Mesmo com os altos e baixos, governo vem conseguindo vitórias significativas após modificações na forma de gestão
Por Edson Rodrigues
O governador Marcelo Miranda, aos trancos e barrancos, vem conseguindo romper os vários obstáculos que se interpõem em seu caminho e, mesmo de forma paulatina, vai recolocando ordem nas coisas e o Estado nos eixos.
Um desses obstáculos terá fim nesta próxima terça-feira, como o pagamento do Plansaúde. Segundo a secretaria de administração, o pagamento será feito de forma impreterível.
Dessa forma, milhares de servidores voltam às suas atividades e seus dependentes, à segurança da paz familiar.
Outra vitória acontece no próximo dia 23, quando o governador receberá uma missão internacional do Banco Latinoamericano, que deverá dar o aval para um empréstimo de 172 milhões de dólares a serem usados na pavimentação asfáltica entre Palmas, São Félix do Jalapão e Mateiros e no incremento de projetos de turismo, beneficiando, também, os produtores rurais da região, que terão mais facilidade no escoamento da safra.
A equipe de Infraestrutura do Estado também vem trabalhando em conjunto com o governador para finalizar os projetos para a construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional.
KÁTIA FAZ SUA PARTE
A senadora Kátia Abreu, ministra da Agricultura, comemorou a conclusão, pelo governo federal, da primeira etapa da concorrência pública para o derrocamento do Pedral do Lourenço, na hidrovia do Tocantins, no Pará. Essa obra, uma das prioridades da senadora Kátia Abreu há oito anos, permitirá o escoamento da produção agrícola e mineral das regiões norte e centro-oeste e torna o porto de Vila do do Conde (PA) estratégico nas trocas comerciais com países europeus e com os norteamericanos.
Com benefícios diretos à economia do Estado do Tocantins, já que possibilitará a conclusão da Hidrovia do Tocantins, projeto a que se dedica a parlamentar.
GAGUIM A JATO (SEM TROCADILHOS)
O deputado federal Carlos Gaguim acaba de ser eleito líder da bancada do PMB (Partido da Mulher Brasileira) na Câmara Federal, composta por 19 deputados e que estará recebendo, durante a “janela” de troca de partidos, vários parlamentares de outras legendas.
Gaguim é um sujeito determinado, gosta de desafios e é um bom articulador político. É verdade que, de vez em quando, também gosta de arrumar uma briguinha política, mas não é homem de guardar mágoas. É, também, um tipo em extinção na política brasileira, aqule que cumpre com as promessas e honra a palavra.
Por essas e outras, seu nome está muito bem cotado nos bastidores da política da Capital, como um dos únicos com possibilidades de agregar forças contra o colombiano, naturalizado brasileiro, Carlos Amastha, candidato à reeleição à prefeitura de Palmas.
Não só a classe política, mas empresários, comerciantes, profissionais liberais e os próprios servidores públicos, que já elegeram Gaguim vereador e deputado estadual por dois mandatos, o deputado federal mais votado do Estado, presidente da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa, podem fazer cumprira a profecia do saudoso irmão e conselheiro Salomão Wenceslau, que dizia que Gaguim ainda seria prefeito de Palmas.
A concretização dessa profecia, hoje, depende apenas de Gaguim se ele seguir a jato, como vem fazendo, reúne todas as condições para derrotar o atual prefeito. É tudo uma questão de articulação.
E isso ela sabe fazer!
SITUAÇÃO DO PMDB
O PMDB, depois de muito “sangramento” e um tanto atrasado em relação aos demais partidos, O PMDB tenta entrar na disputa um tanto quanto anêmico e enfraquecido em relação aos demais partidos, dividido entre a ala que apóia Marcelo Miranda e a que segue os ditames da senadora e ministra Kátia Abreu, tendo no meio, como agravante a ala que já é conhecida como “foguinho”, que assumiu o papel de por lenha na fogueira e levar e trazer informações entre as duas alas, acirrando a disputa para ver o circo pegar fogo.
Enquanto isso, os demais partidos se aproveitam dessa desunião para arregimentar os descontentes para sua s legendas, alguns deles, potenciais candidatos em seus municípios, seja a vereador, vice ou até mesmo a prefeito. Todos inseguros em meio ao fogo cruzado que tomou conta do PMDB.
