBS: Após o Marco Zero do PPSUS 2017.
11:50 -12:20 |
Kelvinson Fernandes Viana |
Desenvolvimento biotecnológico de um novo candidato vacinal de peptídeo sintético, em ensaio pré-clínico contra leishmaniose visceral. |
Júlio Gomes Bigeli
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12:20-12:50 |
Talita Rocha Cardoso |
Estudos clínicos para o desenvolvimento de curativos avançados de baixo custo a base de hidrogéis de nanoprata em úlcera por pressão. |
Antônio Hélio Vieira |
SEMINÁRIO MARCO ZERO - PROGRAMA DE PESQUISA PARA O SUS/PPSUS – CHAMADA N° 01/2017 DATA: 10 DE OUTUBRO DE 2018 (QUARTA-FEIRA) LOCAL: Sala de Reunião da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência. Tecnologia, Turismo e Cultura/SEDEN
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8:00- 8:30 |
Credenciamento |
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8:30- 9:00 |
Abertura Oficial - Representante da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins/FAPT - Representante da Secretaria Estadual de Saúde/SESAU - Representante do Ministério da Saúde
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HORÁRIO |
COORDENADOR |
PROJETO |
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09:00 - 10:00 |
Ary Henrique Morais de Oliveira |
Desenvolvimento de uma ferramenta de análise geoespacial a partir dos dados do SINAN-TO sobre os casos de hanseníase no Tocantins através de métodos e ferramentas de inteligência artificial. (Gestão em Saúde) |
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Neilton Araújo de Oliveira |
Programa de residência médica em saúde da família e comunidade promove melhoria na atenção básica da saúde? (Educação em Saúde) |
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Alex Sander Rodrigues Cangussu |
Análises da susceptibilidade a antibióticos de bactérias multirresistentes (BMR) isoladas de Unidade Terapia Instensiva/UTI de Hospital Regional do Estado do Tocantins. (Epidemiologia e vigilância em saúde) |
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10:00 - 10:30 |
Discussão |
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10:30 - 11:20 |
Raimundo Wagner de Souza Andrade |
Desenvolvimento de formulações de inseticidas biorracionais para controle de mosquistos vetores do zika vírus. (Epidemiologia e vigilância em saúde). |
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Bruna Alexandrino |
Leishmaniose Visceral como problema de saúde pública no serviço de hemoterapia na região norte do Estado do Tocantins. (Sangue e Derivados) |
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Fabiano Mendes de Cordova |
Distúrbios neurológicos tardios induzidos por deficiência de tiamina – investigação experimental. (Epidemiologia e vigilância em saúde) |
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11:20 - 11:50 |
Discussão |
Agradeço primeiramente a Deus, agradeço a cada um dos tocantinenses que confiou seu voto às nossas propostas, estamos fortalecidos e com a convicção de que estamos no caminho certo. Juntamente com o governador reeleito Mauro Carlesse, fizemos uma campanha propositiva, buscando sempre entender a realidade de cada município conhecendo as demandas da população e como elas afetam a vida de cada cidadão.
O resultado deste domingo só demonstra reconhecimento à qualidade das propostas apresentadas pela coligação ‘Governo de Atitude’. Me sinto feliz por ter percorrido muitas cidades de nosso estado e assim como nós, percebemos que a população quer um Tocantins melhor.
Agradeço ao trabalho que nossos companheiros realizaram, levando a nossa mensagem por todo Estado. Quero aqui agradecer também à imprensa tocantinense pelo apoio dispensado durante todo período de campanha.
Continuarei dialogando com a população, lideranças comunitárias e representantes políticos de cada região para, juntos, construirmos um Tocantins mais justo e digno de morar. Esse é o nosso compromisso com o povo tocantinense. Obrigado Tocantins!
