Em 2021, a Pfizer lucrou US$ 36,8 bilhões com as vendas da sua vacina contra a covid-19, o que torna o imunizante o produto farmacêutico mais vendido em um único ano.
Com Agências
Segundo as projeções da Pfizer, o imunizante fabricado em parceria com o laboratório BioNTech deve gerar US$ 32 bilhões neste ano. Além da vacina, o lucro com a pílula antiviral contra a covid-19 da farmacêutica, a Paxlovid, deve ser de US$ 22 bilhões.
O Reino Unido deve começar a distribuição do medicamento a partir da próxima 5ª feira (10.fev.2022) para pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. O medicamento, que também já foi aprovado pela FDA (agência reguladora dos EUA), já teve o seu pedido de uso-emergencial pela Pfizer na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Apesar do lucro, as ações da Pfizer caíram mais de 5%, já que Wall Street esperava números ainda maiores.
Depois da vacina da Pfizer, o medicamento Humira, utilizado no tratamento de artrite reumatoide grave, é o 2º item farmacêutico mais vendido em 2021, com um lucro de US$ 20,7 bilhões.
O novo serviço permite que a população confira se tem dinheiro esquecido em contas encerradas com saldo disponível
Por Thaís Barcellos
O Banco Central criou um site exclusivamente dedicado ao Sistema Valores a Receber (SVR) após o serviço receber um volume altíssimo de acessos em seu lançamento, no dia 24 de janeiro, tirando a página do órgão do ar por dois dias. "Para ampliar a capacidade de atendimento do SVR, o BC criou um site exclusivamente dedicado a ele: valoresareceber.bcb.gov.br", disse o BC nesta segunda-feira, 7, em nota.
Com os problemas gerados pela alta demanda de consultas, o BC suspendeu temporariamente o SVR e as consultas só serão retomadas em 14 de fevereiro. Segundo a autarquia, todo relacionamento do cidadão com o serviço será feito pela nova página, e não será possível acessar o sistema pelo site principal do órgão.
O novo serviço permite que a população confira se tem dinheiro esquecido em contas encerradas com saldo disponível ou devido a tarifas cobradas indevidamente em operações de crédito, por exemplo. A consulta aos valores esquecidos será feita em duas fases. O BC calcula que há R$ 3,9 bilhões em valores "esquecidos" nas instituições financeiras nessa primeira etapa, de 28 milhões de CPF e CNPJ. No total, são R$ 8 bilhões.
Hoje, o BC informou ainda que, no momento da consulta no site do SVR, o cidadão saberá se tem valor a receber e, caso positivo, será informado da data para conhecer esses valores e solicitar sua transferência, a partir do dia 7 de março. O BC ainda recomenda que o cidadão volte ao site do serviço na data informada. "Caso não compareça nessa data, o cidadão terá que fazer uma nova consulta para receber uma nova data para pedir o resgate."
A autarquia pondera, contudo, que não há problema se o cidadão perder a data por algum motivo e que ele não deve se preocupar. "Ele poderá voltar a valoresareceber.bcb.gov.br a qualquer momento e receber uma nova data de agendamento. O cidadão nunca perde o direito sobre os valores em seu nome. As instituições financeiras guardarão esses recursos pelo tempo que for necessário, esperando até que o cidadão solicite a devolução", explica o BC.
Passo a passo
Para acessar o SVR no site valoresareceber.bcb.gov.br, o cidadão precisará de um login Gov.br nível prata ou ouro. O BC ressalta que não será possível acessar o sistema com seu login Registrato.
Quem não possui o login Gov.br deve fazer cadastro gratuito na página da internet ( https://sso.acesso.gov.br/login?client_id=contas.acesso.gov.br&authorization_id=17ed5548f52) ou no aplicativo Gov.br.
O BC ainda reitera que não envia links nem entra em contato com o cidadão e que ninguém está autorizado a fazê-lo em nome do órgão ou do SVR. "Portanto, o cidadão nunca deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram. O cidadão não deve fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. É golpe!", alerta o BC.
