Ministro considera que um dos principais desafios é fiscalizar quem são os doadores pessoa física para saber se têm condições de repassar a quantia declarada aos candidatos

 

Por Edson Rodrigues

 

Tudo o que O Paralelo 13 vinha avisando sobre o processo sucessório municipal deste ano, acaba de ser confirmado pelo próprio presidente do TSE, Gilmar Mendes.  Quando o próprio presidente da entidade máxima eleitoral do País afirma que “o resultado do pleito será provisório” e que “muita gente será barrada pela Lei da Ficha Limpa”, é sinal de que teremos uma eleição controversa e cheia de surpresas.

O Ministro afirmou ainda que o pleito deste ano será uma espécie de “experimento” e que após o fim processo deve haver uma profunda reforma na legislação eleitoral.

Gilmar Mendes, declarou que a proibição do financiamento privado para as campanhas sem mudança no sistema eleitoral foi um “salto no escuro”. Para Mendes, a eleição municipal deste ano é um “experimento institucional” e em novembro deverá haver uma discussão sobre uma reforma no sistema eleitoral.

O ministro disse que há a preocupação no TSE de que “organizações criminosas atuem de maneira mais enfática” no processo, em outubro. Um dos principais desafios, de acordo com o ministro, é fiscalizar quem são os doadores pessoa física para saber se têm condições de repassar a quantia declarada aos candidatos.

Mendes informou que há preocupação de que haja compra de CPFs, como tentativa de burlar as novas regras. Mendes também reforçou que há uma preocupação com a realização de caixa 2, considerando o teto de gastos fixado em um valor mais baixo do que em eleições anteriores e a falta de recursos regulares.

Para o presidente, há “distorções” no teto de alguns municípios e por isso o TSE deverá discutir casos separadamente. “Não teremos condições de evitar a judicialização, questões ligadas à Lei da Ficha Limpa, vamos ter impugnações das eleições, inclusive por essa questão ligada ao teto, abuso de caráter econômico. Por isso dizemos até constrangidamente que o resultado na proclamação será provisório (…) Vamos chegar a outubro sem que temas estejam definitivamente resolvidos.”

 

GASTOS

Mendes anunciou que o gasto total com a eleição municipal deste ano deverá ficar em torno de R$ 600 milhões. Apesar de apenas 122 pessoas terem registrado candidatura a prefeito, vice-prefeito ou vereador até o momento, a expectativa de Mendes é de que o número chegue a cerca de 530 mil candidatos até o dia 15 de agosto, prazo final para os registros eleitorais.

 

“As convenções ocorreram também agora, no final de semana, e então nós estamos diante de decisões que certamente vão multiplicar esses números nos próximos dias”, disse o ministro. Segundo o presidente do TSE, não há nenhuma “razão específica” para o baixo número de registros. “Ninguém desistiu da política. Certamente nos mais de 5 mil municípios teremos um número expressivo de candidatos”, declarou.

 

De acordo com Mendes, já houve uma redução nos prazos de campanha este ano e qualquer alteração no período estipulado para os registros eleitorais deve ser pensada para as eleições de 2018. Para ele, a ideia da redução de prazo já vinha sendo reforçada pelo TSE e somente após a eleição deste ano será possível fazer uma verificação para analisar os benefícios reais do encurtamento dos prazos.

 

“Isso talvez seja até uma contribuição para o barateamento das campanhas e tudo mais, embora também tenha consequências, certamente depois saberemos quem foi eleito, se houve mais sucesso na reeleição ou não (…) A redução de prazo tem consequência no que diz respeito à judicialização e à insegurança jurídica quanto ao verdadeiramente eleito, vamos ter anulações de eleições, realizações de eleições suplementares.”

 

O TSE divulgou ainda que cerca de 144 milhões de brasileiros estão aptos para votar em 5.568 cidades. São Paulo é a que possui o maior número de eleitores: 8.886.324. Já o menor eleitorado está em Araguainha, no Mato Grosso, com 954 eleitores. Do total de eleitores, a maioria (52,21%) é mulher.

 

Houve uma redução entre os eleitores jovens. Do total, apenas 2,3 milhões de eleitores têm 16 ou 17. Em 2012, esse número chegou a quase três milhões. Para o ministro, a redução pode representar uma descrença dos jovens sobre a política e uma falta de incentivo dos políticos a esses eleitores. Do total de eleitores aptos, 11,3 milhões têm mais de 70 anos.

