Por Edson Rodrigues
O Tocantins, hoje, é um estado com uma imagem altamente negativa na mídia nacional e aos olhos dos cidadãos, com governadores cassados, “recassados”, candidatos com ficha criminal extensa, várias eleições em um mesmo ano e alianças políticas que só Einsten para descrever a fórmula de como foram fechadas.
Essa situação institucional de descalabro e falta de credibilidade tem como culpados uma miríade de ex-gestores, ex-administradores que – com a exceção de Moisés Avelino – fizeram de tudo, dentro e fora da Lei, para permanecer no poder e fazer seus sucessores, concedendo aumentos eleitoreiros aos servidores públicos estaduais, renunciando a receitas federais em detrimento de obras emergenciais, concedendo progressões sem estudos e, agindo dessa forma, sem planejamento, colocaram as finanças do Estado comprometidas em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, deixando uma herança maldita que foi passando de um governo para o outro.
CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS
Esse desequilíbrio na economia do Tocantins foi obrigando cada novo gestor a trabalhar sobre o fio da navalha, sem muito espaço para manobras, muito menos para investir em obras realmente importantes, que seriam realmente do interesse dos cidadãos, focando apenas em ações paliativas, que serviam para dar uma satisfação ao povo enquanto cuidavam de suas careias políticas.
Esse tipo de atitude tinha prazo de validade e esse prazo venceu na eleição suplementar de junho passado, quando os votos nulos, em branco e as abstenções venceram todos os nomes que se colocaram à “apreciação” popular.
Os eleitores deram o recado claro aos políticos tocantinenses que não aguentam mais a forma com que o Estado vem sendo tratado por seus políticos e colocaram contra a parede nomes tradicionais, que se achavam acima do bem e do mal e que tinham votos “garantidos” por seu passado, grupo político ou base de apoio.
Todos esses “bolsões” de votos falharam na eleição suplementar, vencendo o candidato que tinha a máquina administrativa na mão – assim como a vida do funcionalismo público estadual – e prevaleceram os votos pela “segurança econômica” dos eleitores que foram às urnas.
EFEITO COLATERAL
Essa nova maneira de votar do eleitorado tocantinense teve um efeito colateral imediato, que foi ligar o alerta nos políticos tradicionais sobre a necessidade de recuperar a credibilidade perdida e, pela proximidade entre as eleições, de maneira urgente.
Essa urgência em recuperar um tempo que poderia ter sido gasto com obras, benfeitorias e ações que tivessem como objetivo o bem comum, traz consigo o perigo de se ver obrigado a formar coligações a toque de caixa, que podem soar como mais uma afronta á inteligência dos eleitores, que não estão mais, de forma alguma, dispostos e ter enfiados “goela abaixo”, candidatos ou alianças tidas como impossíveis ou improváveis no passado, feitas, agora, de forma oportunista, apenas para ter alguma chance de eleição, novamente sem levar em conta as demandas do eleitorado.
Essas alianças oportunistas correm o risco de virarem “purgantes” para os eleitores que passaram os últimos dois anos observando ataques mútuos, em que as redes sociais viraram um verdadeiro “esgoto” ante a “qualidade” das publicações virulentas e, agora, todo mundo vira amigo, companheiro e caminha de mãos dadas.
Esse pode ser o pior efeito colateral do passado político recente do Tocantins, contaminando de forma significativa o resultado das urnas, pois a simples menção da possibilidade dessas alianças já provocou celeuma entre os eleitores e enquanto nada se confirma, o povo apenas observa, esperando o que vai sair das convenções, para dar o seu “veredicto”.
CARLESSE ENTRE O CÉU E O INFERNO
Com 75% dos votos válidos, o governador do Tocantins, Mauro Carlesse, vive momentos de expectativa, entre o céu e o inferno, pois o resultado das eleições que o colocou no cargo até o dia 31 de dezembro ainda não está efetivamente concretizado.
Duas ações em andamento na Polícia Federal apuram fatos ocorridos na época em que era governador interino e buscava a eleição no pleito suplementar. Foram buscas e apreensões de documentos e computadores e investigações sobre uso de servidores públicos na sua campanha.
Segundo uma de nossas fontes, no mais tardar, até a próxima quinta-feira toda a documentação e conclusão do inquérito estarão prontas para virarem pauta e irem a julgamento.
