Procuradoria devolveu documento apenas um dia após recebê-lo de volta do ministro do STF, que pediu os ajustes e agora decidirá se homologa o acordo
Com Agência Brasil
A delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro foi enviada novamente nesta quinta-feira (31) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte. O envio ocorreu apenas um dia após o magistrado ter devolvido o documento para que fossem feitos ajustes pelos procuradores.
Como o acordo de delação de Lúcio Funaro encontra-se sob sigilo, os detalhes sobre os ajustes solicitados por Fachin não foram divulgados, mas a rapidez com que o documento retornou ao STF indica se tratar de uma correção simples.
A delação do doleiro, que está preso há mais de um ano, chegou pela primeira vez ao STF na última terça-feira (29) . A expectativa é que o acordo seja homologado em breve por Fachin, autorizando que os depoimentos do operador sejam utilizados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em novas denúncias contra políticos, entre eles, o presidente Michel Temer.
Funaro é testemunha-chave em investigações envolvendo Temer , o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ainda os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima.
Processos
Funaro é processado pela Justiça Federal em Brasília em três investigações da Polícia Federal (PF) – Greenfield, Sépsis e a Cui Bono – que envolvem suspeitas de desvios de recursos públicos e fraudes na administração de quatro dos maiores fundos de pensão de empresas públicas do País: Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). O empresário também foi citado nas delações da JBS.
O lobista é investigado ao lado de Henrique Alves e do ex-deputado Eduardo Cunha em ação penal que apura a liberação de recursos do FI-FGTS mediante o pagamento de propina a agentes públicos. Cunha e Funaro também estão lado a lado em outros processos, como no que apura fraudes em fundo de previdência da Cedae no Rio de Janeiro.
Em relação a Geddel Vieira Lima, Funaro foi pivô da prisão do ex-ministro, ocorrida no início do mês passado. Segundo denúncia do MPF, o outrora articulador político do governo Temer tentou intimidar a esposa de Lúcio Funaro, Raquel Pitta, para tentar evitar que o lobista assinasse um acordo de colaboração com a Justiça.
Delação premiada de Lúcio Funaro está prestes a ser homologada e deve atingir o presidente Michel Temer
Com Agências O Globo
Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não homologa a delação do operador do PMDB, Lúcio Funaro, algumas informações do depoimento que pode incriminar líderes do PMDB, inclusive o presidente Michel Temer começam a ser 'vazadas' pela imprensa. Nesta quinta-feira (31), o jornal O Globo confirmou, ao delatar, Funaro afirmou ter recebido dinheiro de Joesley Batista para ficar em silêncio enquanto estava preso. A informação é um dos tantos detalhes importantes que podem 'rechear' a denúncia por obstrução à justiça que deverá ser apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer. Num depoimento à Polícia Federal no mês passado, antes de fazer acordo de delação, Funaro confirmou os pagamentos, mas disse que se tratavam da quitação de uma dívida antiga. Ele teria dinheiro a receber de Batista porque intermediou negócios da JBS. A informação agora é contraposta à nova versão, que deverá ser confirmada nos próximos dias.
Geddel Vieira Lima
Com avanço das ações da Polícia Federal (PF), inclusive prendendo a irmã do doleiro, Roberta Funaro, Lúcio estaria sem alternativa e fechado o acordo de delação mesmo com a suposta pressão exercida por meio dos pagamentos e de Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Temer que chegou a ser preso.
Segundo o Globo, Geddel seria um dos interlocutores de Temer junto a Joesley Batista. Ele teria sido substituído no papel pelo ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, conforme acerto registrado na conversa entre Temer e Batista em de março, no Jaburu, encontro ocorrido à noite e fora da agenda oficial do presidente.
A nova denúncia contra Michel Temer é esperada para até a semana que vem. O presidente interino da Câmara dos Deputados, André Fufuca (PP-MA), disse "respeita rigorosamente o regimento, então, não há segredo. Se a denúncia for feita enquanto eu estiver na interinidade, nós daremos prosseguimento".
