“O futuro é feito da mesma substância do presente”
SIMONE WEIL
Por Edson Rodrigues
Após um período de muito trabalho, totalmente concentrado em alinhavar acordos, criar pontes para diálogos improváveis, articular e buscar a vitória dos candidatos do presidente Jair Bolsonaro para as presidências da Câmara Federal e do Senado, exercendo com perfeição sua função de líder do governo no Congresso, o senador tocantinense Eduardo Gomes finalmente pode fazer uma pausa para nos trabalhos para definir o seu próprio futuro.
Um dos nomes mais fortes para assumir a vice-presidência da Mesa-Diretora do Senado, Eduardo Gomes concedeu entrevista à jornalista Maju Coutinho, do jornal Gazeta do Cerrado, em que revelou que abriu mão de assumir a vice-presidência do Senado para dar continuidade aos seus trabalhos como líder do governo Jair Bolsonaro, onde tem mais condições de continuar carreando recursos federais para os municípios e para o Estado do Tocantins, mostrando ser um político acima das vaidades pessoais e comprometido com a população tocantinense.
Senador Eduardo Gomes com a jornalista jornalista Maju Coutinho, do jornal Gazeta do Cerrado/ redes sociais
Perguntado sobre quais seriam seus planos a partir de agora, Gomes, que escolhe cada palavra antes de pronunciá-la e que se policia para não melindrar, atacar ou desagradar ninguém, mesmo o seu mais declarado adversário político, deixou de lado a retórica política e “encaixou” mensagens em cada entrelinha de suas declarações.
CASA ABERTA
A entrevista ocorreu na casa do senador, em Brasília, local em que recebeu todos os 139 prefeitos eleitos no Tocantins no ano passado, e foi aos prefeitos – e ao governador Mauro Carlesse – que a primeira “mensagem” foi direcionada: “nesses dois anos de mandato, conseguimos carrear mais de 400 milhões de reais. Chegou a hora de acompanhar esses benefícios com os prefeitos, com o Estado, o que foi feito com esses recursos”.
Gomes citou a consolidação da Codevasf, a revitalização do Projeto Rio Formoso, o Projeto Calha Norte, a duplicação da BR 153, em suas passagens urbanas e o início do projeto da BR-235, que ligará o litoral do Nordeste do País à região do Jalapão, impulsionando o turismo na região e de grande importância para o escoamento da produção agrícola do Estado.
Ou seja, sua casa está sempre aberta para receber os gestores e suas demandas, mas os olhos estão bem abertos para conferir como os recursos liberados estão sendo aplicados.
CARAVANA PELO ESTADO
O senador anunciou que, neste mês de fevereiro, estará realizando uma caravana pelo interior do Tocantins, respeitando as orientações de restrições sanitárias e de saúde, por conta da pandemia. Sua primeira intenção será garantir a vacinação de toda a população tocantinense, área em que, mesmo após enviar milhões em recursos, equipamentos, respiradores e aparelhos hospitalares, ainda considera que pode fazer mais pela população, mas pretende fazer isso da forma mais segura para todos.
“Eu não chamaria isso de ‘caravana política’ ou ‘caravana de políticos’. Na verdade, é uma caravana de obras. Primeiro a gente entrega o benefício, depois visita o município. É assim que a gente trabalha em nossos mandatos”.
FUTURO POLÍTICO
Mas foi na hora em que foi perguntado sobre suas intenções políticas e as citações de seu nome para concorrer ao governo do Estado em 2022, que Eduardo Gomes mostrou sua verve mais segura, versando com humildade e galhardia sobre as eleições do ano que vem.
Senador Irajá Abreu, Marcelo Miranda, Siqueira Campos, Moises Avelino, Ronaldo Dimas e Kátia Abreu
Eduardo falou que o panorama eleitoral para 2022 é o mais positivo possível, citando os nomes de Ronaldo Dimas, seu amigo e aliado de longa data, do vice-governador, Wanderlei Barbosa e dos senadores Irajá e Kátia Abreu, como lideranças legítimas e com possibilidades de disputar o cargo de governador.
