“Atleta da vida, campeão da família, competidor leal.”

Em janeiro deste ano, Wenceslau Leobas, Vencim como era conhecido, foi um dos 187 selecionados para participar do revezamento da Tocha Olímpica, que no dia 12 de junho, Em Palmas percorreu 27km. Os personagens, todos da região, foram escolhidos pelas histórias de vida, de superação. Exemplos a serem admirados.
Em Porto Nacional, cidade onde residia, Vencim desempenhou um trabalho social importante. Reservado e discreto ajudou inúmeras pessoas na vida pessoal e profissional. Não é raro ouvir relatos de profissionais, que atualmente são formados com o apoio financeiro do empresário. Em fevereiro deste ano, antes da passagem da Tocha Olímpica faleceu aos 77 anos, vítima de um crime, o que comoveu e causou total indignação aos portuenses. Talyana carrega a Tocha em homenagem ao Pai

Antes do evento, a filha comunicou a equipe olímpica sobre o ocorrido, que dois dias depois, pediu para que escolhessem alguém da família que representasse Vencin. A história de Wenceslau agora mais do que nunca deveria chegar ao conhecimento da sociedade.
 “Um momento de dor, de felicidade, de orgulho, de homenagem”, relatou a filha, de Wenceslau Leobas, que carregou a Tocha Olímpica no lugar do pai. Em entrevista ao O Paralelo 13, Talyana Barreira Leobas de França Antunes, portuense, contou sobre a emoção de conduzir a Tocha, gesto esse que seria feito por seu pai. “Como eu queria que ele tivesse aqui, que fosse ele quem carregasse a Tocha, porque não foi qualquer pessoa que foi escolhida, é uma honra,” disse enquanto chorava e demonstrava emoção.
“Meu pai era um homem simples, humilde, que gostava de ficar nos bastidores, não gostava de aparecer, fazia as coisas sem aparecer. Era um homem de um coração ajudava as pessoas. Trabalhei com ele nos últimos 15 anos. Fazia de tudo, cuidava não só do jurídico, mas era uma secretária, tudo que ele pedia eu fazia,” relatou. A família decidiu que ela carregaria a Tocha em homenagem a Vencin, um homem que venceu na vida com muito esforço. Trajetória de vida
Casado com Miridan Leobas, Wenceslau teve três filhas. Ao longo dos anos, o goiano/tocantinense que sempre foi visto como uma pessoa simples mostrou-se empreendedora. Vindo de uma família humilde, tornou-se um dos maiores empresários da região. Empregava cerca de 150 pessoas das cidades de Porto, Ponte Alta, Silvanópolis, Brejinho. Gerou renda, movimentou o comércio, foi crucial no desenvolvimento do Tocantins. Ele que viveu como vendedor ambulante comprou duas mulas e passava meses fora de casa. Estudou até o 2° ano do primário, e viu oportunidades.
Homenagens
No local do revezamento, mais de cem pessoas homenageava Vencin. Amigos, colegas, filhos, netos, sobrinhos, os irmãos, todos vestidos com sua face.
Eles traziam faixas em agradecimento. A irmã de Vencin, Nadir Leobas disse que dos seis irmãos ele era o único que havia sido tirado do convívio familiar. “Homenagem merecida pelo homem que foi enquanto aqui esteve,” disse.
Enquanto a filha passava com a Tocha acesa, eles pediram justiça, com a certeza de que o brilho da sua chama jamais se apagará. Depoimentos Ao O Paralelo 13, o engenheiro, diretor de operações da Secretaria de Agricultura do Tocantins, Ermício Parente, amigo de Vencim, disse: Conheci o Vencim quando ainda éramos crianças, em Ponte Alta. Ele foi pra Brasília e depois, na fase adulta, veio pra Porto Nacional, nesse período já morávamos aqui. Montou um comércio e começou a trabalhar. Lembro-me das palavras da minha mãe que quando ficou viúva dizia sempre que podíamos contar com ele, porque era um amigo. Conservei essa amizade. Falar do Vencim é muito fácil, pelas inúmeras qualidades vistas, e feitos que poucos sabem, porque ele nunca gostou de sair falando das ajudas financeiras que dava, frisou.