Fufuca fica na presidência até o próximo dia 6, caso a denúncia seja apresentada até esse dia, ele deverá dar prosseguimento ao mesmo trâmite ao qual foi submetida a primeira denúncia por corrupção passiva contra Temer. Rodrigo Janot fica à frente da PGR até o próximo dia 17.
Iniciativa busca garantir os direitos sobre os produtos criados
Mayana Matos
Entre os objetivos do registro de patentes está o de garantir proteção jurídica contra o uso e a cópia indevida de novas invenções e tecnologias, bem como uma forma de obter os direitos sobre a exploração dos produtos inventados. Porém, essa garantia requer o atendimento a uma série de critérios.
Nesse intuito, no primeiro semestre deste ano, o Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto Federal do Tocantisn (NIT/IFTO) fez o primeiro depósito de patente do Instituto. Trata-se do projeto Tijolodo, que consiste em desenvolver novos produtos com características sustentáveis para a construção civil. O tijolodo é um bloco de alvenaria com dois furos e saliências que facilitam o processo de assentamento e também a instalação elétrica e hidráulica em uma construção. O projeto é coordenado pelo professor Paulo Batista, do Campus Palmas.
O IFTO também depositou um pedido de patente internacional no Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT). O produto depositado é resultado de pesquisa de mestrado realizada pelo professor Éber Eurípedes de Souza, do Campus Paraíso do Tocantins, sob a orientação dos professores Adão Lincon Bezerra e Sérgio Donizeti Ascêncio, da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
O tratado auxilia candidatos na busca de proteção internacional de patentes para seus inventos, ajuda os escritórios de patentes com decisões à concessão de patentes, e facilita o acesso do público à uma grande quantidade de informações técnicas relativas a essas invenções. A diretora do NIT, Erna Augusta, explicou que, por meio deste pedido internacional, os candidatos passam a procurar simultaneamente a proteção de uma invenção na maioria dos países e, assim, garantir o direito de exclusividade caso uma outra instituição entre com pedido nos países associados.
"Com esse depósito, o IFTO tornou-se co-titular dos direitos de transferência da tecnologia junto à UFT na proporção de 50%. Isso significa que caso a tecnologia seja comercializada com alguma empresa nos países que pertencem ao tratado, o IFTO tem participação em igualdade de direitos com a UFT", destacou Erna.
Incubadora de Empresas A equipe do NIT também está acompanhando as ações da Incubadora Social do Campus Palmas, que deu início às atividades junto à Cooperam e à Ascamp. No início do mês de agosto foi realizada uma reunião com os envolvidos para tratar do planejamento de ações, bem como auxiliar na organização e gestão das cooperativas.
Sobre a incubadora da Reitoria, Erna ressalta que há uma vaga em aberto. "Pretendemos lançar um edital de vagas remanescentes para iniciarmos o processo de incubação nesse mês de setembro. Assim que tivermos preenchidas as duas vagas daremos início aos atendimentos às empresas no sentido de prepará-las para o mercado por meio de cursos e atividades de consultorias", disse.
A Incubadora de Empresas caracteriza-se como um órgão criado no âmbito do IFTO para estimular e apoiar o empreendedorismo e desenvolvimento empresarial e profissional, voltado para problemática regional e para melhoria das condições sociais, e de apoio ao desenvolvimento do Estado do Tocantins, tendo como principal objetivo a transformação de ideias em serviços ou produtos com inovação para inserção no mercado. A Incubadora de Empresas do IFTO é vinculada diretamente ao Núcleo de Inovação Tecnológica do IFTO (NIT).
Cerca de 400 alunos que ingressaram neste ano na turma da 1º série do ensino médio participaram, na noite, desta terça-feira, 29, da solenidade de incorporação do Colégio da Polícia Militar (CPM - Unidade II) em Palmas. A cerimônia contou com a presença do comandante geral da PM, coronel Glauber de Oliveira Santos, policiais militares, autoridades civis e militares, familiares e amigos.