 

Segundo o TSE, 92 municípios poderão ter segundo turno porque têm mais de 200 mil eleitores. Em 2.380 cidades haverá votação com identificação biométrica, sendo que em 1.540 haverá 100% de biometria e em 840 cidades o sistema será híbrido, com a verificação pela digital apenas para parte dos eleitores, aqueles que já possuem dados coletados.

Posted On Quinta, 28 Julho 2016 09:48 Escrito por

O ex-prefeito de Palmas e pré-candidato Raul Filho (PR), reuniu-se com o governador Marcelo Miranda nesta última terça-feira, 26, onde discutiram sobre a sucessão palmense.

 

Por Edson Rodrigues

 

De acordo com uma fonte, o encontro entre os dois foi positivo para ambos, e Raul Filho, possivelmente contará com o apoio do governador na disputa eleitoral deste ano. Conforme informações há uma grande possibilidade de um membro do PMDB assumir a vaga de vice-prefeito na chapa encabeçada por Raul.

Segundo o que foi apurado pelo O Paralelo 13, o nome mais cotado para este cargo é do atual presidente do PMDB estadual, Derval Paiva. Foi ventilado ainda que Raul filho será apresentado ao presidente interino Michel Temer com candidato da base governista federal e estadual.

Tal aliança, conforme a fonte traria benefícios nas esferas federal, estadual e municipal. Uma vez que tornaria mais fácil conseguir recursos para a Capital e Estado, com o bom relacionamento dos representantes. Peemedebista, atualmente o governador Marcelo Miranda, bem como a primeira dama e deputada federal Dulce Miranda fazem parte da base aliada do Palácio do Planalto.

A coligação destes partidos tem ainda grande impacto na campanha de 2018, uma vez que Palmas é o maior colégio eleitoral do Estado, com aproximadamente 160.000 eleitores. Caso o governo eleja seu candidato na Capital e trabalhe nos próximos dois anos em conciliação com a administração municipal isso trará inúmeros benefícios.

Palmas possui um grande potencial econômico, e como ainda não há eleitorado suficiente para um segundo turno, os políticos não tem prazo para reverter qualquer situação na disputa eleitoral. Se confirmado a aliança do Governador com Raul Filho, isso trará um ganho para Marcelo Miranda, já que Raul Filho atualmente está filiado ao PR, partido presidido no Estado pelo Senador Vicentinho Alves, que hoje ocupa a função de 1º secretário a mesa do senado, com trânsito livre ao presidente do Planalto Michel Temer. As alianças podem trazer benefícios políticos aos representantes públicos, bem como um número maior de recursos para o Estado.

Reviravolta

Este novo fato político na sucessão palmense, caso confirmado dará um novo e surpreendente sabor na política sucessória da Capital, com repercusão em todas as camadas políticas partidárias, empresarial e especialmente na Assembleia Legislativa e Câmara Municipal. Outras novidades estão ainda por acontecer, até o próximo dia 5 de agosto. Aguardem! 

Posted On Quarta, 27 Julho 2016 14:27 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

O PSD estadual, presidido pelo deputado federal Irajá Abreu, realizou uma grande reunião, na noite da última segunda-feira, com a participação de todos os militantes do partido na cidade, sob o comando do deputado estadual mais bem votado no município e vice-presidente estadual da legenda, Toinho Andrade, ocasião em que apresentou seus 13 pré-candidatos a vereador e declarou total apoio à pré- candidatura do prefeito, Otoniel Andrade, à reeleição.

Durante a reunião, fizeram uso da palavra o ex-vice-governador, Tom Lira, o deputado federal Irajá Abreu, o deputado estadual Toinho Andrade e o candidato à reeleição, Otoniel Andrade.  Nos discursos, o tom da campanha de Otoniel, sem ataques a adversários, todo unânimes em falar em projetos e programas de governo, em atender às demandas da população e resolver questões sociais ainda sem solução.

Ficou claro que para o grupo político é crucial que a Capital Estadual da Cultura dê um grande exemplo nessa nova fase da vida política que o País atravessa, com uma campanha limpa, sem leviandades e sem ataques pessoais, onde o que importa é o quê se poderá fazer pela cidade, pela população.