 


“Um homem de caráter, correto nos seus negócios, adquiriu um patrimônio, mas nunca deixou de reconhecer os amigos. Já o vi ajudando até times de futebol. Foi uma morte sem explicação, por ambições, uma dor muito grande que até hoje é difícil de assimilar”, disse o amigo que ressaltou que espera que a justiça seja feita com os responsáveis pelo crime.
Outro grande amigo do Vencim era o Padre Juraci, mais que amigo, seu conselheiro espiritual, pessoa no qual ele contava suas angústias. Wenceslau Leobas ajudou ainda na construção de duas igrejas, uma católica, outra evangélica.
José Dias Santinho, contador do empresário desde 1978, reforçou as qualidades do chefe, que ele define como pai. “Nossa relação não era de patrão e empregado, era de amigo, de pai pra filho. Vencim tinha um coração de mãe. Trabalhei com ele por quase 40 anos, convívio diário. Sempre honrou com suas obrigações tributárias. Pagava fornecedores e empregados em dia; Não guardava rancor e tinha uma qualidade ímpar: desculpar-se quando achava necessário”.


“Nasci para o trabalho e o sol nasceu pra todos”, repetia ele sempre que preciso. Porto Nacional perdeu um cidadão, um homem de bem. Ele fazia favores para todos que o procurassem, e no dia da sua morte, não vi um funcionário que não chorou por sua perda, concluiu Santinho.

Posted On Sexta, 24 Junho 2016 01:54 Escrito por

Raul Filho tem novo recurso negado pela Justiça.  Órgãos  fiscalizadores divulgarão relação de nomes impedidos de concorrer às eleições no próximo dia cinco de julho

 

Por Edson Rodrigues

 

O destino de muitas pré-candidaturas a prefeito, vice-prefeito e a vereador pode ter um desfecho nada agradável no próximo dia cinco de julho, quando será divulgada pelo TRE, TCE e TJ a lista de nomes de ex-gestores e ex-ordenadores de despesas incluídos na Lei da Ficha Limpa, em atendimento às normas da legislação eleitoral.

O TCU já disponibilizou uma lista parcial, em nível nacional, com 21 nomes impedidos de disputar as eleições de outubro próximo.  A lista completa sairá, também, no dia cinco de julho, com a inclusão de novos nomes. Segundo informações de bastidores, muitos ex-gestores estarão figurando como “impedidos” nessa nova lista.

 

FORA DO PÁREO

A situação do pré-candidato do PR, Raul Filho fica, a cada dia, mais difícil.  Se as eleições fossem hoje, ele não poderia participar. Raul  teve novo recurso negado na quinta-feira, 16, pela 1ª Região do Tribunal Regional Federal. Em pedido de revisão criminal, o ex-prefeito visava a substituição da sentença que determinou o início do cumprimento da pena por crime ambiental, entre as sanções, a suspensão dos direitos políticos. A defesa do republicano pedia a distribuição da ação a um dos desembargadores da Corte que não tivesse atuado como relator, revisor ou proferido voto no processo.

Por meio da comunicação do Partido da República, Raul Filho informou que recebeu na manhã desta segunda-feira a notícia de que teria sido negado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) o recurso liminar, mas reafirmou confiança na absolvição. "Porém, continuamos firmes. Ainda precisa ser julgado o mérito do pedido e nossa crença é de que a justiça será justa, reconhecendo que não houve crime nem danos ao meio ambiente", afirmou.

Raul Filho também esclareceu que aguarda o julgamento de duas decisões impetradas em seu favor, sendo um no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outros no Supremo Tribunal Federal (STF). "Além da confiança na justiça, também temos a convicção de que nosso pleito é justo. Continuamos trabalhando, incansáveis, por Palmas e por nossa gente", finalizou.

A condenação do ex-prefeito Raul Filho (PR) pelo colegiado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (1ª TRF) aconteceu em 2012. O acórdão se refere a uma construção sem licença necessária em sua propriedade, que fica às margens do lago da usina Luiz Eduardo Magalhães, em Miracema do Tocantins. A obra teria suprimido a vegetação nativa, compactado e impermeabilizado o solo, e influído negativamente na fauna e na regeneração da flora nativa, segundo o Ibama; caracterizando crime ambiental.

A condenação também é resultado de um relaxo jurídico da equipe de assessores de Raul Filho, que perdeu todos os prazos para a defesa e deixou o julgamento correr à revelia e acabou dando no que deu, podendo inviabilizar sua candidatura e frustrar as pretensões de diversos outros políticos, que tinham na participação de Raul Filho nas eleições deste ano, talvez a única chance de terem sucesso.

