A Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) tem a concessão para abastecimento de água e coleta de esgotamento sanitário de 80 municípios do Estado e destes, 24 têm o abastecimento feito através de captação superficial, realizada em córregos, represas e até mesmo rios. Por isso, a ATS está realizando o projeto de Revitalização dos Mananciais - que tem a finalidade de preservar essas fontes para continuar fornecendo água de qualidade para a população.
O presidente da ATS, Edmundo Galdino, destaca como está sendo feito esse trabalho de revitalização dos 24 mananciais que abastecem 100% da população residentes nesses municípios. “O nosso trabalho está sendo voltado para conscientizar a comunidade e as autoridades locais no sentido de preservação dessas fontes hídricas”, destaca.
Galdino explica que o sistema de captação de água nesses municípios só pode ser feito em fontes superficiais, pois na formação subterrânea dessas cidades há rochas calcárias e a água é, geralmente, de péssima qualidade para o consumo humano, não havendo outra opção para abastecimento de água nessas cidades, restando apenas à preservação e conservação desses recursos hídricos.
O presidente conta que os principais problemas que estão prejudicando a existência dos mananciais são: avanço dos loteamentos, aberturas de ruas e estradas na área molhada, desmatamentos de matas ciliares e invasão das Áreas de Preservação Permanente (APP). “Enfim, há toda uma preocupação por parte da Agência Tocantinense de Saneamento para preservação dos recursos hídricos, no sentido de manter intactas essas fontes que abastecem a comunidade”, reforça.
O diretor de Operações da ATS, Edson Matias, aponta em que fase está o projeto de revitalização dos mananciais. “Esse projeto nasce, exatamente, da necessidade de não permitirmos que a degradação avance sobre esses corpos superficiais de água. O projeto tem dois estágios: o primeiro é a recuperação imediata desses mananciais, e o segundo estágio é o de conscientização da população para que a comunidade se sinta dona e responsável pela água”, explica.
Municípios
Os 24 municípios que captam água de fontes superficiais para abastecimento da população e que estão recebendo a visita de técnicos da ATS são: Araguacema, Aurora do Tocantins, Carmolândia, Divinópolis, Ipueiras, Itaporã, Lajeado, Monte do Carmo, Novo Acordo, Novo Alegre, Novo Jardim, Palmeirante, Pindorama, Pium, Ponte Alta do Bom Jesus, Riachinho, Sandolândia, Santa Rita, Santa Rosa, São Valério, Silvanópolis, Taípas, Tocantínia e Tupirama.
Dos 139 municípios tocantinenses, a ATS tem a concessão para abastecimento de água e coleta de esgotamento sanitário de 80 municípios, sendo que em 56 a captação de água é feita através de poços tubulares subterrâneos (poços artesianos) e em 24 a captação é realizada em águas superficiais (córregos, lagos, rios e etc). Há ainda 47 municípios sob a responsabilidade da Foz/ Saneatins e 12 que são autônomos.
Shara Rezende/ ATN
O ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) morreu na manhã desta quarta-feira (13) após o jatinho onde estava cair em Santos, litoral de São Paulo. O acidente aconteceu por volta das 10h. A aeronave do candidato saiu do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para o Guarujá, em São Paulo, onde ele tinha evento de campanha na manhã de hoje. Chovia muito na hora do acidente. O piloto ainda tentou arremeter, mas não conseguir e acabou caindo por cima de algumas casas.
Estavam na aeronave sete pessoas. O candidato à presidencia Eduardo Campos, os dois pilotos Geraldo da Cunha e Marcos Martins, Pedro Valadares Neto (assessor), Carlos Augusto Leal Filho, conhecido como Percol (Assessor de imprensa), Marcelo Lira e Alexandre Gomes Silva, conhecido como Severo (fotográfo).
Na noite de ontem Eduardo deu uma entrevista para o Jornal Nacional sobre suas propostas de campanha. Como teria que estar logo cedo hoje no Guarujá, pegou o jatinho Cesna e seguiu para São Paulo. Eduardo daria uma palestra para pessoas ligadas ao sistema portuário. "Soubemos que o tempo estava muito ruim. A aeronave arremeteu e ficamos sem informações depois disso. Era uma pessoa jovem e bastante determinada. Só tenho a lamentar e mandar um beijo para a família", disse Márcio França, presidente do PSB de São Paulo.
Sete pessoas estavam a bordo do jatinho, incluindo o assessor Carlos Percol e o fotógrafo Alexandre Severo. As primeiras informação dão conta que a esposa de Eduardo, Renata Campos, não estava no avião, assim como o filho dela, Miguel.
