Uma pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), divulgada em 11 de julho, mostrou que há presença de álcool em produtos de diversas marcas populares de pães de forma.
Por: Igor Fonseca
Com isso, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Goiás fez testes para avaliar o teor alcoólico no corpo após o consumo de algumas marcas de pão.
Uma mulher come duas fatias de pão de forma da marca Visconti e faz o teste do bafômetro em seguida. O resultado foi de 0,12 miligramas por litro de ar expelido (mg/l), enquanto limite para que o condutor não seja multado é de 0,05 mg.
Em outro teste feito pelo Detran de Goiás, a mesma mulher esperou três minutos depois de consumir a mesma quantidade do pão e o teste dá negativo. A médica nutróloga, Thais Aquino, que participou do teste, explicou que o álcool é uma substância comum em alimentos. Ele pode ser adicionado ou proveniente da fermentação natural.
Pelo fato de a quantidade de álcool ser insignificante, o indicatório do bafômetro some após três minutos.
Marcas de pão de caixa que contém álcool
De acordo com o levantamento, se os pães fossem bebidas, os produtos de cinco marcas seriam considerados alcoólicos, ou seja, com teor de álcool superior a 0,5%: Visconti (teor alcoólico de 3,37%), Bauducco (1,17%), Wickbold 5 Zeros (0,89%), Wickbold Sem Glúten (0,66%), Wick Leve (0,52%), e Panco (0,51%).
Segundo a pesquisa, duas fatias do pão de forma da marca Visconti teriam o equivalente a 1,69 g de álcool; da Bauducco, a 0,59 g; e da Wickbold 5 Zeros, a 0,45 g.
O estudo mostra ainda que, caso os pães fossem medicamentos fitoterápicos, seria necessário haver advertências nas embalagens de oito marcas brasileiras.
De acordo com as diretrizes pediátricas europeias, o valor limítrofe de advertência para a presença de álcool em medicamentos fitoterápicos é de 6 miligrama por quilo (mg/kg) de peso corporal para crianças. Considerando uma criança de 12,5 kg, a taxa limite seria de 75 mg.
Essa quantidade é superada, em uma única fatia de pão, nas marcas Visconti (843 mg de etanol), Bauducco (293 mg), Wickbold 5 Zeros (233 mg), Wickbold Sem Glúten (165 mg), Wickbold Leve (130 mg), Panco (128 mg), Seven Boys (125 mg), Wickbold (88 mg).
* Com informações da Agência Brasil.
Aumento de impostos sobre profissionais liberais deve encarecer serviços
Por: OCPNews Brasilia
Mesmo beneficiados com uma alíquota reduzida em 30% em relação à taxação padrão na reforma tributária, profissionais liberais devem ver seus impostos quase dobrarem, o que deve encarecer os preços dos serviços para o consumidor final.
Hoje, profissionais liberais como advogados, engenheiros e contadores que atuam como pessoa jurídica pagam, no regime de lucro presumido, 8% de IRPJ mais 2,88% de CSLL. Com mais 3% de PIS e 0,65% de Cofins, a tributação fica, na maior parte dos casos, em 14,53%.
O tributarista Eduardo Natal, presidente do Comitê de Transação Tributária da Associação Brasileira da Advocacia Tributária (ABAT), explica que, na maior parte dos municípios do país, há uma opção de recolhimento do ISS por alíquotas fixas no caso de sociedade uniprofissional – aquela cujos sócios são habilitados ao exercício da mesma atividade, caso de escritórios de advocacia, contabilidade ou engenharia, por exemplo.
“Nesses casos, em vez de o ISS ser calculado sobre a receita, é estabelecido um valor a ser pago periodicamente por profissional que faz parte do quadro societário da empresa”, explica. “Então a alíquota efetiva total fica em torno de 15,5% a 16%.”
Com a mudança no sistema de impostos, a estimativa do governo federal é de que a alíquota dos novos Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirá PIS, Cofins, ICMS e ISS, fique em 26,5%. Para evitar um aumento excessivo na carga tributária, foi introduzida na reforma tributária uma redução de 30% na tributação de profissionais liberais submetidos a conselho da categoria (veja lista abaixo).
Com o desconto, a alíquota padrão total de IBS e CBS deve ir a 18,55%. Somando o valor com IRPJ e CSLL (10,88%), o profissional terá 29,43% de carga tributária efetiva total, quase o dobro do que recolhe hoje.
