Com Assessoria
Integrantes da comissão provisória do Partido Democrático Trabalhista - PDT, do município de Paraiso do Tocantins, estiveram nesta terça-feira, 23, conhecendo a estrutura do partido na Capital, Palmas. Na ocasião, deixaram claro que os membros do PDT de Paraíso alinharam o posicionamento junto com o Governador Wanderlei Barbosa, com o partido Republicanos e à pré-candidatura de Osires Damaso para disputar a prefeitura de Paraíso.
Os pré-candidatos a vereador do PDT foram recepcionados pelo presidente regional do partido, o vice-governador Laurez Moreira, que apresentou a sede do PDT para as eleições deste ano.
Além dos pré-candidatos a vereadores de Paraiso pelo PDT, participaram da visita o presidente da comissão provisória, Ary Arraes e membros da comissão
O clima no Palácio Araguaia José Wilson Siqueira Campos está carregado, com direito a rios e trovoadas. A causa não é nenhuma condição climática, mas a explícita falta de harmonia política entre o governador Wanderlei Barbosa e o vice, Laurez Moreira
Por Edson Rodrigues
O Observatório Político está, há tempos, acompanhando o movimento de distanciamento iniciado pelo vice-governador Laurez Moreira, mesmo quando ainda era apenas percebido dentro das quatro paredes palacianas.
Mas, agora, a situação chegou a tal ponto de clareza, que já podemos até arriscar o desfecho dessa situação, sem querer tampar o sol com a peneira, e que pode ser muito mais sério do que muitos pensam.
EXEMPLO ANTERIOR
Basta darmos uma olhadinha no retrovisor político, quando o saudoso João Cruz foi vice do governador Siqueira Campos e, certa feita, iniciou articulações políticas que não eram do agrado do titular da cadeira principal do Palácio Araguaia.
Imediatamente, Siqueira Campos mudou o gabinete de João Cruz para um lugar tão, tão distante do Palácio Araguaia. O então chefe de gabinete de João Cruz, Divino Alan, sabe dessa história com riqueza de detalhes.
Os bastidores palacianos dão conta de que as situações são similares, mas ainda não deu pra medir qual o grau de descontentamento de Wanderlei Barbosa para com o seu vice, mas já está claro que as consequências podem ser muito graves, principalmente se um ato político programado para acontecer em Gurupi, no dia cinco de agosto, que é a Convenção do PSD, confirmar informações extraoficiais.
A CONVENÇÃO DA CONFIRMAÇÃO
Filho de Laurez Moreira, Juarez será candidato a vice-prefeito de Gurupi ao lado de Eduardo Fortes
O PSD tocantinense é presidido pelo senador Irajá Abreu, inimigo número um da gestão de Wanderlei Barbosa, consagrado como “senador plantonista”, por estar sempre pronto a denunciar – mesmo sem baseamento legal ou factual – “deslizes” da administração estadual nos órgãos fiscalizadores federais.
Some-se a isso o fato de a mãe de Irajá, ex-senadora Kátia Abreu, já ter “previsto” e insinuado que o govenador Wanderlei Barbosa não conseguiria terminar seu governo.
Acrescentemos, então, o fato de que a convenção do PSD de Gurupi servirá para sacramentar a candidatura do deputado estadual Eduardo Fortes a prefeito, tendo o filho do vice-governador Laurez Moreira, Juarez Moreira Neto, como vice, e será regada pelos recursos do fundo partidário do PSD, cujo presidente estadual, Irajá Abreu, será o convidado especial, a presença vip e o mestre de cerimônia.
A convenção não servirá apenas para a confirmação da chapa, será o primeiro palanque da campanha, certamente num local abarrotado de seguidores, correligionários e simpatizantes do PSD, que ouvirão de Irajá Abreu um caminhão de críticas pesadas ao governo de Wanderlei Barbosa, onde ele será chamado de tudo, menos de santo. E, se Juarez Moreira Neto estiver nesse palanque, lá estará, também, o vice-governador Laurez Moreira, ouvindo, impassível, críticas ao governo do qual faz parte.
