Evento realizado em Palmas reuniu entidades classistas para a exposição de demandas e das propostas do candidato
Por Priscila Cavalcante
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO), Carlos Suzana entregou carta da instituição ao candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, que cumpre agenda em Palmas na manhã desta sexta-feira, 24/08. O documento foi entregue em evento para a apresentação das propostas do candidato que tem como vice a senadora pelo Tocantins, Kátia Abreu.
Quatro ações primordiais foram apresentadas na carta com foco em infraestrutura e logística para o escoamento da produção e promoção da competitividade, sendo elas: a celeridade no processo de duplicação da rodovia Belém-Brasília (BR 153), remoção do “Pedral do Lourenço” e construção das eclusas nas usinas hidrelétricas de Estreito (MA) e Luís Eduardo Magalhães (Lajeado/TO) na hidrovia no rio Tocantins, construção da rodovia BR 242 (Transbananal) incluindo ponte sobre o Rio Araguaia, trecho de Formoso do Araguaia até o entroncamento com a BR 158 (Mato Grosso) e a modernização e ampliação dos aeródromos de Araguaína e Gurupi e implantação do aeroporto de Mateiros.
"Os investimentos que nós apontamos neste documento são primordiais para que o produto da indústria tocantinense saia do estado com competitividade e para que o segmento volte a crescer. A atuação da FIETO na defesa de interesses nos leva a disseminar estas prioridades da indústria aos candidatos e instituições que podem conduzir estas ações e investimentos essenciais ", disse o vice-presidente, Carlos Suzana.
“O país que precisa se industrializar fechou 13 mil indústrias nos últimos 3 anos. Eu vejo o documento da Federação pedindo a industrialização do Tocantins e no lugar de contratar, nós estamos fechando indústrias como nenhum país do mundo jamais assistiu", disse Ciro Gomes reforçando a necessidade de mudança deste cenário proposta em sua candidatura.
Marina Silva disse que "enquanto as mulheres trabalharem mais que os homens e tiverem dupla jornada", aposentadoria será diferenciada
Com Agência Brasil
A candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência da República, Marina Silva, defendeu, em entrevista à EBC , um tratamento especial para as mulheres na reforma da Previdência. Sem especificar qual seria a idade mínima para aposentadoria feminina, ela afirmou que "enquanto as mulheres trabalharem mais que os homens e tiverem dupla jornada, elas terão uma aposentadoria diferenciada".
Além de defender a discussão da reforma da Previdência - mas não a proposta enviada pelo governo ao Congresso, que classificou como "draconiana" - , Marina Silva afirmou que o "Plano Real deu certo, mas foi desvirtuado".
Ela assegurou que manterá o tripé econômico em vigor: câmbio flutuante, com mecanismos de proteção, controle da inflação e superávit primário, sinalizando também ser favorável à política de juros baixos para a retomada do crédito.
Questionada sobre a influência das eleições no mercado financeiro, especificamente sobre a alta do dólar que ocorre nesta semana, a candidata reagiu: "Sempre que se tem eleição, aparece esta história de variação do dólar. A democracia não pode estar sujeita a este tipo de coisa; a gente tem de debater ideias".
Marina afirmou ainda que há estrangeiros querendo investir no Brasil , mas que para isso acontecer o país precisa ter credibilidade, combater a corrupção e oferecer segurança jurídica para as empresas.
Ela defendeu a volta dos empregos sobretudo por meio da dinamização da construção civil, das obras de infraestrutura, do turismo e energia limpa, citando investimentos em placas solares. A candidata também garantiu o reajuste do salário mínimo pela inflação e defendeu que o país volte a crescer para que se tenha prosperidade e melhor remuneração para os trabalhadores.
A ambientalista se mostrou contrária ao aumento dos salários do Poder Judiciário aprovado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ). "Não se pode pedir sacrifício da população se o exemplo não vem de cima".
A candidata se disse, por fim, capaz de unir os brasileiros, mas, durante a entrevista, acabou dividindo evangélicos e católicos. Ao ser perguntada sobre que tratamento daria na rede de saúde ao público LGBTQI +, ela respondeu que trataria todos como cidadãos, sem qualquer discriminação e de acordo com suas necessidades de saúde.
Em seguida, reclamou do questionamento: "Eu acho engraçado que esta pergunta é sempre feita a mim talvez pelo fato de eu ser cristã e evangélica. Sempre tem um certo enviesamento comigo. Mas eu não vejo esta pergunta sendo feita por exemplo ao candidato Alckmin, que é católico praticante e que com certeza também tem posições referentes ao aborto e outros temas".