Porém, Eduardo Gomes deu uma aula de entendimento político, de leitura do momento atual e, sem citar a si próprio, deixou claro que será preciso muito mais que bons nomes para “seduzir” o eleitorado tocantinense.
“Muito mais que os candidatos, o que será eleito em 2022 será o projeto para o Tocantins, as propostas e como isso será apresentado aos eleitores. É o fim do improviso. Tenho certeza que, depois de 32 anos, o Tocantins não pode mais passar por “interrupções” (de governo), pois são muito caras para o Estado. Nem o governador Carlesse nem as demais lideranças, eu acredito, querem que o Tocantins passe por momentos como o que acabamos de passar, com três eleições em um mesmo ano. A democracia reza que todos que quiserem ser candidatos a governador do Tocantins, podem fazê-lo, mas que seja com planejamento, com projeto, uma eleição em que saibamos exatamente o dia em que vai acontecer, sem improvisos. ”
“Se eu puder colaborar e contribuir, como senador da República, eleito pelo povo do Tocantins, junto com meus colegas de bancada, para que a gente melhore e que a gente tenha uma escolha de governo soberana e tranquila, em torno de um projeto que possa atravessar décadas para o Estado tomara que aconteça desse jeito, pois nós precisamos retomar o planejamento do Estado”.
RECUPERAÇÃO
Gomes encerrou a entrevista com uma aula sobre a história política do Tocantins, mostrando que o Estado deve, sempre, vir à frente dos interesses pessoais.
“Os momentos em que o Tocantins mais cresceu, em que conseguimos fazer mais de quatro mil quilômetros de estradas asfaltadas e outra série de benefícios, foi porque, independente da questão política, os governadores Siqueira Campos, Moisés Avelino e, até, em um certo momento, Marcelo Miranda, tiveram condições de fazer projeções para o futuro. Nós todos, independente de partido, temos que recuperar esse compromisso com o planejamento do Estado, com o projeto de Estado. Que seja eleito aquele ou aquela que apresentar a melhor proposta para o planejamento e para a consolidação econômica e social do Tocantins. Eu sei que, no Tocantins, se fizermos um esforço concentrado, a gente consegue reunir uma série de pessoas que pensam que estão em lados opostos. O Estado é muito grande e dá para discutir uma política de convergência. Eu quero apostar nisso e ajudar, afinal de contas, o importante é que a gente continue sendo um estado protagonista do crescimento no País e que a gente recupere o sentimento de “ser Tocantins” maior que o sentimento de “ser do partido A ou B ou da pessoa A ou pessoa B. Isso atrapalha muito. E que todos nós tenhamos a compreensão de que esse processo político não será feito ‘de cima para baixo’. Será um processo político concentrado em políticas públicas permanentes e que recuperem o desenvolvimento do estado e a capacidade de planejar, pois todos sabemos que quando o Tocantins se dividiu demais, sofreu demais”, finalizou.
Para bom entendedor, meia palavra basta...
A eleição para as presidências da Câmara e do Senado será fundamental para a retomada da agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes. A equipe econômica foi orientada pelo Palácio do Planalto a paralisar as negociações à espera do resultado das eleições. Somente em fevereiro o time de Guedes deve entrar em campo para discutir com os eleitos o andamento da pauta considerada essencial para recuperação da economia pós-crise causada pela pandemia de Covid-19.
Por Jéssica Sant'Ana
Um interlocutor do Ministério da Economia explicou à Gazeta do Povo que o Planalto não quer que as pautas econômicas contaminem as negociações em curso para eleição dos dois candidatos apoiados pelo governo – Arthur Lira (PP-AL), candidato à presidência da Câmara, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), postulante ao comando do Senado. A avaliação da cúpula do governo é que a defesa pública de pautas de ajuste fiscal poderia prejudicar os candidatos.