As palavras dos líderes políticos foram precedidas pelo pároco da cidade e pelo pastor Edvardes, que também salientaram a importância de uma campanha sem xingamentos, sem palavras de baixo calão, sem denuncismo e voltada para o que o povo realmente deseja ouvir, que são os projetos de governo e os benefícios que cada candidatura, caso concretizada, poderá trazer para uma sociedade tão engajada politicamente como a de Porto Nacional.

O atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Otoniel Andrade, agradeceu fortemente ao importante apoio político que representa o engajamento do PSD em suas pretensões e se comprometeu em honrar tudo o que esse apoio representa, com ainda mais trabalho e ainda mais empenho para transformar Porto Nacional na cidade que todos os portuenses desejam, redobrando seus esforços em estar sempre indo á Palmas e à Brasília em busca de parcerias estaduais e federais, nos quais tem se saído bem, citando o importante apoio do próprio deputado federal Irajá Abreu, dos também deputados federais Vicentinho Jr. e Carlos Gaguim, e dos senadores Vicentinho Alves, Kátia Abreu e Ataídes Oliveira.

Otoniel, inclusive, confirmou a participação dos senadores na Convenção que homologará seu nome como candidato à reeleição, tendo Pedro Henrique como candidato a vice.

Podemos garantir que Porto Nacional dá o ponta-pé nas campanhas eleitorais visando o pleito municipal deste ano com o pé direito, conseguindo dar um exemplo de campanha de alto nível assim com quer o eleitorado e como precisa o Tocantins e o Brasil, por novos tempos na política nacional.

Posted On Quarta, 27 Julho 2016 06:13 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

Caneta, broche, lente de contato, armação de óculos, pasta executiva, pingente, relógio, escutas corporais, câmeras escondidas em escritórios, chácaras, salas de reunião e quartos de hotel. Essa é apenas parte do arsenal de armadilhas que entra em cena nestas eleições municipais de outubro próximo. A aplicabilidade desse material será a chantagem, a extorsão e, até mesmo, a inviabilização de candidaturas à prefeito, vice e vereador.  Estarão sob a mira, também, os apoiadores, eleitores, líderes políticos, empresários, deputados estaduais e federais, senadores.

Desde o último dia 20, quando as regras eleitorais começaram a valer, estamos recebendo informações de que na maioria dos municípios do Tocantins essa será a forma com que alguns escolheram para tentar vencer o jogo eleitoral de forma suja e abjeta.

Por isso, avisamos aos senhores postulantes a cargos eletivos este ano que tomem muito cuidado, pois até mesmo os eleitores mais inocentes podem ser uma dessas peças a serviço da “indústria de denúncias” e, muita gente que ganhar a eleição pode não tomar posse nem ser diplomado por causa da “colheita” de material para denúncias que começou desde o último dia 20.  Esse será o verdadeiro 2º turno da eleição, disputado no tapetão da Justiça Eleitoral.

Paralelamente a essa “indústria de denúncias”, mas dentro e na observância da Lei, estarão alertas a Justiça Eleitoral, o Ministério Público, a Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, a Justiça Comum e a Imprensa, para fazer dessa eleição um exemplo para um novo Brasil. a palavra de ordem será que qualquer botijão de gás, qualquer caixa de cerveja, uma conta de luz, um remédio na farmácia, um saco de cimento, um tanque de gasolina, até mesmo uma simples “rodada” em uma mesa de bar, tudo, mas tudo mesmo será caracterizado como compra de voto e, para o desespero dos que esperam ganhar a eleição assim, o próprio eleitor, beneficiado com a “recompensa”, pode ser o delator.

Logo, todo cuidado ainda é muito pouco.

EQUIPE DE EXCELÊNCIA

Outro perigo para os senhores candidatos está na prestação de contas das campanhas.  Aconselhamos aos senhores candidatos que montem equipes de profissionais experientes, especialistas no assunto, para cuidar de suas contas de campanha, assim como uma boa banca de advogados, para deixar claro o que pode e o que não pode durante a campanha.

Quem não se cercar de gente experiente e honesta corre o risco de ganhar e não levar, pois o levantamento das contas de campanha será mais minucioso que nunca.

A equipe de comunicação também tem que ser de primeira, pois as redes sociais serão um grande foco de busca por votos, como também de “escaneamento” de irregularidades.  Uma postagem mal feita pode por toda a campanha em risco.

Aliás, as redes sociais serão um grande auxiliar da Justiça Eleitoral, pois serão quase que uma transmissão ao vivo dos passos dos candidatos, facilitando a fiscalização e colheita de evidências.