A Lei da Ficha Limpa é clara ao afirmar em seu artigo 1º, inciso I, alínea e, que estão inelegíveis “os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado”. Entre os crimes listados na Legislação está aqueles “contra o meio ambiente e a saúde pública”, caso que engloba a decisão contra Raul Filho no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Assim, a condenação o impossibilita de se candidatar a qualquer cargo eletivo até 2020.

 

GAGUIM: PREDESTINADO?

O ex-governador e deputado federal Carlos Gaguim pode provar ser um predestinado.  Depois de assumir o governo do Estado por estar nu lugar certo, na hora certa, Gaguim vê seu nome cogitado como substituto natural de Raul Filho no agrupamento político que buscava sua eleição.

Gaguim tem um histórico de boas votações em Palmas, onde já foi eleito vereador, presidente da Câmara Municipal, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e, por conseguinte, governador, posto no qual angariou prestígio significativo junto ao funcionalismo público estadual e municipal, empresariado e ganhou fama de político que “honra sua palavra”. Outro ponto que pesa em favor de Gaguim é que ele pode agregar ao grupo que lutava pela eleição de Raul Filho, o apoio de diversos ex-vereadores, ex-prefeitos, ex-deputados estaduais e federais, ex-senadores e ex-governadores. Carlos Gaguim também tem um ótimo relacionamento com a imprensa estadual e municipal e, caso seu nome venha a ser confirmado como pré-candidato pelo grupo que, inicialmente, apoiaria Raul Filho, pode representar uma guinada de 180 graus no panorama político-sucessório em Palmas.

Posted On Terça, 21 Junho 2016 07:34 Escrito por

Informações dão conta que, dependendo da profundidade das investigações, SECOM terá sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados

 

 

Por Edson Rodrigues

 

O Ministério Público Estadual está investigando a aplicação dos 41 milhões de reais destinados à secretaria estadual da Comunicação, SECOM, que chegaram a ser aventados como desculpa para a falta de recursos na Saúde Pública.

Mas, segundo uma fonte do Ministério Público, o principal motivo da abertura da investigação, é a suspeita, muito bem fundamentada, de superfaturamento na contratação de serviços por parte da secretaria, principalmente o programa de rádio do governo do Estado, feito por uma empresa de Goiânia, com um custo mensal que ultrapassa os 400 mil reais – que, diga-se de passagem, não merece uma nota de qualidade acima de uns 3,5, para sermos simpáticos – que corroboraria, também, com a suspeita de direcionamento seletivo de contratos para empresas de Goiás.

Caso as provas coletadas apontem para irregularidades, ainda segundo fontes internas do MPE, não está descartada a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da SECOM, das empresas executoras do orçamento e dos prestadores de serviços.

Os assuntos investigados, caso comprovados, podem render uma condenação por improbidade administrativa aos responsáveis.  Ante essa possibilidade, o secretário de Comunicação, Rogério Silva, já se adiantou e veio a público afirmar que está à disposição dos membros do MPE e que todas as ações da secretaria estão pautadas no que reza a Lei.

A questão é que a Lei da Transparência vem colocando aos olhos da população e das autoridades os rumos dos recursos públicos, suas finalidades, o valor pago e a quem foi pago.  Cabe aos fiscais do povo, como o Ministério Público, a Procuradoria Geral, ao Tribunal de Contas do Estado, averiguar os valores pagos e se eles condizem com os serviços prestados.

Essa investigação, se há indícios, é muito bem vinda e refrigera ainda mais a vontade do povo brasileiro e tocantinense de se ver livre, de vez, de qualquer tipo de corrupção, esteja onde estiver.

 

OS “MUI AMIGOS” DE MARCELO MIRANDA NA ASSEMBLEIA

O Poder Legislativo Tocantinense também está em pleno processo sucessório, com os arranjos e composições para a eleição da mesa-diretora para o biênio 2017/18 em pleno desenvolvimento.

Mas, como sempre, há algo mais no ar que a simples eleição.  Vários membros da Casa de Leis trabalham com a possibilidade de o governador Marcelo Miranda cair, pelo menos, até abril do ano que vem, por conta dos processos que correm contra ele em algumas instâncias, e articulam um nome que tenha peso para, como presidente da Assembleia Legislativa, assumir mais um mandato-tampão de dois anos, o terceiro na curta história política do Tocantins.