Além disso, segundo a autarquia, a instituição financeira só entrará em contato com o usuário para realizar a transferência dos valores a receber após consulta no SVR e se o pedido de resgate não ser via chave Pix. Mesmo assim, a instituição não pode pedir dados pessoais do usuário, nem sua senha.
Ministro da Cidadania falou sobre impacto econômico do programa
Por Agência Brasil
O Auxílio Brasil, novo programa permanente de transferência de renda do governo federal, injetará mais de R$ 90 bilhões na economia de varejo durante 2022, informou hoje (7) o ministro da Cidadania, João Roma, em entrevista ao programa A Voz do Brasil.
Segundo Roma, o governo também pagará um aditivo do auxílio emergencial - que vigorou até outubro de 2021 - a homens chefes de família. A verba, que inicialmente era prioritária para mulheres chefes de família, foi liberada para homens pelo Congresso Nacional no fim de 2021 e será paga em breve pela Caixa.
“São vários programas que vão além da proteção social, mas também buscar a transformação social para as famílias brasileiras. Estamos conseguindo fortalecer com o programa permanente de transferência de renda, que é o Auxílio Brasil, mais de 17 milhões de famílias necessitadas em todo o Brasil”, afirmou o ministro.
A concessão da Tarifa Social de Energia Elétrica também está vinculada ao cadastro do Auxílio Brasil, feito através do CadÚnico. João Roma afirmou que o sistema já beneficia 24 milhões de famílias que recebem o desconto da tarifa de energia elétrica automaticamente na fatura.
“Você que está em casa, verifique sua conta de luz”, alertou Roma, que lembrou ainda que o sistema seleciona automaticamente os cadastros aptos do CadÚnico e aplica o benefício. “Se não chegou o desconto e está em situação de necessidade, basta ir no Centro Regional de Assistência Social (CRAS) e atualizar o CadÚnico para receber o desconto”, complementou.
Chuvas
Sobre as fortes chuvas que causaram inundações, enchentes e destruição em diversas localidades no Nordeste e no Sudeste, João Roma afirmou que o Ministério da Cidadania age com celeridade para tentar levar conforto e ajuda a todos os municípios afetados por catástrofes naturais.
“Muitas famílias necessitadas. Vivemos isso no local. Vimos muitos relatos de famílias que perderam tudo que tinham com a força das águas, de maneira muito traiçoeira. O governo federal está mobilizado, ajudando prefeituras e essas famílias”, explicou o ministro.
POR FÁBIO ZANINI
A investigação da Polícia Federal sobre o esquema de lavagem de dinheiro por trás do megatraficante Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, descobriu a relação de pessoas envolvidas no narcotráfico com alvos de apurações sobre garimpo ilegal e crime com criptoativos.
A informação está no relatório da PF que embasou as operações Fluxo Capital e Caixa Fria, deflagradas na quinta (3). Como mostrou a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, um dos alvos é Clóvis Miller Júnior, cujas empresas e pessoas ligadas direta e indiretamente movimentaram R$ 4 bilhões.
Segundo a PF, as características que unem as pessoas alvos da apuração são a movimentação financeira em volume superior ao faturamento, recebimento de grande volume de depósitos em espécie, contrapartes ligadas à comercialização de ouro em áreas de garimpo e envolvidas com crimes relacionados a criptoativos.
Fernando Trevisan, um dos alvos, mantêm sociedade com um empresário preso pela própria PF em uma investigação sobre garimpo em Mato Grosso.
"Tendo em vista suas relações com Ricardo Altran, que já foi preso por comprar ouro de garimpo ilegal, podemos inferir que o dinheiro recebido por Fernando também tenha origem ilícita relacionada ao ouro ilegal comercializado no estado do Mato Grosso", diz a PF.