“Quando o serviço é prestado para uma pessoa jurídica, a empresa que o contrata vai poder tomar crédito dos tributos pagos pelo profissional liberal para depois abater dos impostos sobre os seus serviços ou sobre a vendas de bens”, diz Natal. “Mas quando é desempenhado em prol de uma pessoa física, o que é muito comum para um profissional liberal, não. Não vai haver possibilidade nenhuma de tomada de crédito, mas, sim, um encarecimento bem radical do serviço, o que vai ser muito difícil de ser absorvido imediatamente pelo mercado”, afirma o tributarista. Não existe tributação que não seja colocada de forma indireta ou direta no preço final. Vai acabar sendo repassado para o consumidor”, ressalta.
Para ele, a redução de 30% ajuda a aliviar esse impacto, mas ainda é insuficiente. Quem tem faturamento abaixo de R$ 3,6 milhões por ano ainda poderá optar por aderir ao Simples Ncional, regime de simplificação tributária, e garantir uma alíquota está limitada a 22%. “Para quem superar esse patamar, talvez a opção seja trabalhar como pessoa física e pagar 27,5% de IRPF”, diz o advogado.
Profissionais liberais que terão alíquota reduzida em 30%
A redução nas alíquotas para profissionais liberais é válida tanto para pessoas físicas quanto para sociedades uniprofissionais. A proposta de regulamentação da reforma, que ainda será analisada pelo Senado, prevê o desconto de 30% das alíquotas do IBS e da CBS sobre a prestação de serviços das seguintes profissões:
Administradores
Advogados
Arquitetos e Urbanistas
Assistentes Sociais
Bibliotecários
Biólogos
Contabilistas
Economistas
Economistas domésticos
Profissionais de educação física
Engenheiros e Agrônomos
Estatísticos
Médicos Veterinários e Zootecnistas
Museólogos
Químicos
Profissionais de Relações Públicas
Técnicos Industriais
Técnicos Agrícolas
Médicos e professores autônomos terão desconto de 60% nos tributos
Categorias que prestam serviços nas áreas de saúde e educação foram contemplados com um desconto maior nos novos tributos. No caso de professores, por exemplo, e de profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, entre outros, que atuem como profissionais liberais, a alíquota será reduzida em 60%.
Nesses casos, a alíquota efetiva total deve ficar em 21,48% (10,6% de IBS e CBS e 10,88% de IRPJ e CSLL).
O desconto nas alíquotas de IBS e CBS é o mesmo do qual usufruirão escolas, hospitais e empresas de maior porte que atuem nas áreas.
Confira a lista dos serviços de saúde que serão contemplados com redução de alíquota de 60%:
Serviços cirúrgicos
Serviços ginecológicos e obstétricos
Serviços psiquiátricos
Serviços prestados em unidades de terapia intensiva
Serviços de atendimento de urgência
Serviços hospitalares não classificados em subposições anteriores
Serviços de clínica médica
Serviços médicos especializados
Serviços odontológicos
Serviços de enfermagem
Serviços de fisioterapia
Serviços laboratoriais
Serviços de diagnóstico por imagem
Serviços de bancos de material biológico humano
Serviços de ambulância
Serviços de assistência ao parto e pós-parto
Serviços de psicologia
Serviços de vigilância sanitária
Serviços de epidemiologia
Serviços de vacinação
Serviços de fonoaudiologia
Serviços de nutrição
Serviços de optometria
Serviços de instrumentação cirúrgica
Serviços de biomedicina
Serviços farmacêuticos
Serviços de cuidado e assistência a idosos e pessoas com deficiência em unidades de acolhimento
Confira a lista dos serviços de educação que serão contemplados com redução de alíquota de 60%
Ensino infantil, inclusive creche e pré-escola
Ensino fundamental
Ensino médio
Ensino técnico de nível médio
Ensino para jovens e adultos destinado àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria
Ensino superior, compreendendo os cursos e programas de graduação, pós-graduação, de extensão e cursos sequenciais
Ensino de sistemas linguísticos de natureza visual-motora e de escrita tátil
Ensino de línguas nativas de povos originários
Educação especial destinada a pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de modo isolado ou agregado a qualquer das etapas de educação tratadas nesta lista
Representantes comerciais ficam de fora da lista de alíquota reduzida
A redação aprovada denota que o rol de categorias beneficiadas é taxativo, ou seja, o desconto na alíquota fica restrito à relação constante do texto, o que gera insatisfação de outros profissionais que ficaram de fora da lista. Nesses casos, a alíquota efetiva total deve chegar a 37,38% (26,5% de IBS e CBS mais 10,88% de IRPJ e CSLL).
O Conselho Federal dos Representantes Comerciais (Confere), por exemplo, considerou injusta a não contemplação da classe entre as profissões que terão a redução na alíquota de IBS e CBS.
“A profissão de representante comercial é uma das mais antigas e vitais para a economia brasileira, sendo responsável por aproximadamente 30% de todos os negócios realizados no Brasil”, diz nota assinada em conjunto pela entidade e pelo Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Estado do Paraná (Core-PR).
“A pandemia deixou ainda mais evidente a importância da categoria para o país, em que foram essenciais para manter a economia funcionando, especialmente nos setores alimentício e médico-hospitalar, assegurando o abastecimento e evitando um caos social”, acrescenta o texto.
Documento obriga todos os ministros a informarem se há familiares de até terceiro grau realizando atividades no governo que possam gerar conflito de interesses
Com UOL
O governo Lula decretou sigilo de 100 anos para o acesso a Declaração de Conflito de Interesses (DCI) do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A decisão, que não cabe recurso, foi realizada através da Comissão Mista de Reavaliação de Informações (CMRI). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (17) por Thiago Herdy, em sua coluna no UOL.
Silveira entregou sua DCI no início de 2023, assim que assumiu a liderança da pasta. O documento obriga todos os ministros a informarem se há familiares de até terceiro grau realizando atividades no governo que possam gerar conflito de interesses. Além disso, os membros do Executivo devem relatar as atividades exercidas no ano anterior à posse e declarar seus bens que não estejam no imposto de renda.
"Os dados pessoais presentes no documento são de acesso restrito, (...) visto que se referem a aspectos da vida privada e intimidade do titular e, portanto, não publicitáveis, independentemente de classificação das informações e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos, a contar da sua data de produção", afirma a decisão do CRMI, tomada no último dia 5.
O UOL pediu a Declaração de Conflito de Interesses (DCI) de Silveira pela primeira vez em junho de 2023, em uma solicitação direta ao ministro. Após a negativa, o portal requisitou o acesso através da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que indeferiu duas vezes o pedido. Em seguida, foi apresentado um recurso em terceira instância à Controladoria-Geral da União, que manteve a restrição.
Uma das promessas de Lula (PT) na campanha eleitoral de 2022 foi acabar com a restrição de 100 anos de sigilo para documentos de interesse público. O petista declarava a proposta como resposta ao governo de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), que também se utilizava do recurso.
Ministra diz que governo terá todo cuidado com a questão fiscal
Por Pedro Peduzzi
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, garantiu que a revisão de gastos do governo será feita com “inteligência, racionalidade e justiça social”, sem comprometer os programas sociais. Segundo ela, os filtros aplicados no Bolsa Família já resultaram em uma economia de R$ 12 bilhões com o programa.
Ela lembrou que, em caráter emergencial, o cadastro para o Bolsa Família foi facilitado durante a pandemia, mas que com a melhora da situação, tanto do ponto de vista da saúde como econômico, muitas pessoas puderam abrir mão do benefício.
A ministra explicou que, da pandemia para cá, o Brasil cresceu, só no ano passado, quase 3%, e que o país se encontra atualmente com índices recordes de empregos e carteiras de trabalho assinadas. “Isso significa que muita gente que precisava do Bolsa Família não precisa mais”, disse nesta quinta-feira (18), no programa Bom Dia, Ministra, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“Fizemos um filtro e conseguimos, entre aspas, economizar R$ 12 bilhões [com o Bolsa Família]. Não é para economizar, até porque uma parte foi para outras políticas públicas. Outra parte foi para a gente resolver esse problema do déficit fiscal”, acrescentou ao garantir que grande parte desse dinheiro teve como destino a reposição de políticas públicas que tinham sido abandonadas durante o governo anterior. Ela garantiu que não há possibilidade nenhuma de o governo acabar com o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Simone Tebet reiterou que o governo manterá todo o cuidado com a questão fiscal. “O Brasil não pode gastar mais do que arrecada”, afirmou. “Mas, ao mesmo tempo, não pode gastar menos do que o necessário”, acrescentou.