Sobre o aborto, voltou a defender a realização de um plebiscito que envolva toda a população - e não apenas as mulheres. Marina, que se disse pessoalmente contrária ao aborto, afirmou que nem o Judiciário nem o Congresso estão aptos a decidir sobre a descriminalização.
Em segurança pública, Marina defendeu também o sistema penitenciário público, sem privatização das cadeias, e com valorização e integração das polícias.
Por fim, criticou a intervenção federal no Rio de Janeiro, dizendo que foi necessária porque "não havia mais governo no Rio e a população não poderia ficar entregue à própria sorte." Marina Silva disse que a violência precisa ser combatida de forma estruturada e estruturante. A candidata defende que o Exército não atue em segurança pública.
* Com informações da Agência Brasil
Como todos sabem a coligação entre o MDB e o PSB foi um “casamento arranjado”, daqueles em que o amor fica em segundo plano e o que importa é o “dote”. A reunião realizada nesta quarta-feira (22) serviu para chancelar o “pacto nupcial sem amor”.
Por Edson Rodrigues
O MDB liberou os membros da legenda para apoiar a quem bem entender, desobrigando-os de serem “padrinhos forçados” do “casamento” com o PSB de Carlos Amastha.
“DOTE”
O grande questionamento, agora, é quem ficará com o “dote” maior. Amastha, mesmo sem o apoio do todo o MDB, com a simples aliança conseguiu um grandíssimo tempo no Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV.
A outra parte do “dote”, os recursos partidários, agora gera desconforto pela dúvida sobre quem ficará com ela, se a majoritária ou a proporcional, assim como o risco que vão correr aqueles que, porventura, usarem o Horário Gratuito para pedir votos para outro candidato, que não seja Amastha.
Outra preocupação é em relação ao material de campanha de quem preferiu não ficar no “casamento”: pode ou não pode confeccionar santinhos com a foto dos candidatos a governador e senador de outra legenda?
QUEM GANHOU E QUEM PERDEU
Com todo esse imbróglio criado por Amastha ao não dar a mínima para os candidatos proporcionais do MDB, se recusando a subir em palanques em cidades-chave para a legenda, resta saber que permanecerá com o apoio ao candidato do PSB e quem terá seu próprio palanque.
Ainda é cedo para fazer prognósticos de como ficará essa situação, mas é a hora certa para o MDB atestar sua capacidade partidária, analisando o potencial de capilaridade de seus líderes. O único porém é que esses dados só estarão disponíveis quando sair o resultado das urnas.
Nos próximos 15 dias de campanha já se poderá ter uma noção mínima dessa situação, observando os locais onde Amastha for perdendo popularidade e analisando se, ao mesmo tempo, os candidatos do MDB ganham espaço. Só assim se poderá ter uma noção de quem ganhou e de quem perdeu com essa situação.
A única certeza é que os demais candidatos ao governo estão de portas abertas para receberem o apoio das lideranças e candidato do MDB que optarem pelo “divórcio”. Nas hostes de Mauro Carlesse e Márlon Reis, já são muito perceptíveis os movimentos em busca desses apoios.
O EFEITO SÍTIO NOVO
A atitude de Carlos Amastha em Sítio Novo, de não subir ao palanque em que estavam Marcelo e Dulce Miranda, além de outras lideranças do MDB, foi a gota que faltava para o caldo entornar. O clima ficou insuportável e irremediavelmente ruim entre as lideranças das duas legendas e certamente vai influenciar nos rumos da sucessão estadual, pois a parte mais importante do MDB saiu em defesa de seu líder maior e a candidatura de Amastha deve perder grande parte de sua musculatura.
As urnas vão dizer quem se posicionou melhor após o “caso” Sítio Novo e o tempo, como sempre, será o senhor da razão...
Após série de adiamentos, direção da Casa cansou de esperar Maluf decidir sobre renúncia e cumpriu determinação do STF; advogado contesta medida
Com Agência Brasil
Após meses de indefinição , a Mesa Diretora da Câmara determinou nesta quarta-feira (22) a cassação do mandato de Paulo Maluf (PP-SP) como deputado. O até então parlamentar, de 86 anos de idade, foi condenado a 7 anos e 9 meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro e atualmente cumpre prisão domiciliar em São Paulo
A decisão não passou pelo plenário da Câmara e foi tomada em reunião realizada pela manhã na residência oficial do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O rito atende a determinação do ministro Edson Fachin, responsável pela sentença que condenou Paulo Maluf no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay , afirma que a Mesa Diretora da Câmara não tinha o direito de cassar o mandato de Maluf, e considera que a decisão "abre um precedente perigosíssimo". O advogado também diz que o Poder Legislativo "sai menor e acuado" por conta dessa medida, considerada "inconstitucional" pela defesa.
