A partir de agora, todo processo em tramitação no Poder Judiciário do Tocantins que, de algum modo, seja submetido à Contadoria, deverá obrigatoriamente ser remetido à Contadoria Judicial Unificada (Cojun), para distribuição igualitária entre os contadores.
É o que determina a Resolução Nº 32, aprovada pelo Tribunal Pleno em sessão no dia 1º de outubro e publicada no Diário da Justiça desta quarta-feira (7/10). A Resolução cria a Cojun abrangendo todas as comarcas, simultaneamente.
A iniciativa faz parte do “Plano de Eficiência do Poder Judiciário” lançado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO) para melhorar a produtividade e outros índices que impactam o Poder Judiciário. Vinculada à Diretoria Judiciária do TJTO, a Cojun é composta por contadores ou servidores que exerçam a função de contador judicial, sob a coordenação de um secretário.
Assinada pelo presidente, desembargador Ronaldo Eurípedes, a Resolução justifica a criação da Cojun dada à necessidade de racionalizar e otimizar o trabalho dos servidores do Poder Judiciário mediante utilização das ferramentas disponíveis no sistema processual eletrônico e-Proc/TJTO.
Também valida a medida ao afirma que as atividades forenses "podem, em sua maioria, ser realizadas remotamente, independentemente da unidade em que o servidor estiver lotado, sem que isso represente vulneração à jurisdição e/ou competência" e que o trabalho remoto possibilitado pelo e-Proc "não importa em alteração da lotação do servidor ou aumento de despesa".
Para o presidente do TJTO, os contadores judiciais são “essenciais” nesta fase de equalização de mão de obra por serem considerados “força de trabalho qualificada e especializada”. Segundo o presidente, os contadores “irão aprimorar esta unidade de racionalização e suas contribuições para o desenvolvimento da Cojun são imprescindíveis para este momento em que o Judiciário busca garantir celeridade dos processos judiciais”.
DISTRIBUIÇÃO
De acordo com Resolução, a Cojun reunirá as contadorias em ordem aritmética, de modo a permitir que a contadoria posterior substitua a anterior nos casos de impedimento, suspeição ou quaisquer outros afastamentos do respectivo contador ou servidor. Dentro de 15 dias a contar da publicação da Resolução, o Diário da Justiça publicará a relação das Contadorias vinculadas à unidade.
A distribuição dos processos entre os contadores ocorrerá em qualquer dia e hora, será de forma livre e randômica e, segundo a resolução, cada contador receberá o mesmo quantitativo de processos na distribuição, sendo automaticamente compensado nas eventuais redistribuições que a legislação permitir.
Quando houver impedimento do contador sorteado ou por qualquer outra circunstância a redistribuição será feita diretamente no sistema, que também fará, de forma automática, as compensações devidas.
Além disso, a Resolução prevê a preservação das distribuições em registros do sistema, com a individualização dos processos por número, comarca e nome do contador, servidor ou órgão contador, data da distribuição ou redistribuição.
Os atos relativos à distribuição serão fiscalizados pela Comissão de Distribuição e Coordenação do Tribunal de Justiça. A comissão também decidirá eventuais dúvidas sobre distribuições ou redistribuições.
Confira reprodução da resolução, publicada nas páginas 79-81 do Diário da Justiça Nº 3674 (7/10/2015).
O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) utilizou a tribuna na manhã desta quarta-feira, 7, para questionar atos do Poder Executivo, que mesmo após conseguir aprovar o pacote de aumento de impostos, segue publicando atos de nomeações de apadrinhados políticos que aumentam despesas e citou a contratação de empresa que participou da sua campanha política de 2014 para montagem de estrutura de palco no valor de R$ 2,9 milhões.