Vamos evitar aqui, fazer qualquer pré-julgamento ou emitir opiniões que possam soar errôneas ou precipitadas, mas de antemão, apesar dos processos correrem em sigilo de Justiça, os documentos a que tivemos acesso, referentes às investigações, apontam para um processo sucessório de muita turbulência, com grandes possibilidades de ser judicializado, obrigando o eleitorado tocantinense a ter muito equilíbrio e bom senso em suas decisões, pois, até agora, tudo são apenas especulações.
Os líderes não podem, jamais, esquecer que a imposição de alianças ou coligações não podem mais vir “de cima para baixo”, pois as bases não têm mais “estômago” para digerir tanta falta de respeito ás suas demandas e opiniões.
Os líderes, a partir de agora, terão que ouvir efetivamente suas bases antes de decidir por esta ou aquela coligação ou adesão, pois as lideranças locais e regionais não aceitam mais serem colocados de lado na hora das decisões mais importantes e querem ver até onde o “fio do bigode” tem valor para as lideranças.
“PLANO B"
Diante do que está exposto acima, fica claro que todos os envolvidos no processo eleitoral têm por obrigação trazer “debaixo do braço”, um “plano B”, caso alguma coisa não saia como o esperado.
Parte do conglomerado de partidos e lideranças de várias vertentes que apóiam a candidatura à reeleição de Mauro Carlesse deve começar a trazer à tona o seu “plano B” a partir do momento em que for findando o prazo do segredo de Justiça dos processos contra o governador, uma vez que as oitivas devem finalizar na próxima quarta-feira ou quinta-feira.
O resultado das investigações pode por fim a uma grande possível encrenca ou não, dependendo das provas colhidas pela Polícia Federal, entre elas extratos bancários das contas do governo junto ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal, documentos da secretaria da Fazenda, o rastreamento da aplicação dos recursos.
A absolvição de Carlesse nas duas ações o coloca em um patamar quase de invencibilidade no pleito de outubro. Mas, caso seja indiciado e paire a mínima sombra de dúvida sobre sua atuação e seus métodos, o Tocantins estará mais uma vez envolvido em um turbilhão de notícias negativas na mídia nacional e, mesmo que tente recorrer às instâncias superiores, o sangramento será inevitável, com o Estado, novamente, com governador e vice, Wanderlei Barbosa cassados pela Justiça e inelegíveis.
É essa hipótese que traz à tona o “plano B” do grupo político do governador Mauro Carlesse, que teria que, em meio ao conglomerado de partidos que o compõem, escolher um nome que, ao que tudo indica, deve ser o do ex-governador e atual deputado federal Carlos Gaguim.
O nome de Gaguim (foto) surge pelo fato de ter o melhor relacionamento com os 18 deputados estaduais com os quatro deputados federais, prefeitos e lideranças do interior e da Capital e, principalmente, por ter a fama de político que cumpre com a palavra.
O FATOR MÁRLON REIS
Um nome novo que surgiu no primeiro turno das eleições complementares e teve uma votação expressiva – tanto por ser a primeira vez quanto pela abstenção recorde – Márlon Reis, ex-juiz federal e autor da Lei da Ficha Limpa, que marcou uma nova era na política brasileira, vem fazendo um trabalho de formiguinha, construindo uma nova candidatura para as eleições ordinárias, com equipe enxuta, orçamento baixo e planejamento, pode se transformar na nova e grata surpresa na política tocantinense.
A incerteza sobre o cenário final, a definição das peças que estarão aptas a disputar as eleições em outubro, podem acabar por garantir a Márlon Reis uma das vagas no segundo turno.
Os analistas mais atentos jê prevêem esse cenário, hipotético, no segundo turno. Quem ainda não vislumbrou essa possibilidade, ou é cego ou não quer ver.
NOSOTROS
O outro personagem que vem ganhando as atenções nestes momentos finais que antecedem as convenções, principalmente pelas últimas movimentações em busca de aliados, é o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha que, recentemente procurou o ex-governador Marcelo Miranda, seu “desafeto de infância”, para reforçar seu time, deixando estupefatos os mais céticos dos analistas políticos.