Será que o governador Marcelo Miranda precisa de uma “base aliada” mais amiga que essa para ajudá-lo a recolocar o Tocantins em ordem? Amigos que abraçam pela frente e apunhalam pelas costas?

Vale ressaltar que um dos pretendentes ao cargo de presidente da Assembleia Legislativa – e, por conseguinte, a assumir o governo do Estado, apostando na queda de Marcelo Miranda – esteve, no início deste mês, em Brasília, onde reuniu-se com membros da bancada no Congresso Nacional, opositores ao governo do Estado, onde traçaram as primeiras linhas estratégia que será usada na eleição da mesa-diretora da AL.

Como “amigos” assim, quem precisa de inimigos?

 

QUEDA DE ADÃO NA SEDUC PODERÁ TER EFEITOS COLATERAIS

Pego no laço, de última hora, para ser secretário da Educação, Adão Francisco de Oliveira nem sonhava com o cargo, mas o desentendimento explosivo da senadora Kátia Abreu, com o governador Marcelo Miranda, na semana da posse do governador, o nome indicado para a pasta da Educação foi descartado e uma secretaria tão importante não poderia ficar sem um titular. Assim, Marcelo Miranda teve que analisar nomes de última hora e, como Adão vinha de um trabalho na área, desenvolvido para o PT, que apoiou a eleição de Marcelo Miranda, acabou sendo o “sortudo”.

Mas, sua gestão foi uma decepção sem tamanho, segundo educadores de renome, um verdadeiro fracasso, motivado, justamente pela característica intrínseca ao PT de “aparelhar” as instituições que domina, ou seja, inchar a pasta com militantes da esquerda radical.

Além de criar atritos com membros do poder legislativo, Adão perdeu prestígio junto ao Palácio Araguaia, junto ao seu próprio partido e, principalmente junto aos educadores e à população, que classificaram sua gestão como pífia.

 

EFEITOS COLATERAIS

Sem prestígio e isolado pelo Palácio Araguaia, não houve outro caminho ao ex-secretário de Educação Adão, senão pedir para sair de onde já vinha em processo de “fritura”.  

O problema é que quem cai, nunca cai calado ou sozinho.

Já há “fumaça” sobre a contratação (concorrência 1/2015) de duas empreiteiras por 148 milhões de reais, este ano, para reformas e manutenção unidades de ensino, segundo, ex-assessores de Adão, na SEDUC. A “fumaça” é um recado ao Palácio Araguaia, aconselhando-o a “ir devagarinho com o andor, pois o santo é de barro”. Segundo relatos, secretário, Adão nunca participou das discussões dessa concorrência, nem dezenas de contratos realizados pela pasta, pois tudo já chegava “mastigado”, dando a entender que se há alguma irregularidade de qualquer espécie ela teria origem no Palácio Araguaia.

Na verdade, não só Adão, mas nestes 28 anos de Tocantins, a atual equipe de secretários é, sem sombra de dúvidas, com exceção secretários, a pior safra já vista em um governo, com resultados pífios, como a secretaria de Industria e Comércio e Turismo, inexistente, afetada por um secretário desconhecido, inoperante, invisível e que age com total desrespeito aos vários seguimentos da cadeia produtiva do Estado.  Assim como esse secretário, a maioria dos seus colegas não está sendo leal com o governador Marcelo Miranda, que os nomeou, nem com o povo que paga imposto para pagar os seus salários e os dos  seus “aspones” que lotam os gabinetes com o nome de assessore, mas que são, na verdade, “gafanhotos”.

Mas, nós e a sociedade esperamos do governador Marcelo Miranda que ele continue sendo esse lutador, esse garimpeiro de recursos em Brasília e no exterior, para trazer para o nosso Tocantins condições de melhoria para todo e desejamos mais sorte na escolha dos seus novos secretários.

Marcelo de Carvalho Miranda tem, até primeiro de agosto, a oportunidade para dar um basta e fazer um limpa nessa cambada de incompetentes desleais, mal-agradecidos, que não se dispõem nem demonstram coragem de sair em defesa do governador, que vem sofrendo ataques vis de todos os lados e acusações públicas das mais espúrias.

