Ativista na área dos direitos humanos foi um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff; ele deixa sete filhos, netos e bisnetos
Com i Agência Brasil
O jurista Hélio Bicudo, que foi fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) – e um dos responsávei pelo pedido de impeachment que levou à queda de Dilma Rousseff no poder –, morreu nesta terça-feira (31), aos 96 anos, na capital paulista. De acordo com o jornal a Folha de São Paulo , o advogado estava com a saúde frágil desde 2010, quando sofreu um AVC. O quadro de saúde deste, que é um dos homens mais importantes para a história do Partido dos Trabalhadores , piorou com a morte de sua mulher Déa Pereira Wilken Bicudo, em março deste ano, após 71 anos de casamento. Ativista na área dos direitos humanos, Hélio Bicudo ganhou notoriedade ao combater o Esquadrão da Morte, organização paramilitar dos anos de 1970, sendo depois presidente da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos.
Bicudo nasceu em Mogi das Cruzes, município localizado na Grande São Paulo. Durante sua juventude, foi aluno da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (São Francisco - USP), na turma que encontrou na faculdade no ano de 1946.
A sua família ainda não divulgou o local onde acontecerá o seu velório. Patriarca de uma grande família, Bicudo deixa sete filhos, netos e bisnetos. Quatro dos seus filhos são homens e três deles são mulheres.
Em 1986, Bicudo se filiou ao PT e foi candidato ao Senado. Ele foi secretário de Negócios Jurídicos do município de São Paulo na gestão da ex-prefeita Luiza Erundina entre 1989 e 1990, quando se elegeu deputado federal pelo mesmo partido. O advogado também foi vice-prefeito de São Paulo na gestão de Marta Suplicy, então filiada ao Partido dos Trabalhadores , de 2001 a 2005. O jurista anunciou sua desfiliação do PT em 2005, durante as investigações do caso conhecido como mensalão.
O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PHS), busca de todas as formas uma maior integração com o funcionalismo público. Antenado 24 horas, e com uma boa relação com o presidente do Sindicado dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro que tem sido peça atuante em defesa dos direitos dos servidores
Por Edson Rodrigues
Carlesse é consciente que ganhou a confiança do funcionalismo com o apoio de Cleiton, da contribuição direta dos servidores no resultado das eleições suplementares, da força que eles demonstram e apesar dos desafios diários o governador vem mantendo um equilíbrio administrativo. Na Capital eles somam mais de 24 mil, em Araguaína seis mil, em Porto Nacional, três mil.
Longe do modelo ideal, a equipe gestora assim como a população tem consciência de que é impossível resolver todas as demandas em um governo tampão, com restrições constitucionais em um período de processo eleitoral, no entanto, o governador iniciou os pagamentos da data base de 2017 e 2018.
Dados
A data-base 2017, referente ao período de maio de 2016 a abril de 2017, teve índice de 3,9870%, e o custo de sua implementação será de R$ 10,5 milhões. Já o índice de 2018 foi calculado em 1,69% e o impacto na folha será de R$ 4,6 milhões.
Heranças
Mauro Carlesse herdou dos seus antecessores inúmeras dívidas, e o próprio cuidou de aumenta-la com milhares de nomeações e contratos temporários. Prática, diga-se de passagem, usada por todos que já estiveram no comando do Estado. Um veículo trouxe no início de julho uma planilha com todos os gastos do Executivo neste primeiro semestre, no qual foi possível perceber que atualmente o pagamento da folha chega a 58% do que é arrecadado pelo Estado, porém está cumprindo com a folha do pagamento dos servidores públicos.
Turbulência Jurídica
Este período no qual o Tocantins atravessa atualmente já era aguardado por todos. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) aguarda o julgamento do governador Mauro Carlesse sobre abuso de poder, para posteriormente realizar o registro de sua candidatura e seu vice, Wanderley Barbosa (PHS).
De qualquer forma seria leviano fazer qualquer pré-julgamento, porém não podemos tampar o sol com a peneira.
Segundo chegou a nosso conhecimento, muitas trovoadas e ventos fortes vêm por aí. Delação, confissão, e muito mais nos próximos dias. A partir daí, com conhecimento da gravidade da situação, levando em consideração elementos comprobatórios será possível realizarmos uma análise da atual conjuntura política tocantinense, com base nas provas colhidas pela Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Federal.