O processo investigativo em que a Polícia Federal indiciou Amastha, que se encontrava no STJ, retornou à primeira instância assim que houve a renúncia à prefeitura de Palmas, coloca sua situação também em suspense.
Amastha está indiciado, mas ainda não é réu e está com seus direitos políticos intactos. O processo terá seu trâmite em Palmas e, por estar com suas revelações e reviravoltas mais próximas dos eleitores, torna o desgaste inevitável, caso notícias negativas surjam em seu decorrer, principalmente se, de indiciado, o ex-prefeito de Palmas passar a réu, sem direitos políticos.
Amastha é acusado por excesso de exação (crime do funcionário público contra a administração pública), corrupção e associação criminosa na Operação Nosotros. A investigação mira fraude em processo de licitação para construção do sistema de transporte BRT da capital do Tocantins no valor aproximado de R$ 260 milhões.
A PF investigou o suposto repasse de informações privilegiadas da Prefeitura de Palmas a empresas que participaram da concorrência. A implantação do sistema BRT iria valorizar os imóveis que o grupo tivesse posse após a obra.
A Nosotros mirou grandes imobiliárias da região e agentes públicos que teriam pressionado proprietários para que cedessem, a título gratuito, parte de suas terras para pessoas ligadas ao esquema criminoso. Uma das formas de coação seria a cobrança de altos valores de IPTU desses proprietários.
APOIOS
Na tarde desta segunda-feira o senador Vicentinho Alves reúne os prefeitos que o apoiarão em sua candidatura à reeleição. A reunião vai servir para mostrar o potencial de suas forças no interior do Estado, que não são pequenas, e o quanto restará de trabalho para solidificar de vez o seu trabalho.
Assim como Vicentinho muitos outros políticos, com e sem mandato estarão realizando encontros para avaliar o cenário que encontrarão em outubro próximo e a quantidade de apoios que terão que buscar na reta final de suas campanhas.
O ELEITOR
Por enquanto, o cenário é esse. As peças que estão no tabuleiro sucessório serão as acima expostas até o próximo dia cinco de agosto, quando todas as convenções estiverem realizadas e as decisões judiciais tomadas.
Aí, sim, conheceremos cada coligação e cada nome liberado para a disputa.
Até lá, lances que “até Deus duvida” podem acontecer e, assim como nós os eleitores têm o dever de estar atentos a cada nuance que essa movimentação representa. Se serão feitas em benefício de um governo planejado ou de um plano de poder.
A decisão final, como todos sabem, está nas mãos dos cidadãos e nenhum dos nomes que se capacitarão para se colocar na disputa é maior, vale mais ou tem mais credibilidade que o grande condutor de uma eleição: o ELEITOR!
Até o próximo capítulo!
Por: Edson Rodrigues
A construção da arca de Noé de Carlos Amastha cria corpo e luz de alerta acende no palácio Araguaia. São dois fatos distintos que têm a ver com a sucessão estadual no Tocantins, sendo uma de nível nacional com decisão partidária e outra estadual, mas igualmente impactante. Ambas com fortes influências junto ao eleitorado tocantinense.
Por um lado o governo de Mauro Carlesse continua engessado por normativas regulamentadas em leis específicas para ano eleitoral e resolução do TCE, enquadrando o executivo estadual e proibido-o de contrair empréstimos com instituições financeiras nacionais e internacionais, também tem determinação que suspende operações financeiro-orçamentárias que não estão em conformidade Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e com as vedações da Legislação Eleitoral. O governo de Carlesse está proibido de assinar qualquer Ato que resulte em aumento de gasto do executivo, tais como reajustes de vencimentos, criação de cargos ou alterações na estrutura de carreira de servidores.
Do outro lado a campanha de Amastha ganha corpo. Trocando em miúdos, uma intervenção branca no PT Tocantinense (já que é uma decisão estatutária e normativa do diretório nacional da legenda do partido dos trabalhadores) determina que o PT deverá ficar com Carlos Amastha, o que dará a ele o maior horário eleitoral de rádio e televisão.
Caso o pré-candidato Amastha feche com o PR, do senador Vicentinho - já tem reunião agendada para próxima segunda-feira -, contará com mais de 65 prefeitos, os quais seguiram o senador no segundo turno e que contribuíram de forma significativa para os mais de 120 mil votos, em ambos os turnos.