Os maiores beneficiados com essa insegurança, por enquanto, são o PR, do senador Vicentinho Alves e o PSD do deputado federal Irajá Abreu, que não escondem o contentamento com a facilidade de cooptação de bons nomes.
Enquanto isso, o presidente do PMDB do Tocantins, o catedrático Derval de Paiva, tenta juntar os cacos, num trabalho muito cuidados de diplomacia. Um trabalho que precisa ser feito a passo de tartaruga, tateando o terreno, mas que começa a surtir efeitos positivos.
No próximo dia quatro de marços, Derval de Paiva estará recebendo o presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, com a esperança de ter, à mesma mesa, o governador Marcelo Miranda e a senadora e ministra Kátia Abreu e, caso consiga, será um grande avanço neste ano eleitoral.
O governador Marcelo Miranda também vem trabalhando duro por essa união partidária e já conversou com o presidente da Câmara Municipal de Palmas, Rogério Freitas e estará recebendo, na próxima quarta-feira, os demais vereadores da legenda, que insatisfeitos com a situação, cogitam deixar o partido, alegando falta de reconhecimento.
Esse encontro entre o governador e os vereadores seria uma espécie de “lavar a roupa suja”, mas com a intenção de fazer com que todos saiam “de roupas limpas” e renovados com os planos do Palácio Araguaia para a legenda.
WALDEMAR JÚNIOR
E o bálsamo que pode dar liga nesse resgate de valores responde pelo nome de Waldemar Júnior, portuense de nascimento, mas palmense de coração, de família tradicional e participante atuante na política do Estado.
Eleito vereador em Palmas e deputado estadual, foi secretário de comunicação do governo Marcelo Miranda, Waldemar tem funcionado como uma espécie de “extintor de incêndios” entre Marcelo Miranda e Kátia Abreu e é visto em boa conta pelas duas alas do PMDB.
Pensar em uma candidatura de Waldemar Jr. à prefeitura de Palmas seria como unir os votos que já tem em Palmas com os votos dos portuenses que votam na Capital. Uma união de forças que pode fazer a diferença na hora de colocar o PMDB em um único propósito e fazer frente aos demais candidatos.
Está lançada a idéia. Falta o planejamento e, principalmente, o engajamento.
Será que desmentiremos a profecia de Salomão?
Quase duas mil páginas de documentos, encaminhados pelo juiz da Lava Jato ao TSE, indicam o uso de pagamento de propina nas campanhas de Dilma por meio de doações oficiais
Por Edson Rodrigues
Na última semana, veio à tona a informação de que o juiz Sérgio Moro enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em outubro, documentos relacionados à Operação Lava Jato a fim de subsidiar o processo na corte que investiga se dinheiro da corrupção na Petrobras abasteceu o caixa eleitoral da presidente Dilma Rousseff. É crime, se comprovada tal suspeita. E motivo suficiente para a cassação da chapa Dilma-Temer.
Num ofício de três páginas, Moro destacou que, em uma de suas sentenças, ficou comprovado o repasse de propinas por meio de doações eleitorais registradas, o chamado caixa oficial. E apontou o caminho que o TSE deve trilhar para atestar o esquema, qual seja: ouvir os principais delatores. O que dá força e materialidade às assertivas de Moro são dez ações penais, anexas ao ofício enviado ao TSE, às quais a revista ISTOÉ teve acesso. O calhamaço, com 1.971 páginas, reúne depoimentos, notas fiscais, recibos eleitorais e transferências bancárias. A documentação reforça que as propinas do Petrolão irrigaram a campanha de Dilma e que o dinheiro foi lavado na bacia das doações eleitorais oficiais. De acordo com as provas encaminhadas por Moro, a prática, adotada desde 2008, serviu para abastecer as campanhas de Dilma em 2010 e 2014.