Sangramento
Com uma campanha de 45 dias, nos próximos três meses o processo do governador tende a ir para a Suprema Corte que provavelmente manterá a decisão pelo Tribunal Eleitoral do Tocantins.
Caso os resultados sejam negativos, Mauro Carlesse e seu vice-governador, Wanderley Barbosa, e o conglomerado governista passa a sangrar publicamente, mas se forem absolvidos automaticamente ficarão com maior poder de embate na disputa de outubro.
O Plano B
Autoridades ligadas ao MPF afirmam que após tomarem conhecimento superficial de parte das denúncias inseridas no processo há provas suficientes para uma cassação do diploma de Mauro Carlesse. Uma questão é fato: nada será resolvido no Estado, pois no caso de uma decisão em colegiado pela Corte Eleitoral do Tocantins, o processo ainda cabe recurso para o Supremo Tribunal Federal, em Brasília. E a partir daí entra em trânsito e julgado as famosas liminares que apesar do ganho de tempo há um desgaste da imagem. E caso isso ocorra, há um plano B? Tornando os dois inelegíveis quem seria o candidato substituto de Carlesse? Carlos Gaguim? Luana Ribeiro? Eduardo Gomes? César Halum?
Entenda
Em 2009 o então governador Marcelo Miranda passou por um processo de cassação. Afastado do cargo o Tocantins ganhou destaque no cenário nacional. Em 2010, Marcelo Miranda disputou nas urnas a função de senador, foi eleito, mas proibido de ser diplomado pelo Tribunal Eleitoral. Agora, em 2018, pela segunda vez Marcelo é cassado da função de governador. O Estado não possui estrutura para mais um processo de cassação de diploma de um governador. Além de tudo isto, seria uma vergonha no qual desgastaria a imagem do Tocantins junto a opinião pública brasileira, as financeiras, e principalmente ficaria desacreditado.
Por João Brandão
O Instituto Paraná Pesquisas divulgou nesta terça-feira (31) três cenários com nomes diferentes do PT para a presidência. Tanto na simulação com Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, como com o ex-governador da Bahia Jaques Wagner sendo candidatos do PT, Jair Bolsonaro (PSL) lidera, mas perde a dianteira quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece no levantamento.
Na primeira simulação (com Haddad), ele aparece com 23,6% das intenções de voto. Na segunda (com Jaques Wagner), Bolsonaro tem 23,5% da intenção de voto. Os petistas teriam 2,8% dos votos. Com Lula, se a eleição fosse hoje, o ex-presidente teria 29% dos votos, contra 21,8% de Bolsonaro. Os demais candidatos teriam menos de 10% das intenções de voto cada.
Ainda sem Lula, Bolsonaro iria para o segundo turno ou com Marina Silva (Rede) ou com Ciro Gomes (PDT), que estão tecnicamente empatados, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. A pesquisa mostra a candidata da Rede com 14,4% dos votos no cenário com Haddad e 14,3% na simulação com Jaques Wagner. Já Ciro tem 10,7% no cenário com Haddad e 10,8% na simulação com Wagner.
Mais da metade afirmou que “não votaria de jeito nenhum” em sete candidatos: Lula (54,1%), Jair Bolsonaro (54,3%), Marina Silva (55,2%), Ciro Gomes (58,9%), o candidato do PSDB Geraldo Alckmin(63,3%), Fernando Haddad (67%) e Henrique Meirelles (62,3%), ex-ministro da Fazenda e candidato do MDB.
A pesquisa foi realizada com 2.240 eleitores em 170 municípios. Registro no TSE: BR-00884/2018. Margem de erro: 2 pontos percentuais. Confiança: 95%.
Durante a noite da segunda-feira (30/7), personalidades, jornalistas, youtubers, apoiadores e pessoas contrárias ao pré-candidato movimentaram a rede social
Por Amanda Miranda
Pré-candidato à presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) criticou a política de cotas raciais e afirmou que pode propor a redução desse direito em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (30). “Que dívida? Eu nunca escravizei ninguém”, afirmou. “O português nunca nem pisou na África. Os próprios negros entregavam”. O parlamentar negou que seja racista, apesar das declarações, e reafirmou a fala que o levou a ser denunciado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por racismo ao Supremo Tribunal Federal (STF). “É na brincadeira”, minimizou as ofensas aos quilombolas.
Bolsonaro afirmou durante uma palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, que tinha ido a um quilombo e que o “afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”. “Não fazem nada, eu acho que nem pra procriador servem mais”, disse ainda, no ano passado.
