A morte do jornalista Salomão Wenceslau Rodrigues deixa o Tocantins mais pobre de sabedoria e nossos corações dilacerados de dor
Não esta sendo fácil aceitar a perda do meu irmão e amigo Salomão Wenceslau Rodrigues, que, além desta condição de fraternidade , era também um paizão, um professor, um conselheiro, um profeta e, principalmente, um poeta da vida. É por tudo que ele foi que o Estado do Tocantins ficou mais pobre de sabedoria e nos nossos corações nasceu uma dor imorredoura.
Por Edson Rodrigues
Mesmo usando de seus instrumentos metafóricos para nos corrigir (uma palmatória moral, um chicote ético e um cipó físico, mesmo, reservado para os sem-vergonha) sabíamos que seu intuito sempre foi nos proteger e nos orientar. Somos vários e vários irmãos/filhos que ele deixou desamparados e órfãos.
Nossa proximidade era tamanha que, no decorrer da semana, nos encontrávamos todos os dias para tomar o café da manhã, momento em que deliciávamos o bolo de arroz, meu presente do dia, juntamente com a sua cara-metade, Dona Joana. Às vezes íamos para o jornal, ou saíamos para os compromissos de trabalho, mas, no mínimo, almoçávamos juntos 3 a 4 vezes por semana, a maioria das vezes em sua casa, junto com esposa e o filho Aurélio. Outras vezes, íamos ao “restaurante do vovô” para comemos um chambari.
Assim éramos eu e meu irmão/amigo Salomão.
Quantas vezes viajamos a Goiânia ou a Brasília, sempre juntos. Salomão, como não canso de afirmar, era o nosso protetor, nosso bom amigo. Ele deixou e deixa para muitos um exemplo, uma árvore plantada em nossos corações, a árvore da amizade, da lealdade, da humildade, do amor, do servir e, principalmente, a do respeito à família.
Se havia um motivo para que Salomão fosse feliz, não era, certamente, por sua carreira e pelo seu sucesso. Era por Joana e por Aurélio.
Dizem que ninguém é insubstituível, mas Salomão era um grande homem, um grande amigo e, se daqui a 100 anos surgir uma pessoa tão carismática, tão honesta, tão ética e tão voltada à família, essa pessoa apenas nos fará lembrar de Salomão, mas não será tão especial quanto ele.
Que Deus o tenha ao seu lado, para que, lá do céu ele continue nos protegendo. Espero que os muitos e muitos amigos/filhos de Salomão Wenceslau, assim como eu, não o esqueçam jamais, pois, mesmo tendo ido para junto de Deus, Salomão nos deixou preciosos ensinamentos, acho que, para nos testar, pois depois de tanto fazer por nós, deixou aqui as pessoas das quais fazia o prumo de sua vida, Dona Joana e o seu filho Aurélio. É para eles que devemos mostrar o quanto Salomão fez por nós e o quanto somos gratos a ele.
Nossa missão, agora, é manter vivos sua obra e seus sonhos, escrevendo seu nome no panteão dos grandes tocantinenses.
Crônica da saudade pelo amigo que partiu: até qualquer dia, Salomão!
O Tocantins ficou mais pobre na tarde desta quarta-feira, 25 de setembro. Data em que políticos, jornalistas e leitores
perdemos a figura alegre e perspicaz de Salomão Wenceslau
Autor: Roberta Tum
Eu costumava brincar com ele: “você tem nome de sábio”. E tinha. Salomão.
A sabedoria do nosso Salomão sertanejo ao conduzir uma vida profissional em que trafegava da crônica política até a crônica esportiva está registrada nas inúmeras mensagens que continuam a chegar, enquanto escrevo. São políticos, jornalistas, autoridades constituídas. Todos enaltecendo sua capacidade profissional, sua sensibilidade e perspicácia.
Não vou repetí-los. Minha dor pela perda do amigo é uma coisa pessoal, egoísta, confesso. É a dor da perda de um pedaço de mim mesma, da minha história de vida e profissão.