PATRIMÔNIO POLÍTICO

Com uma campanha assim, altamente vigiada, volta a ganhar peso o caráter dos concorrentes.  Volta a ter valor o político verdadeiramente sério e comprometido com a população.  Aqueles que tiverem um passado de bons serviços prestados já sairão na frente, pois terão base, alicerce suficiente para abrir as portas das casas dos eleitores, abrir um sorriso no rosto da população no corpo a corpo, pois, como já se sabe, a partir de agora não tem mais palanque, não tem mais comício.  Agora será “na sola da botina”, nas caminhadas, no contato direto com a população, no olho no olho sob o sol quente.

Os candidatos só não podem esquecer que seus piores inimigos podem ser eles mesmos, suas línguas, seus telefones celulares, seus motoristas, aquele assessor insatisfeito, aquele adesista de última hora.  Todos podem ser armas nas mãos de seus adversários políticos e derrubar muita gente boa e bem intencionada.

Segundo os analistas e juristas, cerca de 32% dos eleitos terão dificuldades em tomar posse por causa de problemas ocorridos durante a campanha.  O RECED – mesmo tipo de processo que cassou Marcelo Miranda – deve se tornar a maior arma dos derrotados para conseguir um cargo eletivo.  Logo, repetimos, todo cuidado é muito pouco.

O “big brother“ eleitoral já começou.  Todos estão dando “aquela espiadinha” e é melhor que os senhores candidatos “fiquem bem na foto”, pois qualquer “embaçadinha” pode custar uma eleição.

Estamos de olho!

Posted On Terça, 26 Julho 2016 17:41 Escrito por

Como um movimento grevista que pode paralisar um estado terá reflexos em toda a sociedade e comprometerá anos de batalha

 

Por: Edson Rodrigues

 

Somos todos trabalhadores, batalhadores que tiram do suor próprio o sustento de nossas famílias.  Qual de nós não fica feliz quando consegue uma promoção, um aumento, uma progressão?  Esses são os maiores sinais de que nosso trabalho está sendo reconhecido, de que nosso suor tem valor e de que somos peças fundamentais para o progresso do meio em que vivemos.

Um aumento, uma progressão, uma promoção, são sempre bem vindos e representam um passo a mais rumo à estabilidade financeira nossa e dos que dependem de nós.

O papel dos sindicatos e associações que representam a nós, trabalhadores, é cuidar e vigiar para que nossos direitos sejam cumpridos e que nosso trabalho seja reconhecido.  Quanto mais forte uma categoria, mais chances ela tem de barganhar com os patrões por benefícios e direitos.

O problema começa quando há apenas um patrão para várias categorias.  Para beneficiar a todos, é preciso que o ramo de atividade da empresa vá de vento em popa, com lucros substanciais para que todos possam sair ganhando, como, por exemplo, as empresas que dividem os lucros com os funcionários.

Mas, quando a maré não está boa, o que as empresas fazem para continuar trabalhando?  Cortam aumentos, progressões e promoções, temporariamente, para não ter que demitir seus funcionários.

Ou seja, se é justo que uma empresa divida seus lucros com os funcionários, seria justo, também, dividir seus prejuízos?

É nessa situação que se encontra o governo do Estado do Tocantins.

Não é novidade para ninguém a grave crise econômica que assola o País. Estados tidos como as “locomotivas do desenvolvimento” como Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Goiás e outros, penam para pagar seu funcionalismo, parcelam salários, atrasam meses a fio e enfrentam dificuldades inimagináveis ao povo tocantinense.

Enquanto esses estados, essas “locomotivas” tiveram que correr ao governo federal para receber ajuda financeira, o Brasil inteiro viu nos noticiários que “apenas Tocantins e Piauí” não têm dívidas com a União.

Essa constatação foi motivo de inveja para os demais estados e deveria servir de orgulho para os tocantinenses.  Mas, ao que parece, para os sindicatos e entidades representativas do Estado, essa notícia não significou nada, pois insistem em convocar uma greve geral para o dia 9 de agosto próximo.

Venhamos e convenhamos, é sempre uma satisfação receber um aumento.  Mas seria bom, também, sabermos a hora de colocar a mão na consciência e trabalhar em conjunto pelo bem estar de todos.

Ah!  Mas o Estado não é uma empresa, o Estado não quebra!

Quebra sim e, assim como toda empresa, precisa arrecadar mais (lucrar) do que gasta, senão não tem como arcar com os compromissos assumidos!

