Em 36 dias, Brasil registrou 4.185.754 casos de Covid-19 em 2022, contra 3.730.380 na segunda metade de 2021

 

Por Ingrid Oliveirada

 

O Brasil registrou 197.442 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com isso, ultrapassou quatro milhões de casos nos primeiros dias de 2022.

 

Em 36 dias deste ano, o país registrou mais infecções de SARS-CoV-2 do que ao longo de todo o segundo semestre de 2021. São 4.185.754 contra 3.730.380 na segunda metade de 2021.

A média móvel de casos, que leva em consideração os últimos sete dias, está em 179.807. Já a média móvel de óbitos marca 754.

 

Um estudo produzido por pesquisadores da Dinamarca concluiu que a subvariante da Ômicron, BA.2, é mais transmissível que a variante original, de linhagem BA.1. Leia mais.

 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou os primeiros casos da subvariante BA.2, da Ômicron. São dois casos no estado de São Paulo; dois no Rio de Janeiro; e um em Santa Catarina, totalizando cinco registros no país. Leia mais.

 

O cenário desigual entre os estados em meio ao avanço da variante Ômicron do coronavírus impede uma definição sobre o momento da pandemia no Brasil, diz César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), em entrevista à CNN. Leia mais.

 

 

Posted On Domingo, 06 Fevereiro 2022 05:54 Escrito por

Para o candidato, a conta que importa é a das urnas. Daí o aumento de 33% a professores, subsídio aos combustíveis e "auxílios" variados aos eleitores

 

Por José Casado

 

Ontem, por exemplo, assinou um aumento de 33,24% no piso salarial dos professores da rede pública, retroativo a janeiro de 2021.

 

Criou a chance de dizer que nunca antes alguém “valorizou” como ele a tropa de 1,7 milhão de professores dedicados a educar 38 milhões de alunos do ensino básico. “É o maior aumento já concedido”, celebrou.

 

Deu o aumento, e mandou a conta para governadores e prefeitos, responsáveis pela administração da rede pública de ensino fundamental. Aos Municípios vai custar mais de R$ 30 bilhões, calcula a Frente Nacional de Prefeitos. Aos Estados, pelo menos R$ 20 bilhões.

 

Se têm dinheiro suficiente para pagar, ou não, é problema deles. Importante para o candidato à reeleição é que, com isso, conseguiu ir além da “bolha” eleitoral desenhada nas pesquisas, onde aparece distante de Lula do PT, no patamar de 25% das intenções de voto.

 

Essa régua de racionalidade eleitoral foi usada por Bolsonaro, também, na decisão de subsidiar o consumo de combustíveis.

 

Bolsonaro aceitou a sugestão o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do presidente da Câmara, Arthur Lira, de retirar tributos sobre gasolina, diesel e gás, dar um “auxílio-diesel” de R$ 1.200 por mês a caminhoneiros autônomos, além de financiar a fundo perdido o transporte público e um “auxílio-gás” a famílias de baixa renda.

 

Pode custar mais de R$ 100 bilhões ao Tesouro Nacional, e os efeitos são duvidosos — o problema é o preço do petróleo e, infelizmente, ele está fora do controle de Brasília.

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não gostou. Mas saiu de um almoço com Bolsonaro reafirmando a disposição de ir “até o fim”. Aparentemente, o candidato prometeu-lhe que, se reeleito, fará tudo o que a Economia mandar.

 

Bancos federais começaram a ser mobilizados. O Banco do Brasil restringe, ou dificulta, a irrigação do caixa dos governadores adversários. A Caixa Econômica Federal projeta “linhas especiais” de financiamento a segmentos do eleitorado privilegiados por Bolsonaro — caminhoneiros, policiais e bombeiros, entre outros.

 

Há, ainda, a ideia de abrir crédito para eleitores de baixa renda endividados. Poderiam “zerar” débitos e sair da lista de devedores com empréstimos de até R$ 4 mil tomados nos bancos federais. O Tesouro pagaria cerca de 90% do custo.