Nenhum dos analistas ouvidos pelo nosso Observatório Político tem dúvidas que, a se confirmar essa situação, as consequências serão catastróficas para o já azedo relacionamento entre Wanderlei Barbosa e Laurez Moreira.
XEQUE MATE
Senador Irajá Abreu e o Eduardo Fortes
Já foi aventado nos bastidores políticos que Laurez Moreira vem conspirando, junto com Kátia e Irajá Abreu, contra o governo Wanderlei Barbosa, em um ato de “traição misturada com motim”, do qual o governador vem sendo informado nos mínimos detalhes.
A se confirmar essa atitude de Laurez, o “troco” já estaria pronto, e proporcionará uma verdadeira revolução no tabuleiro sucessório de 2026, com nova configuração da chapa majoritária, principalmente no tocante à disputa pelo Senado. Uma das vagas ficará reservada para a reeleição de Eduardo Gomes e a outra, que seria, em um andamento natural, do governador Wanderlei Barbosa, será disponibilizada a um indicado por Wanderlei, que não renunciaria ao cargo de governador com o único objetivo de manter Laurez Moreira apenas vice-governador, sem chances de “assumir as rédeas” da gestão estadual nem por um minuto sequer. Num verdadeiro movimento de xeque mate.
Governador Wanderlei Barbosa e vereadores de Gurupi
Vale ressaltar que isso teria consequências, agora, também, na sucessão municipal de Palmas, maior colégio eleitoral do Estado, e de Gurupi, domicílio eleitoral de Laurez Moreira, com Wanderlei Barbosa passando a atuar de forma muito mais contundente do que o esperado.
Nunca uma convenção do PSD será tão acompanhada de perto como a do próximo dia cinco de agosto.
Aguardemos!
Confira as proibições que candidatas, candidatos e partidos devem respeitar com relação aos conteúdos digitais
Com Assessoria do TSE
A propaganda de candidatas, candidatos, partidos políticos, federações e coligações para as Eleições Municipais de 2024 começa no dia 16 de agosto. É importante ter atenção para as regras estabelecidas pela Resolução TSE nº 23.610/2019 sobre o assunto.
Quanto à propaganda eleitoral pela internet, confira o que não é permitido:
Não é permitido o uso de qualquer conteúdo fabricado ou manipulado para espalhar informações falsas ou descontextualizadas que comprometam o equilíbrio do pleito ou a integridade do processo eleitoral.
Não é permitida a utilização de deepfakes e de conteúdos sintéticos em áudio ou vídeo, mesmo com autorização, para criar, substituir ou alterar imagens ou vozes de pessoas vivas, falecidas ou fictícias.
O impulsionamento de conteúdo em provedor de aplicação de internet somente poderá ser utilizado para promover ou beneficiar candidatura, partido ou federação que o contrate. A propaganda negativa é proibida tanto no impulsionamento quanto na priorização paga de conteúdos em aplicações de busca. A norma proíbe o uso, como palavra-chave, de nome, sigla ou apelido de partido, federação, coligação ou candidatura adversária, mesmo que a finalidade seja promover propaganda positiva.
É vedada a circulação paga ou impulsionada – desde as 48 horas antes e até as 24 horas depois da eleição – de propaganda eleitoral na internet, mesmo se a contratação tiver sido realizada antes desse prazo. Nesses casos, caberá ao provedor de aplicação que comercializa o impulsionamento desligar a veiculação da propaganda.
Lives realizadas por candidatas e candidatos são permitidas, mas não podem ser transmitidas ou retransmitidas em site, perfil ou canal de pessoa jurídica e por emissora de rádio e de televisão.
O descumprimento das normas sobre conteúdos fabricados, manipulados ou deepfakes caracteriza abuso do poder político, o que pode levar à cassação do registro ou do mandato.
Provedores devem manter um repositório em tempo real dos anúncios políticos, detalhando conteúdo e gastos, e disponibilizar uma ferramenta de consulta para o acesso a essas informações.
Os provedores são responsáveis pela remoção de conteúdos relacionados a atos antidemocráticos, informações falsas, ameaças à Justiça Eleitoral e discurso de ódio.