Eduardo Siqueira Campos também voltou a questionar a eficiência das informações do Portal da Transparência e afirmou que tem acompanhado a “sequência lógica” do que é publicado no Diário Oficial. Segundo ele, os atos do Governo não demonstram que a administração estadual caminhe para uma redução de gastos. De acordo com Eduardo, no dia 24 de agosto, o Governador afirmou e a imprensa publicou que estavam suspensos novos contratos de pessoal até 31 de dezembro e proibiu o aumento de despesas com pessoal. No entanto, as nomeações de cargos em comissão e com altos salários no Diário Oficial prosseguem constantemente. “São nomeações de companheiros do partido com salário de quatro, seis e até mais de nove mil reais”, demonstrou o deputado.
O deputado também questionou o Governo por ter contratado a empresa BF Locadora e Produtora de Eventos LTDA-ME, no valor de R$ 2,9 milhões para montagem de palco e estrutura de som para eventos do Governador, através de adesão a uma Ata de Registro de Preços do município de Lagoa da Confusão. O deputado Eduardo Siqueira apresentou a prestação de contas do comitê financeiro do PMDB, em que comprovou que a mesma empresa prestou serviços à campanha do atual Governador em 2014.
Ressaltando não querer fazer denuncismo, pois apresentou fatos publicados no Diário Oficial do Estado e no site do Tribunal Regional Eleitoral, Eduardo Siqueira cobrou explicações do Governo sobre os motivos de se aderir a uma ata de um muiícípio do Estado, para contratar justamente uma empresa que prestou serviços à campanha do Governador. “Primeiro que o valor não aponta para enxugamento de gastos. E mais, o Governo ir até um município do Estado, em detrimento aos outros 138, para escolher uma empresa que prestou serviço em sua campanha, merece melhores explicações e também a verificação do Tribunal de Contas e do Ministério Público”, questionou.
Eduardo Siqueira destacou ainda que o Governo Federal veda que a União faça adesão a Atas de Registro de Preços de Estados e Municípios. “Tenho a impressão que essa adesão é sem precedentes e questiono se não haveria outra empresa que não tenha participado da campanha para prestar esses serviços”, indagou.
Como manda a lei, Joaquim Maia, presidente do Partido Verde (PV) de Porto Nacional, que tem como objetivo a consolidação de um projeto de construir uma alternativa de mudança para Porto, transferiu, no último dia 28, o seu domicílio eleitoral para o município, ficando, a partir daquele momento, apto a participar diretamente do processo eleitoral do município.
Com uma reeleição a vereador em Palmas vista como certa, para muitos foi uma surpresa a sua decisão de mudar o seu domicílio eleitoral para Porto Nacional. Mas Joaquim Maia deu a sua explicação. “A minha vida sempre foi movida por desafios, e mais uma vez estou diante de um dos grandes, talvez o maior deles, que é trabalhar diretamente pelo desenvolvimento da minha terra natal, Porto Nacional... desafio que vejo como uma missão, tal como a que exerço neste momento representando os palmenses, com ações que gerem mais qualidade de vida a todos. Desafio que é fazer em Porto Nacional, junto com todos que a amam, um movimento de grandes mudanças que possam fazer desta uma cidade melhor pra se viver, trabalhar e criar nossos filhos.”
Chamamento
O que Joaquim Maia sempre viu como “missão” foi impulsionado pelo chamamento que passou a receber de várias pessoas e segmentos da sociedade portuense. Pessoas que conhecem o seu caráter, a sua idoneidade e disposição passaram a chamá-lo para que participasse ativamente da vida política de Porto Nacional, na expectativa de grandes mudanças. Diante este movimento crescente, Maia decidiu: “Estando na vida pública, devo seguir as provocações e chamamentos que cada momento nos apresenta, principalmente vindo de Porto Nacional, onde estão minhas raízes. E, neste momento, aquela que sempre pensei ser a minha maior missão, bate à minha porta. Chegou o momento de me colocar à disposição dos meus irmãos portuenses para, juntos, buscarmos um novo jeito de administrar a nossa querida Porto Nacional. Para isso, vamos levar a todos as propostas do nosso Partido Verde.”
O sentimento de mudança que se alastra pela cidade de Porto Nacional se justifica pela carência deste povo que há muitos anos vem presenciando a alternância da administração em torno de dois nomes. O momento que atravessa o País, o Estado, o Município, demonstra que mudanças precisam ser feitas, e o PV vem neste momento debatendo junto à sociedade as mudanças necessárias.