Com Salomão trabalhei, lá em Goiânia, no rádio, na primeira campanha eleitoral do Tocantins. Campanha de Siqueira contra Freire pai. E eleição de Eduardo Siqueira para a Câmara dos Deputados. Eu fazia textos e gravava áudios. Longe ainda de imaginar que um dia viria parar aqui, nos rincões de um Tocantins recém criado.
Foi nos idos do final da década de 1980, no Diário da Manhã, que nos conhecemos. Ele me irritava uma vez por semana. Especialmente aos sábados quando desaparecia nas tardes de fechamento. Ia almoçar com o Gilson Cavalcante e não voltava mais. Os dois juntos respondiam pelas páginas de esporte e economia. E sempre atrasavam o fechamento do jornal. Eu na local e o Linconl na política, esperando...
Mas não era só isso. Era divertido também como companheiro de rodadas após o fechamento durante a semana (sempre depois das 11h30 da noite). Ele, eu, Linconl, Britz Lopes, Deusimar Barreto, João Bosco Bittencourt, Carla Monteiro, Margareth... Varávamos a noite pelos bares da Campininha, sempre com alguma coisa a mais para conversar. Todos muitos jovens, naquela idade em que ninguém quer dormir.
Depois nos reencontramos aqui. E veio a convivência num Tocantins tumultuado. Várias vezes me convidou para trabalhar com ele. E eu, teimosa em trilhar meu próprio caminho, fui fazer meu jornal, depois meu blog e finalmente meu portal.
Uma noite, há 7 anos, me chamou para conversar na Toscana. Eu tinha terminado de fechar meu Alô Galera e estava trabalhando como assessora de comunicação numa secretaria de governo. Preocupado comigo, me encheu de conselhos que eu nem pedia. Conselhos sobre como sobreviver no jornalismo político e como empresa. Coisa que ele soube fazer bem num equilibrismo de dar inveja nas últimas décadas.
“Você não pode sair batendo em todo mundo de uma vez. Se não fica todo mundo contra você. Critica um aqui hoje, elogia outro amanhã”, me dizia. E eu teimando em não aprender.
Os anos se passaram, e nós sempre nos encontrando por aí.
Coisa de três meses atrás ele me chamou para um café na sua casa, ao lado do amigo comum, Nego Nen. Queria conversar sobre política e jornalismo. Estava preocupado com a situação dos veículos, a fragilidade, o mercado ruim, principalmente com a ausência do governo, patrocinador tradicional que parou de anunciar. Fui lá. Sentado à mesa do café me contou a história da reforma da sua casa, patrimônio que conseguiu deixar para a esposa e o filho. “Aqui começou simples, mas aí a mulher chama o arquiteto e começa um tal de “cê merece”. Aí vai trocando uma porta, porque ‘cê merece’, depois tem que trocar todas, e por aí vai”, sorria, com aquele jeito matreiro, sacudindo o corpo e ficando vermelho.
Semanas depois me ligou chamando para um café. Queria que eu fizesse as pazes com o prefeito Carlos Amastha. “Chega, você já criticou demais. Ele vai ser prefeito mais três anos, precisa de ajuda”, dizia. Respondi que não tinha nada de pessoal contra o prefeito. Como de fato não tenho. E acabamos voltando a conversar e retomando uma relação profissional respeitosa.
Hoje quando recebi a notícia da confirmação de sua morte, não contive as lágrimas, não minto.
Salomão não era daqueles amigos íntimos de ir comer lá em casa. Ficavamos meses sem nos falar pessoalmente. Mas foram 26 anos de amizade sólida. Daquelas que permite falar qualquer coisa, puxar a orelha, corrigir, aconselhar.
Tudo que ele fez profissionalmente e suas contribuições na vida e na carreira de políticos deste Estado - aos quais ouviu e orientou - ficará eternamente gravado na memória dos que ainda estão por aqui, sob este sol e sobre este chão tocantinense.
Amanhã, quando for enterrado, Salomão levará consigo os livros e artigos que não escreveu, as histórias que não contou e muito do que aprendeu. Levará na história dele, uma parte da minha e da de muitos. Por isso estou triste.