O presidente do diretório do PSB em Minas Gerais, o deputado Júlio Delgado, informou que não há sobreviventes no acidente. "A gente está atordoado. Parece que não há sobreviventes. Parece que perdemos o Eduardo. O Eduardo não conseguiu descer (o avião não conseguiu pousar), não há sobreviventes na aeronave. É uma perda irreparável", disse o deputado visivelmente emocionado.
Por coincidência, Eduardo faleceu no mesmo dia do avô, o ex-governador Miguel Arraes, morto em 2005.
Em entrevista a Rádio Jornal, o senador Humberto Costa (PT) disse que Eduardo revolucionou a gestão pública em Pernambuco. "As parcerias com o governo federal fizeram com que Pernambuco mudasse em 8 anos de forma profunda. Vejo principalmente as grandes mudanças que ele promoveu em nosso estado como grande legado de sua herança política. É uma perda muito grande. Não me sinto em condições de fazer o julgamento dos desdobramentos polúiticos. Neste momento estamos profundamente tristes com a perda do ser humano", disse Humberto.
Ainda não há a confirmação precisa de quem estava dentro do avião. O único nome confirmado até então é do fotógrafo Alexandre Severo.
Conheça a trajetória de Eduardo Campos
Eduardo teve uma longa trajétoria no Estado de Pernambuco
Eduardo Henrique Accioly Campos, 49 anos, nasceu no Recife no dia 10 de agosto de 1965. Ele era casado com Renata de Andrade de Lima Campos, com quem teve cinco filhos – Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, que nasceu em janeiro deste ano. Eduardo estava atualmente atuando como presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e candidato à Presidência da República, após uma longa trajetória política em Pernambuco.
Filho de Ana Arraes, atual presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), com o escritor Maximiano Campos, e neto do ex-governador Miguel Arraes. Formou-se em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde começou a atuar na militância política, como presidente do Diretório Acadêmico em 1985.
No ano seguinte, participou da campanha de reeleição de Arraes ao governo de Pernambuco, se tornando o seu chefe de gabinete. Em 1992, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), pelo qual foi eleito deputado estadual. Eduardo Campos foi para ao Congresso Nacional em 1994.No ano seguinte, foi secretário do governo e, em 1996, secretário da Fazenda. Foi reeleito em 1998 para a Câmara Federal, como deputado mais votado de Pernambuco. Seu terceiro mandato como deputado federal veio em 2002, quando se tornou um dos principais articuladores do governo Lula.No Governo de Dilma, Eduardo afirmou que por divergências políticas rompeu com o partido em 2012.
Em 2006 se candidatou ao governo do Estado de Pernambuco, pela Frente Popular de Pernambuco, sendo eleito. O seu governo foi bem avaliado e foi reeleito em 2010 com 82,84% dos votos. Sua atuação como governador rendeu uma aprovação de 76% dos seus dois mandatos. Em abril de 2014, deixou o cargo de governador para se candidatar a presidente da República. Nestas eleições, o candidato ocupava o terceiro lugar nas pesquisas de voto junto com a ex- ministra Mariana Silva.
O candidato do PSDB à Presidência da República foi entrevistado ao vivo, nesta segunda-feira, 11, na bancada do JN, por William Bonner e Patrícia Poeta.
Aécio falou sobre economia. Bonner indagou o candidato sobre redução dos gastos públicos e o fim dessa defasagem das tarifas de energia e gasolina. "No meu governo vai haver previsibilidade em relação a essas tarifas e em todas as medidas do governo. Ninguém espere no governo Aécio Neves o pacote A, o PAC disso, o PAC daquilo. Ou algum plano mirabolante". Bonner foi direto e perguntou se o candidato pretende aumentar tarifas - "Nós vamos tomar as medidas necessárias. É óbvio que nós vamos ter que viver um processo de realinhamento desses preços. Quando e como? Obviamente, quando você tiver os dados sobre a realidade do governo é que você vai estabelecer isso. Eu não vou temer tomar aquilo que seja necessário. As medidas necessárias para controlar a inflação, retomar o crescimento e, principalmente, Patrícia e Bonner, a confiança perdida no Brasil. Porque essa desconfiança em relação ao nosso país afugenta os investimentos. E os investimentos indo embora, os empregos vão embora".
