Equipamentos utilizarão a plataforma PMTO Mobile e contribuirão para dar mais celeridade no atendimento à população

 

 

Por Jarbas Coutinho

 

 

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, acompanhado do comandante-geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Márcio Antônio Barbosa, participou nesta terça-feira, 22, do ato de entrega de 400 celulares, que serão utilizados pelo sistema PMTO Mobile, e de um caminhão baú à Polícia Militar do Tocantins (PMTO). A entrega dos equipamentos foi realizada no Gabinete do Comando-Geral (GCG) da PMTO pelo superintendente da 1ª Região Fiscal da Receita Federal, Antônio Henrique Lindemberg Baltazar. A doação de equipamentos tem como objetivos auxiliar a Polícia Militar no combate ao crime, na prevenção de homicídios e no fortalecimento da segurança pública no estado.

 

Ao receber o superintendente, o governador Wanderlei Barbosa enfatizou a importância da parceria com a Receita Federal para fortalecer a segurança pública, ressaltando que as doações recebidas são fundamentais para equipar as forças de segurança.

 

Governador Wanderlei Barbosa e o superintendente da Receita Federal Antônio Henrique no momento da entrega dos equipamentos eletrônicos à Polícia Militar do Tocantins

 

"Temos feito investimentos em tecnologia e na inteligência das nossas forças de segurança, e esse reforço é motivo de muita satisfação. Eu quero agradecer por esse cuidado da Receita Federal com as forças de segurança do Brasil e, que também chega ao Tocantins. Eu tenho a convicção de que dessa forma nós vamos criando uma linha de resistência contra o crime organizado, fazendo o melhor pelo nosso estado e pelo nosso país”, pontuou o chefe do Executivo ao agradecer a doação para a PM tocantinense e a possibilidade de destinação de outros produtos para a área social.

 

Por sua vez, o superintendente da Receita Federal, Antônio Lindemberg, destacou a parceria estabelecida com as forças de segurança do Tocantins, que permite transformar produtos do crime organizado em ferramentas para fortalecer a segurança pública e enfrentar a criminalidade. "A Receita Federal, no combate ao contrabando e ao crime, apreende esses bens e temos a possibilidade de dar uma destinação a eles, a exemplo desta doação feita para o Comando da Polícia Militar do Tocantins. O fato mais importante é que são bens decorrentes do crime, do contrabando e que agora serão utilizados no combate à própria criminalidade, ao crime organizado pelo estado do Tocantins”, explicou.

 

O comandante-geral da PMTO, coronel Márcio Antônio Barbosa, enfatizou que os smartphones serão utilizados no fortalecimento da plataforma Mobile PMTO em todo o Tocantins e ajudarão a otimizar a resposta às ocorrências. “É um produto do crime vindo para a Polícia Militar para combater o crime. Vai ser de grande utilidade para nós, porque o policial com o celular na mão, de dentro da viatura, consegue fazer um TCO [Termo Circunstanciado de Ocorrência], um BO [Boletim de Ocorrência] e consultar a placa de um veículo para ver se existe queixa-crime de roubo ou furto. É a integração de vários sistemas em prol da segurança do nosso povo tocantinense. Então, agradecemos a Receita Federal por essa parceria importante”, frisou.

 

PMTO Mobile

 

Corregedor-Geral da Justiça do Tocantins, desembargador Pedro Nelson de Miranda, apresentou o Sistema Eletrônico de Informação (SEI)

 

O PMTO Mobile é um software de bordo implementado nas viaturas da Polícia Militar do estado do Tocantins para execução da atividade-fim no registro de ocorrências e unificação das atividades antes executadas manualmente. A plataforma traz mais celeridade no atendimento à população e garante maior eficiência na atuação da PM.

 

O projeto PMTO Mobile é inspirado na expertise da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), mas no estado do Tocantins foi adaptado à realidade local buscando atender o cidadão com eficiência, rapidez e produtividade. Os inúmeros recursos disponíveis na plataforma são acessados por meio de um tablete em cada viatura, contendo um sistema completo e com tecnologia inovadora, qualificando ainda mais o atendimento à população.