Uma tristeza egoísta já que sei - daquilo tudo que aprendi na minha vida espiritual - que ele agora está livre do corpo que o aprisionava. Partiu num rabo de foguete. Rápido, sem muito sofrimento. E creio que pelo modo como viveu, partiu sem grandes arrependimentos.
Salomão viveu como um Rei. Bebeu, comeu, sorriu, amou, se divertiu. E cravou com a pena da perspicácia seu nome na história do Tocantins.
Só nos resta dizer: Vá em Paz, companheiro. A gente fica chorando por que é fraco mesmo. Mas um dia ainda haveremos de sorrir de novo de todas estas coisas.
Um amigo, um mentor
Por Gisele França
Quando um amigo me falou que tinha uma vaga para coordenador de Jornalismo no O Jornal, me interessei de cara pela proposta. Já conhecia a credibilidade do Salomão, mas precisava conviver mais de perto e tirar proveito daquele grande mentor. Por isso fui.
Marcamos a entrevista, para me apresentar e falar do meu interesse em ocupar a vaga, mas fui surpreendida com ele já me contratando e pedindo que eu começasse no dia seguinte. E assim fiz.
No início, confesso que me intimidava o seu jeito: olhar sério, compenetrado, que logo se transformou em um semblante leve, sorridente, brincalhão. Evoluindo a relação patrão – chefe em dois amigos, com direito a pequenas broncas e discussões, normal entre pessoas que se gostam. Esse era o seu perfil, dar “pito” em quem ele acreditava, por isso cobrava.
Desde então, foi um ano e meio de parceria, de amizade, respeito. Um período intenso, de muito trabalho, de dias difíceis, que ao ser olhado para trás, o sentimento é de que valeu a pena e faria tudo de novo.
Fizemos um trabalho único na campanha de 2012, com entrevistas diárias dos candidatos. Proeza que, no início, confesso que pensei que não daria certo. “O candidato não vai ficar vindo toda semana aqui Salomão, eles têm uma agenda intensa de campanha”, o questionei na época. “Uai, não vem se não acreditar no projeto”, me respondeu seco e rápido. E ele estava certo, durante seis semanas seguidas fizemos rodadas de entrevistas no rádio com os candidatos a prefeito de Palmas, proporcionando aos ouvintes conhecer com mais detalhes as propostas dos candidatos. Um momento ímpar na cobertura jornalística das eleições municipais, do qual tenho muito orgulho de ter feito parte.
Depois nos preparamos para outro momento marcante em minha vida: a cobertura da Copa das Confederações. Nos reunimos em Goiânia, uma semana antes do início da competição, com os parceiros (rádios respeitadas de todo o Brasil), para fazermos os últimos ajustes. Confesso que ver aquelas pessoas, com várias Copas do Mundo na bagagem, me fazia sentir privilegiada e ao mesmo tempo com uma baita responsabilidade. Por muitas vezes, o Salomão acreditou mais em mim do que eu mesma.
Nunca tinha participado de uma cobertura da Copa das Confederações ao vivo, e essa era a chance de eu ter um grande evento como esse no meu currículo. Só que com uma responsabilidade a mais. Mesmo com rádios renomadas nacionalmente, nós que éramos a cabeça de rede. Se algum lugar não podia errar, era aqui, com nossa equipe.
Foram dias intensos, difíceis de dormir, já que sonhava trabalhando, preocupada se tudo estava certo para entrarmos em rede. E cada jornada, cada jogo concluído, era um sentimento singular, de vitória, de que somos capazes e estamos prontos para competir com os grandes centros. Provamos para muitos que não acreditavam no projeto Nossa Copa e grandes rádios se renderam ao nosso trabalho.
O que vivi, o que senti, só posso agradecer ao chefe e amigo Salomão Wenceslau que sempre confiou no meu trabalho e jamais se recusou a me ensinar. Me moldou, me deu bronca, me elogiou e depositou em minhas mãos um dos seus maiores bens: a Rede O Jornal.
Salomão, meu coração não estava preparado para esta partida tão repentina. Como publiquei na minha página do Facebook, sei que a lei da vida é nascer, viver e morrer, só não esperava que fosse assim... Sem poder me despedir, e mais uma vez te agradecer. Pelos conselhos, ensinamentos, carinho, amizade, confiança, e por acreditar, diversas vezes mais que eu, do meu trabalho.
Por aqui, agora ficaremos na saudade e com a missão e com o grande encargo de manter o seu legado. Na certeza de que essa vida não acaba aqui, conto contigo, como sempre contei, onde estiver, para darmos continuidade ao seu projeto de vida.
Valeu Saló!
Vá em paz meu amigo, meu mentor...
Preocupado e angustiado por meus amigos
Por Cleber Toledo
Na noite de quinta-feira tive pesadelos. Acordei várias vezes. Fiquei muito angustiado com a informação que recebi de que meu melhor amigo de infância e juventude, Marcos Pupo, morreu no interior de São Paulo também de infarto fulminante. A trágica notícia chegou um dia depois da morte do nosso querido Salomão Wanceslau, falecido pelo mesmo motivo. Os dois extremamente obesos, extremamente sedentários e extremamente jovens. Marcão tinha a minha idade, 43 anos, e Salomão, 54 anos.
Lembrei-me de quando consegui emagrecer 42 quilos, em 2011. O cardiologista me disse que saí da triste estatística que mostra que um sujeito com o perfil que eu tinha (totalmente sedentário e excessivamente obeso) terá um enfarto em dez anos. Nunca levei a sério esse dado. Agora, com a dolorosa perda desses dois queridos amigos, vi que o médico não tentava me amedrontar. Falava a verdade.
Assim, a angústia que me deu naquela noite foi pelos amigos que não se preocupam com isso e ainda fazem graça com sua gordura - uma bomba relógio que vai explodir quando menos se esperar. Pessoas jovens estão deixando as esposas sozinhas com filhos muitas vezes pequenos, e perdem a oportunidade de lutar por seus projetos e sonhos, e, pior, de vê-los realizados.
Disse a um amigo querido na manhã de sexta-feira que de nada vale projetos e sonhos em andamento quando você está dentro de um caixão. Pior ainda é que toda essa luta é para fazer quem mais amamos - mulher e filhos - felizes, com uma vida confortável. E eles são os que mais sofrem. Não existe tristeza maior do que ver a dor de um filho em tenra idade sobre o caixão do pai, e, de outro lado, a esposa angustiada pelo sentimento de solidão e de incerteza quanto ao futuro.
Outra metáfora que faço: não adianta ter um software (cérebro) altamente evoluído se o hardware (corpo) está ultrapassado. O programa não dá conta de rodar numa máquina ultrapassada.
Falo isso principalmente para os homens, porque sei que são muito relaxados com saúde. A mulher é mais zelosa. O homem é relaxado, vai deixando a vida o levar, se entrega 100% ao trabalho e se esquece que o corpo envelhece. De certa forma, começamos a nos "decompor" antes mesmo da morte. Cuidar da saúde, com uma caminhada, corrida, musculação, cortando o cigarro e reduzindo a ingestão de álcool, é maneira de reduzir a velocidade desse processo.
Aos 41 anos, extremamente gordo e abusurdamente sedentário, comecei a pensar em tudo isso. E resolvi mudar. Aprendi que emagrecer é uma questão de decisão e de atitude. Também constatei que se esperasse um momento ideal para começar - um período de menos trabalho, menos estresse, menos prazos a vencer -, eu nunca emagreceria.
E depois que você começa, quando você insiste, essa nova forma de viver se torna um hábito, e passamos a nos sentir vivos! Que sensação maravilhosa!
Espero que ninguém me entenda mal. Essas palavras não têm sentido de julgamento, mas são resultado da angústia de um coração que está preocupado com vários amigos queridos que carregam uma bomba-relógio no peito.
Claro que nossa morte está dentro da soberania de Deus. Temos que fazer nossa parte para vivermos mais, mas, se vivermos menos por causa dos desígnos do Senhor, teremos vivido melhor. Corpo mais saudável é um corpo mais produtivo. Um homem mais produtivo é um ser humano mais feliz.
Perdi duas pessoas com passagens especiais na minha vida. Marcão Pupo tinha o apelido de "Cabide", porque, quando adolescente, ele era tão magro que seus ombros e trapézio se destacavam no corpo, lembrando o utensílio doméstico. Há três anos, quando o vi pela última vez, quase não o reconheci, de tão gordo que estava. Era uma pessoa meiga, amiga e cujas memórias de nossa infância e juventude felizes, de muito esporte, nunca sairão de minha cabeça.
Salomão Wenceslau era o verdadeiro guru de nossa geração de jornalistas políticos. Alguém que tinha raio-X nos olhos - igual ao do super-herói -, que lhe dava capacidade de ver a movimentação dos agentes políticos antes de todo mundo.
Sobretudo, era companheiro de seus companheiros, num mercado tão injusto e complicado, como é o da comunicação. Quantas pessoas vi em seu velório, aos prantos, que, quando não tinham dinheiro para rodar seu jornal, procuravam o mestre Salomão e ele, discretamente, bancava a edição do impresso para o colega. Ainda não pensava duas vezes em ajudar financeiramente, pagar viagens e até tratamento de saúde. Um coração amigo e solidário.
E havia sempre aquela palavra de sabedoria. Presidente de nossa extinta Associação de Micro e Pequenas Empresas de Comunicação (eu tive a honra de ter sido seu vice), quando Salomão dizia que algo ia dar em "porcaria", não tenha dúvida de que dava em "porcaria". Sábio como seu homônimo bíblico.
Nos últimos anos, com nossas empresas de comunicação vivendo crises terríveis, infelizmente nos afastamos para tentar sobreviver. Sinto saudades do seu "e daí, chefia?" que ele dizia sempre que me encontrava. Suas palavras e conselhos vão ecoar em minha cabeça para sempre.
Meu amigo, pego no seu pé por causa da barriga - da qual você me diz sempre que se orgulha - não é para que fique com raiva de mim. Tenho por você um amor fraternal. Só estou angustiado porque, como perdi meu irmãozinho Marcão Cabide e meu mestre Salomão, posso perdê-lo também.
Vamos cuidar dos nossos negócios e das nossas famílias, mas vamos cuidar da nossa saúde. Sem ela, não há negócio seguro e nem família feliz.
Quero, se Deus me permitir, ver meus netos e ainda jogar dominó com você numa dessas praças.
Mas, para isso, temos de ter a clara consciência: a obesidade é doença e mata!
SALOMÃO, O AMIGO !
Salomão Venceslau Rodrigues, jornalista, cronista esportivo, um grande amigo, mais do que irmão, porque este você não escolhe, aquele você escolhe, reconhece qualidades, admira, ha reciprocidade e gratidão, sem obrigações, embora com irmão também isso possa acontecer.
Conheci Salomão em 1978, quando eu era Preparador Físico do Atlético Clube Goianiense, time que viria a ser a grande paixão futebolística do Salomão, quando nesse ano ele foi para o Atlético como Repórter Esportivo de uma emissora de rádio de Goiânia.
A nossa amizade começou aí, o respeito pelo jovem profissional que à época começava na rádio difusão, apesar de seus 18 (dezoito) anos de idade apenas, já demostrava muita competência, seriedade e personalidade muito forte.
Salomão ficou em Goiás por mais alguns anos, sempre trabalhando com muita lealdade, conquistando simpatia por onde passava até vir definitivamente para o Tocantins e aqui se tornar o exuberante Cronista Esportivo, reverenciado pelos seus pares como o maior nome da atividade.
Também aqui no estado do Tocantins o Salomão mostrou e demonstrou a sua veia como jornalista político, com crônicas e artigos jornalísticos que serviram de parâmetros para mudanças de atitudes de políticas públicas e até mesmo da mentalidade de alguns políticos que aceitavam as suas críticas, diga-se de passagem, construtivas.
Li muitas das suas crônicas e dos seus artigos e em nenhum vi rancor, raiva, maldade, arrogância ou desrespeito a qualquer pessoa, ao contrário, vi respeito, sinceridade, ensinamentos e caminhos que podiam e deviam ser seguidos para o bem da população em função das políticas públicas.
A Associação dos Cronistas Esportivos do Estado do Tocantins perdeu, com a morte do Salomão, o seu associado mais ilustre, mais sereno, que mais alavancou esforços para o bem do esporte no estado do Tocantins.
Foi o grande responsável pelo Encontro de Cronistas Esportivos Brasileiro no Estado do Tocantins há dois anos passados e aqueles jornalistas, analistas, e repórteres que aqui vieram ficaram maravilhados com as nossas riquezas e belezas naturais e posteriormente lá fora divulgaram, como é do nosso conhecimento, mérito da Associação dos Cronistas Esportivos, especialmente do genial mestre Salomão.
Os cronistas esportivos do Tocantins são agradecidos ao Salomão por tudo que ele fez pelo esporte e pela classe, mas penso que o povo tocantinense também pode ficar agradecido por tudo que ele fez pra mudar as ações na política tocantinense, especialmente pela decência dos atos públicos.
Salomão era fiscal do povo, ele cobrava dos políticos ações corretas e relatava publicamente na sua coluna de “O JORNAL” aquilo que não coadunava com os anseios da legalidade e da probidade administrativa, mas que fique aqui absolutamente claro, Salomão, tal qual rei do mesmo nome, era justo, nunca perseguia ninguém ao contrário orientava, mostrava alternativas e novos caminhos.
Lamento sua ausência, como lamentam milhares de outros amigos, mas também sou agradecido a Deus por ter permitido, a nós seus amigos, a convivência com o extraordinário jornalista, o magnífico ser humano e o amigo fraterno.
Breno Mário Aires da Silva
(Advogado da Associação
dos Cronistas Esportivos
do Estado do Tocantins
Eduardo Gomes admite em nota oficial que pediu empréstimo ao acusado estelionato, o doleiro Fayed Antoine Traboulsi, mas nega acusações da Policia Federal.
Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA) foram flagrados em conversas com chefe de quadrilha que fraudava fundos de pensão, a Policia Federal enviou o inquérito para ser submetido no STF.
Na Operação Miquéias, deflagrada em 19 de setembro, a PF em escutas telefônicas autorizadas pela justiça flagrou o deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA), "dentre outros", com o doleiro Fayed Antoine Traboulsi, acusado de chefiar a quadrilha.
Gomes, que atualmente está licenciado e ocupa o cargo de secretário estadual de Esportes e Lazer de Tocantins, teria recebido "comissão" da organização investigada. De acordo com o inquérito da Operação Miquéias, uma agenda do doleiro registra suposto pagamento ao congressista.
Com base nos indícios de envolvimento de deputados e outras autoridades com foro privilegiado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu remeter os autos da operação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
"Com efeito, a análise do conteúdo das conversas entre Fayed e os deputados Eduardo Gomes e Waldir Maranhão indica o possível envolvimento desses parlamentares com os objetivos da organização investigada, sem falar no suposto pagamento de comissão por parte daquele investigado ao deputado Eduardo Gomes", afirmou o desembargador Cândido Ribeiro.
Em nota divulgada à imprensa de Tocantins, na semana passada, Eduardo Gomes negou irregularidades e explicou ter conhecido o doleiro há dois anos, quando "não pesavam" suspeitas sobre ele. Nesta quarta, os parlamentares não foram encontrados para comentar as suspeitas.
O desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, remeteu na noite desta quarta-feira, 2, os autos da Operação Miqueias para o Supremo Tribunal Federal. O Estado revelou, no dia 19 de setembro, que deputados federais são citados na operação da Polícia Federal que desbaratou um esquema de desvio de dinheiro de fundos de pensão estadual e municipal, o que justifica a remessa para o Supremo.
