Dirigentes e parlamentares da Rede Sustentabilidade farão ato nesta quinta-feira (28) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em apoio ao petista, em Brasília.

 

POR JULIA CHAIB

 

As ex-petistas Heloísa Helena e Marina Silva não têm previsão de participar do encontro.

 

O partido elaborou uma resolução em que libera o voto de filiados em Lula ou Ciro Gomes (PDT) e proíbe o apoio a Jair Bolsonaro (PL), embora não o mencione no documento.

 

"Proibição de apoio em qualquer nível eleitoral às forças políticas conservadoras, fascistas, de extrema direita, corruptas e patrimonialistas de conteúdo antivida e antidemocráticas", diz a resolução.

 

A decisão do partido de liberar os filiados a escolherem Ciro ou Lula tem como objetivo contemplar uma ala da legenda que rejeita o petista.

 

A ex-senadora Heloísa Helena, por exemplo, já disse que gostaria de apoiar o pedetista. Em entrevista ao UOL, ela chegou a afirmar que não há "força humana" que a obrigue respaldar Lula.

 

Já Marina é alvo de uma ofensiva de petistas que ainda querem que ela reate com o ex-presidente. Mais que isso: há uma ala do PT que sonha em ver a ex-senadora e ministra do Meio Ambiente de Lula na campanha de Fernando Haddad (PT-SP), pré-candidato ao governo paulista.

 

Dirigentes da Rede, porém, dizem ainda não saber como Marina se posicionará na eleição presidencial e querem que ela saia candidata a deputada por São Paulo.

 

A ex-senadora tem mágoas do PT em razão do pleito de 2014, quando se candidatou à Presidência e foi fortemente atacada pela campanha de Dilma Rousseff (PT). Ela deixou o PT em 2009.

 

Já Helena foi eleita senadora pelo PT em 1998, e em 2003 foi expulsa da sigla por divergir de orientações da legenda e votar contra projetos de interesse do partido.

 

Um dos principais articuladores do apoio a Lula, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que participará da campanha do petista, diz que dois terços da executiva da Rede votou a favor do apoio ao petista.

 

Segundo ele, é minoritária a ala da Rede que não deseja caminhar com o ex-presidente.

 

"A maioria apoia o Lula, mas foi chancelado o trecho da resolução para aqueles que querem apoiar o Ciro", diz.

 

De acordo com o senador, o ato desta quinta com Lula deve ter a presença de cerca de 50 integrantes da Rede, entre os quais os dois deputados do partido, dirigentes de outros estados e o candidato ao governo do Amapá, Lucas Abrahão.

 

A Rede formará uma federação com o PSOL, que terá um encontro no sábado (30) em São Paulo, no qual deverá ser deliberado o apoio a Lula.

 

Uma vez tomada a decisão do PSOL, a tendência é a federação de partidos respaldar a campanha petista, mas com a liberação dos filiados da Rede.

 

Lula participará nesta quinta de um congresso do PSB, partido ao qual é filiado Geraldo Alckmin, cuja indicação para ser candidato a vice do petista oi aprovada por ambos os dois partidos.

 

Nesta quarta (27), o ex-presidente teve uma série de reuniões com petistas no hotel onde está hospedado na capital federal.

 

Lula almoçou com governadora do Rio Grande do Norte Fátima Bezerra (PT) e encontrou-se com membros do grupo que debate os palanques estaduais do PT.

 

Segundo deputados que conversaram com o petista, foi discutida a indicação da deputada estadual Teresa Leitão (PT-PE) para ser candidata ao Senado na chapa que será encabeçada pelo deputado Danilo Cabral (PSB-PE), pré-candidato ao governo.

 

Há uma ala que defende a indicação do deputado André de Paula (PSD-PE) para disputar o Senado na tentativa de atrair o PSD à chapa de Lula, mas não há consenso entre dirigentes a esse respeito.

