Segundo Rodrigo Maia, mudança poderia provocar efeito cascata
Da Agência Brasil
As regras para as aposentadorias dos policiais que atuam na esfera federal serão mantidas. As categorias, que incluem policiais federais e legislativos, se aposentarão aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de exercício efetivo na carreira, independentemente de distinção de sexo.
A manutenção das condições consta do novo voto do relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Antes do início da sessão, que começou com sete horas de atraso, líderes partidárias haviam anunciado um acordo para reduzir para 52 anos para mulheres e 53 anos para homens, a idade mínima de aposentadoria para os policiais em nível federal.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que a suavização das condições de aposentadorias para policiais que servem à União criaria um efeito cascata que desidrataria a reforma da Previdência. A declaração ocorreu depois que Maia se reuniu com Moreira e o presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).
No início da noite, o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, disse que o governo analisa, juntamente com o Congresso, adotar condições diferenciadas de aposentadoria para policiais federais e legislativos, que poderiam ser incluídas no relatório da reforma.
Estados
No voto lido há pouco, Moreira recuou da permissão para que estados e municípios aumentem a contribuição dos servidores públicos locais para cobrir os rombos nos regimes próprios de Previdência. A possibilidade constava do relatório apresentado ontem (2) pelo relator.
Com a desistência, os estados e os municípios voltam a ficar integralmente fora da reforma da Previdência. Caberá às Assembleias Legislativas estaduais e às Câmaras Municipais aprovar a validade da reforma para os governos locais, assim como o aumento das alíquotas dos servidores sob sua alçada.
Ela será a primeira santa nascida no Brasil, que até agora só tem um santo brasileiro de nascimento - Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, o Frei Galvão
Por Vatican News Vaticano
O Papa Francisco presidiu, hoje (1), na Sala Clementina, no Vaticano, o Consistório Ordinário Público para a Canonização de cinco Beatos, dentre os quais Irmã Dulce Lopes Pontes.
Durante o Consistório, o Santo Padre anunciou a data de canonização dos cinco beatos. Será no domingo, 13 de outubro próximo.
Além de Irmã Dulce, serão canonizados os seguintes beatos: John Henry Newman, cardeal, fundador do Oratório de São Filipe Néri na Inglaterra; Giuseppina Vannini (no século Giuditta Adelaide Agata), fundadora das Filhas de São Camilo; Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, fundadora da Congregação das Irmãs da Sagrada Família e Margherita Bays, Virgem, da Ordem Terceira de São Francisco de Assis.
Valor é 9,6% menor ao do mesmo período do ano passado
Da Agência Brasil
A queda do preço de várias commodities (bens primários com cotação internacional) exportadas e o leve crescimento das importações fizeram o saldo da balança comercial diminuir no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, foi o terceiro melhor da história para o primeiro semestre, de US$ 27,13 bilhões, só perdendo para os seis primeiros meses de 2018 (US$ 30,02 bilhões) e de 2017 (US$ 36,21 bilhões). O superávit é 9,6% inferior ao do mesmo período do ano passado.
Em junho, o Brasil exportou US$ 5,02 bilhões a mais do que comprou do exterior. Apesar da queda de 13,3% em relação ao superávit de junho do ano passado, o valor é o terceiro melhor para o mês, inferior apenas ao registrado em junho de 2018 (US$ 5,79 bilhões) e de 2017 (US$ 7,18 bilhões).
Commodities
Depois de fechar 2018 com superávit de US$ 58,959 bilhões, a balança comercial registrou recuo no primeiro semestre, provocado, principalmente, pelo desempenho das exportações, que caíram 1,8% pela média diária, somando US$ 110,89 bilhões nos seis primeiros meses do ano. A alta, de acordo com a Secretaria Especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, decorreu principalmente da queda média de 3,33% dos preços das mercadorias exportadas, o que não compensou o aumento de 1,58% no volume embarcado.
Na agropecuária, o preço médio das mercadorias exportadas caiu 10,9%, contra queda média de 4,7% no preço dos bens da indústria de transformação. Apenas os preços da indústria extrativa, beneficiados principalmente pela alta do petróleo no mercado internacional, registraram alta média de 5,1%.
As importações, em contrapartida, aumentaram. No primeiro semestre, o país comprou do exterior US$ 83,76 bilhões, valor 0,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. As compras de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) subiram 5,4% de janeiro a junho. As aquisições de bens intermediários aumentaram 1,9%.
O preço médio das mercadorias importadas caiu 5,92% no primeiro semestre, mas a quantidade comprada do exterior aumentou 7,14%.
Estimativa para 2019
Depois de o saldo da balança comercial ter encerrado 2018 em US$ 58,959 bilhões, o segundo maior resultado positivo da história, o mercado estima um superávit menor em 2019. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado preveem superávit de US$ 50,8 bilhões para este ano. Até o mês passado, o Ministério da Economia projetava superávit de US$ 50,1 bilhões para o saldo da balança comercial em 2019.
VEJA REVELA QUE BOLSONARO QUER A REELEIÇÃO. ISTOÉ TRAZ ENTREVISTA COM MINISTRO DEMITIDO POR BOLSONARO E ÉPOCA FALA SOBRE OS 25 ANOS DO PLANO REAL
VEJA
Bolsonaro 2022
Na reta final da última campanha presidencial, o então candidato Jair Bolsonaro disse que acabaria com a reeleição se vencesse a disputa. A promessa tinha dois objetivos: realçar sua pretensa superioridade ética sobre os adversários e reforçar seu discurso de rejeição aos políticos tradicionais, que não mediriam esforços para se perpetuar no poder.