O ministro Paulo Guedes e seus secretários também foram orientados a não dar declarações em favor deste ou daquele candidato. Mas é notória a desavença entre Guedes e o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia tenta emplacar Baleia Rossi (DEM-SP) como seu sucessor. Guedes acusa Maia de ter interditado o debate sobre a reforma tributária e as privatizações. O ministro chegou a confessar que atrasou o envio das demais fases da reforma tributária do governo devido à resistência de Maia à ideia de recriar a CPMF.
Ao mesmo tempo, Guedes se aproximou, no segundo semestre do ano passado, de Lira e do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). A aproximação se deu visando o andamento da agenda econômica neste ano, pois já estava decidido pelo Planalto que Lira seria o candidato governista à Câmara. Lira tem dado declarações públicas aliadas ao discurso da equipe econômica, ou seja, na linha de que a recuperação da economia se dará por meio de reformas. Ele tem defendido o teto de gastos e não se opõe à recriação da CPMF, desde que seja para desoneração da folha.
No Senado, o ministro Paulo Guedes tem um bom relacionamento com o candidato governista Rodrigo Pacheco. O senador foi o relator da nova lei de recuperação judicial e falências, aprovada no fim de novembro. A nova legislação é considerada fundamental pela equipe econômica para recuperação das empresas neste pós-crise. Pacheco atuou junto com a equipe econômica para aprovação do projeto. Uma coletiva de imprensa em comemoração à aprovação da lei foi feita por Pacheco e Guedes no fim de novembro, no prédio do Ministério da Economia.
As principais consultorias financeiras dão Pacheco na frente da disputa pelo Senado, com cerca de 45 votos. Sua principal concorrente é Simone Tebet (MDB-MS), com cerca de 30 votos. A eleição da Câmara deverá ser mais incerta. Monitoramento feito pelo jornal "O Estado de São Paulo" mostra Lira na frente, com 196 votos, e Baleia Rossi com 122 votos. Mas há ainda 157 deputados que não responderam à pesquisa e 16 que não foram encontrados. Outros 22 deputados vão votar em outros candidatos. As eleições do Congresso são secretas. Elas acontecem em 1º de fevereiro, de forma presencial.
Após o resultado das eleições, a equipe econômica vai voltar a campo para negociar a sua agenda de reformas. Ela inclui pelo menos 15 propostas consideradas prioritárias. Elas vão desde as grandes reformas – como a tributária, a administrativa e a do Pacto Federativo – até medidas regulatórias – como os marcos do gás natural, do setor elétrico e da cabotagem. Também passam pelas privatizações.
Confira, abaixo, como pensam os principais candidatos à presidência da Câmara e do Senado em relação às propostas e temas mais quentes relacionados à agenda econômica. O levantamento foi feito pela Gazeta do Povo com base em declarações públicas dos dois principais postulantes ao comando da Câmara e do Senado dadas à imprensa ou em eventos públicos em janeiro e dezembro.
Reforma tributária/CPMF
Na Câmara, Arthur Lira tem dito publicamente que dará prioridade à PEC Emergencial e à reforma administrativa. A reforma tributária entraria em terceiro lugar na lista. O deputado afirma ser favorável à proposta do governo de criar um imposto sobre transações digitais, nos moldes da antiga CPMF, desde que para desonerar (diminuir os tributos) a folha de pagamentos e desde que a alíquota seja pequena (0,1% ou 0,2%).
Baleia Rossi é contra a volta da CPMF, mas, diferentemente de Maia, disse que não vai interditar o debate. O candidato de Maia é o autor oficial da proposta de reforma tributária em tramitação na Câmara, a PEC 45, que propõe a substituição de cinco tributos atuais por um único – o imposto sobre bens e serviços (IBS). Rossi defende que a proposta seja tratada como prioridade na volta dos trabalhos legislativos.