“Não podemos esquecer que o Brasil saiu muito empobrecido da pandemia e que muitas políticas públicas foram abandonadas. Tivemos de repor muitas políticas públicas em 2023. Foram seis anos sem atualizarmos [o valor da] merenda escolar das nossas crianças. A Farmácia Popular foi totalmente desestruturada. O Minha Casa, Minha Vida ficou quatro anos sem um contrato novo para a faixa de quem ganha até um salário mínimo e meio”, argumentou.
Desafio
Na avaliação da ministra, a tarefa de sua pasta é um grande desafio, em meio a todo esse contexto. “Mas a gente faz isso com muita sensibilidade, carinho e amor, sabendo que, por trás desses números, existem pessoas e gente sofrendo. Existem crianças dormindo com fome. Portanto, o que precisamos é equilibrar”, disse.
“De forma objetiva, vamos ter de cortar gastos. Mas vamos cortar gastos naquilo que efetivamente está sobrando. Fraude, erros e irregularidades, ainda têm muito. Por isso, temos de fazer reformas estruturantes para poder ter [recursos] para aquilo que mais precisa. Onde mais precisa? Eu sou professora e sei. É na educação e na saúde”, disse.
Com relação às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ministra Simone Tebet disse que será preservado, mesmo que se façam necessários alguns cortes temporários, contingenciamento ou bloqueios em obras. “Nesse caso, a gente fará naquelas [obras] que não foram iniciadas. A cada 2 meses faremos revisões, podendo repor de outra forma. Mas repito, não há nenhuma sinalização de que o PAC, especialmente na área de educação e da saúde, terá corte”, garantiu.
LDO
Sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que direciona o orçamento dos recursos públicos, a ministra disse que a expectativa é a de ser votada entre agosto e setembro, “sem nenhum problema” e, que, enquanto isso, “temos outra missão importante, que é a elaboração do orçamento brasileiro, para definir para onde vai cada centavo do orçamento público”. O prazo de entrega ao Congresso Nacional é 31 de agosto.
“É uma conta matemática que parece simples mas não é. É uma equação onde a receita menos a despesa tem de ser igual a zero. Temos um compromisso com o país, de não gastar mais do que arrecadamos”, afirmou.
O produto com a maior variação encontrado foi a linguiça mista com uma variação de 123%
Por: *Clarissa Fernandes
Pesquisa realizada pelo Procon Tocantins, nos dias 16 e 17 de julho, mostra que a variação do preço da carne em diferentes açougues e supermercados de Gurupi, foi de até 123%. Foram analisadas 33 variedades de carne, entre elas estão: bovinas, suínas, frango, peixes e linguiças.
O superintendente, Rafael Pereira Parente, destaca que “A pesquisa tem como objetivo fornecer a todos os consumidores de Gurupi informações essenciais sobre a diferença nos preços, permitindo uma decisão de compra mais econômica”.
Pesquisa:
O produto com a maior variação encontrado, foi a linguiça mista, sendo o menor preço de R$12,99 e o maior R$24,99, com uma variação de 123%. Outra diferença significativa foi no patinho bovino, a alteração foi entre R$25,99 e R$48,90, com uma variação de 88%. A costela mindinha bovina obteve uma diferença de 79%, com preços entre R$13,99 e R$24,99.
Entre os cortes de frangos, a maior variação encontrada foi o preço do KG da moela, variando entre R$10,99 e R$16,99, uma diferença de 55%. Já as carnes suínas, o lombo obteve a maior variação, entre R$19,99 e R$35,00, uma mudança de 75%. Entre os peixes, o tambaqui apresentou a maior variação de 32%, com preços entre R$18,99 e R$25,00.
Link da Pesquisa: https://central.to.gov.br/download/385612
Importante
Cabe ressaltar que nos açougues e supermercados, a carne moída deve ser moída na presença do consumidor, sendo proibido mantê-la estocada nesse estado.
“É indicado que o consumidor deve exigir a nota fiscal ou o cupom fiscal no ato da compra das carnes, pois esses documentos são fundamentais para formalizar possíveis reclamações ou denúncias” aponta o diretor de fiscalização Magno Silva.
Canal de denúncias
Em casos de irregularidades identificadas pelos consumidores, o Procon Tocantins disponibiliza canais diretos para denúncias, como o Disque 151 e o WhatsApp denúncia (63) 9 9216-6840.
*Estagiária sob a supervisão da jornalista Waldenia Silva