Longa dirigido por Sean Baker conquistou a principal estatueta da noite, que foi histórica também para os brasileiros

 

 

Por Lello Lopes

 

Walter Salles e Fernanda Torres comemoram o Oscar de 'Ainda Estou Aqui'

Anora é o grande vencedor do Oscar de 2025. O longa dirigido por Sean Baker conquistou neste domingo (2) o principal prêmio da noite, o Oscar de Melhor Filme. Já o brasileiro Ainda Estou Aqui saiu da festa com o prêmio de Melhor Filme Internacional.

 

Para ficar com a estatueta, Anora bateu, além de Ainda Estou Aqui, O Brutalista, Conclave, Um Completo Desconhecido, O Reformatório Nickel, Wicked, Duna - Parte 2, A Substância e Emilia Pérez.

 

Anora também ganhou os Oscars de Melhor Direção (Sean Baker), Melhor Atriz (Mikey Madison), Melhor Roteiro Original e Melhor Edição.

Por que Anora ganhou o Oscar

A disputa pelo Oscar em 2025 foi extremamente equilibrada. Vários filmes, em algum momento da corrida, assumiram a posição de favoritos. Anora tomou a ponta no momento certo, bem na reta final.

 

O filme conta a história da stripper Ani (Mikey Madison), que parece viver um conto de fadas ao encontrar o milionário russo Ivan (Mark Eydelshteyn). Mas logo ela vai perceber que essa história não passa de um pesadelo.

Dirigido por Sean Baker, Anora mistura vários gêneros (de comédia pastelão ao drama) para falar das diversas formas de exploração, principalmente do corpo feminino, em uma sociedade de relações superficiais, moldadas pelo poder econômico.

 

Impulsionada pela performance magnética de Mikey Madison, a produção já havia ganhado a prestigiada Palma de Ouro do Festival de Cannes.

A jornada de Ainda Estou Aqui

Dirigido por Walter Salles, Ainda Estou Aqui estreou no Festival de Veneza, em setembro do ano passado, com dez minutos de aplausos, e se tornou um dos favoritos do festival.

 

O filme ganhou o Leão de Prata de Melhor Roteiro e se credenciou como o favorito a representar o Brasil no Oscar. A escolha oficial aconteceu em dezembro, já com a campanha internacional realizada pela Sony Pictures a todo vapor.

 

O ponto de virada, no entanto, foi a surpreendente vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro como Melhor Atriz Dramática. O resultado atraiu o interesse e pavimentou o caminho para as três indicações ao Oscar.

Eunice Paiva

Ainda Estou Aqui, baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, conta a história de Eunice Paiva, mãe do autor e mulher do engenheiro e ex-deputado federal Rubens Paiva, morto pela ditadura militar em janeiro de 1971.

 

Dona de casa em uma família de classe média no Rio de Janeiro, ela precisa se reinventar para cuidar dos cinco filhos enquanto busca informações sobre o marido, que sumiu ao ser levado do próprio lar pelo Exército para prestar depoimento.

 

Além de Fernanda Torres, estão no elenco Selton Mello (como Rubens Paiva) e Fernanda Montenegro (a versão mais velha de Eunice).

 

Sucesso de bilheteria

O filme estreou nos cinemas brasileiros no dia 7 de novembro e virou um sucesso de bilheteria. Mais de 5 milhões de espectadores assistiram à produção, o que rendeu uma bilheteria acima de R$ 100 milhões.

 

 

Posted On Segunda, 03 Março 2025 06:45 Escrito por O Paralelo 13

Despesa com tribunais no Brasil é majoritariamente composta por salários e encargos trabalhistas: 79,8% do total gasto foram para pagamento de pessoal

 

 

POR IDIANA TOMAZELLI

 

 

O gasto do poder público brasileiro com os tribunais de Justiça, incluindo remuneração de magistrados e servidores, é o segundo maior entre 50 países analisados pelo Tesouro Nacional e quatro vezes a média internacional.

 

O comparativo foi divulgado nesta sexta-feira (28) pelo órgão do Ministério da Fazenda e considera dados de 2022, os mais recentes disponíveis para os países analisados. O Brasil gastou 1,33% do PIB (Produto Interno Bruto), contra uma média de 0,3%. Apenas El Salvador tem uma despesa com tribunais maior, com 1,59% do PIB.

Para o Brasil, os números mais atualizados são de 2023. Naquele ano, a despesa subiu para 1,43% do PIB. Os gastos também incluem o Ministério Público e compreendem despesas de União, estados e municípios.

"Esse resultado evidencia o peso substancial do sistema judicial no orçamento público brasileiro, destacando o país como um dos líderes em alocação de recursos nessa subfunção", diz o relatório.

 

Em valores absolutos, a fatura chegou a R$ 156,6 bilhões (em valores de dezembro de 2023), dos quais R$ 125,6 bilhões foram direcionados ao pagamento de remunerações a magistrados e servidores —o equivalente a 80,2%.

 

O valor total de 2023 é 11,6% maior que o observado em 2022 (R$ 140,4 bilhões), já descontados os efeitos da inflação no período. Foi a maior expansão registrada na série, iniciada em 2010.

 

Questionado sobre o volume e a trajetória dos gastos, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) não havia respondido até a publicação deste texto.

Para se ter uma ideia, o gasto com tribunais encosta no valor destinado ao Bolsa Família, programa de transferência de renda a famílias em situação de pobreza. Em 2023, a política destinou R$ 166,3 bilhões a 21,1 milhões de famílias beneficiárias.

 

Em 2021, o Brasil já era um dos líderes em gastos com o Judiciário. Os valores absolutos para aquele ano, porém, foram revisados devido a uma mudança de metodologia, para adequar os cálculos a padrões internacionais.

 

Os novos números, porém, não alteram o diagnóstico de aumento veloz e contínuo das despesas com tribunais de Justiça,.

 

O relatório do Tesouro mostra que os gastos com esse grupo representa mais da metade dos R$ 311 bilhões direcionados à rubrica ordem e segurança pública. O valor supera inclusive os desembolsos com serviços de polícia no Brasil (R$ 117,5 bilhões).

 

As despesas dos demais países com tribunais de Justiça não estão classificadas por tipo e, por isso, o Tesouro não consegue fazer uma comparação mais detalhada para saber se a proporção de gastos com pessoal no Brasil destoa do cenário internacional.

Mas o custo do sistema de Justiça no Brasil tem sido alvo de constantes críticas, em particular por causa do pagamento de adicionais que driblam o teto remuneratório do funcionalismo, os chamados penduricalhos.

 

O teto para os servidores federais está hoje em R$ 46.366,19, e os limites aplicados em estados e municípios ficam abaixo disso. Mesmo assim, é corriqueiro no Judiciário e no Ministério Público decisões que criam parcelas adicionais, em geral fora do teto.

 

A lista inclui auxílios e benefícios por excesso de serviço (medido em número de processos) e por acúmulo de função administrativa, e todo ano ganha novos itens. No fim do ano passado, por exemplo, membros da AGU (Advocacia-Geral da União) foram agraciados com um penduricalho de até R$ 3.500 mensais, classificado como "auxílio saúde complementar". O valor fica fora do teto e é isento de tributos.

 

Além disso, os juízes contam com 60 dias de férias por ano, o dobro do que é garantido aos demais trabalhadores (30 dias).

 

No pacote de medidas de contenção de gastos, apresentado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), o governo tentou propor uma regulamentação mais dura para a aplicação do teto remuneratório, para afastar os penduricalhos que muitas vezes inflam a remuneração extrateto.

 

Uma PEC (proposta de emenda à Constituição) previa que as parcelas fora do teto seriam tratadas em lei complementar, instrumento jurídico hierarquicamente superior às leis ordinárias que hoje são o veículo usado para tratar do tema.

 

Como mostrou a Folha, a estratégia do governo era blindar o teto remuneratório de flexibilizações, já que uma lei ordinária, além de exigir quórum menor nas votações, pode ser contornada por resoluções do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que também têm status de lei ordinária.

 

Durante a discussão do pacote, houve forte pressão do Judiciário, que conseguiu derrotar a mudança no Congresso Nacional. Com isso, o arcabouço legal mantém as válvulas de escape hoje usadas para turbinar salários com penduricalhos, especialmente nos tribunais.

 

A regulamentação por lei complementar também teria a vantagem de amarrar não só a União, mas também estados e municípios, onde as flexibilizações muitas vezes têm alcance ainda maior.

 

Segundo o documento do Tesouro, o maior gasto vem justamente dos tribunais estaduais, com R$ 107,3 bilhões em 2023. Na sequência estão os tribunais federais, com R$ 45,3 bilhões, o que inclui a Justiça do Trabalho, Justiça Federal e cortes superiores, como STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o STF (Supremo Tribunal Federal).

 

 

Posted On Domingo, 02 Março 2025 04:35 Escrito por O Paralelo 13

Da Assessoria

 

Durante o feriado de Carnaval, o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, senador Eduardo Gomes, está percorrendo diversos municípios do Tocantins. Neste sábado, 1º de março, ele esteve em Peixe, onde se reuniu com o prefeito Cezinha (MDB) e lideranças para destacar os investimentos destinados ao município. Em seguida, visitou Paranã, onde foi recebido pelo prefeito Fábio da Farmácia (Republicanos) e anunciou novos recursos para a cidade.

 

Investimentos em Peixe

 

A cidade de Peixe recebeu recentemente R$ 1,5 milhão para a construção de rampas no Rio Tocantins, recurso que integra um montante de R$ 4 milhões já repassados pelo senador ao município. Além das rampas, os investimentos incluem a aquisição de uma motoniveladora, grade aradora, caminhão compactador, trator com implementos, ambulância e o custeio de ações na área da Saúde.

 

“Nosso compromisso é garantir que os recursos públicos sejam aplicados de forma eficiente, beneficiando diretamente a população. Infraestrutura de qualidade fortalece o turismo, melhora a mobilidade e amplia as oportunidades para o desenvolvimento local", afirmou Eduardo Gomes.

 

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Senador Eduardo Gomes visita Peixe e Paranã e anuncia novos investimentos para os municípios

 

Em Paranã, o senador esteve acompanhado do suplente de deputado federal Pedro Júnior (PL) e foi recebido pelo prefeito Fábio da Farmácia, que destacou a importância das emendas destinadas ao município.

 

“Temos muito a agradecer ao senador Eduardo Gomes, que já destinou recursos para uma motoniveladora, um caminhão basculante e a maior obra da nossa gestão: a construção de quatro pontes, incluindo a Ponte São Domingos, de 115 metros. Seu compromisso com Paranã faz a diferença, e reafirmamos nosso apoio para qualquer cargo que ele queira ser candidato”, afirmou o prefeito.

 

Na ocasião, Eduardo Gomes anunciou novos investimentos para a cidade. “Paranã é um município extenso, por isso, vamos destinar mais R$ 5 milhões para estradas vicinais, além de recursos para a construção de um ginásio poliesportivo, garantindo mais espaços de lazer e esporte para a juventude. Todo recurso enviado para cá tem sido bem aplicado pelo prefeito Fábio, e vamos continuar investindo para que a cidade siga avançando”, destacou o senador.

 

Além dos compromissos institucionais, o senador vai prestigiar nesta noite a programação de Carnaval na cidade e do povoado de Campo Alegre.

 

 

 

Posted On Domingo, 02 Março 2025 04:30 Escrito por O Paralelo 13

Evento contou com uma programação especial, que teve início no Casarão Padre Luso e seguiu para o Memorial

 

 

Por Camila Rodrigues

 

 

O secretário de Turismo do Tocantins, Hercy Filho, participou nesta sexta-feira (28) de um evento no Casarão Padre Luso, em Porto Nacional, que marcou o lançamento oficial da cidade como Destino Religioso do Estado. A iniciativa, promovida pela Associação Amigos de Padre Luso, em parceria com a Prefeitura de Porto Nacional e a Secretaria Estadual do Turismo (Setur), tem como objetivo oficializar a rota “Caminho da Fé” e fortalecer o turismo religioso na região.

 

A rota “Caminho da Fé” homenageia o sacerdote Padre Luso e resgata sua trajetória de fé, incluindo a inauguração de um busto e uma programação especial. A caminhada teve início no Casarão Padre Luso, próximo à Igreja Nossa Senhora das Mercês, e seguiu para o Memorial Padre Luso, localizado no Seminário, onde estão expostas peças relacionadas ao sacerdote.

 

Iniciativa é promovida pela Associação Amigos de Ladre Luso, em parceria com a prefeitura de Porto Nacional e a Secretaria de Turismo do Tocantins

 

Durante a procissão, que tradicionalmente ocorria às 11h, Padre Luso costumava rezar pela comunidade e teve uma visão sobre a construção de uma igreja. A rota inclui paradas nas casas de antigos moradores, que recebem os visitantes com altares preparados, e passa pelo Portal das Pombinhas, um local que preserva a história do padre e conta com um mastro onde as pessoas amarram fitas, fazem pedidos e agradecem as graças recebidas por sua intercessão.

 

A cerimônia contou com a presença de autoridades locais e membros da Associação Amigos de Padre Luso, proporcionando aos participantes a oportunidade de reviver a trajetória de fé do sacerdote. A rota não apenas fortalece o turismo religioso, mas também valoriza o patrimônio cultural e cria novas oportunidades para o setor, consolidando o Tocantins como referência nesse segmento.

 

“Estou muito emocionado ao estar no Casarão Padre Luso. Minha mãe foi uma de suas devotas e estudou aqui, no Colégio das Freiras. Ver a memória do Padre Luso preservada e sua trajetória reconhecida é algo sensacional”, afirmou Hercy Filho, que também anunciou sua participação na Expo Católica, que ocorrerá em julho, em São Paulo - SP, onde apresentará a história do Padre Luso para todo o Brasil, inspirando novas gerações.

 

O processo de beatificação de Padre Luso teve início em 2022, e a Secretaria de Cultura e Turismo, em parceria com o Sebrae e a Diocese, realiza anualmente a Romaria de Padre Luso, fortalecendo ainda mais a devoção e o reconhecimento de sua trajetória.

 

 

Posted On Domingo, 02 Março 2025 04:23 Escrito por O Paralelo 13

Coordenado pela Controladoria-Geral do Estado (CGE), grupo formado por diversas pastas terá 45 dias para apresentar propostas de gestão

 

 

Por Guilherme Lima

 

 

O Governo do Tocantins criou uma comissão especial para analisar e propor melhorias na execução do Projeto de Irrigação São João, localizado no município de Porto Nacional. A medida, coordenada pela Controladoria-Geral do Estado (CGE), foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira, 28, por meio do Decreto n° 6.903, e visa avaliar o andamento do projeto; estudar formas de custeio da irrigação e do fornecimento de energia elétrica; e sugerir ajustes normativos e administrativos para garantir sua gestão sustentável.

 

A comissão passa a ser composta por representantes de diversos órgãos estaduais, incluindo a Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI/TO); a Procuradoria-Geral do Estado (PGE); a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro); Secretaria das Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional (Secihd); Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura (Ageto); e Companhia Imobiliária de Participações, Investimentos e Parcerias (Tocantins Parcerias).

 

Os membros serão indicados pelos dirigentes de cada instituição e designados pelo secretário-chefe da Controladoria-Geral do Estado, Murilo Francisco Centeno, que explicou que o comitê tem o intuito de colaborar com propostas para soluções concretas, contando com uma equipe qualificada dentro das áreas competentes. “Atendendo à determinação do governador Wanderlei Barbosa, a equipe multissetorial fará os levantamentos sobre o estado atual e as inconsistências do projeto, realizando estudos pertinentes e propondo soluções viáveis para os problemas apresentados, a fim de que o projeto possa avançar rumo à conclusão e ao cumprimento dos seus objetivos”, afirmou.

 

O grupo terá 45 dias para apresentar um relatório com recomendações, podendo esse prazo ser prorrogado por igual período. A comissão também ficará responsável por definir a metodologia de trabalho e a dinâmica das reuniões, bem como da realização de análise técnica da execução do projeto.

 

Projeto São João

 

O Governo do Tocantins, em parceria com o Banco Mundial, executa, via Programa de Desenvolvimento, Integrado e Sustentável (PDRIS), o Projeto de Irrigação São João. O programa teve início em 2001 e compreende a implantação de infraestrutura de irrigação para produção de hortigranjeiros e frutas. Localizado à margem direita do reservatório da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, no Rio Tocantins, sentido Palmas/Porto Nacional, pela rodovia TO-050, o projeto possui uma área total de 5.129 hectares, sendo 3.654 hectares de área irrigável. A área compreende 328 lotes para pequenos produtores e 32 lotes empresariais.

 

 

Posted On Sábado, 01 Março 2025 04:17 Escrito por O Paralelo 13
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