No Senado, Rodrigo Pacheco admitiu a discussão de um novo imposto nos moldes da extinta CPMF, mas condicionou a proposta à desoneração da folha. É contra a criação de imposto sobre dividendos e fortunas. Defende que a reforma tributária seja discutida no primeiro semestre, sem "sacrificar setores inteiros e estados". Simone Tebet é contra a discussão sobre a CPMF. A senadora diz que o novo imposto “polui” o debate sobre a reforma tributária. Ela defende que a reforma seja discutida no primeiro semestre para diminuir as “injustiças tributárias”.
PECs Emergencial, dos Fundos Públicos e do Pacto Federativo
Todos os principais candidatos à presidência da Câmara e do Senado são favoráveis à votação imediata da PEC Emergencial, texto que propõe a adoção de medidas de corte de gastos obrigatórios. A proposta é considerada fundamental pelos parlamentares para abrir espaço para um novo programa social e para garantir o cumprimento do teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação.
Os candidatos, porém, evitam comentar quais gastos podem de fato serem cortados. O texto do governo propõe uma série de medidas polêmicas, como a permissão para redução em 25% do salário e da jornada dos servidores públicos. Os candidatos também têm dado poucas ou nenhuma declaração sobre as PECs dos Fundos Públicos e do Pacto Federativo, que poderiam ser unificadas à Emergencial.
Manutenção do teto de gastos
Na Câmara, Lira e Rossi têm defendido a manutenção do teto de gastos em 2021. Eles dizem que as medidas a serem adotadas pelo governo e pelo Parlamento devem ser feitas respeitando a regra fiscal vigente. Rossi, em dezembro, chegou a dar uma declaração dúbia, dando a entender que defendia um novo auxílio emergencial fora do teto, mas voltou atrás e alinhou seu discurso ao mercado financeiro.
No Senado, Pacheco afirmou que o teto de gasto não pode ser “intocado”. "O teto não pode ser intocado em um momento de extrema necessidade em que é preciso salvar vidas. Obviamente, essa rigidez pode eventualmente ser relativizada, mas vamos trabalhar muito para que não seja relativizada”, disse o candidato governista em entrevista ao "Estadão". A equipe econômica é contra qualquer flexibilização do teto. Simone Tebet é a favor da manutenção do teto de gastos.
Auxílio emergencial
Um assunto que será polêmico na volta dos trabalhos legislativos será o auxílio emergencial. A equipe econômica é contra a extensão da medida, que acabou oficialmente em 31 de dezembro (apenas parcelas retardatárias estão sendo pagas neste ano).
Nenhuma outra medida foi apresentada para substituir o auxílio. Só que os parlamentares, diante da extensão da crise da Covid-19 e do alto índice de desemprego, pressionam para a volta do auxílio. Isso fez com que todos os principais candidatos ao comando do Legislativo defendam uma solução para o impasse.
Lira disse que um novo auxílio emergencial precisa ser desenhado enxugando o número de beneficiários e de forma que o “mercado possa suportar”. A recente declaração foi uma mudança de postura do candidato governista, que era contra a retomada do benefício devido à restrição fiscal.
Rossi diz que é preciso encontrar fontes de financiamento dentro do teto de gastos para manter o auxílio em 2021. Pacheco afirmou que sua prioridade na primeira semana de fevereiro será procurar o Ministério da Economia para discutir um novo auxílio emergencial. O candidato governista admite discutir o auxílio fora do teto. Tebet é a favor da manutenção do auxílio, mas em valor menor e de uma forma que respeite o teto de gastos.
Reforma administrativa
Arthur Lira diz que dará prioridade para a reforma administrativa – que está parada na Câmara desde fevereiro de 2020 – logo após a aprovação da PEC Emergencial.