 

Sistema Eletrônico de Informação

 

Na oportunidade, o corregedor-geral da Justiça do Tocantins, desembargador Pedro Nelson de Miranda, apresentou o Sistema Eletrônico de Informação (SEI), que pode ser utilizado pela Corregedoria da Polícia Militar do Tocantins. O SEI é um sistema de gestão de informações, processos administrativos e documentos eletrônicos que possibilitam a produção, assinatura, trâmite e armazenamento de documentos no âmbito do Poder Judiciário do Tocantins.

 

Participaram também do evento o secretário de Estado da Fazenda, Donizeth Silva; o secretário-chefe da Casa Civil, Deocleciano Gomes; e o delegado da Receita Federal no Tocantins, Luiz Carlos Vieira.

 

 

 

Posted On Quarta, 23 Abril 2025 05:47 Escrito por

Durante visita ao Estande de Tiros da corporação, prefeito reforça compromisso com a nomeação dos aprovados e fortalecimento da instituição como força policial metropolitana

 

 

Por: Márcio Greick

 

 

O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, esteve reunido na manhã desta terça-feira, 22, com os 97 aprovados no concurso da Guarda Metropolitana de Palmas (GMP), que estão em fase de aulas práticas de armamento e tiro. A visita ao estande de Tiros da corporação, Acácio de Souza Dares, integra as ações da gestão municipal em apoio à qualificação e ao aprimoramento dos agentes de segurança pública da Capital.

 

Durante seu discurso aos alunos, Eduardo Siqueira destacou a criação da GMP ainda em seu primeiro mandato e reafirmou o compromisso com a nomeação dos aprovados, além de anunciar medidas para fortalecer e modernizar a corporação. “A Guarda Metropolitana de Palmas foi um dos pilares da edificação da cidade. Hoje, ela possui poder de polícia para atuar em prol da sociedade. Vamos estudar a mudança de nome para Polícia Metropolitana e ampliar sua atuação por meio da criação de unidades descentralizadas em diversos pontos da Capital, aproximando ainda mais a instituição da comunidade”, afirmou.

 

Formação

O curso de formação dos novos guardas conta com 248 horas de treinamento, sendo 74 horas teóricas e 134 práticas. A capacitação é ministrada por instrutores credenciados pela Polícia Federal, por meio de convênio entre a Prefeitura de Palmas, o Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e a Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (Fapto).

 

 

Presente no evento, o reitor do IFTO, Antonio da Luz Junior, destacou os benefícios da parceria. “É uma iniciativa que agrega valor às instituições envolvidas e permite à Guarda realizar o curso de formação de forma ágil, com instrumentos otimizados de contratação e gestão dos recursos públicos”, explicou.

 

O aluno Lucas Monteiro, integrante da nova turma, ressaltou a importância do momento. “Foi uma honra ter a presença do prefeito, criador da Guarda Metropolitana, durante nossa formação. Estamos nos preparando para contribuir com excelência na segurança de Palmas”.

 

Parceria

 

Para a diretora-geral do IFTO, Noemi Zukowski, o curso reflete a qualidade da instituição. “Estamos felizes por abrir nossas portas como uma instituição com expertise em ensino e formação, e por fazer parte deste projeto grandioso para a segurança pública de Palmas”, afirmou.

 

Representando a Fapto, o diretor-geral Léo Araújo agradeceu a oportunidade de participar do projeto. “Estamos felizes em contribuir com a formação desses novos guardas, que certamente desempenharão um papel fundamental na segurança da Capital”.

 

O comandante da Guarda Metropolitana, Gilmar Fernandes, também destacou a importância da visita. “A presença e a fala do prefeito Eduardo Siqueira Campos servem de incentivo para os alunos do curso, que está na reta final. Afinal, ele foi o idealizador da corporação e conhece a relevância dessa instituição para a população”, declarou.

 

 

Posted On Quarta, 23 Abril 2025 03:55 Escrito por

Em uma nova reunião sobre o projeto do Executivo que institui o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Tocantins, na manhã desta quarta-feira, 22, na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), sob a coordenação do deputado Olyntho Neto (Republicanos), foi feita uma exposição técnica pela Secretaria de Planejamento e Orçamento do Estado do Tocantins (Seplan) sobre a matéria, que está em tramitação nesta Casa de Leis

 

 

Da Assessoria

 

 

Na oportunidade o diretor de Gestão de Informações Territoriais e Socioeconômicas da Seplan, Rodrigo Sabino, explicou como os órgãos do Governo envolvidos no projeto colheram os dados e elaboraram a propositura hoje disponibilizada para análise dos parlamentares.