Empossado no Palácio do Planalto, Bolsonaro mudou de ideia. No último dia 20, afirmou que concorrerá a um novo mandato — a não ser que seja aprovada uma “boa reforma política”. A ressalva é de fancaria, já que não há a intenção de propor essa reforma, que nem sequer consta de seu programa de governo.
Bolsonaro, que prometia personificar o novo, rendeu-se rapidamente aos encantos do poder. “Meu muito obrigado a quem votou e a quem não votou em mim também. Lá na frente, todos votarão, tenho certeza disso”, declarou no município de Eldorado (SP), onde morou quando criança. No mesmo dia, na capital paulista, durante um encontro de evangélicos, acrescentou: “Se não tiver uma boa reforma política e se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos”.
Desde que a emenda da reeleição foi promulgada, em 1997, no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, todos os presidentes eleitos disputaram e ganharam um segundo mandato. Não à toa, costuma-se dizer que o mandato presidencial no Brasil é de oito anos, com um referendo no meio. Mesmo assim, o anúncio de Bolsonaro causou surpresa.
Primeiro, porque ele descumpriu uma promessa de campanha, naquilo que em outros tempos — e outros governos — seria considerado estelionato eleitoral. Segundo, porque assumiu a condição de candidato antes mesmo de completar seis meses de mandato. É um recorde de precocidade.
Leia mais em Veja.
ISTOÉ
"Nem os lhos de Lula e Dilma atrapalharam tanto um governo"
O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, o advogado Gustavo Bebianno, 55 anos, era mais do que um braço direito de Jair Bolsonaro. Privava da intimidade do presidente. Gabava-se de ser o guardião dos segredos mais recônditos do mandatário do País — até ser o primeiro defenestrado do governo em meio à crise deflagrada pelo filho número dois do presidente, Carlos Bolsonaro.
Hoje, a partir de um olhar mais distante, mas não menos acurado, Bebianno nota que a execração pública de auxiliares até então da confiança do ex-capitão tornou-se um método presidencial perigoso. Capaz não só de desalentar a tropa, como também de levar o governo à ruína pelos próprios erros. Para ele, a demissão de generais e a maneira como elas foram levadas a cabo, como o caso de Santos Cruz, já gerou uma fissura com o meio militar. “Se continuar nesse ritmo, Bolsonaro não se reelege”, vaticina.
Bebianno signica relativo ou pertencente à Bebiana, antiga região da Etrúria, na Itália. Não por acaso, o sangue italiano do ex-ministro ferve quando ele discorre sobre os desatinos cometidos por um governo que ainda principia. “Nunca vi um governo que, no terceiro mês, tivesse tantos desgastes políticos”, avaliou Bebianno.
O para-raios que matava no peito todas as bombas que cairiam no colo do presidente, segundo sua própria definição, atribui parcela significativa dos problemas aos rebentos do presidente. Para ele, nem os filhos do Lula e da Dilma atrapalharam tanto. Ele lamenta que, por influência dos herdeiros de Bolsonaro e de Olavo de Carvalho, o governo esteja sendo conduzido de forma ideológica, em detrimento de decisões técnicas e necessárias para a retomada do País, na mesma proporção com que despreza aliados, como o presidente da Câmara. “Rodrigo Maia é uma pessoa bem mais jovem do que o presidente, mas vem mostrando um equilíbrio bem maior”.
Leia mais em Istoé.
ÉPOCA
O papel da moeda
Na segunda-feira, dia 1º de julho, a moeda brasileira, o Real, completa 25 anos em circulação. Será o padrão monetário brasileiro mais duradouro desde o Estado Novo. Não é feito pequeno para um país que teve nove moedas no período.
“O real criou as bases econômicas do Brasil moderno”, disse Pérsio Arida. O Real trouxe organização econômica para o país. Baixou de fato a inação, mas a estabilização não foi suficiente para deslanchar o crescimento.
Os criadores do Real avaliam agora os desafios da economia brasileira. Para Edmar Bacha, o país “ainda precisa fazer o dever de casa do ajuste fiscal”. Pedro Malan concorda e adverte: “Os gastos sobem em velocidade insustentável.”
Gustavo Franco analisa: “Temos medo de confrontar interesses”. Armínio Fraga acredita que a reforma da previdência será parcial. “Uma vez aprovada uma reforma da Previdência que vai gerar um resultado que seria a metade do necessário, e o que é necessário já não era suficiente, vamos ver o que vai ser feito daqui para a frente.”
Leia mais em Época
Anúncio oficial deve ser feito em breve por presidentes de países dos dois blocos
Com Agências
Após vinte anos de negociação, o Mercosul e a União Europeia selaram, nesta sexta-feira, um acordo de livre comércio entre os dois blocos. A informação é dos ministérios da Economia e das Relações Exteriores. O pacto é um marco histórico no relacionamento entre os dois blocos, que representam, juntos, cerca de 25% do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. Ele cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.
De acordo com estimativas do Ministério da Economia, o acordo "representará um incremento do PIB brasileiro de 87,5 bilhões de dólares em 15 anos, podendo chegar a 125 bilhões de dólares", considerando a redução das barreiras não-tarifárias e o aumento esperado na produtividade do país.
Chanceler brasileiro Ernesto Araújo com Federica Mogherini, representante da União Europeia
Ainda segundo o comunicado, o aumento dos investimentos previstos para o Brasil no mesmo período é de 113 bilhões. E as exportações para a UE podem crescer quase 100 bilhões de dólares até 2035.
Segundo nota do ministério, com a vigência do acordo, produtos agrícolas terão suas tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas e café solúvel. Os exportadores brasileiros obterão ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros.
Ainda segundo a nota, as empresas brasileiras serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais. Serão, desta forma, equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE.