Não há casos confirmados da doença em território brasileiro

Com Agência Brasil

 

O Ministério da Saúde foi notificado de outros dois casos suspeitos de coronavírus no Brasil na tarde desta terça-feira (28). Eles estão localizados em Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR). Com o caso já em investigação em Belo Horizonte (MG), agora são três casos suspeitos no país. Os pacientes se enquadraram na atual definição de caso suspeito para nCoV-2019 (o novo coronavírus), estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ou seja, apresentaram febre, pelo menos um sinal ou sintoma respiratório e viajaram para área de transmissão local nos últimos 14 dias.

 

De manhã, a OMS aumentou o nível de alerta para alto em relação ao risco global do novo coronavírus. Por isso, o Ministério da Saúde orienta que viagens para a China devem ser realizadas em casos de extrema necessidade. Com quase três mil casos confirmados, segundo o boletim da OMS de 27 de janeiro, todo o território chinês foi considerado área de transmissão ativa da doença.

 

Em entrevista coletiva na manhã de hoje, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, destacou que não há casos confirmados da infecção no Brasil. "Este momento é de tranquilizar a população brasileira. Não temos ainda nenhum caso identificado no Brasil", asseverou Mandetta, destacando ainda que todos os portos e aeroportos estão preparados e farão ações de vigilância.

 

Posted On Quarta, 29 Janeiro 2020 07:53 Escrito por O Paralelo 13

Cronograma inicial previa abertura do prazo nesta terça-feira

 

Por Marcelo Brandão

 

Inicialmente programadas para terem início nesta terça-feira (28), as inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) foram suspensas pelo Ministério da Educação nesta segunda-feira (27). O ministério ainda não estipulou nova data.

 

A decisão foi tomada após o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região suspender a divulgação do resultado das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo o MEC, o cronograma do do Sisu e o do Prouni, ambos programas de acesso à educação superior, só serão divulgados após uma decisão final da justiça.

 

O Sisu oferta vagas em instituições públicas de ensino superior. Já o Prouni oferta bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior. Mas ambos utilizam notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Como foi comprovada a falha na correção (http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-01/inep-encontra-inconsistencia-em-correcao-do-enem) de algumas provas do Enem, a justiça atendeu o pedido da Defensoria Pública da União (DPU) de suspender a divulgação dos resultados do Sisu. A ideia é não comprometer a transparência e a lisura do procedimento que dá acesso às vagas, seja de um programa, seja de outro.

 

Segundo a DPU, em seu pedido, a revisão das notas pode provocar alteração nos resultados finais de todos os candidatos. E essa alteração, ainda que de décimos, pode ser a diferença entre conseguir ou não a vaga pretendida.

 

O MEC, no entanto, vai disponibilizar aos estudantes a consulta de bolsas do Prouni, uma vez que se trata apenas de uma informação. Com isso, a consulta das mais de 251 mil bolsas relativas ao processo seletivo 1/2020 já está aberta.

 

Posted On Terça, 28 Janeiro 2020 06:35 Escrito por O Paralelo 13

O novo coronavírus, que já infectou mais de 2 mil pessoas em surto na China e atingiu outros 12 países, é transmissível em seu período de incubação, ou seja, antes dos sintomas aparecerem, segundo autoridades chinesas.

 

Com BBC Brasil

 

Até o domingo (26), 80 mortes por causa do vírus foram confirmadas no país. O ministro da Saúde chinês, Ma Xiaowei, disse que a capacidade do vírus de se espalhar parece estar aumentando.

 

Diversas cidades chinesas adotaram restrições significativas de viagens. A cidade de Wuhan, onde o surto começou, está em total quarentena.

 

As infecções estavam em um "estado crucial de contenção", segundo Ma Xiaowei. Autoridades anunciaram que a venda de animais selvagens está proibida no país todo. Acredita-se que o vírus surgiu em animais, mas nenhuma causa foi oficialmente identificada.

 

Em humanos, o período de incubação — no qual a pessoa tem a doença, mas nenhum sintoma — varia entre um e 14 dias, segundo as autoridades.

 

Sem os sintomas, a pessoa pode não saber que tem a infecção, mas já estar espalhando a doença.

 

Dificuldade na contenção

 

A descoberta é um avanço significativo no entendimento sobre o vírus e fará com que a China tenha que ir mais longe para impedir sua disseminação.

 

Conhecido como Sars, o último surto mortal de coronavírus a atingir a China, em 2002, era contagioso apenas a partir do momento em que os sintomas apareciam. O mortal vírus do Ebola também só transmissível por quem está com os sintomas.

 

Isso facilita a contenção da doença, pois basta identificar e isolar pessoas que estão doentes e monitar qualquer um com que elas tenham entrado em contato.

 

Doenças que se espalham antes de você saber que está doença são mais difíceis de conter — um bom exemplo é o vírus da gripe, que além de tudo também sofre muitas mutações (dificultando a vacina).

 

O estágio atual de perigo não é o mesmo de algumas doenças que se tornaram pandemias mundiais, como a gripe suína. Mas parar uma doença que pode ser transmitida antes dos sintomas aparecerem será um trabalho muito mais difícil para as autoridades chinesas.

 

Como está a situação em Wuhan?

O prefeito da cidade, Zhou Xianwang, disse que a estimativa é de mil novos pacientes nos próximos dias.

 

Acidade tem tido filas nos hospitais de pacientes buscando tratamento.

 

Zhou afirmou que um aumento em doações de particulares ajudou a reduzir a falta de alguns equipamentos médicos.

A britânica Sophia, que está na cidade em quarentena, disse à BBC que as pessoas estão trancadas em suas casashádias.

 

"Descobrimos sobre o vírus em 31 dezembro", afirma ela. "Só ficou pior e pior. Agora a situação está realmente ruim."

 

Sem táxis nas ruas, motoristas voluntários têm levado as pessoas aos hospitais lotados.

 

"Não há carros, então ficamos responsáveis por trazer as pessoas ao hospital e levá-las de volta para casa. Depois fazemos um desinfecção. Tudo de graça", disse o voluntário Yin Yu à agência AFP.

 

O que é o vírus?
Nomeado oficialmente de 2019-nCoV, o novo coronavírus é similar a outros dois identificados nas últimas décadas.

 

Um deles foi responsável por causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês), e matou 774 das 8.098 infectadas em uma epidemia que começou na China em 2002.

 

 

 

Outro esteve por trás da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), que matou 858 dos 2.494 pacientes identificados com a infecção desde 2012 nesta região do mundo.

 

Até o momento, entre os mais de 2 mil casos notificados do 2019-nCoV, houve 56 mortes — todas na China.

 

O novo vírus causa infecção respiratória aguda.

 

Sintomas começam com uma febere, seguida de tosse seca e, depois de uma semana, leva a falta de ar. Ainda não há cura nem vacina.

 

Como o vírus se espalhou?

A disseminação rápida da doença coincide com o festival do Ano Novo Chinês, um dos períodos em que mais há viagens internas na China.

 

Da cidade de Wuhan, onde vivem 11 milhões de pessoas, a doença se espalhou para cidades vizinhas e outras províncias.

 

Fora da China, um pequeno número de infecções foi confirmado em países vizinhos, como Japão, Taiwan, Nepal, Tailândia, Vietnã, Coreia do Sul e Singapura.

 

Também foram confirmados casos na Austrália, nos EUA e na França.

 

Qual o risco do surto chegar ao Brasil?

No momento, nenhum caso do 2019-nCoV foi confirmado no Brasil — e, segundo o governo federal e epidemiologistas ouvidos pela BBC News Brasil, mesmo que isso ocorra, o risco é baixo de que haja um surto por aqui.

O infectologista Benedito Antonio Lopes da Fonseca, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, avalia que não há motivos para a população brasileira ter receios no momento sobre o surto do 2019-nCoV ao Brasil.

 

"Com o Sars, houve uma grande epidemia na China e pequenos surtos em outros países, mas acabou ali. Uma grande vantagem da globalização é que as medidas de contenção de epidemias são colocadas em prática muito mais rápido do que no passado", afirma Fonseca.

 

"É preciso avaliar a movimentação de pessoas entre esta região da China e o Brasil. Se for baixo, acredito que o risco é mínimo, quase inexistente, de o vírus chegar ao país."

 

O infectologista Marcos Boulos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, explica que o novo coronavírus é preocupante por ser desconhecido, mas que sua disseminação, na China e internacionalmente, é aparentemente mais "suave" do que as do Sars e do Mers.

 

"Pelo tempo desde que a doença começou até agora, o número de casos notificados, de casos graves e de mortes ainda é baixo, especialmente levando em conta o tamanho da população chinesa", afirma Boulos.

 

O médico afirma que a possibilidade do novo coronavírus chegar ao Brasil existe, mas é "baixa, pouco provável". "Isso não descarta a necessidade de ficarmos alerta. Mas o Brasil tem outras doenças mais alarmantes com que devemos nos preocupar."

 

Ambos os infectologistas concordam que, diante desta situação, não é necessário fazer a triagem de passageiros em portos e aeroportos do país.

 

Mas recomendam que sejam tomadas algumas medidas nestes locais para orientar os passageiros, por meio de cartazes nos terminais e avisos sonoros nos aviões, para que busquem um posto de saúde caso tenham sintomas como febre e problemas respiratórios.

 

"Se virar uma emergência global, vai ser necessário ter um controle muito mais rígido das fronteiras", alerta Fonseca.

 

Posted On Segunda, 27 Janeiro 2020 06:41 Escrito por O Paralelo 13

Medida visa controlar quantidade de resíduos em carnes, ovos e leites; antibióticos estão na mira da OMS contra superbactérias

 

Por Constança Tatsch 

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou duas normas que ampliam de 24 para 658 o número de medicamentos veterinários com limitação de uso. A medida, adotada em 26 de dezembro, busca controlar a quantidade de resíduos dos insumos farmacêuticos em produtos como carne, leite e ovos.

Segundo a própria Anvisa, os principais riscos à saúde humana provocados pelos resíduos de medicamentos veterinários em alimentos estão relacionados a câncer, efeitos na modulação hormonal, alteração da pressão arterial e desenvolvimento de alergias, como à penicilina. As consequências podem variar em decorrência do tipo de medicamento e da quantidade utilizada.

 

Além disso, o uso indiscriminado de medicamentos em animais também é, de acordo com especialistas, uma das principais causas do desenvolvimento das bactérias resistentes, as chamadas superbactérias.

 

A decisão da agência preenche um vazio regulatório. Apesar de, anteriormente, apenas 24 medicamentos terem seu uso limitado, havia centenas de insumos farmacêuticos autorizados, entre antimicrobianos, antiparasitários, antifúngicos, hormônios e outras classes terapêuticas.

 

— Fizemos uma ampliação grande, que vai se refletir no aumento, também, da saúde do consumidor — afirma a gerente-geral de alimentos da Anvisa, Thalita Lima.

 

A normas usaram como referência o Codex Alimentarius, programa da agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), além de regulamentações já estabelecidas nos EUA, União Europeia e Japão.

 

Risco real à saúde

A preocupação já é lugar comum em grande parte do mundo, mas, de acordo com a gerente da Anvisa, ainda não é tema prioritário para o consumidor brasileiro:

 

— Ainda há muito desconhecimento. Mas há risco real à saúde humana. Avaliamos o consumo agudo, a curto prazo, mas a preocupação é com as consequências decorrentes da exposição alimentar crônica. A longo prazo, esses resíduos também podem levar à resistência microbiana, que, por sua vez, pode causar resistência a antibióticos — diz Thalita.

Dados da OMS indicam que infecções causadas por bactérias resistentes provocam a morte de 700 mil pessoas por ano no mundo e, sem ações severas de combate ao problema, esse número deve chegar a um total de 10 milhões em 2050.

 

Em novembro passado, a organização realizou a Semana Mundial de Conscientização sobre Antibióticos. De acordo com a entidade, 80% do consumo total de antibióticos no planeta é destinado a uso veterinário.

 

Uma das orientações é a de que essa classe de remédios não seja usada nos animais para promover crescimento (ela atua na microbiota, ou flora intestinal, para aumentar a absorção de nutrientes) ou prevenir doenças.

 

Em 2017, o FDA, órgão americano similar à Anvisa, proibiu o uso de antibióticos sem prescrição veterinária e tornou ilegal o uso desses medicamentos para promover o crescimento animal. Mas no Brasil essa prática não só é permitida, como é padrão.

 

Assessor técnico do Conselho Federal de Medicina Veterinária, o médico-veterinário Fernando Zacchi confirma o uso corrente do antibiótico como promotor de crescimento.

 

— O papel do veterinário é fazer, de acordo com o sistema de manejo adotado, com que o animal atinja seu potencial genético — diz.

 

Por exemplo, o frango, ele explica, pode, em 45 dias, atingir dois quilos, com uso do antibiótico. Sem o remédio, só em 60 dias, afirma o veterinário, frisando que há outras formas de se alcançar o objetivo, usando itens como probióticos, prebióticos ou aditivos.

 

Na Dinamarca, a legislação já impede que os porcos sejam criados com qualquer tipo de antibiótico. Além do incentivo de políticas públicas, no país houve também ação voluntária. Os criadores aprenderam a melhorar a saúde dos animais, dando a eles mais espaço, melhorando a limpeza e a ventilação dos seus ambientes de confinamento e reduzindo o estresse que torna os animais mais suscetíveis a infecções.