Com a saída de Adão da Seduc, quem assume a pasta, interinamente, é a subsecretária Morgana Nunes Tavares Gomes. A decisão também foi publicada no DOE desta quinta-feira

 

SUCESSÃO EM PALMAS

O ex-prefeito Raul Filho, apesar de condenado por colegiado por crime contra o meio ambiente e com outros processos no TCE e no Polícia Federal, desponta com a maior popularidade junto ao eleitorado Palmense nas pesquisas para consumo interno encomendadas pelos partidos locais.

Agora Raul ganha ainda mais força, ao receber o valioso e volumoso apoio do ex-governador e deputado federal, Carlos Gaguim, à sua pré-candidatura a prefeito da Capital do Estado.  Filiado ao PR do senador Vicentinho Alves, campeão em liberação de recursos em 2015 e até agora em 2016 para o Tocantins.

Raul recebeu ainda este mês outros importantes apoios à sua candidatura, proveniente de um trabalho de cooptação, coordenado justamente pelo senador Vicentinho Alves e por seu filho, deputado federal Vicentinho Jr., que apostam em Raul como o candidato de consenso da Oposição para derrotar o prefeito colombiano Carlos Amastha.

As opiniões dos juristas consultados por O Paralelo 13 ainda divergem sobre a elegibilidade ou não de Raul Filho, por conta dos processos a que responde e da sua condenação.  Mas as opiniões também são unânimes ao afirmar que, caso consiga registrar sua candidatura e participar das eleições, Raul Filho é o único candidato capaz de unir as oposições à Amastha e de, efetivamente, derrotar a máquina administrativa que estará atuando em favor do atual prefeito.

Há ainda a pré-candidatura da vice-governadora, Cláudia Lélis, que, apesar do bom trabalho que vem desenvolvendo e do virtual apoio do Palácio Araguaia, ainda carece de uma maior popularização de sua intenção em concorrer ao cargo e de um efetivo engajamento de seus correligionários para que seu nome ganhe força e comece a aparecer nas pesquisas como real concorrente à prefeitura da Capital.

Cláudia, inclusive, ainda nem é unanimidade na frente partidária que representa, que vem fazendo reuniões para decidir entre o seu nome e os de Derval de Paiva, do PMDB e Kairo Bernardo, do PHS.

 

 

 

Posted On Domingo, 19 Junho 2016 19:08 Escrito por

Veja e Época trazem capas semelhantes e reportagens especiais sobre o avanço da Lava Jato na cúpula do PMDB, inclusive com acusações contra o presidente interino Michel Temer. Istoé traz denúncias exclusivas de que Lula fez lobby para empreiteira OAS

 

VEJA

O país começou a conviver com dois Michel Temer desde a semana passada. O primeiro está promovendo uma agenda positiva na economia, formou uma equipe de excelência comprovada e acaba de apresentar uma proposta de emenda cons­titucional para definir um teto para o crescimento do gasto público. O segundo está agora às voltas com uma acusação dura.

O delator Sérgio Machado, em depoimento aos investigadores da Lava-Jato, disse que o presidente interino lhe pediu 1,5 milhão de reais durante um encontro na Base Aérea de Brasília, em setembro de 2012, para a campanha de Gabriel Chalita, então no PMDB, à prefeitura de São Paulo. O dinheiro foi repassado pela Queiroz Galvão na forma de doação eleitoral, numa tentativa de dar à transação ares de legalidade. Às autoridades, Machado confessou que a verba não tinha origem lícita. Era propina. E Temer, que encomendara a mercadoria, tinha plena consciência disso. A acusação é forte, mas, do ponto de vista jurídico, tende a morrer na praia, já que Temer não pode ser investigado por atos estranhos ao mandato.

O presidente interino estava certo de que teria uma semana positiva. Com pompa e circunstância, apresentaria aos parlamentares, como de fato fez, a proposta do teto. Embalado pela repercussão da iniciativa, faria um pronunciamento em rede de rádio e televisão para exaltar seu governo, sua capacidade de dialogar com o Congresso e sua injeção de ânimo nos agentes econômicos. Um otimismo compartilhado por muitos. Sentindo-se fortalecido, o presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que analisaria um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que defendera as prisões preventivas dele, do ex-presidente José Sarney e do senador Romero Jucá, rechaçadas pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. O céu parecia clarear para o bom e velho PMDB, finalmente no exercício pleno do poder. Implacável, a Operação Lava-­Jato devolveu os peemedebistas à realidade dos desvios da Petrobras, a estatal que, na definição já nascida imortal de Sérgio Machado, é a "madame mais honesta dos cabarés do Brasil".