Bonner também questionou Aécio sobre o aeroporto no município de Cláudio, em MG. "O senhor considera republicano construir um aeroporto que poderia ser visto como um benefício para a sua família, no mínimo, por valorizar as terras dela? Nós ligamos num planejamento, aliás, algo em falta hoje no plano federal, todas as cidades mineiras que não tinham asfalto, 225 cidades foram ligadas por asfalto no meu governo. Quatrocentos e cinquenta cidades não tinham telefonia celular, eu fiz a primeira PPP do Brasil e liguei essas cidades ao desenvolvimento através da telefonia celular e fiz um programa chamado ProAero que ligou 29 cidades de um total de 92 aeroportos que existem espalhados por Minas, você sabe que Minas é o estado que tem o maior número de municípios, somos 853, como instrumento do desenvolvimento regional, e, veja bem, nesse caso, especificamente, se houve algum prejudicado foi esse meu tio-avô, porque o estado avaliou aquela área em R$ 1 milhão, ele reivindica na Justiça R$ 9 milhões, não recebeu R$ 1 até hoje. Foi feito assim de forma transparente, absolutamente republicana, e a população daquela localidade sabe a importância desse aeródromo, uma pista asfaltada," disse Aécio.
Já Patrícia Poeta indagou Aécio sobre o envolvimento do PSDB em escândalos graves de corrupção. Como é o caso do mensalão mineiro e também do pagamento de propina a funcionários públicos pelo cartel de trens e metrôs de São Paulo. "Patrícia, eu acho que a diferença é enorme. Porque no caso do PT houve uma condenação pela mais alta corte brasileira. Estão presos líderes do partido, tesoureiros do partido, pessoas que tinham postos de destaque na administração federal, por denúncia de corrupção. Eu nunca torci para ninguém ser preso. Sendo aliado ou adversário. Apenas torcia sempre e esperava que a Justiça se manifestasse. Em relação ao PSDB ou aqueles sem partido, se tiverem denúncias que sejam consistentes, têm que ser investigadas e têm que responder por elas. O que eu posso garantir é que, no caso do PSDB, se eventualmente alguém for condenado, não será, como foi no PT, tratado como herói nacional. Porque isso deseduca. Portanto, todos os partidos estão aí e têm a possibilidade de ter nomes que sejam envolvidos em quaisquer denúncias. Apuração e punição: é isso que esperam os brasileiros, independente da filiação partidária".
Aécio defende choque de infraestrutura
Em outra entrevista o tucano, um dos grandes problemas que atingem produtores e a indústria no Brasil é a falta de competitividadO candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, anunciou que não fará o trem-bala com dinheiro público se for eleito, argumentando que há outras prioridades no setor da infraestrutura. Em entrevista no programa Canal Livre, exibido na noite de domingo, 10, o tucano defendeu um choque de infraestrutura com capital privado e externo.
Segundo Aécio, um dos grandes problemas que atingem produtores e a indústria no Brasil é a falta de competitividade, originada principalmente da alta carga tributária e dos gargalos na infraestrutura. "Precisamos ter prioridade. Temos hidrovias abandonadas no papel, ferrovias paradas no meio do caminho e outras caminhando a passo de tartaruga. Trem-bala não é minha prioridade", afirmou.
O candidato foi questionado sobre o empenho de seus companheiros de partido em São Paulo em sua campanha e afirmou que está "muito bem acompanhado" no Estado. "Eu poderia dizer que José Serra é quase meu mais novo amigo de infância", afirmou, bem-humorado, referindo-se ao ex-governador de São Paulo e candidato do PSDB ao Senado. "Estou muito bem acompanhado em SP, o que era inimaginável lá atrás."
Na noite desta terça-feira, 05, no comitê central da coligação “AMudança que a gente Vê”, o Coordenador Estadual da corrente interna do Partido dos Trabalhadores, Movimento PT, Marcilon Martins, acompanhado pelo ex-prefeito de Palmas, Raul Filho, declarou apoio à reeleição do governador Sandoval Cardoso.
Segundo Carlos Braga, coordenador político em Palmas da coligação A Mudança que a gente Vê, “esta situação não é regra, é exceção”.
O PT, que declarou apoio oficial à coligação “A Experiência faz a Mudança”, encabeçada pelo ex-governador do PMDB, Marcelo Miranda, se dividiu para esta eleição. Segundo Marcilon Martins, o motivo da separação é o seguimento ideológico do partido, que não condiz com a postura da liderança do PT no estado. Apesar de que a candidatura de Marcelo Miranda ainda não obteve veredicto, terá resultado previsto para esta quarta, 06.
Em contra argumento, o PT foi orientado, em junho deste ano, pela Presidenta Dilma Rousseff, a apoiar o PMDB. Embora verdadeira, a afirmação não determina a coligação, isso significa que o PT, no Tocantins, é autônomo em suas decisões. Para o Movimento PT, o partido se reduziu a uma suplência da senadora Kátia Abreu.