"Tal decisão é exclusiva do Plenário da Casa. Assim procedendo, abriu-se um sério e perigoso precedente, que ataca o próprio texto da Constituição. O Legislativo sai hoje menor desse episódio, lamentavelmente", afirmou Kakay.
Novela em torno do mandato de Paulo Maluf
Antes de pôr fim ao mandato parlamentar de Maluf, a cúpula da Câmara até mesmo discutiu a possibilidade de cobrar esclarecimentos do STF e o presidente Rodrigo Maia chegou a questionar a Corte sobre se era de fato a Mesa Diretora, e não o Plenário, a quem compete determinar a cassação. O questionamento, no entanto, segue sem resposta do Supremo.
O ministro Edson Fachin justificou o pedido de cassação de Maluf alegando que, preso, o parlamentar não poderia frequentar as sessões no Congresso, A Constituição prevê que a Mesa Diretora da Câmara deve declarar a perda do mandato do deputado que faltar a um terço das sessões, sem necessidade de levar o caso ao Plenário.
No entanto, a Constituição Federal também estabelece a perda do mandato de parlamentar quando há uma condenação por meio de sentença transitada em julgado, e, nesse caso, a decisão seria tomada pelo Plenário. Uma vez que a sentença que condenou Maluf não foi publicada até hoje, parte dos integrantes da Mesa Diretora alegava que a Câmara deveria aguardar o acórdão para decidir sobre a cassação pelo Plenário.
Chegou-se a discutir a possibilidade de Maluf renunciar ao mandato por iniciativa própria, o que foi proposto pelo próprio advogado do ex-prefeito. Maluf, no entanto, não se decidiu quanto a essa medida dentro do prazo estipulado pela Câmara, que se esgotou nessa quarta-feira.
A condenação de Paulo Maluf
Maluf foi condenado por suposto crime cometido durante sua gestão como prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996. Ele foi acusado de receber propina em contratos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS para a construção da Avenida Água Espraiada, hoje chamada Avenida Roberto Marinho. Os recursos foram movimentados em contas ligadas a Maluf e à sua família no exterior e o crime de lavagem de dinheiro se configurou nas transações financeiras realizadas posteriormente visando trazer os recursos de volta ao Brasil.
O agora deputado cassado ficou preso entre dezembro e março no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, mas ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar devido a "graves problemas de saúde ", conforme alegou sua defesa em recurso aceito pelo ministro do STF Dias Toffoli. Paulo Maluf lida com problemas cardíacos, ortopédicos, câncer de próstata e diabetes. *Com informações e redação da Agência Câmara Notícias
Jornalista lança fogo em poça de gasolina da corrupção estadual e “conta milagre sem revelar o santo”. Onde há fumaça, há fogo...
Por Edson Rodrigues
Uma das pioneiras do jornalismo tocantinense, respeitada e competente, Sandra Miranda, lançou um alerta em seu twitter de que empresários, fornecedores do governo, estão sendo convocados, um a um, para receber a notícia de que só vão receber o lhes é devido caso deixem entre 30 e 40% do valor nas mãos do devedor, no caso, do poder público. A jornalista só não revelou qual dos poderes – e qual a alçada, estadual ou municipal – está fazendo esse achaque, essa extorsão nada republicana.
Dada a diferença de ética entre os poderes públicos e o jornalismo, estamos totalmente propensos a acreditar na afirmação da jornalista.
São mais de 20 anos à frente de um respeitado veículo de comunicação, com relevantes serviços prestados á sociedade tocantinense no campo do jornalismo e da publicidade, que valem muito mais que um simples blefe nas redes sociais.
Cremos que, na próxima segunda-feira, data da circulação do seu periódico, o jornal Primeira Página, Sandra possa revelar mais detalhes sobre o fato citado por ela e abrir as portas para que as autoridades competentes, a começar pelo nosso atuante Ministério Público, tomem as devidas providências.
Cabe ao nosso Sindicato dos Jornalistas e entidades nacionais, dar à Sandra Miranda a devida segurança para que possa continuar sua saga de jornalismo investigativo e trazer á tona a verdade sobre esse fato de tamanha gravidade que ela está por revelar.
Como diz o velho ditado, “onde há fumaça, há fogo” e a credibilidade de Sandra Miranda junto à população é um bem muito maior que uma mera leviandade.
Que rufem os tambores!!!!