Joaquim Maia: Filho de Porto!
Joaquim Maia, como todo filho de Porto, que teve sua infância nos anos 70 e 80, cresceu em meio a muitos amigos brincando pelas ruas e praias da nossa tranquila cidade. Filho de seu Zuíno e dona Nikita, pessoas conhecidas e queridas por sua boa índole, Joaquim Maia e seus irmãos Marcelo Maia, Marquinho Maia e Rosana, herdaram dos pais uma boa formação moral e religiosa.
Terminando os estudos que a cidade oferecia, Joaquim Maia foi para Brasília buscar a sua formação, onde, na UNB, formou-se Engenheiro Civil, tendo sido o primeiro de sua turma. Já diplomado, retornou para o Tocantins, e foi contratado pela Saneatins, em Palmas, passando a ser um dos responsáveis pela implantação do sistema de água e esgoto da capital. No ano de 2002 casou-se com a portuense Aline Aires, filha de Justino e dona Temes Manduca.
Entrando para a vida pública
Com o seu jeito simples e justo de liderar seus companheiros de trabalho, passou a ser cobrado pelos amigos da Saneatins para que fosse candidato a vereador por Palmas. Assim, em 2012, candidatou-se pela primeira vez a vereador pelo Partido Verde e, numa campanha modesta, foi eleito como o sétimo mais votado da capital.
Seu mandato, tem sido marcado pela coerência e pela luta diária em defesa dos direitos dos cidadãos. Eleito na oposição ao prefeito, assim permaneceu e como ele próprio afirma, “se me elegeram na oposição, aqui devo permanecer, não tenho o direito de mudar a vontade do povo”. Na Câmara, tem desempenhado o papel do contraditório questionando as ações do Executivo que vê como contrárias aos interesses do povo, fiscalizando e denunciando irregularidades. Um opositor que tem dos colegas vereadores um grande respeito, sendo visto como um destaque na Câmara Municipal.
Mas é em Porto Nacional, sua terra natal, que Joaquim Maia sente que tem a cumprir uma grande missão: “Porto Nacional é sem dúvida uma das principais cidades do nosso Estado, reconhecida como berço da cultura tocantinense, sabemos que Porto pode muito mais. O seu grande momento está por vir, com a industrialização que está chegando Porto não pode errar. Temos que promover, a quatro mãos, ações que efetivem esta grande retomada para o desenvolvimento. Novos tempos estão por vir, grandes mudanças estão por acontecer e, por isso, Porto precisa de mudanças e o Partido Verde, vem para consolidar esse novo tempo.”
Ministro Augusto Nardes recomendará a rejeição da contas do governo
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, protocolou no início da noite desta terça-feira, 6, mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o julgamento das contas do governo Dilma Rousseff em 2014 agendado para acontecer nesta quarta-feira, 7, no Tribunal de Contas da União (TCU). O caso foi distribuído ao ministro Luiz Fux.
O governo quer adiar o julgamento até que se analise na Corte de Contas se o relator do balanço contábil de 2014, ministro Augusto Nardes, é suspeito no caso por ter adiantado voto em manifestações à imprensa. A tendência é que o TCU dê parecer pela reprovação das contas de 2014 da presidente, o que abre caminho para que o Congresso inicie um processo de impeachment.
"As manifestações do Ministro Relator junto ao TCU não constituem declarações genéricas. Ao contrário, manifesta opinião concreta sobre o processo de contas da Presidente da República, ainda pendente de apreciação. Referida conduta é ilegal e acarreta a suspeição do ministro, além das possíveis consequências de ordem disciplinar", escreveu o advogado-geral da União ao Supremo. De acordo com Adams, "se coloca em dúvida" a imparcialidade de Nardes no processo.
O recurso ao STF é uma tentativa de protelar mais uma vez o julgamento no TCU, após decisão da Corte de Contas de manter a análise do caso marcada para amanhã. O fato de o TCU ter marcado para a mesma sessão a análise das contas da presidente e o pedido do governo para afastar Nardes da relatoria do caso é o fundamento usado pela AGU para pedir a suspensão do julgamento.