 

As novas normas da Anvisa estabelecem limites máximos de resíduos permitidos nos alimentos e, assim, determina a dose e a maneira como o medicamento veterinário deve ser administrado.

 

Na nova lista, há medicamentos com “limites máximos de resíduos não necessários”, que são aqueles reconhecidos como seguros, sem “relevância toxicológica”.

 

Por outro lado, há 13 substâncias sem nível aceitável de resíduos à saúde humana. Para que essas sejam usadas, o criador deve cumprir um período de carência, quando o animal não pode ser abatido, e nem o consumo de seu leite ou ovos permitido.

 

Saídas para o consumidor

De acordo com a infectologista Ana Cristina Gales, professora da Unifesp, usar antibiótico para promover crescimento é arriscado.

 

 

— Essa concentração, pequena em relação à massa corpórea do animal, favorece a aparição das bactérias resistentes em leite, ovo e carne. Se o consumidor cozinhar muito bem, essa bactéria vai morrer, mas existe contaminação na faca, na esponja, na tábua de carne...

 

Para Ana Gales, o consumidor deveria procurar produtos de criação orgânica, sem antibióticos, e criados de forma humanizada, pois os animais passam por menos estresse e são mais saudáveis. O problema, como ela mesma reconhece, é o custo mais alto.

 

Mesmo quem só consome vegetais não está totalmente seguro. A especialista cita um surto provocado pela bactéria E. coli enterohemorrágica em 2011 na Alemanha:

 

— Os causadores do surto foram broto de feijão e de bambu, de uma fazenda orgânica, contaminada por fezes de frango usadas como adubo — afirma a médica, que conclui: — As novas regras da Anvisa são um avanço. Os limites foram estabelecidos com base na legislação de países rigorosos com a vigilância.

Agora, a Anvisa irá controlar e fiscalizar os resíduos de medicamentos veterinários nos alimentos. Já ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento compete o registro e a fiscalização de produtos de uso veterinário.

 

— É direito do consumidor saber como é feito o uso desses medicamentos com a norma estabelecida pelo órgão. O primeiro passo foi dado, a Anvisa botou limite. O segundo passo é, se você ver que determinada empresa não informou ou não cumpriu a determinação, denuncie — diz o professor de direito do consumidor Ricardo Morishita.

 

Estudos nos EUA comprovaram resistência a antibióticos em grupos de pessoas que ingeriam carne de frango com registro de uso de medicamentos.

 

— Agora, no Brasil, já há mecanismos jurídicos para responsabilizar, se for o caso, os produtores — diz Ricardo Morishita.

 

Posted On Segunda, 27 Janeiro 2020 06:12 Escrito por O Paralelo 13

É o maior saldo de emprego com carteira assinada desde 2013

 

Por Agência Brasil e G1

 

O Brasil registrou a criação de 644 mil vagas de emprego formal no ano passado, 21,63% a mais que o registrado em 2018. De acordo com o Ministério da Economia, é o maior saldo de emprego com carteira assinada em números absolutos desde 2013.

 

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (24), mostram que o estoque de empregos formais chegou a 39 milhões de vínculos. Em 2018, esse número tinha ficado em 38,4 milhões.

 

Todos os oitos setores da economia registraram saldo positivo no último ano. O destaque ficou com o setor de serviços, responsável pela geração de 382,5 mil postos. No comércio, foram 145,4 mil novas vagas e na construção civil, 71,1 mil. O menor desempenho foi o da administração pública, com 822 novas vagas.

 

No recorte geográfico, as cinco regiões fecharam o ano com saldo positivo. O melhor resultado absoluto foi o da Região Sudeste, com a criação de 318,2 mil vagas. Na Região Sul, houve abertura de 143,2 mil postos; no Nordeste, 76,5 mil; no Centro-Oeste, 73,4 mil; e no Norte, 32,5 mil. Considerando a variação relativa do estoque de empregos, as regiões com melhores desempenhos foram Centro-Oeste, que cresceu 2,30%; Sul (2,01%); Norte (1,82%); Sudeste (1,59%) e Nordeste (1,21%).

 

Em 2019, o saldo foi positivo para todas as unidades da federação, com destaque para São Paulo, com a geração de 184,1 mil novos postos, Minas Gerais, com 97,7 mil, e Santa Catarina, com 71,4 mil.

 

De acordo com o Caged, também houve aumento real nos salários. No ano, o salário médio de admissão foi de R$ 1.626,06 e o salário médio de desligamento, de R$ 1.791,97. Em termos reais (considerado o deflacionamento pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC), registrou-se crescimento de 0,63% para o salário médio de admissão e de 0,7% para o salário de desligamento, na comparação com novembro do ano passado.