Baleia Rossi é a favor do debate, mas não deu declarações dando prioridade ao tema. O candidato de Maia é apoiado por partidos de oposição, que são contra a proposta do governo. No Senado, o assunto está mais frio, mas Pacheco e Tebet defendem a discussão da proposta.
Privatizações
O governo espera caminhar em 2021 com as privatizações da Eletrobras e dos Correios, mas pode voltar a ter dificuldades no Congresso.
Lira tem dado declarações reconhecendo as dificuldades de pautar o tema, mas diz que o debate é necessário, até para garantir a sustentabilidade das empresas. O temor do candidato governista é que as discussões sobre as privatizações acabem emperrando outras pautas, como a reforma administrativa.
“Não sou radicalmente a favor e tampouco contra. O mais importante neste momento é destravar e que seja discutida nas câmaras temáticas e comissões e sofrer alterações”, declarou recentemente o candidato do governo.
Baleia Rossi tem evitado dar declarações sobre o tema. A oposição, que apoia sua candidatura, é contra a pauta.
No Senado, Pacheco afirma ser favorável a privatizações no geral, mas não a um "entreguismo sem critério". Ele evitou se comprometer com prazos. Disse que as prioridades no momento são a preservação da saúde pública, um programa social e o crescimento econômico a partir das reformas. Simone Tebet afirma ser favorável às privatizações, no caso de empresas que tenham déficits e precisem de investimento privado. É contra a venda de bancos públicos.
Ministro da Saúde afirmou que estados podem iniciar a campanha a partir das 17h. Evento deu início à distribuição das doses da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, para os demais estados do país.
Com Agências
O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira (18), que a vacinação contra a Covid-19 será iniciada a partir das 17h em todo o país.
O horário foi proposto, segundo ele, para dar tempo de todos os estados receberem as doses da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Em cerimônia em São Paulo, o ministro deu início à distribuição das doses pelo país. As caixas saíram do centro de distribuição de logística do Ministério da Saúde em Guarulhos, na Grande São Paulo.
A vacinação contra a covid-19 que estava prevista para começa na próxima quarta-feira (20), às 10h, em todo o país, para os grupos prioritários. O anúncio foi feito neste domingo (17), pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante coletiva no Rio de Janeiro.
Segundo o ministro, serão inicialmente 3 milhões de pessoas a serem vacinadas, com duas doses cada uma, totalizando 6 milhões de doses da CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. O uso emergencial da CoronaVac foi aprovado hoje (17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O ministro abriu a coletiva se solidarizando com as famílias das vítimas e agradecendo aos profissionais de saúde na linha de frente da pandemia
“Quero começar me solidarizando com cada família que perdeu um ente querido. Já passamos de 200 mil mortes em nosso país. E agradecer a todos os profissionais de saúde, que já salvaram mais de 7 milhões de pessoas vítimas da covid-19. Hoje o Brasil passa por um momento de grande avanço, esperança e conforto aos brasileiros, que aguardavam por esta notícia. Está dado o primeiro passo para a maior campanha de vacinação do mundo contra o coronavírus”, disse Pazuello.
O ministro afirmou que o importante é garantir a todos os estados as doses da vacina, em igualdade de condições, respeitando a questão da gravidade local.
“O Ministério da Saúde tem em mãos, neste instante, as vacinas, tanto do Butantan quanto da AstraZeneca [em parceria com a Fiocruz]. E nós poderíamos, num ato simbólico, ou numa jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”, frisou o ministro.
Pazzuelo destacou que existe um pacto federativo histórico entre a União e os estados, que deverá ser respeitado, com a saúde da população colocada acima de tudo.
“Quebrar essa pactuação é desprezar a igualdade entre os estados e todos os brasileiros. É desprezar a lealdade federativa. Senhores governadores, não permitam movimentos políticos eleitoreiros se aproveitando da vacinação nos seus estados. O único objetivo, neste momento, tem que ser o de salvar mais vidas e não fazer propaganda própria”, destacou o ministro.