Notícias de bastidores indicam ainda um sinal de ‘flerte’ com o MBD, do grupo do ex-governador Marcelo Miranda e não está descartada a vinda do Solidariedade e do PSDB.
Vale lembrar aqui que o senador Vicentinho, que é líder do PR no senado é campeão em liberação de recursos para os municípios tocantinenses. Além disso foi recentemente recebido pelo presidente da república Michel Temer, encontro que rendeu a ele mais liberações de recursos para diversos municípios do Tocantins, fato que deve ser oficialmente comunicado aos prefeitos, na reunião programada para a próxima segunda-feira, 16 em um hotel da capital.
Namoro com o Solidariedade
O partido da Solidariedade que tem como um dos seus principais líderes o vice-presidente nacional da legenda e candidato a uma das duas vagas do senado, pelo Tocantins, o ex-deputado federal Eduardo Gomes, poderá ser um diferencial na corrida ao Palácio Araguaia. Eduardo Gomes conta hoje com uma retaguarda muito forte no interior do estado, dentre elas a do prefeito Ronaldo Dimas e da maioria dos vereadores de Araguaína, sendo o prefeito Ronaldo Dimas seu avalista e apoiador.
O solidariedade, com quatro deputados estaduais na Assembleia legislativa tem demonstrado força política e musculatura com capacidade de somar significativamente em uma campanha majoritária. O Solidariedade ainda possui um excelente fundo partidário e importante horário eleitoral gratuito de rádio e TV. Porém, mesmo com toda essa força política, observa-se que o partido não possui, hoje, o tratamento merecido pelo Paço estadual.
Por enquanto permanece o diálogo do Solidariedade com alguns aliados do Palácio Araguaia, mas até o presente momento o partido não se pronunciou, preferindo permanecer atento aos acontecimentos de bastidores.
Deputado Vilmar do Detran
Amastha pode ainda conseguir construir uma arca de Noé, sem risco de virar um Titanic e com grandes chances de fazer a travessia sucessória, rumo ao palácio Araguaia, com sucesso.
De olhos abertos aos próximos capítulos.
O governador Mauro Carlesse fez uma escolha coerente e acertada ao manter o competente profissional e técnico, Renato Assunção no comando do escritório de Representação do Estado em Brasília
Por Edson Rodrigues
Assessor parlamentar no Congresso Nacional por 27 anos, com atuação em áreas diretamente ligadas a orçamentos e captação de recursos públicos, além de uma carreira consolidada na área de gestão pública e assessoria política, Renato Assunção já mostrou que conhece os trâmites e os meandros dos bastidores políticos em Brasília e sabe o caminho das pedras para facilitar o acesso dos parlamentares aos membros do governo federal.
A escolha de Renato Assunção demonstra que Carlesse busca, também, a experiência e o respaldo da maioria da bancada federal tocantinense, pois o trabalho da equipe de Renato no escritório de Representação em Brasília já rendeu milhões às contas públicas tanto do Estado quanto dos municípios.
Para quem não conhece a História, Renato Assunção é “cria” do saudoso senador João Ribeiro, até hoje campeão em liberação de recursos para o Tocantins.
A manutenção de Renato Assunção pode, por exemplo, “ressuscitar” os 80 milhões de reais que vieram para a área da Educação do Estado e estão represados por falta de projetos que viabilizassem a sua utilização na reforma e ampliação de escolas, construção de salas de aula e aquisição de equipamentos de informática. Esses recursos terão que ser aplicados ainda este ano, podendo ser prorrogados caso até o fim das obras.
Outra verba perdida pelo Tocantins foram 28 milhões de reais que serviriam para a instalação de uma fábrica de cadeiras de rodas e ainda há outros milhões represados em outras pastas da administração estadual, resultado de vários convênios que, com a permanência de Renato Assunção terão seus projetos retomados, haja vista que as verbas já foram liberadas, mas necessitam dos projetos prontos para que caiam nas contas do estado e dos municípios.
Sem sombra de dúvidas, estão de parabéns o governador Mauro Carlesse e a maioria da bancada federal tocantinense, que respaldou a permanência de Renato Assunção em suas funções.
Ao Dr. Renato Assunção, felicitações pelo reconhecimento do seu trabalho e boa sorte no desempenho de suas funções.