Candidatura foi confirmada em convenção do PSOL; será a primeira vez que o PT não encabeçará uma candidatura à maior cidade do País
Por Juliano Galisi
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) oficializou neste sábado, 20, a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo. A ex-prefeita Marta Suplicy, do PT, será a vice na chapa.
A convenção partidária da coligação "Amor por São Paulo" foi realizada no Expo Center Norte, na Vila Guilherme, zona norte da capital paulista. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros de Estado estiveram presentes no evento, reforçando a importância da eleição paulistana para o governo federal.
Neste ínterim, apoiou, inclusive, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, razão pela qual setores do próprio PT demonstraram insatisfação com o retorno dela à sigla, intermediado por Lula e confirmado em janeiro deste ano.
Marta estava no MDB e, para retornar ao PT, renunciou ao cargo de secretária municipal de Relações Internacionais. Na prática, ela debandou da gestão do emedebista Ricardo Nunes em prol de quem desponta como o principal adversário nas urnas do atual prefeito.
Mara Suplicy, vice de Boulos, é ex-secretária de Ricardo Nunes
Quem é Marta Suplicy, a vice de Boulos?
Marta Teresa Smith de Vasconcellos Suplicy é formada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Na década de 1980, foi apresentadora do quadro Comportamento Sexual, na TV Mulher, com o qual ganhou projeção nacional com dicas relacionadas à educação sexual.
Foi casada com o deputado estadual e ex-senador Eduardo Suplicy (PT) de 1964 a 2001. Filiou-se ao PT em 1981, mas só se candidatou a um cargo eletivo em 1994, quando foi eleita deputada federal. Na eleição geral seguinte, em 1998, foi candidata ao governo paulista, terminando em terceiro lugar. A boa votação na disputa pelo Bandeirantes cacifou Marta para uma campanha pela Prefeitura paulistana, em 2000.
Entre os feitos da sua gestão, estão as criações do Bilhete Único e dos CEUs. As medidas permanecem em vigor até hoje e serão apresentadas pela campanha de Guilherme Boulos como legados da vice para a cidade de São Paulo.
Por outro lado, também se atribui ao mandato da petista a criação excessiva de tributos, razão pela qual ficou conhecida como "Martaxa". O apelido pesou na eleição municipal seguinte, em 2004, e a mandatária perdeu a recondução ao cargo para José Serra, do PSDB. Ela tentou ainda um retorno ao cargo nos pleitos de 2008 e de 2016.
Marta também é ex-ministra de Estado. De 2007 a 2008, comandou a pasta de Turismo. Este era o cargo que ela ocupava quando fez uma declaração que abalou por anos sua imagem pública. "Relaxa e goza", sugeriu a então ministra aos turistas que enfrentavam uma crise nos aeroportos.
Ela permaneceu à frente da pasta de Turismo até 2008. Naquele ano, tentou retornar à Prefeitura de São Paulo, mas perdeu a eleição para Gilberto Kassab, do DEM. Em 2010, foi eleita senadora.
Entre 2012 e 2014, foi ministra da Cultura. Apesar de ter sido nomeada para a função por Dilma, Marta rompeu com a presidente e com o próprio partido em 2015, por meio de uma carta, na qual acusava a sigla de ter se envolvido em escândalos de corrupção. "O Partido dos Trabalhadores tem sido o protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou", escreveu Marta Suplicy no texto.
Marta Suplicy, indicada a ministra por Dilma, votou a favor da deposição da ex-presidente; autor do pedido de impeachment foi seu vice-prefeito em SP
No Senado, votou a favor do pedido de impeachment contra Dilma. Além disso, um dos coautores do pedido que depôs a petista foi Hélio Bicudo, vice de Marta na Prefeitura paulistana.
Esse rompimento é considerado uma "traição" por determinados setores do PT. Apesar de não estar filiada ao partido, uma das vozes que mais se manifestou neste sentido foi Luiza Erundina, que esteve presente na convenção deste sábado.
Rusgas entre Erundina e Marta
Em 2020, durante a campanha eleitoral em que foi vice de Guilherme Boulos, Erundina queixou-se do apoio de Marta ao prefeito Bruno Covas, o principal adversário da chapa à esquerda. "Marta está apoiando Covas. Ela traiu o PT, traiu a esquerda e traiu o povo", disse Erundina.