 

Membro do grupo de estudos eleitorais do PT, o deputado José Guimarães (PT-CE), disse que a questão de Pernambuco está sendo discutida com Cabral e com o partido no estado, mas não há martelo partido.

 

Lula também reuniu-se nesta quarta com o pré-candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul, Edegar Pretto e tinha previsto um jantar com parlamentares do petista.

 

 

Posted On Quinta, 28 Abril 2022 06:05 Escrito por O Paralelo 13

Por Davi Medeiros

Condenado a oito anos e nove meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) tomou posse como membro titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O parlamentar, aliado do presidente Jair Bolsonaro, já consta como integrante do colegiado no portal da Casa Legislativa e participou da reunião de instalação do colegiado nesta quarta-feira, 27.

 

A indicação de Silveira à CCJ, uma das comissões mais importantes da Câmara, causou revolta entre opositores de Bolsonaro. Tabata Amaral (PSB-SP) foi às redes sociais divulgar um vídeo mostrando Silveira na sala do colegiado e chamando sua presença ali de "escárnio".

 

Uma das atribuições da CCJ é analisar a viabilidade da cassação de mandatos parlamentares, e o deputado foi condenado justamente a perder sua cadeira na Casa, se for cumprida a determinação do Judiciário. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foram a público defender que seja mantida a atribuição do Congresso de decidir sobre uma eventual cassação de Silveira.

 

No último dia 20 de abril, o Supremo condenou o deputado devido a ofensas e ameaças proferidas por ele contra ministros da Corte e por incitar a “animosidade entre as Forças Armadas e o Judiciário” em uma série de vídeos divulgados desde o fim de 2020. Menos de 24 horas após a condenação, Bolsonaro editou um decreto concedendo o perdão ao deputado, que pode ficar livre da prisão.

 

 

Posted On Quarta, 27 Abril 2022 16:08 Escrito por O Paralelo 13

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mantém em silêncio diante do indulto concedido por Jair Bolsonaro (PL) na última quinta-feira (21) ao deputado bolsonarista Daniel Silveira, condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no dia anterior.

 

POR CATIA SEABRA E VICTORIA AZEVEDO

 

Segundo petistas ouvidos pela Folha, o silêncio parte da avaliação do próprio Lula e de aliados de que é preciso não cair na agenda imposta pelo presidente.

 

Ainda de acordo com eles, essa seria uma armadilha de Bolsonaro na tentativa de ditar a pauta das eleições presidenciais de outubro, desviando-se de problemas como a fome, a inflação, o preço dos combustíveis e o desemprego no Brasil.

 

Segundo essa avaliação, Bolsonaro irá impor pautas nas quais se sente confortável, a exemplo do discurso em defesa da liberdade de expressão. E é preciso ter cuidado para não permitir que bolsonaristas conduzam o debate para esse campo.

 

Há, entre petistas, a avaliação de que o presidente busca minar a credibilidade do Judiciário em uma tentativa de possibilitar a contestação da lisura do processo eleitoral em caso de uma derrota.

 

Além disso, aliados de Lula lembram que a concessão do indulto é alvo de um longo processo em curso na Justiça, sobre o qual o próprio STF também não se manifestou.

 

Petistas ressaltam ainda que, ao ganhar visibilidade, Silveira fica fortalecido para um disputa ao Senado pelo Rio de Janeiro.

 

O ex-presidente também tem sido aconselhado a não se expor. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Lula não precisa, segundo interlocutores, entrar em polêmicas, já que cabe a dirigentes petistas assumir a tarefa.

 

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), foi uma das que criticou a medida de Bolsonaro nas redes sociais, afirmando que se trata de "um gravíssimo ataque à democracia".

 

"Bolsonaro reinterpreta a Constituição de forma distorcida para rasgar a Constituição. Manipula prerrogativas institucionais para atacar as instituições. Utiliza instrumentos da democracia para derrotar a democracia", escreveu a parlamentar.

 

O líder do partido na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), e o líder da sigla no Senado, Paulo Rocha (PA), também foram às redes criticar a decisão.