 

Olyntho disse que pretende ampliar a participação do setor produtivo e das atividades econômicas para aprofundar o conhecimento do tema e nos próximos 30 dias colher informações e propostas dos segmentos impactados, no intuito de melhorar a proposta do Executivo na Casa de Leis.

 

“Viso garantir que haja um debate amplo, propositivo e democrático a respeito do ZEE, para que o texto legal, efetivamente, contemple os interesses e reivindicações legítimos dos produtores, aliando a execução de atividades econômicas com a preservação do meio ambiente”, defendeu Olyntho.

 

Diante dos esclarecimentos de hoje, o parlamentar disse que ficou mais tranquilo por ter tirado dúvidas e conhecer melhor a proposta do Governo, e que vai colher as sugestões dos representantes do setor produtivo e poderes municipais para contribuir com o texto. “A proposta é fazer um ajuste fino no texto, no sentido de aperfeiçoá-lo, mas não desconfigurá-lo”, destacou.

 

Para instrumentalizar a análise na Assembleia e junto aos demais setores interessados, Olyntho pediu à Seplan a disponibilização de todos os documentos impressos e digitais que compõem os estudos que subsidiaram a elaboração do projeto que se encontra na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Aleto.

 

Para o parlamentar, a preocupação é permitir a promoção do desenvolvimento do Estado, respeitando o meio ambiente, mas sem travar o crescimento econômico.

 

O deputado Gutierres Torquato (PDT), mesmo apresentando preocupação sobre a forma como foram feitos os estudos para a elaboração do projeto, e com isso, possíveis mudanças profundas no Legislativo, lamentou a falta de um código que oriente o produtor. Segundo o deputado, o investidor não quer errar e por isso precisa receber orientações sobre o é certo, do ponto de vista do zoneamento ecológico-econômico, para desenvolver sua atividade com segurança.

 

“Todos querem aprovar o projeto da ZEE o mais rápido possível, mas não em detrimento de algo sólido para o Estado e sua população”, assegurou Gutierres.

 

Relatoria do projeto

A relatora do projeto, deputada Cláudia Lelis (PV), afirmou que seu objetivo é construir junto com o Governo, Assembleia e setor produtivo algo que mantenha o interesse econômico e ambiental. “Não se pode passar anos e anos para se ter uma legislação de zoneamento, pois a realidade exige uma normativa que regulamente o uso do solo no Estado”, declarou.

 

Sobre o ZEE

O Zoneamento Ecológico-Econômico é um instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas. Em linhas gerais, é ele que determina onde a área de preservação e o que é a área de produção. No caso do ZEE do Tocantins, o Projeto de Lei nº 5/2025 estabelece a criação de áreas homogêneas denominadas “Zonas”, agrupadas em três categorias: Zonas Especiais, Zonas de Desenvolvimento Integrado e Zonas de Consolidação Estratégica. Cada uma delas possui características específicas que objetivam aliar a conservação do meio ambiente com a promoção de atividades econômicas.

 

Demais presentes

Também participaram das discussões, Marcelo Lelis, secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Clédson da Rocha Lima, presidente do Naturatins; Marcino Pereira Lima, Federação das Associações; e entidades rurais do Tocantins, entre outros.

 

 

 

Posted On Quarta, 23 Abril 2025 03:51 Escrito por

Na manhã desta terça-feira, 22 de abril, uma informação chamou a atenção de analistas políticos e militantes históricos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Tocantins: até agora, o partido não possui comissões provisórias ativas registradas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos três maiores colégios eleitorais do estado, Palmas, Araguaína e Gurupi. É como se o MDB simplesmente não existisse nessas cidades do ponto de vista jurídico e partidário. E isso a menos de um ano da eleição mais acirrada das últimas décadas

 

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

 

A ausência de diretórios legalizados nestes municípios, justamente os mais estratégicos para qualquer projeto eleitoral, levanta um alerta grave. Trata-se de um erro administrativo? Um cochilo do presidente da Comissão Provisória, deputado federal Alexandre Guimarães? Ou o sintoma de algo mais profundo: a falta de consenso e articulação interna?