Em São Paulo, o governo estadual iniciou hoje a vacinação contra o novo coronavírus, imunizando uma enfermeira que trabalha na linha de frente contra o vírus.
Distribuição
Pazuello comentou como deverá ser o processo de vacinação, a partir de quarta-feira, sendo que a responsabilidade da operação logística será dos municípios, definindo quem são os grupos prioritários a receberem as primeiras doses. Segundo o ministro, as doses começarão a ser entregues aos estados a partir das 7h desta segunda-feira (18), com apoio do Ministério da Defesa, com deslocamento aéreo.
“Os grupos prioritários são mais controlados. Idosos em instalações de longa duração, que a vacina vai até eles, profissionais de saúde que estão na linha de frente, em que forma de comunicação é em outro nível, vai no aplicativo Conecte SUS, onde faz a inscrição para a vacinação, os índios aldeados, [que a vacinação] vai até a aldeia. Então esses grupos iniciais são mais simples de serem trabalhados. Isso vai dando tempo para a estrutura se organizar para os públicos maiores. Neste momento, os prioritários são muito mais simples de se fazer. E isso está no plano de execução do município, que executa a vacinação”, explicou o ministro.
Veja divisão das doses da Coronavac para cada estado:
Região Norte
Rondônia - 33.040
Acre - 13.840
Amazonas - 69.880
Roraima - 10.360
Pará - 124.560
Amapá - 15.000
Tocantins - 29.840
Total de doses - 296.520
Região Nordeste
Maranhão - 123.040
Piauí - 61.160
Ceará - 186.720
Rio Grande do Norte - 82.440
Paraíba - 92.960
Pernambuco - 215.280
Alagoas - 71.080
Sergipe - 48.360
Bahia - 319.520
Total de doses - 1.200.560
Região Sudeste
Minas Gerais - 561.120
Espírito Santo - 95.440
Rio de Janeiro - 487.520
São Paulo - 1.349.200
Total de doses - 2.493.280
Região Sul
Paraná - 242.880
Santa Catarina - 126.560
Rio Grande do Sul - 311.680
Total de doses - 681.120
Região Centro-Oeste
Mato Grosso do Sul - 61.760
Mato Grosso - 65.760
Goiás - 182.400
Distrito Federal - 105.960
Total de doses - 415.880
Mauro Carlesse constrói, cuidadosamente, uma plataforma para as eleições sucessória de 2022, amarrando partidos e enfraquecendo adversários. Ele segue construindo sua plataforma para disputar a vaga de senador.
Por: Edson Rodrigues
Aos pouco Mauro Carlesse vem se mostrando um grande articulador político. Para quem não acreditava em seu potencial político o governador Mauro Carlesse mostra, a cada movimentação, a que veio e aonde quer chegar.
Primeiro ele venceu todos os seus opositores políticos, em um mesmo ano, três eleições consecutivas; se manteve o queridinho dos deputados estaduais e ainda trouxe para seu governo outro grande articulador, com excelente capital político, principalmente nos municípios, o senador Eduardo Gomes e o manteve ao seu lado, caminhando juntos politicamente. Nada estranho entre os dois que foram eleitos em uma mesma coligação.
Sucessão 2021 já começou
O governador Mauro Carlesse é um político de poucas palavras e muitas ações nos bastidores da política tocantinense. Ele formou uma equipe de elite em torno de si, dentre os quais estão Claudinei Quaresmin, Divino Alan, Sandro Henrique e outros, igualmente capazes, além de ter como aliado o amigo/irmão Antônio Andrade, atual presidente da Assembleia Legislativa e manter um ótimo relacionamento com seu vice-governador Wanderlei Barbosa.
Até o dia de hoje (12), o governador Mauro Carlesse não teve nenhuma perca política na Assembleia e nenhuma baixa política significativa no estado. Diante deste saldo político positivo e com as economias sob controle, com reservas financeiras para tocar obras como a nova ponte sobre o rio tocantins, em Porto Nacional e a conclusão da construção do Hospital Estadual de Gurupi.