A delação de Machado chama atenção pela riqueza de detalhes, como o uso de senhas para impedir que a empreiteira, no papel de corruptor, soubesse a identidade do destinatário final da propina, o corrompido. Ele contou que repassou pelo menos 115 milhões de reais a 23 políticos de oito partidos. O PMDB ficou com 100 milhões de reais, sendo as maiores partes destinadas a Renan (32 milhões), Edison Lobão (24 milhões), Romero Jucá (21 milhões) e José Sarney (18,5 milhões). A maioria dos valores era paga em dinheiro vivo.

Os depoimentos de Machado provocaram uma nova baixa no governo. Apontado como beneficiário de 1,5 milhão de reais em propina levantada na Transpetro, Henrique Eduardo Alves pediu demissão do Ministério do Turismo. Com a decisão, disse que fazia um gesto de grandeza, para não constranger a Presidência interina de seu amigo. Balela. Henrique Alves já era investigado pela Procuradoria-Geral da República sob a suspeita de embolsar propina paga pela OAS. Também foi citado na delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, que coletava propinas para o PMDB da Câmara, do qual Henrique Alves era expoente. Para completar, tramita na Justiça um processo de improbidade administrativa contra o ex-ministro no qual são citadas suas contas na Suíça. Os extratos foram entregues por sua ex-mulher. Temer cobrou explicações sobre essas contas no exterior supostamente abastecidas por meio de transações nebulosas. Recebeu, no dia seguinte, um pedido de demissão de Alves, que admitiu estar à espera de chumbo grosso.

Foi o terceiro ministro de Temer a cair em decorrência da Lava-Jato. Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência) foram exonerados depois de ser gravados pelo operante Sérgio Machado maquinando para "estancar a sangria" das investigações.

ÉPOCA

No segundo semestre de 2012, quando se chateava menos com o caráter “decorativo” de sua figura no governo de Dilma Rousseff, o então vice-presidente Michel Temer foi uma ausência notada em Brasília. Apesar de dar expediente às terças, quartas e quintas-feiras no gabinete da Vice-Presidência da República, envolvia-se pouco nos assuntos que preocupavam o Palácio do Planalto. Quando Dilma convocava sua tropa de choque para almoços no Alvorada com o objetivo de discutir as pautas da vez – como o Código Florestal, a CPI de Carlinhos Cachoeira e a crise financeira –, Michel Temer não comparecia. Em alguns casos, nem era convidado; em outros, estava mais ocupado resolvendo pendências do partido que presidia, o PMDB.

Tamanho era o descompasso entre a Presidência e a Vice, entre o PT e o PMDB, que os dois partidos marcharam com candidatos diferentes à prefeitura de São Paulo naquele ano. O PT estava firme em Fernando Haddad, apoiado por Lula, e Michel Temer apostava suas fichas em Gabriel Chalita.

O apoio de Temer a Chalita não se restringia a uma simples chancela partidária. Em parceria com Eduardo Cunha, à época um deputado evangélico bem relacionado, em ascensão hiperbólica no partido, Temer batalhou o apoio evangélico. Prometeu a Chalita que estaria em São Paulo todas as segundas-feiras para participar das reuniões do conselho político que assessorava sua candidatura. Na semana passada, uma delação premiada sugeriu que a dedicação de Temer pode ter sido realmente grande. Em seus depoimentos após o acordo de colaboração com a força-tarefa da Procuradoria-Geral da República encarregada da Operação Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, um conviva antigo da cúpula do PMDB, afirmou que Michel Temer pediu a ele que conseguisse doações oficiais para a campanha de Chalita em São Paulo. O encontro, segundo Machado, se deu em uma sala reservada da Base Aérea em Brasília, em setembro de 2012. Machado afirma que todos do PMDB que faziam tais pedidos sabiam que o dinheiro viria das propinas pagas por empresas que mantinham contratos com a Transpetro. Machado afirma ter atendido ao pedido de Temer com uma doação oficial de R$ 1,5 milhão da empreiteira Queiroz Galvão ao Diretório Nacional do PMDB, a ser repassada à campanha de Chalita. Ao tomar consciência da delação, Temer reagiu com indignação. Em nota emitida na quarta-feira, dia 15, Temer disse que, a ser verdadeira a delação de Machado, ele, Temer, não mereceria estar na Presidência da República. Cabe agora a Machado provar o que denunciou – em relação a Temer e a vários outros políticos.