As “oposições” caminham para uma derrota coletiva, haja vista que estão com mãos e mentes vazias, sem propostas que beneficiem a coletividade
Por: Edson Rodrigues e Edvaldo Rodrigues
A maioria dos pré-candidatos que atualmente já possui funções eletivas demonstra querer exclusivamente salvar o próprio mandato, pois não há alicerce suficiente que justifique a continuidade no poder.
A possível escolha do eleitor
Os 54% dos eleitores, que no processo suplementar para o mandato tampão se abstiveram, votaram nulo ou branco, nas eleições de outubro podem optar por outro caminho. Tudo indica que o eleitor poderá optar por uma estabilidade política e reeleger o governador Mauro Carlesse, mas isso dependerá significativamente do resultado da sua gestão até outubro.
Adeus às negociatas partidárias
Ao contrário das outras eleições, este ano será diferente. Com a nova legislação eleitoral não haverá mais “garupas”. Os partidos de aluguel perderam o valor, a importância. Os líderes, com profissão de “candidatos”, que disputavam os processos eletivos a cada dois, quatro anos, nas funções de vereadores, deputados estaduais, federais, Senado, presidente de comissão provisória de partido x ou y apenas em função de negociar coligações, perderam a mamata.
Eles estavam ali apenas para receber apoio financeiro para coligar e mobilizar a população. Pois acabaram as empreiteiras, a farra dos profissionais que vivem de candidatar-se. Hoje os recursos são oficiais, com prestações minuciosas de contas junto à Justiça Eleitoral. Talvez esta seja a dificuldade de “união” de grande parte dos membros dos partidos de oposição. E, encontrar um candidato que banque a sua candidatura, pelo visto, não vão encontrar. Principalmente os que não têm condições de reeleição e os novatos que não conseguem decolar. Para muitos é aconselhável copiar o rei Pelé e pendurar a chuteira. Não há mais a menor condição de despertar o eleitorado tocantinense.
Os que fazem por merecer
Não podemos deixar de citar as exceções à regra. Dentro dos partidos políticos, de oposição ou situação, existem homens bons, comprometidos com as causas sociais, focados em proporcionar desenvolvimento, gerar emprego e renda, melhorar as condições da saúde e segurança pública. Independente de onde estiverem, quais partidos políticos, o passado destes poucos avaliza uma candidatura ou reeleição.
Aos que estão há anos no poder e nada podem mostrar de trabalho prestado ao eleitor, desistam, pois a sociedade ciente de que este processo escolherá os seus representantes por mais quatro anos, não ficará omissa e tampouco escolherá alguém que teve a oportunidade e não prestou serviços à população.
Aos novatos na vida pública façam por merecer, inspirem confiança.
Fica a dica!
O ex- prefeito de Palmas, Carlos Amastha, derrotado nas eleições suplementares, ficando com o terceiro lugar, fez muito bem ao não comparecer ao “encontro dos derrotados” que se transformou na reunião das oposições ao governador Mauro Carlesse
Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues
Essa atitude acabou sendo boa tanto para Amastha quanto para os demais membros e dirigentes dos partidos oposicionistas, rotulados pelo ex-prefeito de Palmas de “vagabundos, corruptos, preguiçosos, incompetentes” e mais um bocado de asneiras pejorativas à classe política tocantinense.
A ausência de Amastha deixou claro que serão duas caminhadas: a das oposições unidas e a do ex-prefeito. Cada qual com sua turma, cada um cuidando de si.
SEPULTURAS
Sem a união das oposições – com Amastha de fora – o caminho seria um nocaute avassalador em favor de Carlesse, deixando 90% das lideranças sem mandatos, seja de governador, senador, deputado federal e deputado estadual.
A saída encontrada, com a união das oposições, proporcionará a construção de uma “arca de salvação”, onde todos deixarão de lado as “sandálias da humildade” e percorrerão descalços, mesmo, com todas as vaidades deixadas de lado, da forma mais humilde possível, os caminhos que os levarão à reconquista da credibilidade junto aos eleitores e, consequentemente, dos votos.