 

“Muita coisa vai acontecer até a eleição”, avisou Bolsonaro ontem, um tanto enigmático. Pelas evidências, o custo para o erário e o equilíbrio das contas nacionais pouco importam.

 

Se, mesmo assim, perder a eleição, a mensagem aos adversários já foi dada no aumento dado aos professores, uma conta transferida aos governadores e prefeitos. É Bolsonaro quem vai assinar o orçamento de 2023, o primeiro do próximo governo.

 

Posted On Domingo, 06 Fevereiro 2022 05:53 Escrito por

Estimativa de financiamentos passa de R$ 150 bi para R$ 155 bilhões

 

Por Wellton Máximo

Apesar da alta de juros nos últimos meses, o crédito imobiliário concedido pela Caixa Econômica Federal dobrou em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, disse hoje (4) o presidente da instituição, Pedro Guimarães. Segundo Guimarães, o volume de concessões de financiamentos com recursos próprios saltou de R$ 5,8 bilhões em janeiro de 2021 para R$ 11,6 bilhões no mês passado.

 

“Crescemos em janeiro 100,7% em crédito imobiliário na comparação com janeiro de 2021. Na comparação com janeiro de 2018, nosso crescimento foi 820%”, afirmou Guimarães durante evento de lançamento de uma linha especial de crédito para caminhoneiros.

 

De acordo com Guimarães, a Caixa elevou, de R$ 150 bilhões para R$ 155 bilhões, a estimativa para a concessão de crédito imobiliário neste ano. Líder no setor, a Caixa concentra cerca de 70% dos financiamentos para compra de imóveis no país.

 

Em relação ao crédito para o agronegócio, Guimarães disse que, no atual ritmo de evolução, o banco deverá tornar-se líder no segmento na América do Sul até 2024.

 

“Éramos o oitavo banco no agro até ano passado; somos o terceiro agora, e até junho iremos para o segundo lugar. Se fizermos R$ 100 bilhões no agro, é 15% da nossa carteira imobiliária, não é nada”, declarou. Para a safra 2021/2022, o banco tem orçamento de R$ 35 bilhões para o crédito rural.

 

Inclusão bancária

 

No evento de lançamento da linha de antecipação de frete para caminhoneiros, a Caixa divulgou dados de inclusão bancária e de acesso ao crédito. Segundo o banco, o aplicativo Caixa Tem atingiu 109 milhões de contas poupança digitais cadastradas. Segundo a instituição financeira, desse total, 38 milhões de pessoas que não tinham conta em banco foram incluídas no sistema financeiro.

 

Sobre a linha de crédito que antecipa o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a Caixa informou que, dos 2,3 milhões de trabalhadores contrataram esse tipo de empréstimo, 1,3 milhão estavam com o nome negativado e usaram a antecipação para quitar dívidas.

 

Durante o evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a Caixa assumiu o protagonismo na execução de políticas sociais do governo, com o pagamento do auxílio emergencial em 2020 e 2021. Segundo o ministro, o governo decidiu centralizar diversos programas sociais no banco estatal.

 

“Desde o auxílio emergencial, a Caixa pagou 68 milhões de pessoas. Foram decisões que tivemos de tomar no calor do combate. O presidente virou e falou: ‘Não vamos deixar nenhum brasileiro para trás’. Criamos o auxílio. Fizemos uma reunião e discutimos: ‘Vamos credenciar todo o sistema bancário ou vamos fazer a aposta toda na Caixa?’ Porque ali [na Caixa], nós temos todo o controle operacional”, declarou Guedes.

 

O presidente Jair Bolsonaro participou do evento, mas não discursou.

 

Posted On Sábado, 05 Fevereiro 2022 07:08 Escrito por

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta sexta-feira (4), junto com o ministro da Educação Milton Ribeiro, a portaria que define o novo piso salarial dos professores da educação básica na rede pública, que passa de R$ 2.886 para R$ 3.845,63. O percentual desagradou aos prefeitos, que são os principais afetados financeiramente pelo reajuste.