Na entrevista, Bolsonaro citou como exemplo para justificar a opinião sobre a política de cotas o caso dos filhos de um paraibano branco e um negro que não fosse nordestino prestando o mesmo vestibular. “O do paraibano tira 9 e não entra e o do afrodescendente tira 5 e entra. Isso é justo?”, exagerou nas contas.
Críticas à Câmara
O deputado criticou o Congresso Nacional, onde está desde 1991, e o fundo eleitoral. “São os mesmos que quase nada fizeram pelo Brasil”, afirmou o deputado. Na Câmara há 27 anos, teve apenas dois projetos de lei aprovados, de 162 apresentados. “Ciro Gomes apresentou 0 projetos”, comparou com o futuro adversário na corrida presidencial, que cumpriu apenas um mandato na Casa, na legislatura passada.
“O projeto mais importante que eu aprovei lamentavelmente o Supremo julgou inconstitucional, que foi o voto impresso”, minimizou. “Quantas coisas ruins eu evitei que fossem aprovadas, como o kit gay? Por que o projeto da castração química não vai para a frente”, questionou, citando propostas questionadas por organizações de direitos humanos.
“Nunca integrei a maioria das comissões da Câmara. Lá é um mundo, é impossível fazer tudo”, reconheceu ao ser questionado sobre admitir não entender de economia e, ao mesmo tempo, ter a função, como parlamentar, de aprovar o orçamento do País.
Economia e Previdência
Bolsonaro anunciou que, se for eleito, terá o economista Paulo Guedes como ministro da Fazenda. Com um País em meio a uma crise econômica, o pré-candidato recorre ao auxiliar para os temas da área que admite desconhecer. Questionado se teria um ‘plano b’, afirmou: “Para a tristeza da esquerda, dos estatizantes, nós não morreremos, não”.
O deputado federal defendeu uma reforma da Previdência, mas não a que foi proposta pelo presidente Michel Temer (MDB). “Dá para aprovar, sim. Paulatinamente”, enfatizou.
Candidatos ao parlamento do mesmo partido em palanques diferentes e campanhas do “eu sozinho” são as marcas do pleito
Por Edson Rodrigues
Uma eleição marca o momento em que todos os cidadãos, do mais rico ao mais pobre, do analfabeto ao doutor, passam a ter o mesmo valor e o mesmo poder. O poder do voto, da escolha de quem estará no poder e quem estará como satélite do poder, nos parlamentos estaduais e no nacional.
A única diferença que vai separar os eleitores está na forma com que vão definir seus votos. Uns o trocarão por um botijão de gás, uma caixa de cerveja, uma conta de energia paga, um jogo de camisas para seu time de futebol, enquanto outros estão estudando os melhores nomes, analisando suas vidas pregressas e separando os potencialmente honestos dos que já tem processos judiciais.
A questão mostra que os partidos vêm perdendo força. No momento em que serão eleitos os cargos mais importantes para o comando do País e dos Estados, os eleitores, a população, está concentrada na história dos políticos e, não dos partidos. Os “pes” que iniciam e os adjetivos que terminam os nomes das legendas, pouco importam, muito menos suas ideologias.
A maior prova disso são os “matrimônios” eleitorais, com divórcio pré-datado que estão sendo “arranjados” entre os partidos, visando tão somente o “dote” do tempo de Rádio e TV gratuitos durante a campanha.
Partidos de esquerda se unem aos de direita, ideologias socialistas andam de mãos dadas com direitistas, comunistas com liberais...transformando as coligações em verdadeiras “casas da mãe Joana”, e, por conseguinte, afastando os eleitores que ficam desconfiados e enojados com a falta de vergonha com que os matrimônios são “acertados”.
Esse arranjos empurram por goela abaixo dos eleitores candidatos que, normalmente, estariam fora de suas opções de escolha, o que leva o cidadão mais precavido a precisar fazer uma lista de suas opções, sem olhar para as legendas, o que explica os níveis estratosféricos de rejeição que alguns políticos vêm apresentando nas pesquisas.
Logo, esta será, de longe, a eleição do “cada um por si e Deus por todos”. Quem ganhar será por mérito próprio, sem apoio dos “cabeças de chapa”. Quem perder será por escolhas erradas de alianças.