 

O MDB tem história. Foi protagonista em momentos decisivos para o Tocantins, elegendo governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores por todo o estado. O partido tem raízes, capilaridade e legado. Mas nenhuma legenda se sustenta apenas com o peso do passado, ainda mais em um cenário de disputas polarizadas, onde a organização, mobilização e presença nos territórios são determinantes.

 

Crise de comando ou cansaço da base?

 

Ex-governador Marcelo Miranda, Alexandre Guimarães e o presidente do partido Baleia Rossi

 

A gestão de Alexandre Guimarães à frente do MDB tocantinense enfrenta resistências internas desde o início. Sua aproximação com a família Barbalho, de forte influência no MDB nacional, já provocou desconforto entre lideranças locais, que historicamente sempre defenderam maior autonomia do diretório estadual em relação a Brasília.

 

Não é a primeira vez que o partido vive essa tensão entre a base e a cúpula nacional. A imposição de Kátia Abreu no comando do MDB, anos atrás, e posteriormente de Leomar Quintanilha, foram episódios que deixaram marcas. Ambos chegaram sem o respaldo das principais lideranças locais e terminaram sem êxito político.

 

Com Guimarães, o cenário parece se repetir: ausência de diálogo com lideranças regionais, dificuldade em construir consenso e incapacidade de promover a unidade partidária. Para piorar, o partido pode estar à beira de um esvaziamento expressivo. A ex-deputada federal Dulce Miranda, que obteve mais de 40 mil votos na última eleição, e seu marido, o ex-governador Marcelo Miranda, ambos em rota de colisão com a atual direção, já sinalizam desembarque. Levariam consigo não apenas votos, mas estruturas, articulação e décadas de história no MDB.

 

O risco de uma legenda irrelevante

 

O MDB sempre foi sinônimo de estrutura. E estrutura, em política, se traduz em votos, tempo de TV, acesso a recursos e musculatura eleitoral. Sem comissões provisórias nas maiores cidades do estado, o partido perde o direito de lançar candidaturas próprias nestes municípios. Mais grave: compromete sua viabilidade em uma eleição com duas vagas para o Senado em disputa, uma oportunidade rara e estratégica.

 

É nesse contexto que se coloca a fragilidade da eventual candidatura de Alexandre Guimarães ao Senado. Sem o respaldo de uma legenda fortalecida nos principais redutos eleitorais, sua campanha enfrentará dificuldades para se viabilizar como competitiva, bem como para garantir votos suficientes para sua própria reeleição à Câmara dos Deputados, caso esse seja seu plano B.

 

Apesar de o deputado Alexandre Guimarães ter sido eleito pelo republicanos, caso decida ser candidato à reeleição precisará de bons candidatos a deputados federais e estaduais para fazer a legenda partidária.

 

O que está em jogo

 

O MDB do Tocantins precisa de ação imediata. Legalizar as comissões provisórias em Palmas, Araguaína, Gurupi e demais cidades é o mínimo para que a sigla continue no jogo. Isso exige vontade política, humildade para ouvir as bases, habilidade para dialogar com diferentes grupos e foco no fortalecimento coletivo da legenda.

 

Não se trata apenas de burocracia partidária. Está em jogo o futuro de um dos partidos mais tradicionais do estado. Se o deputado Alexandre Guimarães quiser liderar o MDB com legitimidade e resultados, terá que assumir de fato o papel de articulador, um líder capaz de unir, escutar e reconstruir pontes dentro de um partido fragmentado.

 

Do contrário, o MDB corre o risco de chegar a 2026 como um gigante adormecido, com passado glorioso, mas futuro comprometido. E a história mostra que, na política, quem dorme no ponto, perde o bonde.

 

 

 

Posted On Terça, 22 Abril 2025 13:28 Escrito por

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), deu um passo importante rumo à construção de políticas públicas integradas para os municípios que compõem a Região Metropolitana de Palmas. A nomeação de André Gomes (PL) como secretário extraordinário de Desenvolvimento da Região Metropolitana sinaliza uma tentativa de transformar um conceito ainda embrionário em política de Estado com visão territorial, cooperação federativa e foco na qualidade de vida da população.