 

REFLEXÃO

Não discutirmos os direitos dos ajustes, reajustes, progressões, promoções, data base, que os senhores trabalhadores, funcionários públicos têm direito, mas chamamos os senhores representantes de classe dos mais diversos seguimentos dos profissionais públicos estaduais a abrirem suas mentes, a criar um canal de negociação para que a empresa (Estado) não quebre e possa cumprir com seus compromisso e acordos. Aliás, acordos fechados quando os tempos eram de bonança, com dinheiro em caixa e muito dinheiro para entrar.  Dinheiro esse que o GOVERNO FEDERAL deixou de repassar e que acabou obrigando o governo estadual a usar suas economias para NÃO DEIXAR O FUNCIONALISMO NA MÃO e, ao mesmo tempo, manter os investimentos em infraesrutura e os gastos obrigatórios com Saúde e Educação de acordo com a Lei.

Tempos bons aqueles, não é mesmo?  Pois é exatamente disso que estamos falando.  É preciso a união e compreensão de todos para que esses tempos bons possam voltar o mais rápido possível.

Mas será que uma greve geral vai ajudar a trazes esses tempos bons de volta?

Pelo contrário!  Vai apenas tornar mais remota essa possibilidade.

Então, se todos queremos o mesmo, o bem do povo do Tocantins, por que não sentar à mesa e negociar um acordo, uma trégua, um cessar-fogo?

A conta é simples.  Basta que se negocie um Termo de Ajuste de Conduta, o famoso TAC, para que o Estado comece a pagar escalonadamente a partir de março de 2017, quando o governo federal permite, as promoções, progressões e reajustes prometidos.

O Estado não tem caixa, no atual momento, para assumir qualquer aumento na folha de pagamento do funcionalismo do poder executivo.  Mesmo se tivesse, o ministro da Fazenda baixou normativa proibindo ações desse tipo para que o País tenha tempo e espaço para manobrar para sair da crise econômica.

Ah, mas os demais poderes estão dando aumentos!

Os demais poderes têm autonomia e lastro para conceder esses aumentos (Ministério Público Estadual, Tribunais de Contas, Justiça Eleitoral, Defensoria Pública e poder Legislativo). São poderes independentes, cada um tem seu orçamento aprovado anualmente e, assim sendo, todos administraram seus orçamentos independentemente do poder Executivo. Eles não têm gastos com Saúde, Educação, Segurança Pública, por exemplo.

O presidente em exercício, Michel Temer, acabou de sancionar aumento para o poder judiciário de 41%, escalonado até 2019, mas não deu nenhum aumento para o funcionalismo público federal, pois são poderes independentes.

Por isso, voltamos a chamar os senhores representantes classistas à reflexão para as consequências de uma greve geral. Na Saúde, quantas vidas serão levadas em vão, quantas famílias ficarão órfãs?  Na Educação ficarão centenas de alunos sem aulas, que sonham em formar-se, entrar na faculdade.  O Estado vai parar de exportar, arrecadar, fiscalizar; não haverá como pagar o funcionalismo porque não haverá arrecadação; haverá calotes nos comércios e será inevitável a escuridão, assim como a seca nas torneiras das residências, pois a ENERGISA e a SANEATINS vão esperar pelo pagamento das contas de cada cidadão. Também será inevitável aos donos de supermercados, mercadinhos, quitandas, pagar suas contas com fornecedores. Se algum deles conseguir abrir, não será para vender fiado, assim como os postos de gasolina e todo e qualquer tipo de comércio.

Se os cidadãos já reclamam do aumento da violência, com uma greve geral o problema de segurança pública vai se agravar mais ainda, um fato que levará a população a ficar desguarnecida, insegura, aflita, em pânico. Por sua vez, não haverá condições do comércio ficar com as portas abertas, muito menos os bancos, as casas lotéricas.  Será impossível aos cidadãos andar nas ruas de suas cidades, pois os criminosos estarão à espreita. Já vivemos em perigo constante sem greve, testemunhando centenas de assaltos, roubos, furtos, sequestros relâmpagos, explosão de caixas eletrônicos sendo praticados todos os dias, assassinatos, mesmo com os policiais militares e civis estarem em ação 24 horas por dia combatendo, prendendo marginais, criminosos, traficantes, muitos já vindos de estados vizinhos, mesmo com nossos valorosos policias passando por problemas estruturais como falta de armas, munições, combustível, viaturas, coletes a prova de balas, entre outros.  A única coisa que não falta a estes homens é a vontade de trabalhar, de proteger a população e o patrimônio público.