ISTOÉ

A disposição do juiz Sérgio Moro desde a semana passada, o arsenal de provas preparado por agentes federais e investigadores contra o ex-presidente Lula será robustecido em breve pelo que os procuradores da Lava Jato classificam de a “bala de prata” capaz de aniquilar o petista. O tiro de misericórdia – a julgar pelo cardápio de revelações ofertado durante as tratativas para um acordo de delação premiada – será desferido pelo empresário Léo Pinheiro, um dos sócios do grupo OAS. Conforme apurou ISTOÉ junto a integrantes da força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba, ao se dispor a desfiar com profusão de detalhes a maneira como se desenvolveram as negociações para as obras e reformas no sítio em Atibaia e no tríplex do Guarujá, tocadas pela OAS, Pinheiro já forneceu antecipadamente algumas das peças restantes do quebra-cabeças montado desde o surgimento das primeiras digitais de Lula no esquema do Petrolão.

Diz respeito às contrapartidas aos favores prestados pela empreiteira ao ex-presidente. De acordo com o relato preliminar de Pinheiro, em troca das obras no sítio e no tríplex do Guarujá, o petista se ofereceu para praticar tráfico de influência em favor da OAS no exterior. A OAS acalentava o desejo de incrementar negócios com o Peru, Chile, Costa Rica, Bolívia, Uruguai e nações africanas. Desenvolto no trânsito com esses países, Lula se prontificou a ajudá-los. Negócio fechado, coube então ao petista escancarar-lhes as portas. Ou, para ser mais preciso, os canteiros de obras. Se até meados de 2008 a OAS engatinhava no mercado internacional, hoje a empresa possui 14 escritórios e toca 20 obras fora do País – boa parte delas conquistada graças às articulações do ex-presidente petista.

 

Tráfico de influência quando praticado por um agente público é crime. Torna-se ainda mais grave quando em troca do auxílio são ofertados favores privados provenientes de uma empresa implicada num dos maiores escândalos de corrupção da história recente do País, o Petrolão. As revelações de Pinheiro, segundo procuradores da Lava Jato, ferem Lula de morte. O empreiteiro planeja deixar claro ainda que Lula é o real proprietário tanto do sítio em Atibaia quanto do tríplex no Guarujá. Assim, o ex-presidente estará a um passo de ser formalmente acusado pelos crimes de ocultação de patrimônio, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Um futuro julgamento, provavelmente conduzido pelo juiz Sergio Moro, poderá resultar em condenação superior a dez anos de reclusão.

Nos últimos dias, Lula voltou a entoar como ladainha em procissão a fábula da superioridade moral. Reiterou que “não há ninguém mais honesto” do que ele. Como se vê no desenrolar das negociações para a delação, Pinheiro, simpatizante do PT e com quem Lula viveu uma relação de amizade simbiótica desde os tempos do sindicalismo, o fará descer do pedestal ético erguido por ele próprio com a contribuição dos seus fiéis seguidores. O acordo ainda não está sacramentado, mas flui como mel. Para os investigadores não pairam dúvidas: Pinheiro provará que Lula se beneficiou pessoalmente dos esquemas que fraudaram a Petrobras. Os relatos e documentos apresentados pelo executivo, hoje um dos sócios da OAS, poderão reforçar uma das denúncias contra Lula que a Lava Jato pretende apresentar por crimes relacionados ao Petrolão. Seriam pelo menos três. Já haveria elementos comprobatórios, segundo investigadores, para implicar Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por favores recebidos não só da OAS como da Odebrecht. Resta saber o momento em que as denúncias seriam apresentadas, uma vez que podem resultar numa condenação superior a dez anos de cadeia. Há uma vertente da Lava Jato que prefere aguardar o desfecho da tramitação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. Seria uma maneira de evitar uma possível convulsão social no País, antes do desenlace do julgamento tido como crucial para os rumos políticos nacionais. Outro grupo, por ora majoritário, não admite que o critério político prevaleça sobre o técnico. Por isso, Lula anda insone, segundo interlocutores próximos.