 

Novas regras
Segundo os dados divulgados hoje, em 2019 houve 220,5 mil desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado. Os desligamentos ocorreram principalmente em serviços (108,8 mil), comércio (53,3 mil) e indústria de transformação (35 mil).

 

Na modalidade de trabalho intermitente, o saldo ficou positivo em 85,7 mil empregos. O melhor desempenho foi do setor de serviços, que fechou 2019 com 39,7 mil novas vagas. No comércio, o saldo ficou em 24,3 mil postos; na indústria da transformação, 10,4 mil; e na construção civil 10 mil. As principais ocupações nessa modalidade foram assistente de vendas, repositor de mercadorias e vigilante.

 

Já no regime de tempo parcial, o saldo de 2019 chegou a 20,3 mil empregos. Os setores que mais contrataram nessa modalidade foram serviços, 10,6 mil; comércio, 7,7 mil; e indústria de transformação, 1,2 mil. As principais ocupações foram repositor de mercadorias, operador de caixa e faxineiro.

 

Dados de dezembro
Já no mês de dezembro, o saldo de novos empregos foi negativo. Segundo o Ministério da Economia, o resultado ocorre todos os anos. “Trata-se de uma característica do mês, devido aos desligamentos dos trabalhadores temporários contratados durante o fim de ano, além da sazonalidade naturalmente observada nos setores de serviços, indústria e construção civil”, informou a pasta.

 

No último mês de 2019, o saldo ficou negativo em 307,3 mil vagas. Em 2018, o saldo de dezembro havia sido de 334,4 mil vagas fechadas. Os maiores desligamentos foram no setor de serviços, com menos 113,8 mil vagas, e na indústria de transformação, com redução de 104,6 mil postos de trabalho. O comércio foi o único a apresentar saldo positivo, com 19,1 mil vagas criadas.

 

Na modalidade de trabalho intermitente, o saldo também foi positivo: 8,8 mil novas vagas em dezembro. Comércio e serviços dominaram as contratações com saldos de 3,7 mil e 3,1 mil novos postos, respectivamente. Já o trabalho parcial teve déficit de 2,2 mil vagas no mês passado.

Ano de 2019 por setores

De acordo com os números do governo, os oito setores da economia abriram vagas no ano passado. O setor de serviços foi o que mais criou empregos, e a administração pública foi o setor que contratou menos trabalhadores.

 

Veja abaixo os resultados:

Construção civil: 71.115 postos
Indústria de transformação: 18.341 empregos
Indústria extrativa mineral: 5.005 postos formais
Serviços industriais de utilidade pública: 6.430 vagas
Administração pública: 822 empregos
Comércio: 145.475 vagas formais
Agropecuária: 14.366 vagas
Serviços: 382.525 empregos

Regiões do país

De acordo com o Ministério da Economia, todas as cinco regiões do país registraram mais contratações do que demissões no ano passado.

Região Sudeste: 318.219 vagas abertas
Região Nordeste: 76.561 vagas criadas
Região Norte: 32.576 vagas abertas
Região Centro-Oeste: 73.450 vagas criadas
Região Sul: 143.273 vagas abertas

O governo informou ainda que as 27 unidades da federação criaram empregos formais no ano passado.

A abertura de vagas no ano foi liderada por São Paulo (+184.133), seguido por Minas Gerais (+97.720) e Santa Catarina (+71.406 vagas). Os estados que menos criaram vagas no ano passado foram Amapá (352), Acre (353) e Alagoas (731).

 

Trabalho intermitente
Segundo o Ministério da Economia, foram realizadas 85.716 contratações por meio do trabalho intermitente no ano passado. Nessa modalidade, o trabalho ocorre esporadicamente, em dias alternados ou por algumas horas, e é remunerado por período.

 

16,5% das vagas criadas no país em 2019 foram intermitentes ou de tempo parcial

No último ano foram registrados ainda 20.360 empregos formais nas novas modalidades de trabalho parcial. Essas modalidades de trabalho parcial, definidas pela reforma trabalhista, incluem contratações de até 26 horas semanais com restrições na hora extra ou até 30 horas por semana sem hora extra.

 

Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.595,53 em dezembro do ano passado, o que representa uma queda real, com os valores sendo corrigidos pelo INPC, de R$ 2,41 em relação ao patamar do mesmo mês de 2018 (R$ 1.597,94).

 

Em novembro de 2019, ainda de acordo com informações oficiais, o salário médio de admissão estava em R$ 1.611,14.

 

Posted On Sexta, 24 Janeiro 2020 13:29 Escrito por O Paralelo 13
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