 

Na quarta (20), Daniel Silveira foi condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão, em regime inicial fechado, por ataques aos ministros da corte.

 

Há o entendimento também no entorno de Lula de que qualquer posicionamento do ex-presidente sobre o assunto seria usado como munição contra ele. Segundo um interlocutor do ex-presidente, Bolsonaro cria meia dúzia de polêmicas por dia e é preciso entender em "qual delas nós vamos entrar para polarizar".

 

O petista foi cobrado nas redes sociais por um posicionamento. Pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes (CE) afirmou que "é espantosa a falta de solidariedade dele ao STF, a quem tanto deve".

 

"Ou seja: é o velho Lula de sempre, que só pensa em si mesmo e em sua curriola. Lula e Bolsonaro: tão diferentes, tão iguais. Acorda, Brasil!", escreveu. No PT, a orientação é não dar palanque a Ciro, nem se indispor com o PDT --partido que integrou governos petistas.

 

A assessoria de imprensa do petista afirmou que não irá comentar a falta de posicionamento e o ataque de Ciro.

 

Para o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas e um dos principais apoiadores da candidatura de Lula no meio jurídico, há uma "cobrança exagerada" para que o ex-presidente se manifeste "sobre tudo, o tempo inteiro".

 

"As posições do ex-presidente Lula em relação a esse tema podem ser depreendidas pela defesa enfática que ele faz da Constituição, da democracia e das instituições de um modo geral. Ele sempre trabalhou pela independência e harmonia entre os Poderes", continua.

 

Ainda de acordo com relatos, o ex-presidente está acompanhando o assunto por meio de informes de sua equipe jurídica, dirigentes e parlamentares petistas. E ele pode abordar o assunto em outro momento, como em entrevistas que tem concedido à imprensa.

 

O próprio Lula teria lido e avalizado um artigo sobre o indulto concedido por Bolsonaro escrito pelos advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin, que irão atuar na coordenação jurídica da campanha petista, antes de ele ser publicado no site do PT, na sexta-feira (22).

 

No documento, os advogados afirmam que o indulto "configura verdadeiro crime contra a democracia".

 

Na noite de sexta (22), o PT ingressou no Supremo Tribunal Federal pedindo que seja reconhecida a completa nulidade do decreto presidencial.

 

Na petição, o PT afirmou que o indulto "afrontou ao princípio da separação dos Poderes; violou os princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa; e incorreu em desvio de finalidade e violação ao princípio dos motivos determinantes".

 

Posted On Terça, 26 Abril 2022 15:51 Escrito por O Paralelo 13

Pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, aparece na terceira posição, com 9%

 

Com o povo

 

Na pesquisa espontânea, petista tem 36% das intenções de voto, e Bolsonaro, 30%

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 41% das intenções de voto, liderando na disputa presidencial, aponta a pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira (25). Em segundo lugar está o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL), com 32%.

 

O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, aparece na terceira posição, com 9%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

 

 

O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) e André Janones (Avante) estão empatados em quarto lugar, com 3%.

 

Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU) têm 1% das intenções de voto. Já José Maria Eymael (DC), Felipe D'Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Luciano Bivar (União Brasil) e Leonardo Péricles (UP) aparecem com 0%.

 

Este resultado é do levantamento estimulado, ou seja, quando os entrevistados recebem uma lista prévia de nomes de pré-candidatos.

 

Já na pesquisa espontânea —quando os eleitores falam o pré-candidato de preferência sem ver a lista de opções— Lula aparece com 36% das intenções de voto, e Bolsonaro, 30%.

 

A pesquisa ouviu dois mil eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 22 e 24 de abril.

 

As entrevistas foram feitas por telefone. O índice de confiança do levantamento é de 95%.

 

A pesquisa foi feita pelo Instituto FSB, contratada pelo banco BTG Pactual e registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número de protocolo BR-04676/2022.

 

Posted On Terça, 26 Abril 2022 05:13 Escrito por O Paralelo 13
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