Mesmo assim, com uma greve geral, o caos será inevitável.

Aí vem a pergunta:  os sindicatos e entidades representativas estarão preparados para pagar essa conta?

 

POLITICAMENTE FALANDO

O governo, em meio à crise, vem realizando várias e várias ações, que deveriam ter a devida publicidade, como a recuperação das rodovias pavimentadas, os pagamentos das duas últimas parcelas dos atrasados dos profissionais da Saúde, entrega de moradias, os projetos em fase final de empréstimos para construção da nova ponte de Porto Nacional, a duplicação das rodovias Porto – Palmas e Palmas – Paraíso, as centenas de pontes de concretos, extensão do hospital Regional de Palmas, a ampliação do hospital de Porto Nacional (com UTI’s, apartamentos, centro cirúrgico), empréstimos do BIRD, BID, UNICREDIT, direcionados à pavimentação de várias rodovias, o aval da União para operações propostas pelo governo de Marcelo Miranda junto aos órgãos financiadores internacionais, entre outras muitas ações que visam única e exclusivamente beneficiar o povo tocantinense.

O governo de Marcelo Miranda já fez muito pelo Estado, basta dar ciência ao povo das contas e mostrar como recebeu e como está a administração estadual.

Entendemos que o governo do Estado está sofrendo um terrível desgaste por falta de comunicação. É preciso planejamento e boa vontade para mostrar o que a sociedade não tem conhecimento.  As manifestações da comunicação estadual ficam dando voltas em torno de folha de pagamento, esquecendo dos demais assuntos, das demais ações, do que o governo vem conseguindo fazer com muito sacrifício.

O governo está há um ano e meio refém de sindicatos, refém da mídia por causa das questões das progressões, aumentos e promoções. Os sindicatos têm que se conscientizar que a prioridade de um estado não é folha de pagamento, mas a Segurança Pública, a Saúde, a Educação e a infraestrutura.

Caso a greve seja mesmo deflagrada, a população, já sacrificada, que aceitou o aumento de impostos e a classe empresarial, que agiu da mesma forma, vai ficar sitiada em meio ao caos que se instalará no Tocantins e, de imediato, irão se revoltar contra os grevistas, contra os sindicatos e as entidades representativas que encabeçam o movimento.  É aí que o tiro vai sair pela culatra, pois, sem apoio, o movimento grevista passa a ser espúrio, assim como espúrios ficarão todos os interesses políticos que vêm norteando as ameaças de paralisação.

O povo, muito menos os empresários, não é burro e sabe exatamente qual vertente política apóia o movimento de greve.  Por  ais que o governo seja enfraquecido, mais enfraquecidos vão ficar aqueles que apoiarem a greve e se tornarem responsáveis pela insegurança, pela falta de atendimento médico, pelas escolas fechadas e pela economia estagnada.

Não temos dúvidas, caso seja mesmo declarada greve geral no próximo dia 9 de agosto, que os candidatos a prefeitos apoiados pelo governo do Estado estão fritos, desamparados e sem palanque. Ficará difícil para o governador Marcelo Miranda participar de qualquer palanque, caminhada, reunião política, tudo isso por causa da péssima comunicação governamental junto à população.

Por outro lado, os políticos que apoiarem a greve poderão dar adeus à sua credibilidade, pois quem torce pelo pior não pode governar ou legislar, pois não coloca o povo em primeiro lugar e, sim, seus interesses partidários e pessoais.

 

O governo precisa mostrar pulso firme, assim como os sindicatos consciência e compromisso com o futuro.

O presidente interino Michel Temer foi taxativo: “não darei, este ano, nenhum aumento ao funcionalismo público”.

Nós também seremos: “não é hora de greve geral. É hora de somar forças para vermos nossos filhos e nossos familiares com alguma esperança de futuro pela frente.  A greve é uma insensatez e não resolverá nada.  Apenas aprofundara a crise e afastará a possibilidade do Estado recuperar sua economia”.

Conclamamos ao povo tocantinense que se posicione contra essa greve, pressione os sindicatos e ajude o governo do Estado a vencer essa batalha.  A hora é de reflexão e de união!

Posted On Sexta, 22 Julho 2016 05:54 Escrito por
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