”AMORES DESFEITOS”
No Tocantins, todos sabem que o segundo turno é inevitável. Com três candidaturas bem posicionadas – Carlesse, Amastha e Márlon Reis – ainda é impossível cravar um prognóstico de qual deles vai focar de fora, pois, como dissemos, o voto não é vinculado e os casamentos são arranjados, com data certa para divórcio, como um casamento sem amor. Mero negócio, espalhado por coligações improváveis em todo o Brasil, com o Tocantins, é claro, incluído.
Temos o exemplo mais claro disso no PSDB do Tocantins, que terá candidatos a deputado estadual e federal distribuídos entre os palanques de Carlos Amastha e Mauro Carlesse, sem unidade nenhuma e nenhum compromisso com a ideologia , apenas com a preocupação de ter mais tempo no horário de Rádio e TV e mais recursos do Fundo Partidário, o que cria uma situação prá lá de inusitada que é o candidato aparecer no propaganda eleitoral de um candidato a governador no Rádio e na TV e no palanque de outro nos dias de comício.
Será que o eleitor engole mais essa prova de inconfiabilidade dos nossos políticos?
Tal qual as novelas e folhetins da televisão, caberá aos eleitores/telespectadores, escolher quem será o mocinho e quem será o vilão nessa história de “amores desfeitos” e casamentos arranjados.
SEGUNDO TURNO
Dentro de toda essa “salada mista” que está se configurando a eleição no Brasil e no Tocantins, aqui, pelo menos, temos uma certeza: se Márlon Reis chegar ao segundo turno, ele será inevitavelmente o novo governador do Tocantins.
Diante do quadro sucessório a ser apresentado no próximo dia cinco, após as convenções e coligações sacramentadas, em que 98% dos postulantes a cargos eletivos proporcionais querem, unicamente, seu registro de candidatura, seja por “chapão” ou por “chapinha”, esses candidatos terão a seu favor apenas suas estruturas de campanha.
As estruturas bem fundamentadas e com poderio econômico tendem a sair vitoriosas, enquanto que as candidaturas sem organização ou coordenação, não devem decolar, ficando o mérito de ser eleito ou não unicamente para o candidato.
Lembrando que uma boa infraestrutura de campanha só funciona se o candidato tiver serviços prestados ao Estado, não ser “ficha suja” e contar com apoio de prefeitos e deputados estaduais e federais e, o principal, ter uma plataforma com propostas consistentes e realizáveis.
E é justamente nesse contexto que Márlon Reis tem suas chances aumentadas, pois tem pouca ou quase nenhuma rejeição, não pertence a grupo ou família política e, como não tem alianças com candidatos ao Legislativo Estadual, pode, chegando ao segundo turno, ter condições de articular um pacto para a formação de um governo de coalizão, com deputados estaduais e federais eleitos pela chapa derrotada, criando uma situação que lhe permita ganhar a eleição no segundo turno.
Isso é cristalino.
SIQUEIRA E O ENIGMA DO SENADO
Já para as postulações ao Senado, a configuração é exatamente a mesma: quem tiver mais estrutura, leva, já que os votos não estão mais vinculados a partidos e os eleitores irão votar em dois senadores. Com seis nomes fortes na disputa, o diferencial será, exatamente a estrutura individual de cada um.
Nos 30 anos de Tocantins, esta disputa para o senado será a mais disputada de todos os tempos e colocará em evidência muito positiva o nome dos eleitos.
O grande enigma diz respeito à candidatura de José Wilson Siqueira Campos, que completa 90 anos no próximo dia 1º de agosto.
Com cinco mandatos de deputado federal, no último dos quais foi autor da Emenda Constitucional que criou o Estado do Tocantins, e três mandatos de governador, todos eleito pelo voto do povo tocantinense, que ainda nutre um grande apelo de gratidão pelo “velho Siqueira”.
A pergunta que não quer calar é se, aos 90 anos, Siqueira ainda terá a mesma vitalidade e atitudes que demonstrou durante toda a sua vida pública.
A lucidez e a inteligência ainda estão intactas. A grande dúvida paira sobre a saúde, em grande parte por conta de boatos que frequentemente circulam pelos bastidores políticos.
Neste próximo dia primeiro de agosto, como todos os anos, uma missa será celebrada em homenagem a mais um ano de vida de Siqueira Campos. Um evento especial que vai sanar as dúvidas sobre a saúde e a vontade de Siqueira em servir, mais uma vez, o povo tocantinense.
Sem sombra de dúvidas, será um evento disputadíssimo pela imprensa, no ensejo de, enfim, poder responder a essa pergunta.
Estamos de olho!
Até o próximo capítulo!