Um embate entre Marta e Erundina já havia ocorrido na eleição municipal anterior, de 2016. Naquele pleito, ambas eram candidatas a prefeita: Luiza Erundina, pelo PSOL, e Marta, pelo MDB. "Você apoia o governo (Michel) Temer, um governo ilegítimo e machista", disse Erundina à emedebista durante um debate televisivo promovido pela RedeTV!. "Você não passou no teste como feminista", alfinetou a candidata pelo PSOL.
A rusga entre as ex-prefeitas, em verdade, remonta ao ano em que Marta venceu a eleição. No pleito de 2000, a petista queria uma aliança com Erundina, então no PSB. O acordo não foi adiante, pois a pessebista, rompida com o PT, não arredou de uma candidatura própria. Enquanto Marta venceu Paulo Maluf no segundo turno, Erundina ficou em quinto lugar.
A reaproximação de Marta com o PT e com a pré-campanha de Guilherme Boulos foi alvo de críticas de Luiza Erundina. "Um equívoco a decisão do PT em relação a trazê-la de volta ao partido para torná-la candidata a vice", disse a deputada federal do PSOL em março, durante uma agenda com o próprio Boulos.
Por outro lado, a despeito das ressalvas, Erundina ressaltou que apoiaria a chapa ao Executivo paulistano de seu partido. "Isso já está dado. Nós temos uma chapa, estamos fazendo a campanha dessa chapa, também fazendo a campanha dos candidatos a vereadores e vereadoras", disse.
Coligação de Boulos não 'fura a bolha'
Se o grande trunfo da articulação política é o acordo com o PT, o candidato não obteve o mesmo êxito em atrair mais siglas para a sua coligação.
Ao todo, oito legendas integram a chapa. Na prática, Boulos só obteve o apoio de legendas que não furam a bolha da esquerda: o Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido da Mulher Brasileira (PMB) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
O apoio do PCB foi anunciado no início da convenção. Além destes, integram a coligação, por adesão automática, a Rede, que é federada ao PSOL, e PCdoB e PV, federados ao PT.
O PMB e o PCB são "nanicos" e não dispõem de acesso a recursos públicos para financiamento de campanha. O PMB, curiosamente, era o partido pleiteado por Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação durante a gestão de Jair Bolsonaro, para uma candidatura ao Executivo paulistano.
Por Vinícius Rocha
O presidente Lula reuniu nesta quarta-feira diversos parlamentares da Câmara dos Deputados que tiveram ligação com dois projetos de lei recentemente aprovados pelo Congresso Nacional. Entre os convidados, estava o deputado federal pelo Tocantins, Ricardo Ayres (Republicanos). Durante o encontro, Lula sancionou uma proposta que permite a prorrogação de prazos para conclusão de cursos de graduação e pós-graduação para estudantes que tiveram filhos ou adotaram crianças, além da ampliação da vigência das bolsas de estudo nesses casos.
A ampliação dos prazos em pelo menos 180 dias é válida para a conclusão de disciplinas e trabalhos finais. Os estudantes também poderão ter esse benefício em caso de internação hospitalar de filhos por um período superior a 30 dias.
Outro projeto sancionado pelo presidente modifica a Política Nacional de Educação Ambiental, dando atenção às mudanças climáticas, proteção da biodiversidade e aos riscos de desastres socioambientais. Esses temas devem ser inseridos em projetos pedagógicos da educação básica e superior, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, além de promover a sensibilização de toda a sociedade.
Ayres falou da importância institucional do encontro e afirmou que é preciso, cada vez mais, unir o Brasil com um único propósito: trazer melhorias diretas para a população. “Como deputado, não importa quem esteja na presidência, sempre atuarei pelo bem do país e, de maneira especial, pelo Tocantins. As divergências devem ser deixadas nas eleições, e o mandato serve para trabalhar pelo bem comum, não para causar intrigas que atrapalhem o crescimento do Brasil”, disse o deputado, lembrando que esteve entre os 10 parlamentes da Câmara que mais relataram propostas no último ano.
Estavam presentes no evento o ministro da Educação, Camilo Santana, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, de Luciana Santos e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Luiz.