Sobre a campanha de 2014, constam dos documentos em poder dos ministros do TSE uma troca de mensagens em que Ricardo Pessoa, da UTC, discute com Walmir Pinheiro, diretor financeiro da empreiteira, detalhes sobre a transferência de R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma. As mensagens indicam que as doações da UTC para a candidata à reeleição estavam diretamente associadas ao recebimento de valores desviados da Petrobras, estatal que é tratada por Pinheiro na conversa como “PB”. “RP (Ricardo Pessoa), posso resgatar o que fizemos de doações esta semana?? Ta pesado e não entrou um valor da PB que estava previsto para hj, +/- 5 mm”, questiona o executivo, que foi preso em novembro de 2014 durante a Operação Juízo Final. O dono da UTC concorda: “Ok. Pode”. Na papelada em exame pelo TSE, além das mensagens, há um registro à caneta confirmando os dois repasses de R$ 2,5 milhões à campanha de Dilma em 2014.
Em depoimento à Justiça Federal, prestado no ano passado, Pessoa disse que foi persuadido a doar para a campanha à reeleição da presidente, sob pena de ver cancelados contratos milionários da UTC com a Petrobras. Segundo o empreiteiro, diante das pressões, as doações oficiais – via caixa um – para a campanha de Dilma foram acertadas em R$ 10 milhões, mas apenas R$ 7,5 milhões foram pagos. A parte restante não foi depositada porque o empresário acabou preso pela Operação Lava Jato em novembro de 2014. Em setembro do ano passado, Pessoa esteve na Justiça Eleitoral para prestar depoimento, mas permaneceu em silêncio em razão das restrições impostas pelo acordo de colaboração firmado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas em petição o PSDB, por meio de seus advogados, insiste para que este material, envolvendo o dono da UTC, seja considerado pelo TSE.
Para Sérgio Moro, tribunal deve ouvir delatores que confirmaram fraude eleitoral
Houve condenação em três das dez ações penais encaminhadas por Moro à Justiça Eleitoral. Especialistas fazem o seguinte raciocínio: as mesmas provas que serviram para condenar quem pagou propina, e quem intermediou o pagamento, também devem servir para condenar quem se favoreceu do propinoduto.
Um dos processos encaminhados por Moro implica severamente a primeira campanha de Dilma e ilustra o funcionamento do esquema. Trata-se do processo em que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi condenado por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a sentença assinada por Moro, comprovou-se que dinheiro ilícito foi lavado pelos acusados na forma de doação partidária. Entre 2008 e 2012, empresa ligada ao Grupo Setal, do delator Augusto Mendonça, repassou R$ 4,25 milhões ao diretório nacional do PT, dos quais R$ 1,6 milhão entre janeiro e julho de 2010, ano em que Dilma foi eleita presidente da República.
O Juiz da Operação Lava Jato desqualifica argumento central de advogados e avalia que decisão do Supremo que autoriza prisão de condenado já em segundo grau judicial 'em nada afeta princípio da inocência'
OAS BANCOU REFORMAS PARA LULA
Em fevereiro de 2014, as obras do Edifício Solaris, no Guarujá, tinham acabado de ser concluídas. A OAS era a empreiteira responsável. O apartamento 164-A, embora novo em folha, já passava por uma reforma. Ganharia acabamento requintado, equipamentos de lazer, mobília especialmente sob encomenda e um elevador privativo. Pouca gente sabia que o futuro ocupante da cobertura tríplex de frente para o mar seria o ex-presidente Lula.
Era tudo feito com absoluta discrição. Lula, a esposa, Marisa Letícia, e os filhos visitavam as obras, sugeriam modificações e faziam planos de passar o réveillon contemplando uma das vistas mais belas do litoral paulista. A OAS cuidava do resto. Em fevereiro de 2014, a reforma do sítio em Atibaia onde Lula e Marisa descansavam nos fins de semana já estava concluída. O lugar ganhou lago, campo de futebol, tanque de pesca, pedalinhos, mobília nova. Como no tríplex, faltavam apenas os armários da cozinha.
Os planos da família, porém, sofreram uma mudança radical a partir de março daquele ano, quando a Operação Lava-Jato revelou que um grupo de empreiteiras, entre elas a OAS, se juntou a um grupo de políticos do governo, entre eles Lula, para patrocinar o maior escândalo de corrupção da história do país. As ligações e as relações financeiras entre Lula e a OAS precisavam ser apagadas.