Wanderlei Barbosa
Vice-governador do Estado do Tocantins
Atuais presidente e vice da Casa não se reelegem, e partidos tradicionais perdem cadeiras
Por Ludmila Pizarro
Os eleitores buscaram renovação e deixaram nomes tradicionais da política brasileira fora do Senado Federal nessas eleições. A lista de derrotados é puxada pela cúpula da Casa: o atual presidente, Eunício Oliveira (MDB), ficou em terceiro lugar no Ceará, e o vice-presidente, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), em quarto na Paraíba. Além deles, o presidente nacional do MDB, Romero Jucá (RR), perdeu a vaga ficando em terceiro lugar no seu Estado. Outros ex- ministros do atual presidente, Edison Lobão (MDB-MA) e Garibaldi Alves (MDB-RN) também não se reelegeram.
Neste ano, a eleição no Senado envolvia 54 cadeiras entre as 81 existentes e 32 senadores tentavam a reeleição. Apenas três conseguiram: Randolfe (Rede-AP), Eduardo Braga (MDB-AM) e Paulo Paim (PT-RS). Assim, a renovação foi de 51 cadeiras.
Senadores que lideraram a oposição ao governo Temer, como Roberto Requião (MDB-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ), ficarão de fora da próxima legislatura. Já Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente do Senado que rompeu com Temer e fez campanha aliado ao PT e ao ex-presidente Lula, condenado e preso na operação Lava Jato, garantiu um novo mandato na segunda vaga. Em Minas, o PT perdeu a vaga da ex-presidente Dilma Rousseff, que ficou fora da casa legislativa, mesmo liderando as pesquisas de intenção de votos até o último sábado. Em São Paulo, Eduardo Suplicy (PT), que também liderava as pesquisas, não se elegeu.
Tanto o PT como o PSDB tiveram diminuição de suas cadeiras. O partido de Fernando Haddad passou de nove para seis senadores. Já os tucanos tinham 12 cadeiras e terão oito na próxima legislatura. O MDB também perdeu sete representantes na Casa legislativa, terá 11 filiados a partir de 2019. O PCdoB, partido da candidata a vice-presidente na chapa de Haddad (PT), Manuela D’Ávila, perdeu sua única vaga no Senado.
Dois partidos que surpreenderam foram a Rede, da candidata derrotada à Presidência Marina Silva, e o PSL, do presidenciável Jair Bolsonaro. A rede elegeu seis senadores. Tinha apenas um. Já o partido de Bolsonaro, que não tinha nenhum representante no Senado, agora contará com uma bancada formada por quatro.
(Com Agências)
Com apenas 24 anos, João Campos (PSB), filho de Eduardo Campos - que governou Pernambuco por dois mandatos e faleceu em 2014 -, enquanto concorria à Presidência da República pelo PSB, está em primeiro lugar na lista de deputados federais de Pernambuco. Ele obteve uma grande votação: 459.811 votos
Com Agência Brasil
Outro membro da família Arraes, Marília Arraes (PT), obteve 192.628, e está em segundo lugar entre os mais votados. Os dois fazem parte da tradicional elite da política local. O bisavô do agora deputado eleito era o político Miguel Arraes, também governador do estado. Arraes combateu e foi perseguido pela ditadura militar, sendo responsável pela refundação do PSB após o período de abertura democrática.
Após a morte do pai, João Campos ganhou notoriedade no partido e no cenário local. Enquanto ainda cursava a faculdade de Engenharia, o neto da ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, assumiu em 2016 a chefia de gabinete do governo de Pernambuco, comandado por Paulo Câmara, governador reeleito, aliado de Campos. A vaga no Congresso conquistada hoje é o primeiro cargo eletivo disputado por João Campos.
Insucessos
Já o filho do senador e ex- presidente Fernando Collor, Fernando James Braz Collor de Mello, teve 16.152 e ficou em 17° lugar. Foi a primeira vez ele concorreu a um cargo em nível nacional. São apenas oito vagas para a Câmara dos Deputados em Alagoas.
Rio de Janeiro
Os filhos de políticos presos pela Lava Jato no Rio de Janeiro não conseguiram um bom resultado na disputa pela Câmara. Danielle Cunha, filha de Eduardo Cunha, e Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, ambos candidatos do MDB, ficaram mal posicionados no ranking e não conseguiram se eleger. Leonardo Picciani, filho de Jorge Picciani, também não conseguiu voltar a Brasilia. O filho do prefeito Marcelo Crivella não se elegeu deputado federal. A filha do candidato cassado Anthony Garotinho, Clarissa Garotinho, obteve a reeleição. Seu irmão, Wladimir Garotinho, também estará na Câmara dos Deputados em 2019.