 

POR LUCAS NEIVA

 

Em nota, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) afirma que “o anúncio reforça a falta de planejamento e comunicação dentro do próprio governo, bem como demonstra que a União não respeita a gestão pública no país”. Os prefeitos consideram que a forma como o reajuste foi definido contraria o parecer da Advocacia-Geral da União que define a criação de lei específica para o aumento.

 

O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, clique AQUI e faça uma degustação gratuita de 30 dias.

 

Além de considerar que o reajuste não atende à forma pré-estabelecida, a CNM considera que “os municípios terão um impacto de R$ 30,46 bilhões, colocando os entes locais em uma difícil situação fiscal”. Os prefeitos destacam que, entre 2009 e 2021, o piso do magistério teve aumento de 204%, percentual superior aos 104% acumulados pela inflação no período e aos 143% de reajuste do Fundeb, o que obrigou os municípios a utilizarem a maior parte do fundo da educação com gastos com recursos humanos.

 

O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), posicionou-se não contra o aumento, mas contra a forma como a medida foi anunciada. “Bolsonaro mente quando diz que deu um aumento salarial aos professores. Temos uma lei de 2018 que propõe um índice de reajuste anual nos salários dos professores. Esta obrigatoriedade foi suspensa provisoriamente por um projeto de lei complementar que apoiou os municípios, mas previu que o governo tinha que cumprir esse direito constitucional em 2022”, disse o petista ao Congresso em Foco.

 

Confira a seguir a nota completa da CNM:

 

Posted On Sexta, 04 Fevereiro 2022 15:41 Escrito por

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, assinaram nesta sexta-feira (4) a portaria que institui o novo piso salarial dos professores da educação básica de todo o país das redes públicas estaduais e municipais.

 

POR HANRRIKSON DE ANDRADE

 

O governante optou por cumprir a Lei do Magistério e conceder reajuste de 33,24% nos vencimentos desses profissionais. A solenidade que oficializou o aumento ocorreu no Palácio do Planalto.

 

Com a nova portaria, o piso salarial da categoria passou de R$ 2.886,24 para R$ 3.845,63.

 

Pela Lei do Magistério, o reajuste de professores é atrelado ao chamado valor por aluno do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), definido pelo Ministério da Educação. Pela variação da inflação nos últimos dois anos, o reajuste do valor por aluno deve ser de 33% em 2022.

 

Durante a cerimônia, Bolsonaro afirmou que recebeu pedidos de prefeitos e governadores para que o reajuste fosse, no mínimo, de 7%.

 

"Havia, sim, pedidos de muitos chefes de Executivo estaduais e municipais querendo 7%. Eu conversei com o Milton [ministro da Educação]. O dinheiro, de quem é? Quem é que repassa esse dinheiro para eles? Somos nós, governo federal. E a quem pertence a caneta Bic para assinar o reajuste? Presidente, essa caneta bic, quem vai usá-la sou eu eu."

 

Bolsonaro disse que se coloca "do outro lado do balcão" porque também seria um "professor" —o presidente foi aluno do curso de Educação Física durante a formação no Exército brasileiro, onde chegou a capitão.

 

"É justo ou não é justo? O recurso, se a gente conceder 7%, a diferença, 26%, fica para quem? Como vai ser utilizado? Qual é a melhor maneira de utilizar esse recurso? É com o professor ou com o respectivo prefeito ou governador? Não precisou de mais de poucos segundos para decidirmos."

 

"Decidimos então pelos 33%. É uma maneira que temos, um meio de valorizar 1,7 milhão de professores do ensino básico no Brasil. Que, de forma direta, estão envolvidos com 38 milhões de alunos".

 

 

Posted On Sexta, 04 Fevereiro 2022 15:39 Escrito por
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