Como explicar que, de uma hora para outra, o tríplex visitado pela família e decorado pela família não pertencia mais à família? Teria havido apenas uma opção de compra. O mesmo valia para o sítio de Atibaia - reformado ao gosto de Lula, decorado seguindo orientações da ex-primeira-dama e frequentado pela família desde que deixou o Planalto. Em 2014, os Lula da Silva passaram metade de todos os fins de semana do ano no sítio de Atibaia.
Por que Lula e Marisa deram as diretrizes para as reformas no tríplex do Guarujá e no sítio de Atibaia se não são seus donos? Por que a OAS, que tem seu presidente e outros executivos condenados por crimes na Operação Lava-Jato, gastou milhões com Lula? O Ministério Público acredita que está chegando perto das respostas a essas perguntas - a que o próprio Lula se recusou a responder, evadindo-se do depoimento que deveria prestar sobre o assunto na semana passada.
Para o MP, Lula se valeu da construtora e de amigos para ocultar patrimônio. Os investigadores da Lava-Jato encontraram evidências concretas disso. Mensagens descobertas no aparelho celular do empreiteiro da OAS Léo Pinheiro, um dos condenados no escândalo de corrupção da Petrobras, detalham como a empresa fez as reformas e mobiliou os imóveis do Guarujá e de Atibaia, seguindo as diretrizes do "chefe" e da "madame" - Lula e Marisa Letícia, segundo os policiais.
Em fevereiro de 2014, Léo Pinheiro era presidente da OAS, responsável pela condução de um império que já teve quase 70.000 trabalhadores, em 21 países, construindo plataformas de petróleo, hidrelétricas, estradas e grandes usinas. Àquela altura, porém, ele estava preocupado com uma empreitada bem mais modesta. A instalação de armários de cozinha em dois locais distintos: Guarujá e Atibaia - a "cozinha do chefe". O assunto, de tão delicado, estava sendo discutido com Paulo Gordilho, outro diretor da empreiteira, que avisa: "O projeto da cozinha do chefe está pronto". E pergunta se pode marcar uma reunião com a "madame". Pinheiro sugere que a reunião aconteça um dia depois e pede ao subordinado que cheque "se o do Guarujá está pronto". Seria bom se estivesse. Gordilho responde que sim. No dia seguinte, o diretor pergunta a Léo Pinheiro se a reunião estava confirmada. "Vamos sair a que horas?", quer saber. "O Fábio ligou desmarcando. Em princípio será às 14 hs na segunda. Estou vendo, pois vou para Uruguai", responde o presidente da empreiteira.
Para a polícia, os diálogos são autoexplicativos. No início de 2014, a OAS concluiu a construção do edifício Solaris, onde fica o tríplex de Lula, o "chefe". A partir daí, por orientação da "Madame", a ex-primeira-dama Marisa Letícia, a empreiteira iniciou a reforma e a colocação de mobília no apartamento, a exemplo do que já vinha fazendo no sítio de Atibaia. "Fábio", segundo os investigadores, é Fábio Luís, o Lulinha, filho mais velho do casal. Em companhia dos pais, ele visitou as obras, participou da discussão dos projetos e, sabe-se agora, era a ponte com a família sempre que Léo Pinheiro e a OAS precisavam resolver detalhes dos serviços. Para não incomodar o "chefe" com assuntos comezinhos, a OAS tratava das minúcias diretamente com Marisa e Lulinha. Léo Pinheiro, o poderoso empreiteiro, fazia questão de ter controle sobre cada etapa da reforma. Quando havia uma mudança no projeto, ele era informado. "A modificação da cozinha que te mandei é optativa. Puxando e ampliando para lateral. Com isto (sic) fica tudo com forro de gesso e não esconde a estrutura do telhado na zona da sala", informa Gordilho. Pela data da mensagem, ele se referia ao projeto do sítio de Atibaia.