Editorial publicado pelo jornal Folha de São Paulo nesse domingo dia 6 de fevereiro
Notas & Informações
A aprovação por unanimidade pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) da venda da rede de telefonia móvel da Oi para uma aliança formada por suas rivais Claro, Tim e Telefônica (operadora da Vivo) significa muito mais do que uma reorganização do mercado de telecomunicações do País. Trata-se do capítulo decisivo da história de equívocos e de desperdício de recursos públicos que marcaram o relacionamento dos governos lulopetistas com determinados grupos privados brasileiros. Mais de R$ 1 trilhão de recursos administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram mobilizados na era petista para um plano mirabolante de criação de grandes empresas brasileiras que passassem a ter papel decisivo no mercado mundial. Seriam as supercampeãs nacionais, capazes de competir globalmente. A Oi era parte desse programa. É hoje um dos símbolos perfeitos do fracasso do megalomaníaco projeto de Luiz Inácio Lula da Silva, principal incentivador dessa ideia. Não é o único.
As imensas dificuldades financeiras da Oi, evidenciadas em 2016 quando pediu proteção contra os credores aos quais devia R$ 65,4 bilhões, prenunciavam seu destino, que agora está sendo cumprido com a decisão da Anatel. Chamada pelo governo petista de a “supertele nacional” na época em que se fortaleceu com fusões pesadamente financiadas pelo BNDES em sua política de privilegiar a formação do que esperava ser as campeãs nacionais, a Oi está se desfazendo de sua principal operação. Em nota, a empresa reconhece que a venda de seus ativos na telefonia móvel é uma etapa importante de seu plano de recuperação judicial.
A efetiva conclusão da operação de venda dos serviços de telefonia móvel da Oi para suas antigas rivais ainda depende do cumprimento de condições impostas pela Anatel e da aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A história da “supertele nacional” começou em 2008, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a Oi (que começou a ser formada em 1998, com a privatização da Telemar) se fundiu com a Brasil Telecom. Criou-se, então, uma empresa com área de atuação que abrangia todos os Estados, com exceção de São Paulo. A fusão, fortemente estimulada pelo governo lulista, exigiu até mesmo mudanças na legislação, para a eliminação de entraves à concretização do negócio.
Já às voltas com dificuldades financeiras, a Oi se uniu à Portugal Telecom em 2013, contando com a ajuda do governo. Dizia-se então que estava sendo formada uma multinacional de língua portuguesa capaz de concorrer em outros continentes. A dívida, porém, continuou a crescer, sem que a empresa ameaçasse o mercado de suas concorrentes no plano nacional. Três anos depois, a empresa entrou na Justiça com pedido de recuperação judicial, na época considerado o maior já registrado no Judiciário brasileiro.
Em vários momentos de sua história, o BNDES, criado na década de 1950, teve papel importante na formação do sistema produtivo brasileiro. Seu uso com objetivos político-partidários durante a gestão lulopetista, porém, o levou a um gigantismo desproporcional no sistema financeiro nacional e a privilegiar, com volumes expressivos de recursos, grupos empresariais escolhidos de acordo com critérios obscuros e nada convencionais.
Em determinada época, por exemplo, no setor de petróleo, gás e energia, as operações do banco estatal se concentraram na EBX, empresa criada por Eike Batista que geria um grande conglomerado. A crise financeira de 2008 forçou a fusão da Sadia, afetada por operações cambiais equivocadas, com a Perdigão, resultando na criação da Brasil Foods (BRF), operação apoiada financeiramente pelo BNDES.
A política de incentivo às “campeãs nacionais” foi abandonada pelo BNDES em 2013. Na ocasião, em entrevista ao Estadão, o então presidente do banco, Luciano Coutinho, disse que o programa “foi até onde podia ir”, pois o potencial do País para criar empresas líderes era “limitado”. Até que o governo chegasse a essa óbvia conclusão, contudo, o País pagou caro pelos delírios lulopetistas.