Por Lara Tavares
O ato de incorporação do CPM acontece anualmente após o período de adaptação dos alunos recém-chegados à instituição escolar. Ato que significa que os alunos passaram pelo período de adaptação que evidenciou a dedicação aos estudos, compromisso e o respeito aos integrantes da comunidade escolar.
Para Glauco de Freitas, aluno fiscal do 1º ano, a cerimônia “simboliza o real sentimento de ingresso na instituição de ensino militar, pois é quando o aluno realmente pode ter orgulho de dizer: Eu faço parte do CPM ”, destacou.
Na solenidade, que contou com a participação do corpo escolar do 2º e 3º ano, os alunos do 1º ano realizaram o juramento que denota a dedicação aos estudos, respeito à comunidade escolar e aos valores e princípios apregoados pela instituição de ensino. Logo após, familiares e amigos foram convidados para colocarem as insígnias no uniforme dos alunos do 1º ano, a primeira de muitas que os alunos irão galgar durante o período de ensino médio no CPM.
A major Iramara Galvão Sales, diretora do CPM, parabenizou o esforço dos alunos incorporados e destacou que a unidade educacional possui excelentes resultados em nível estadual. “ O CPM é referência intelectual dentre as escolas públicas. São muitos os resultados positivos, inclusive a classificação em 1º lugar, por dois anos consecutivos, no ENEM em todo o estado”, justificou.
Em discurso o comandante geral da PM, coronel Glauber de Oliveira Santos, destacou a importância de fazer parte de uma instituição que mais do que ensinar, propaga compromisso e valores que se perpetua durante toda a vida dos alunos. “ Usar esse uniforme é símbolo de responsabilidade e requer comprometimento e respeito, a partir de agora vocês fazem parte da família Polícia Militar”, disse.
Com o desfile do Batalhão Escolar, composto por todos os alunos do Colégio da Polícia Militar, seguidos dos alunos incorporados foi dado o fora de forma, e assim, a cerimônia foi encerrada pelo comandante geral da PM.
O governador disse que as empresas tocantinenses são parceiras e que o governo está aberto ao diálogo para buscar um entendimento em torno das demandas da categoria
Por Jarbas Coutinho
O governador Marcelo Miranda recebeu na tarde desta quarta-feira, 30, em seu gabinete, empresários do ramo de supermercados. Visita teve como finalidade tratar com o governador medidas para tornar as empresas do ramo mais competitivas. O governador disse que as empresas tocantinenses são parceiras e que o governo está aberto ao diálogo para buscar um entendimento em torno das demandas da categoria.
O secretário de Estado da Fazenda, Paulo Antenor, explicou que a categoria pleiteia os benefícios fiscais previstos na Lei 1.201/2000, e a determinação do governador Marcelo Miranda é que os pleitos sejam analisados e atendidos da melhor maneira possível e dentro da legalidade. “Ouvimos as demandas, fizemos as considerações e acreditamos que será possível avançar e atender boa parte das propostas, que são boas tanto para os empresários, quanto para o Estado e os consumidores”, disse.
O empresário Cristiano de Melo Álvares, diretor administrativo da Associação Tocantinense de Supermercados (Atos), disse que a reunião foi bastante produtiva. “Acreditamos que as nossas reivindicações serão atendidas, o que favorece o comércio, o Estado e os consumidores. O que queremos são condições de competir com as grandes empresas que se instalaram no Estado”.
A presidente da Atos, Maria de Fátima de Jesus, disse que essas questões já estão sendo tratadas com a Secretaria da Fazenda e a expectativa é que sejam atendidas. “O governador se mostrou sensível à nossa causa e prometeu analisar todos os pleitos para atendê-los dentro do que é permitido. Foi uma reunião muito boa e estamos muito otimistas”, disse.
Participaram da reunião a presidente da Atos, Maria de Fátima de Jesus; o presidente da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado do Tocantins (Faciet), Fabiano do Vale; e os vice-presidentes da Atos, Edvaldo Campelo Pinheiro e Aloizio Rocha da Silva; além do diretor administrativo da entidade, Cristiano de Melo Álvares.