LULA E A ODEBRECHT
Nos últimos meses, os procuradores do Núcleo de Combate à Corrupção em Brasília dedicaram-se intensa e discretamente à investigação criminal sobre as suspeitas de tráfico de influência internacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor da Odebrecht. Com a ajuda de peritos e de outros procuradores, como aqueles que integram a Força-Tarefa da Lava Jato, recolheram centenas de páginas de documentos das empresas de Lula, da Odebrecht e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, que liberava o dinheiro indiretamente à empreiteira. Analisaram telegramas diplomáticos sobre a atuação de Lula e dos executivos da Odebrecht no exterior, descobriram notas fiscais e mapearam as viagens e os encontros dos investigados. Ouviram as versões de Lula e receberam as defesas da Odebrecht e do BNDES. Apesar da complexidade do caso, o exame detido das provas colhidas até o momento conduziu os procuradores a uma conclusão: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cometeu o crime de tráfico de influência.
A revista ÉPOCA obteve acesso à íntegra das investigações. Além de documentos acerca das três partes investigadas (Lula, Odebrecht e BNDES), a papelada inclui perícias da equipe do Ministério Público Federal, auditorias inéditas do Tribunal de Contas da União, relatórios da Polícia Federal e despachos em que os procuradores analisam detidamente as evidências do caso. Na papelada, os procuradores afirmam que:
- Havia um “modus operandi criminoso” na atuação de Lula, dos executivos da Odebrecht e dos diretores do BNDES para liberar dinheiro do banco à empreiteira;
- Lula praticou o crime de tráfico de influência em favor da Odebrecht;
- Lula vendeu sua “influência política” à Odebrecht por R$ 7 milhões;
- O contrato de palestras entre uma empresa de Lula e a Odebrecht serviu para “dar aparência de legalidade” ao tráfico de influência;
- O BNDES aprovava com velocidade incomum – até 49% acima da média – os financiamentos que envolviam gestões de Lula e interessavam à Odebrecht.
Assim começa esta semana, que promete, a cada dia, nova e mais comprometedoras revelações sobre a corrupção escancarada que o PT tenta esconder dos cidadãos brasileiros.
Que deixem a Justiça agir e que Sérgio Moro prossiga na sua batalha contra a corrupção.
Candidatura de Carlos Gaguim se fortalece com aumento da rejeição a Amastha após prefeito destratar governador em ato público
Por Edson Rodrigues
A corrida pela cadeira do Executivo Municipal da Capital continua como as nuvens no céu: a cada momento que se observa, está tudo diferente. A cada semana, a cada dia, a cada hora, surge um novo desenho no cenário político.
E a panela de pressão começa a ferver ainda mais com a abertura da “janela” para a troca de partidos, entre os dias 18 de fevereiro e 18 de março, que marcará o início de um novo desenho partidário na Câmara Municipal de Palmas, onde o PMDB deve ser o partido mais prejudicado, praticamente desaparecendo do parlamento.
Sem unidade interna, o PMDB vem perdendo nomes importantes para outros partidos nos últimos oito anos, entre eles o deputado Eli Borges e o ex-governador, ex- deputado estadual e ex-vereador Carlos Gaguim.
A verdade é que, nos próximos 30 dias o partido corre o risco de sumir do teatro eleitoral da capital.
A questão é que enquanto todos os partidos se movimentam, articula, conversam e buscam alternativas, o PMDB de Michel Temer, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, de Marcelo Miranda, de Kátia Abreu está estático, imóvel, quase invisível.
O presidentes estadual do partido, Derval de Paiva e o presidente do Diretório Municipal estão cegos, surdos e mudos, talvez imobilizados pela divisão de forças internas no partido, entre as alas do governador Marcelo Miranda e da senadora e ministra Kátia Abreu.
AMASTHA E O “TIRO NO PEITO”
As pesquisas de consumo interno dos partidos e de veículos de comunicação vêm mostrando um quadro totalmente instável, principalmente após o crescimento da rejeição ao atual prefeito, Carlos Amastha, ante o descontrole emocional demonstrado por ele em ato público, com a presença de autoridades nacionais e estaduais. Além disso, pesam contra ele a insatisfação dos comerciantes, empresários, proprietários de imóveis e veículos, além dos usuários do transporte público urbano, com os aumentos considerados abusivos de impostos, taxas e multas.