Antes de dar início ao ano administrativo de 2021 e ainda com um orçamento virgem, o governador Mauro Carlesse escolheu para fazer parte de seu governo pessoas com experiência técnica e prestígio político regional. Com a mesma jogada de mestre, Carlesse prestigia companheiros leais e que somam politicamente em 2022 na sucessão estadual. Nesta primeira etapa, as pedras já foram postas no tabuleiro governamental.
As novidades que passam a integrar o governo de Mauro Carlesse são: a ex-prefeita de Brejinho de Nazaré, Miuke Hyashida e o agropecuarista Paulo Lima, este último já foi chefe de gabinete da Senadora Kátia Abreu (PP/TO), uma das principais adversárias do governador.
Miuke assume a pasta do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Paulo Lima assume a Adapec.
Outra mudança que tem grande ganho político é a substituição de Thiago Dourado na Agricultura, por Jaime Café, uma escolha que além de técnica tem visibilidade política em todo o estado e outras novidades no ajustamento dos auxiliares poderão ser anunciadas a qualquer momento.
Na verdade, o governador Mauro Carlesse, no momento, não está nem um pouco preocupado com o partido no qual se filiará, muito menos o candidato a governador do seu grupo político.
A prioridade deste mês de janeiro será a escalação de reforços políticos e técnicos para oxigenação da equipe e o fortalecimento do grupo político conscientemente nesta primeira levada o alvo foi o enfraquecimento dos Abreus (leia-se senadores Kátia Abreu e Irajá Abreu). Lembrando que o mandato da senadora Katia Abreu termina em 2022.
Faet e Sebrae, sob domínio do grupo político da senadora Kátia Abreu, também está na mira do palácio Araguaia e do grupo político do qual faz parte o governador Mauro Carlesse, Carlos Gaguim e o senador Eduardo Gomes. A partir de fevereiro este grupo político deverá buscar capitar prefeitos de cidades estratégicas, politicamente falando.
Com estas importantes ações o palácio Araguaia, automaticamente faz acender uma luz amarela no QG das oposições, fazendo a sirene de perigo ser acionada.
Vale lembrar ainda que nos bastidores da política tocantinense há um comentário forte de que haverá mudanças nas direções de várias comissões provisórias de agremiações partidárias. Pelo andar da carruagem, as tratativas junto as cúpulas nacionais das legendas já estão em fase de conclusão.
Este primeiro trimestre promete!
“O trabalho é mais importante que o falar e o escrever sobre o trabalho”
DOROTHY DAY
Por Edson Rodrigues
Apesar de faltar bem mais de um ano para que comecem as campanhas, as eleições majoritárias e proporcionais de 2022 já começaram para os dirigentes partidários, líderes políticos e para os pretensos candidatos a um cargo, seja uma das oito vagas para deputado federal, uma das 24 vagas para deputado estadual, à única vaga para o Senado (mais dois suplentes), e às vagas de governador e vice do Estado.
“LUZ AMARELA”
As eleições municipais de 15 de novembro de 2020 deixaram um alerta a todos os personagens políticos, não só no Tocantins, como em todo o Brasil, principalmente para os oposicionistas – partidos e candidatos – ao governo do Estado e ao Paço Municipal de Palmas e aos prefeitos eleitos de Gurupi e Araguaína, os três maiores colégios eleitorais do Estado.
Especialmente nessas cidades o principal fator para a derrota dos candidatos oposicionistas foi a desunião, que resultou numa pulverização dos votos entre os partidos e serviu de principal base para as eleições de Cinthia Ribeiro, Josi Nunes e Wagner Rodrigues.