Cristiane Brasil dá sua mensagem na sessão plenária para eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados (Foto Wilson Dias/Agência Brasil)
Cristiane Brasil (PTB) perdeu a reeleição. Ela não pode assumir o Ministério do Trabalho por ter sido alvo de uma série de acusações. Ao contrário dos filhos do presidenciável, campeões de votos em São Paulo para a Câmara e no Rio de Janeiro para o Senado, a ex-mulher de Bolsonaro Cristina Bolsonaro (Pode) não conseguiu se eleger deputada.
Ainda no Rio, o PSOL enviará para a Câmara dos Deputados Marcelo Freixo, deputado estadual e ex-candidato à Prefeitura do Rio, que foi o segundo mais votado no estado: 342.491. Em primeiro lugar, está Hélio Fernando Barbosa Lopes, do PSL - partido do presidenciável Jair Bolsonaro - com 345.234.
Aécio e Gleisi
Dois senadores adversários, ambos envolvidos na Lava Jato, que optaram por tentar a Câmara, foram bem sucedidos: Aécio Neves (PSDB-MG), que recebeu mais de 50 milhões de votos para a Presidência em 2014, contabilizou agora modestos 106 mil votos. Já Gleisi Hoffmann (PT-PR) conquistou o dobro de Aécio, cerca de 212 mil.
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado durante debate se a CPI da Petrobras será exclusiva ou ampla. Na foto, a senadora Gleisi Hoffmann (Valter Campanato/Agência Brasil)
G
A senadora Gleisi Hoffmann,foi eleita para a Cârama Federal
Assim como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Gleisi Hoffmann optou por disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff, um dos cargos mais importantes do governo, a senadora de 53 anos poderia se candidatar à reeleição este ano, mas nos últimos tempos viu a sua popularidade cair devido a denúncias de corrupção e à rejeição dos eleitores paranaenses ao PT.
Presidenta nacional do partido, ela assumiu a linha de frente da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba. Gleisi foi absolvida em junho deste ano pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em processo relativo à candidatura ao Senado em 2010, mas ela ainda é alvo de outras investigações.
Junto de Lula e outros ex-integrantes do ministério, ela foi denunciada no último dia 30 de abril, com base em delações premiadas de executivos da empreiteira Odebrecht. A acusação é de que a construtora teria fechado um acordo no qual seria beneficiada em troca de propina para a campanha de 2014. Criticando a atuação da Procuradoria-Geral da República, Gleisi e o PT negam as acusações. Ela diz que as denúncias não têm provas e foram obtidas a partir de delações "negociadas com criminosos" em busca de benefícios penais.
Assim como a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), Aécio Neves optou por disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Neto do ex-presidente eleito Tancredo Neves, Aécio foi governador de Minas Gerais por dois mandatos, depois de ocupar quatro mandatos seguidos como deputado, chegando a presidir a Câmara no início dos anos 2000.
Brasília - Senador Aécio Neves (PSDB-MG) fala à imprensa após o STF aceitar denúncia da PGR contra ele, pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça
Aécio Neves foi eleito deputado federal - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Em maio do ano passado, após virem a público gravações de conversas com o dono do grupo JBS, Joesley Batista, o capital político do ex-governador de Minas Gerais caiu bastante. Nos áudios, o parlamentar se refere a colegas do Congresso Nacional com palavras de baixo calão. A principal acusação é de que o tucano teria recebido R$ 2 milhões em propina de Joesley. O inquérito em que é acusado de corrupção e obstrução de Justiça já foi recebido pelo STF, que ainda não julgou o tema.
Alvo de outros inquéritos no Supremo, o parlamentar nega as acusações. Segundo ele, o repasse do dinheiro era fruto de um empréstimo para pagar seus advogados. Na época, Aécio era presidente nacional do PSDB e se afastou do cargo. Em outubro do ano passado, o Senado decidiu reverter a decisão da Primeira Turma do STF que determinava seu afastamento parlamentar e recolhimento domiciliar noturno.
* Colaborou Paulo Victor Chagas