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

A publicação no Diário Oficial do Estado, no último dia 14, oficializa uma decisão estratégica de reunir esforços do governo estadual e dos municípios vizinhos à capital para planejar e executar ações conjuntas em áreas como transporte, infraestrutura, saneamento, segurança, saúde e educação. É, antes de tudo, o reconhecimento de que Palmas não é uma ilha e que o seu crescimento passa, necessariamente, por uma governança compartilhada com os municípios do entorno.

 

A missão de André Gomes

A escolha de André Gomes para a pasta não é trivial. Ex-vice-prefeito de Palmas na gestão de Cinthia Ribeiro, servidor efetivo da Polícia Civil e irmão do senador e vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL), André Gomes chega à função com o peso da expectativa e o desafio de estruturar uma secretaria ainda sem orçamento próprio.

 

A ele caberá a missão de articular recursos federais, buscar em Brasília recursos a serem investidos nesta Região, estabelecer parcerias com os prefeitos da região metropolitana e desenhar políticas que transcendam os limites burocráticos. Em outras palavras, será preciso fazer muito com pouco e para isso, será decisiva a atuação política de seu irmão em Brasília.

 

Mais que uma nomeação administrativa, a chegada de André Gomes representa um teste de fogo onde terá que mostrar que é capaz de transformar protagonismo político em entregas concretas, com gestão técnica e sensibilidade social.

 

Desafios e oportunidades

A criação da Secretaria Extraordinária é, por si só, um reconhecimento de que a urbanização acelerada e o crescimento desigual da capital e seu entorno exigem soluções coordenadas. Municípios como Luzimangues (Porto Nacional), Aparecida do Rio Negro, Lajeado, Miracema, Monte do Carmo e outros, que orbitam economicamente em torno de Palmas, enfrentam desafios comuns mobilidade urbana precária, falta de serviços públicos integrados, crescimento habitacional desordenado e carência de infraestrutura básica.

 

Nesse contexto, surgem possibilidades concretas como a criação dos consórcios intermunicipais de saúde e transporte, programas de habitação de interesse social voltados para a classe média e baixa renda, estímulo ao turismo integrado e uso racional do território metropolitano. A Região Metropolitana de Palmas pode se tornar um laboratório de políticas públicas desde que haja articulação e método.

 

Um novo pacto federativo no Tocantins

 

A lógica da governança metropolitana exige uma nova mentalidade: menos disputa entre esferas de poder e mais colaboração. E é justamente nesse ponto que a presença de André Gomes pode ser decisiva. Se conseguir consolidar uma atuação integrada com o secretário municipal da Região Metropolitana de Palmas, Raimundo Nonato que representa a gestão do prefeito Eduardo Siqueira Campos o Estado poderá dar um exemplo de maturidade institucional.

 

A construção de uma governança regional não pode ser vista apenas como projeto técnico ela é também uma costura política que envolve vontades, concessões e pactos de longo prazo. O sucesso dessa empreitada exigirá, portanto, que o núcleo técnico da nova secretaria seja altamente qualificado mas, sobretudo, que as lideranças políticas envolvidas falem a mesma linguagem.

 

Hora de mostrar serviço

 

O destino abre agora uma nova porta para André Gomes, que, como vice-prefeito de Palmas, não teve espaço para protagonizar. Agora, à frente de uma secretaria estratégica, poderá deixar sua marca se conseguir transformar boas intenções em ações coordenadas, investimentos federais em obras concretas e discursos em políticas que melhorem, de fato, a vida dos moradores da região metropolitana.

 

É cedo para saber se a secretaria será bem-sucedida, mas já é possível afirmar que a responsabilidade é grande e o potencial também. Cabe agora acompanhar cada passo dessa construção, esperando que a política se alinhe com o planejamento, e que a visão de futuro não se perca nos obstáculos do presente.

 

A Região Metropolitana de Palmas pode deixar de ser uma ideia solta no papel e se tornar um território de experimentação democrática, inclusão social e desenvolvimento integrado. Mas, para isso, será preciso mais que boas intenções, será preciso trabalho, diálogo e coragem de inovar.

 

 

Posted On Terça, 22 Abril 2025 07:46 Escrito por
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