Em seu despacho, o desembargador relata que a PF flagrou conversas de Eduardo Gomes e do deputado Waldir Maranhão (PP-MA), "dentre outros", com o doleiro, além de anotações na agenda que registram pagamentos. "Com efeito, a análise do conteúdo das conversas entre Fayed e os deputados Eduardo Gomes e Waldir Maranhão indica o possível envolvimento desses parlamentares com os objetivos da organização investigada, sem falar no suposto pagamento de comissão por parte daquele investigado ao deputado Eduardo Gomes", afirmou.
A parte da investigação que verifica indícios de envolvimento de deputados e outras autoridades com foro privilegiado é a que será remetida ao STF por determinação da Justiça, que atendeu ao pedido da delegada Andrea Pinho Albuquerque. A delegada quer que o envolvimento de congressistas seja investigado "de forma mais aprofundada".
De acordo com a investigação, integrantes da suposta organização criminosa aliciavam prefeitos e políticos com mandato para que conseguissem investir recursos dos fundos de pensão estadual e municipal em títulos direcionados pelo esquema e que dariam prejuízos aos servidores públicos. Com informações da PF , Folha de São Paulo e Redação
Com o objetivo de apoiar o fortalecimento da agricultura familiar tocantinense, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), realizará aquisição e entrega de 1139 máquinas e implementos agrícolas nos próximos meses. O intuito é estruturar os polos de produção de grãos, oleaginosas e seringueira, através de emprego de tecnologias modernas para o suporte ao plantio e condução das lavouras que proporcionem um melhor rendimento ao trabalho do produtor, gerando mais eficiência e qualidade de vida.
De acordo com o secretário da Agricultura e Pecuária do Tocantins, Jaime Café, a aquisição das máquinas e equipamentos agrícolas beneficiará mais de dez mil famílias de pequenos agricultores do Estado. “A melhoria das condições de vida e de trabalho dos agricultores familiares é compromisso do Governo, que já vem realizando um trabalho focado no desenvolvimento de atividades agrícolas dos pequenos produtores”, afirmou Jaime Café.
Atividades, como a seringueira, as oleaginosas (soja e amendoim), a fruticultura, a apicultura, a bovinocultura leiteira têm sido incentivadas pela Seagro para fortalecer as atividades econômicas da agricultura familiar. “O agricultor familiar precisa ter alternativas de produção e por isso o Governo tem apoiado o desenvolvimento de vários setores produtivos, que são viáveis para os pequenos produtores”, complementou Jaime Café.
Processo de compra
As máquinas e implementos agrícolas serão adquiridos pelo Governo, através do financiamento de linha de crédito Finame PSI (Programa de Sustentação do Investimento). Ao todo, serão investidos R$ 28,2 milhões na aquisição dos equipamentos, que estão sendo comprados através de um processo de licitação de pregão presencial, em que seis empresas venceram. O processo encontra-se em fase de empenho e após esta etapa as empresas têm um prazo de até 60 dias para entregar os equipamentos.
Maquinário:
230 Tratores
220 Grades aradoras
226 Distribuidores de calcário e fertilizante de arrasto
106 Pulverizadores Agrícolas de Barras
226 Plantadoras e adubadoras
108 Recadeiras de arrasto
12 Caminhões caçamba
01 Caminhão toco
10 Perfuradores de solo
Ascom/Seagro – Valmir Araújo
Revisão: Fernanda Menta
O partido prepara para se apresentar com uma bancada de 22 deputados ao presidente da Câmara na próxima quarta-feira (2); outros 15 deputados negociam filiação
Da Redação
Poucas horas depois do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a criação do partido Solidariedade, o idealizador da legenda, Paulinho da Força, se reuniu, na manhã da quarta-feira, 25, com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG). O tucano foi o primeiro dirigente partidário procurado pessoalmente por Paulinho, após a decisão da Corte Eleitoral. Na noite de terça-feira, 24, apesar das suspeitas de irregularidades na coleta das assinaturas, por um placar de 4 votos a favor e 3 contra, o TSE aprovou o registro do Solidariedade.
O Solidariedade está em fase final de negociação para tentar atrair mais 15 deputados federais até a próxima sexta-feira (4), quando termina o prazo legal para migração sem infringir a lei de fidelidade partidária a tempo de concorrer em 2014.