 

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), também encaminhou semana passada para o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, apurações envolvendo os ex-ministros Jaques Wagner (Chefia de Gabinete da Presidência), Ideli Salvatti (Direitos Humanos) e Edinho Silva (Comunicação Social) e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Uma das investigações envolvendo Wagner surgiu de depoimento do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que em delação premiada apontou recebimento de propina na Petrobras junto com Gabrielli. O material sobre Ideli Salvatti também é baseado na delação de Cerveró, que apontou que ela usou cargo no governo para renegociar uma dívida de R$ 90 milhões de uma transportadora de Santa Catarina com a BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras. Na delação, ele diz que “imagina que a ministra Ideli e outros políticos” receberam propina no negócio. O caso de Edinho Silva é fundamentado na delação do ex-presidente da construtora UTC Ricardo Pessoa. Aos investigadores, ele narrou encontro em que o ex-ministro teria pressionado por doações para a campanha da presidente afastada Dilma Rousseff nas eleições de 2014.

Posted On Sábado, 18 Junho 2016 23:10 Escrito por

Por: Edson Rodrigues

 

O deputado estadual Ricardo Ayres, filho de família tradicional de Porto Nacional, bisneto do Dr. Francisco Ayres, sobrinho e primo de vários ex-prefeitos em Porto Nacional e cidades vizinhas, com uma larga folha de serviços prestados ao município e ao Estado finalmente marcou a data para o esperado anúncio de sua candidatura à prefeitura de sua cidade natal.

Ricardo Ayres começou sua vida política como líder estudantil, foi secretário de juventude do 2° governo de Marcelo Miranda, é deputado estadual pelo 2° mandato, tendo sua formação acadêmica em Direito. Ele estará oficializando sua pré-candidatura a na próxima semana.

Sua pré-candidatura, sem sombra de dúvidas, enriquecerá a disputa sucessória portuense, por se tratar de um político tarimbado e preparado, que irá trazer ao eleitor uma oportunidade de escolha, juntando-se aos demais pretendentes ao cargo, como o jovem Dr. Joaquim Maia, já na estrada como pré-candidato pelo PV. Os dois, aliás, fazem parte da base política do governador Marcelo Miranda. Ricardo está filiado ao PSB, do qual é vice-presidente estadual.

O outro pré-candidato é o atual prefeito, Otoniel Andrade, que vem fazendo uma boa administração.

 

ELEIÇÃO CASEIRA

Os três pré-candidatos são filhos legítimos de Porto Nacional, fato que tornará o embate bastante interessante, pois todos conhecem bem os problemas da cidade, assim como a população e os eleitores em geral.  Espera-se que essa circunstância transforme a campanha num de debates de alto nível, cada um colocando apenas seus planos de governo em evidência, pois como “irmãos portuenses” sabem que pisar no calo de um será pisar no calo de todos. Essa característica da campanha deve deixar o eleitor portuense bem à vontade para escolher em quem votar.

O Palácio Araguaia deverá aguardar as duas pré-candidaturas da base deslanchar, entrarem realmente em campo, para daqui a uns 60 dias decidir qual será seu posicionamento em relação a apoios e, se for o caso, criar condições para que elas se fundam em uma só, caso uma delas esteja melhor e mais bem colocada junto à opinião pública,  na tentativa de fazer uma chapa, com condições reais de vitória. O Palácio Araguaia, entraria como mediador é só então tomará partido.

O ex-prefeito Paulo Mourão, inclusive, saiu na frente e se reuniu com os dois pré-candidatos a prefeito, confirmando que tem um projeto político no futuro em nível estadual, informando que apoiará aquele que estiver melhor nas pesquisas.  Mourão aconselhou os dois a pôr os pés na estrada em busca de apoio junto ao eleitorado portuense e aos partidos da base, dentre eles o PMDB, partido do governador Marcelo Miranda, que tem em Brasília Michel Temer como presidente interino, Renan Calheiros como presidente do Senado e Eduardo Cunha como presidente afastado da Câmara dos Deputados. Mourão os lembrou, também, que há duas deputadas federais – Dulce Miranda e Josi Nunes – e cinco deputados estaduais aquém os dois podem recorrer por apoios.

Um fato é certo: a pré-candidatura do deputado Ricardo Ayres aquecerá o caldeirão sucessório portuense, dando fortes sinais que a disputa  pelos votos  promete bons e caloroso debates.

 

Posted On Quarta, 15 Junho 2016 08:08 Escrito por
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