Apesar disso, Amastha ainda aparece à frente nas pesquisas, mas num viés de baixa muito grande, praticamente empatado com os índices de indecisos, também por causa de investigações na Justiça sobre seu nome, o que demonstra que os eleitores estão aguardando os próximos movimentos do tabuleiro político para decidir seus candidatos.
No nosso ponto de vista, de todos os pretensos candidatos, Carlos Amastha foi o primeiro dar um “tiro no próprio peito” ao romper com o governador Marcelo Miranda, pois não soube antever a importância que o apoio do Palácio Araguaia exercerá nas eleições municipais.
Marcelo e Dulce Miranda têm um grandiosa folha de serviços prestados junto à população mais carente, sem contar com o funcionalismo, que costuma pender para candidatos que grantam a continuidade.
É verdade que o governo de Marcelo Miranda enfrenta desgastes, mas é verdade, também, que a partir de maio, a situação do governo tende a melhorar, assim como a avaliação de sua atuação, transformando-o no maior cabo eleitoral que qualquer candidato pode ter.
Não sabemos, ainda, qual será o candidato “ungido” pelas bênçãos palacianas, mas podemos garantir que Amastha cometeu um grande erro ao se afastar dos Miranda.
Enquanto isso, os aliados de Amastha começam a ficar incomodados com a leniência do prefeito para a presença de representantes do clã dos Abreu em cargos de 1º e 2º escalões na administração da Capital.
Juntando uma coisa com a outra, pode-se afirmar que a candidatura de Amastha sangra...
RAUL FILHO
Apesar de também estar bem cotado nas enquetes, o ex-prefeito Raul Filho tem pela frente uma série de problemas que enfrenta na Justiça, que começaram quando foi pego de pijamas durante a ação da Polícia Federal em sua casa, além das pendências junto ao TRE, Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas do Estado. Levando-se em consideração que o eleitorado está de olho nos candidatos ficha-suja, o bom momento de Raul Filho pode se resumir, apenas, às circunstâncias atuais.
GAGUIM GANHA FORÇA
O ex-governador Carlos Gaguim, que precisou deixar o PMDB por causa da falta de clima no partido, aparece como possível candidato à prefeitura de Palmas pelo inusitado Partido da Mulher Brasiliera.
Suas pretensões começara a ganhar corpo e força ao articular uma aliança com os Abreu, leia Kátia, Irajá e Iratã, o que abriu a possibilidade de articulação junto a outras legendas, inclusive com o próprio Raul Filho, do PR e com Sargento Aragão.
Essas articulações vêm sendo costuradas longe dos holofotes da imprensa e podem – ou não – resultar em melhores condições para que Gaguim dispute a prefeitura com chances de eleição.
Gaguim tem fama de cumpridor de acordos, de homem de palavra, uma qualidade que poucos políticos conseguem inserir em seus currículos.
O funcionalismo público nutre grande simpatia por Gaguim e os empresários e comerciantes tendem a dar credibilidade às suas palavras. Como já é um político conhecido e com seu passado político totalmente construído em Palmas, caso confirme sua candidatura pode reunir em torno de si uma das maiores coligações partidárias que a Capital já viu, e surpreender seus adversários.
Haja coração!
Quando tudo parecia bem para o prefeito da “Capital da Amizade”, pacote de aumento de impostos baixado por decreto faz crescer rejeição
O recente “pacote de maldades” baixado por decreto pelo prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, está colocando em risco uma reeleição que parecia líquida e certa. O aumento dos tributos municipais enfureceu empresários e comerciantes, que vêem na atitude um passo atrás no desenvolvimento da cidade.
Um deles, que preferiu não se identificar, afirmou que “no momento em que outras cidades economicamente importantes baixam impostos para atrair empresas e investimentos, Gurupi vai na contra-mão e quer alimentar a máquina política às custas dos contribuintes, numa ação inconveniente, abusiva, injusta e inconstitucional”, desabafou.
Com isso, Gurupi pode ter, em outubro, uma das mais acirradas disputas eleitorais jamais vistas nos últimos 12 anos
O aumento de tributos municipais uniu ainda mais o grupo de empresários, líderes políticos, lideranças de vários segmentos sociais e dissidentes do PMDB que não apóiam o atual prefeito Laurez Moreira, que tem como vice a ex-deputada Dolores Nunes, mãe da deputada federal Josi Nunes, presidente estadual do PMDB Mulher , que vem se mobilizando para viabilizar um nome capaz de fazer frente à Laurez nas eleições municipais.