De outra forma, correm o risco de ser varridos da vida pública, pois, muitos já estão com suas sepulturas políticas abertas, faltando apenas um pequeno passo em falso para que caiam, para sempre e todo o sempre, dentro delas, dada a perigosa delicadeza do atual momento político.
PROPOSTAS
E, tendo em vista que a única certeza da vida é a morte e, neste caso, é uma morte política, os oposicionistas devem se segurar na esperança de que tem jeito pra tudo nesta vida.
A oposição tem ótimos nomes que podem, com sabedoria, construir uma via alternativa, apresentando propostas palpáveis e plausíveis, que venham a chamar a atenção dos eleitores, principalmente daqueles que se abstiveram de votar ou votaram em branco ou anularam seus votos na eleição suplementar.
Outros votos importantes a serem conquistados são os que foram computados em favor de Amastha, Kátia Abreu e Vicentinho, que perfazem um contingente de mais de 70% do eleitorado, que não é ideologicamente ligado a nenhum partido político.
Somando os votos recebidos por Vicentinho e Kátia, mais os votos nulos, em branco e as abstenções, têm-se aí um montante de 70 a 76% de eleitores que flutuam em busca da melhor opção. Pode estar aí o segredo para abrir novas e boas oportunidades para o Tocantins voltar a crescer.
Os eleitores conhecem bem os nomes do todos, mas esperam uma proposta diferente, que seja coerente, realizável e que aponte para uma solução visível. Há milhares de empresários, comerciantes, estudantes que acabaram de sair de uma graduação ou de uma formação técnica, trabalhadores e idosos esperando ouvir da boca dos políticos que eles estão preocupados com cada uma dessas categorias, com o povo e, não, com os interesses próprios. São pessoas que querem ser prioridade e, não, massa de manobra, um mero instrumento para o enriquecimento dos candidatos.
Uma pessoa que acabe com a farra das nomeações, dos cargos em comissão, que realize concurso público, que celebre convênios com empresas para que dêem preferência à mão de obra local. É esse o candidato que os tocantinenses querem ver nas eleições de outubro.
É isso, ou Mauro Carlesse praticamente não terá oposição e vencerá com a força do Diário Oficial já no primeiro turno.
COLIGAÇÕES PROPOCIONAIS E O RISCO DE PERDER O MANDATO
Ficou muito difícil para os atuais detentores de mandato nos Legislativos estadual e federal, filiados aos partidos de oposição ao governo Mauro Carlesse, conseguirem uma reeleição.
O momento é melindroso e delicado principalmente para que acabou, durante seu mandato, se afastando das suas bases eleitorais. A transferência de votos que já era complicada, ficou ainda mais difícil. As redes sociais dominam o ambiente político e dão o tom da rapidez com que a informações circulam entre os eleitores.
Da mesma forma eu ficou mais ágil disseminar sua propaganda eleitoral, ficou mais difícil esconder malfeitos ou evitar o desgaste provocados pelas fake news.
Mesmo assim, ainda há alguma chance, uma luz no fim do túnel para os oposicionistas, que é a união dessas oposições, que proporcione que os partidos se ajudem mutuamente na construção de um pacto. O primeiro passo foi dado na residência da senadora Kátia Abreu, na última semana.
Muita gente criticou a reunião, mas é, efetivamente, o primeiro passo para que alguma chance de sobrevida seja dada aos oposicionistas, principalmente aos detentores de mandatos no Congresso Nacional e para os deputados federais Vicentinho Jr., Irajá Abreu e Dulce Miranda.
Poderíamos incluir a deputada federal Josi Nunes, mas, já se sabe que ela iniciou conversações com o grupo de Mauro Carlesse e, ao que parece, escolherá outros caminho.
Aos candidatos a candidato, o momento é de reflexão. Principalmente entre os membros dos partidos chamados “nanicos”, que só terão alguma chance se fizerem coligações entre si, para que não sejam usados como “buchas”. Esses partidos podem eleger de quatro a cinco deputados estaduais e um federal.
DIAS DECISIVOS
Os próximos 10 dias serão decisivos para todos, inclusive para os senadores Vicentinho Alves e Ataídes Oliveira, candidatos à reeleição.
Aos proporcionais, tanto os já detentores de mandatos como aos postulantes, o que vale, mesmo, é o coeficiente eleitoral. O resto, é balela!
Até o próximo capítulo.