Ainda segundo o coordenador do Movimento PT, a postura adotada é uma preservação da história do partido. “Para nós, pegar carona na candidatura da senadora do motosserra [referente à senadora Kátia Abreu] é contraditório. Ontem essa mulher representava um retrocesso no desenvolvimento da classe trabalhadora, e hoje o partido está do lado dela”, declarou Marcilon Martins.
O fato de o PT, no Tocantins, acatar a orientação nacional foi o que causou a ruptura entre os membros do partido. Isso motivou o apoio dos petistas à reeleição de Sandoval Cardoso, como explica Marcilon Martins, “foi a determinação em construir uma linha mais próxima do nosso partido do que a da postura apresentada pela liderança, que decidimos apoiar Sandoval”.
Carlos Braga afirmou que o apoio é válido, “quanto mais apoio se tiver, maior a possibilidade de eleitores”.
O governador, Sandoval Cardoso, declarou que todo apoio é bem vindo, “queremos construir um estado sem perseguição política e sem olhar cor partidária”. Disse, ainda, que reconhece o trabalho prestado no Tocantins, por meio da parceria com o Governo Federal, e completou, como gesto de agradecimento, com pedido de votos para a reeleição da Presidente Dilma Rousseff.
O ex prefeito Raul Filho também esclareceu a sua contraposição às decisões do PT. “Nós precisamos de um governo que não seja apenas humano e democrático, mas um governo que seja realizador, e o PT defende essa bandeira”.
Além da coligação dos partidos que apoiam a reeleição de Sandoval Cardoso, o prefeito da capital, Carlos Amastha também declarou seu apoio, bem como os ex-prefeitos Fenelon Barbosa, Nilmar Ruiz, Raul Filho, e, Eduardo Siqueira Campos.
Segundo Carlos Braga, Amastha tomou uma postura inversa às suas declarações, feitas em junho deste ano, a partir da parceria, proposta por Sandoval, entre prefeitura e governo estadual.
A reunião durou pouco mais que uma hora, e a sala azul da coligação “A Mudança que a gente Vê” ficou vermelha de declarações e euforia.
A candidatura de Marcelo Miranda (PMDB) ao governo do Tocantins nas Eleições 2014 foi deferida em julgamento presidido pela desembargadora Jacqueline Adorno De La Cruz Barbosa, na noite desta terça-feira (5) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO). Na sessão, cinco votos foram a favor e um contra a candidatura do ex-governador, que havia sido contestada devido à condenação por conduta vedada ao processo eleitoral, nas Eleições de 2006, e com pena de inelegibilidade que se conclui esse ano antes do pleito de 05 de outubro próximo, conforme entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral e outros tribunais regionais.
Durante o voto, o relator do processo, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, considerou que a rejeição das contas pela Assembleia Legislativa, em fase liminar é legítima e encontra-se em vigência. Considerou também que o período de inelegibilidade começou no primeiro turno das eleições de 2006, ocorrido no dia 1º de outubro daquele ano. Desta maneira, nas Eleições 2014, cujo primeiro turno ocorrerá em 5 de outubro, o prazo de oito anos de inelegibilidade já terá se encerrado. O relator foi acompanhado pelo desembargador Marco Anthony Villas Boas e pelos juízes Mauro José Ribas, Hélio Eduardo da Silva e José Ribamar Mendes Júnior.
Por sua vez, o juiz ouvidor Zacarias Leonardo votou contra a liberação da candidatura. Ele entendeu que o prazo de inelegibilidade ainda está em vigor por todo o ano de 2014, declarando-se contrário ao entendimento da corte superior que rege as matérias eleitorais, o TSE.
A impugnação de Marcelo Miranda havia sido pedida pelo Procurador Regional Eleitoral do Tocantins, Álvaro Lotufo Manzano.
Defesa incontestável
Durante a sessão, os advogados da coordenação jurídica da campanha de Marcelo Miranda, com correção e argumentos incontestáveis, demonstraram as condições de elegibilidade do ex-governador e por ora candidato ao Governo pelo PMDB. Eles resgataram casos recentes de diversos tribunais regionais e o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral de que “o prazo de inelegibilidade de 8 (oito) anos previsto na alínea d do inciso 1 do art. 10 da LC n° 64190 deve ser contado da data da eleição, como disciplina o art. 132, § 3º, do Código Civil, expirando no dia de igual número do de início”.