Bancada dos Congressistas do Tocantins, na foto faltam Kátia Abreu e Eli Borges
Por outro lado, é muito importante ressaltar que apenas em Araguaína e em Porto Nacional o candidato vencedor conseguiu fazer “barba, cabelo e bigode”, elegendo, também, a mesa–diretora da Câmara Municipal, ficando com a maioria dos edis em sua base.
FIM DAS COLIGAÇÕES PROPOCIONAIS
Assim como em 2020, as eleições majoritárias de 2022 não terá coligações proporcionais, assim, cada partido terá que ter quociente eleitoral para cada vaga, transformando a campanha em um dos momentos mais acirrados da história política brasileira, em que cada candidato a cada vaga irá “brigar com unhas e dentes” pelos votos necessários.
GRUPOS POLITICOS
O senador Eduardo Gomes, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional já trabalha em parceria com o governo de Mauro Carlesse, tocando vários projetos de infraestrutura que serão lançados em breve, como a construção de pontes, a revitalização do Projeto Rio Formoso, aplicar celeridade na construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional, que já dispõe de 50 milhões de reais na conta do governo do Estado, aguardando o depósito de mais recursos de acordo com as medições que estão senso realizadas, entrega de maquinário pesado para manutenção das estradas vicinais, recuperação da malha viária, duplicação das rodovias que ligam Palmas a Porto Nacional e Palmas a Paraíso, dentre outras.
Governador Mauro Carlesse, o ministro Paulo Guedes, senador David Alcolumbre, senador Eduardo Gomes e o secretário de Estado da Fazenda e Planejamento, Sandro Henrique Armando
O Estado do Tocantins é um dos poucos que cumpriram os compromissos firmados com o Tesouro Nacional, no sentido de reajustar suas contas públicas e se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal e ficar apto a receber recursos federais e firmar convênios.
Vale ressaltar que o Tocantins conseguiu essa verdadeira proeza em meio ao enfrentamento a pandemia de Covid-19, destacando-se no cumprimento das diretrizes econômicas da aplicação dos recursos enviados pelo governo federal, específicos para esse fim.
Esse bom desempenho tem muito a ver com a atuação do senador Eduardo Gomes, que conseguiu recursos e equipamentos hospitalares não só para o Estado, mas para os municípios, sem distinção partidária.
Essa condição coloca o senador como um dos principais líderes políticos do Tocantins, em condições de formar um grande grupo político que sirva de base para suas pretensões eleitorais em 2022.
PALANQUES DESARMADOS
Os palanques políticos montados para as eleições municipais de 15 de novembro de 2020 já estão devidamente “desmontados” entre os líderes políticos municipais, congressistas e deputados federais e estaduais, que trabalham independentemente de cor partidária para conseguir recursos das emendas impositivas no Orçamento da União e do Estado, no sentido de oxigenar os 139 municípios, num ato não apenas de grandeza política, mas de estratégia, já preparando os próximos palanques de 2022.
FORÇAS POLITICAS ARTICULAM
Apesar dos palanques desmontados, cada partido, cada comandante de legenda, presidente de diretório ou de comissão provisória, assim como o próprio Palácio Araguaia já está com sua alça de mira apontada para a eleição majoritária de 2022 e os mandatos que ela estará oferecendo.
Montagem da balsa que será lançada para concretagem das fundações da nova ponte em porto nacional sobre o rio Tocantins
Isso faz parte do jogo democrático e já era completamente previsível. É bom os eleitores já começarem a se preparar para ver muitos dos que se digladiaram nas eleições municipais do ano passado, juntos, como melhores amigos, sobre os mesmos palanques, brigando e apoiando uma mesma candidatura em 2022, mesmo que seja daquele político que eles mais falaram mal em 2021. Isso será resultado das articulações que já estão em curso e das que se darão conforme a data da eleição for se aproximando.
Por enquanto, essa é a única certeza que temos para o pleito majoritário!
Concretagem das fundações da nova ponte de Porto Nacional. Dia e noite