Integrantes da executiva nacional do partido esperam que pelo menos dez dos nomes em negociação integrem a lista de 23 parlamentares já filiados que será apresentada ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), na próxima quarta-feira (2).
A maior parte dos dissidentes compõe a base do governo da presidente Dilma Rousseff no Congresso, atraídos pela possibilidade de presidir o diretório do Solidaridade no seu Estado. A moeda de troca de Paulinho foi colocar como regra do estatuto do partido que os diretórios terão direito a 50% dos recursos do fundo partidário a que a sigla terá direito. A maioria dos partidos trabalha com uma participação no fundo entre 30% e 40%.
A base perde até agora 16 deputados. O PDT, partido a que Paulinho pertencia, é a legenda com mais baixas. A sigla à frente do Ministério do Trabalho está perdendo seis deputados – a expectativa do Solidariedade é de que mais um pedetista confirme sua filiação até segunda-feira (30).
O segundo partido com mais perdas é o PMDB, principal aliado de Dilma. Em seguida está o PR, com três baixas. O PEN vem em quarto com dois deputados com mandato e o licenciado Berinho Bantim, atual secretário de agricultura de Roraima. Já PP e PRTB perdem um deputado, cada.
No Tocantins:
Devem ingressar além do Senador Vicentinho Alves, que será o líder do partido no senado o deputado Sandoval, Cardoso que irá presidir o partido no estado o vice-governador João Oliveira (atual PSD). Segundo levantamos os deputados Toinho Andrade (atual PSD), Solange Duailibe (atual PT) e Raimundo Palito (atual PEN), já estariam engrossando o novo partido.
Ainda segundo os levantamento e as conversações dão conta de 40 prefeitos, farão parte dos quadros, alem vereadores, vice-prefeitos e lideranças .
Deputados de mudança
PDT
João Dado (SP)
Manato (ES)
Marcos Medrado (BA)
Oziel Oliveira (BA)
Paulinho da Força (SP)
Sebatião Bala Rocha (AP)
PMDB
Arthur Maia (BA)
Benjamin (Maranhão (PB)
Genecias Noronha (CE)
Wladimir Costa (PA)
PR
Henrique Oliveira (AM)
Jaime Martins (MG)
Laércio Oliveira (SE)
PEN
Fernando Francischini (PR)
João Caldas (AL)
PPS
Augusto Carvalho (DF)
Simplício Araújo (MA)
PSDB
Willian Dibb (SP)
PSD
Armando Vergílio (GO)
PP
Luiz Argôlo (BA)
PRTB
Aereo Lidio (RJ)
DEM
Augusti Coutinho (PE)
O Ibope realizou pesquisa que foi divulgada nesta quinta-feira (26), encomendada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" apontou que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem 38% das intenções de voto na corrida presidencial. A ex-senadora Marina Silva (sem partido) aparece em segundo lugar, com 16% das intenções.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) tem 11% e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), aparece com 4%. A taxa de eleitores que disseram que irão votar nulo ou em branco é de 15%. Outros 16% não souberam responder.
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 16 de setembro e ouviu 2.002 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
No cenário com o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), o quadro pouco se altera. Dilma cai para 37%, Marina e Campos mantêm os mesmos percentuais --16% e 4%, respectivamente-- e o tucano aparece com 12% das intenções.
A presidente ampliou a vantagem que tinha aos adversários na comparação com pesquisa feita em julho pelo Ibope, também sob encomenda do "O Estado de S. Paulo". Na ocasião, Dilma tinha 30% das intenções, Marina 22%, Aécio 13% e Eduardo 5%.
Segundo turno
Na simulação de um eventual segundo turno entre Dilma e Marina, a presidente venceria a adversária por 43% a 26% --na pesquisa de julho, feita logo após a onda de protestos que se espalhou pelo país, a petista tinha 35%, contra 34% da ex-senadora. Dilma também venceria Aécio (45% a 21%) e Eduardo Campos (46% a 14%).