E o nome preferido para ser o representante desse segmento é o do deputado estadual e empresário Carlos Carlesse, que já está em conversações com esses segmentos e dirigentes de vários partidos políticos.
Neste último fim de semana, o deputado recebeu, segundo fontes, uma pesquisa encomenda pelo grupo a um Instituto de pesquisa de Goiânia, que lhe apresentou reais condições de entrar na disputa com chances de vitórias.
Enquanto isso, Carlesse já se dispôs a conversar e articular no sentido de continuar agregando em torno de seu nome o maior número de líderes partidários, classistas, comunitários e parlamentares.
Segundo nos confidenciou um empresário que integra uma frente de insatisfeitos com a atual administração e Laurez Moreira as reuniões que definiram o apoio a Carlesse vem sendo bastante produtivas.
O Paralelo 13 encontrou-se com o deputado Carlesse e quis saber se ele realmente seria candidato a prefeito de Gurupi em outubro próximo. Eis o que ouvimos: "estamos conversando, estamos ouvindo os companheiros, os simpatizantes de cada seguimento, para, mais à frente, fazermos juntos uma avaliação".
Para bom entendedor, meia palavra basta!
Por Edson Rodrigues
O PMDB de Porto Nacional parece amaldiçoado, benzido ao contrário, alvo de praga de ex-mulher (a pior que existe!), desde que houve a intervenção, pelas mãos do então presidente do Diretório Estadual da legenda, deputado federal Oswaldo Reis, que atingiu a presidente de então, Dona Deuselice e seu vice, Marcelo Thomaz.
Desde então o partido, no município, se esfacelou, dividiu-se e, consequentemente, iniciou uma perda de importância no cenário político.
Conhecendo o governador Marcelo Miranda como conhecemos, sabemos que a luz da esperança acendeu-se no fim do túnel para a legenda em Porto Nacional, para os militantes que viveram anos sob o chicote. Mas essa luz logo se apagou. Os militantes que lutaram pela volta de Marcelo, que resistiram à tentação das adesões oportunistas, acabaram jogados na vala do esquecimento, do desprestígio.
Hoje, ninguém do PMDB portuense faz parte do 1º ou 2º escalões do governo Marcelo Miranda. Mesmo com toda a importância e luta dos representantes da legenda na cidade, estão todos, até hoje, a ver navios.
CULPADOS
A culpa dessa situação pode ser jogada no colo do próprio PMDB de Porto Nacional, que passou anos em briga interna de suas alas para destituir Maria Deuselice e Marcelo Thomaz de forma truculenta e ditatorial. Depois que conseguiram o intento, outras alas dissidentes passaram a tumultuar ainda mais o partido.
Como se sabe, a ex-presidente Maria Deuselice e seus seguidores deixaram o partido e apoiaram a candidatura vitoriosa de Otoniel Andrade à prefeitura municipal.
Hoje, quase todo o grupo de Deuselice está filiado ao PR do senador Vicentinho Alves, enquanto outros resistem às tentações e à falta de prestígio por parte do governo do Estado, e continuam no PMDB.
O resultado de tudo isso é que o partido não tem Diretório, não tem Comissão Provisória, não está legalizado junto ao TRE. Em outras palavras, o PMDB de Porto Nacional, hoje, não existe.
O PMDB portuense não tem candidato a prefeito e não há comentários de que terá. Em vez de estar filiando novas lideranças para a formação de uma chapa com bons nomes para vereador, um pequeno grupo do partido sonha em apoiar a candidatura de Joaquim Maia Leite à prefeitura.
Já um outro grupelho, que se acha mais esperto, mais guloso e mais sabido que os demais, trabalha para consolidar uma Comissão Provisória, mas apenas para negociar, a quatro paredes, o tempo do horário político gratuito de rádio a que o partido tem direito.
Essa é a triste e desbotada foto do momento que vive PMDB de Porto Nacional.
Mas, como política é como as nuvens do céu, a qualquer momento a foto pode ganhar novos desenhos...