No mandado de segurança apresentado ao STF, Adams argumenta que o TCU deveria analisar de forma separada a questão sobre a suspeição de Nardes. Ao marcar o julgamento para o mesmo dia da análise de contas, o Tribunal teria afrontado regimento interno e o Código de Processo Civil, de acordo com o advogado-geral da União.
"Em síntese, o direito positivado determina expressamente que oferecida a suspeição do juiz, a petição será, procedimentalmente, processada em separado da causa principal (que ficará suspensa), devendo ser julgada a exceção pelo Tribunal, em apartado, antes das questões de mérito discutida no processo principal, o que não está sendo observado pelo Tribunal de Contas da União", escreveu o advogado-geral da União.
Adams anexou reportagens veiculadas pela imprensa nas quais Nardes diz ter encontrado irregularidades nas contas e sugere a rejeição do balanço contábil de Dilma.
"Tal conduta não se coaduna com a missão atribuída a um Ministro da Corte de Contas, que deve guardar sigilo de seus votos até a efetiva prolação perante o Colegiado, ferindo, em consequência, o juiz natural, expressão do Estado democrático de direito", escreveu Adams.
Estadão Conteúdo
Durante audiência pública da Saúde, realizada nesta terça-feira, o vereador defendeu a necessidade de soluções que não prejudiquem cidadãos e servidores municipais
Por Camylla Costa
“Precisamos procurar soluções para os problemas, principalmente quando o assunto é saúde. Independente da crise financeira do país”. Esta afirmação foi feita pelo vereador professor Júnior Geo na tribuna, durante a sessão especial destinada à prestação de contas da Secretaria Municipal da Saúde, realizada nesta terça-feira, 29/09.
Para o parlamentar, é normal que ocorram recessões, mas é preciso haver meios que não prejudiquem a população e os servidores. “Os problemas exteriores afetam o Brasil e consequentemente nosso Estado e nosso município. Não podemos utilizar este fator como justificativa”, afirmou.
Ainda na ocasião, Geo destacou também a importância da transparência na esfera pública. “Um projeto de lei apresentado por mim, nesta Casa, solicita que as placas de obras venham com informações, como prazo e empresa responsável. Não foi vetado e o prazo expirou, ou seja, ele está sancionado e não está sendo cumprido”, disse.
Na presença de representantes dos servidores municipais da Saúde, cidadãos palmenses, promotora de justiça, Maria Roseli e presidente do Conselho Municipal de Saúde, Leonel Santos, Luiz Teixeira apresentou os gastos da pasta referentes ao período junho-setembro deste ano. O secretário enfatizou que o município tem avançado, apesar da falta de repasses do Estado e do Governo Federal. “Nós estamos no maior projeto de infraestrutura que a Saúde já teve. Todas as obras estão andando”, destacou.
O socorrista do SAMU, Norton Júnior, por sua vez, apresentou contrapontos às afirmações apresentadas no relatório do gestor da saúde municipal. “Fizemos uma manifestação, na segunda-feira, sobre tudo que foi apresentado aqui. Mais de 70% dos servidores do município estavam representados. Há intransigência e falta de diálogo da gestão. O que nós vemos é a precarização no serviço da saúde. O maior patrimônio que a saúde tem é o trabalhador e o que temos é aumento de horas trabalhadas, ausência de férias e pagamento de progressões, além dos 25 anos sem insalubridade”, enfatizou.
Além dos dados evidenciados na apresentação do secretário da Saúde, as solicitações dos servidores municipais, levadas à manifestação na Avenida JK, realizada na segunda-feira, 28/09, também foram discutidas na Casa de Leis de Palmas, nesta terça. As reivindicações incluem insalubridade, periculosidade, progressões, responsabilidade técnica, equiparação salarial, programa nacional de melhoria do acesso e da qualidade (PMAQ), direito a férias e cumprimento da lei 1529/2008.