O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), quer convocar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, para prestar esclarecimentos sobre as medidas de segurança para a realização de partidas da Copa América no País
Por Alexandre Senechal
"Definido o mascote da 'Cepa América': será o passarinho cloroquito", diz um dos diversos protestos em forma de brincadeira nas redes sociais. Mesmo anestesiado diante de tanta tragédia, o brasileiro segue sua rotina de buscar algum refúgio no humor, ainda que o motivo seja uma autêntica piada de mau gosto. O anúncio de que o Brasil, um dos epicentros da pandemia de novo coronavírus no mundo, receberá novamente a Copa América, após as desistências das sedes originais Colômbia e Argentina, causou espanto, mas não chegou a surpreender. A mudança anunciada nesta segunda-feira, 31, tem tripla paternidade: Conmebol, CBF e governo de Jair Bolsonaro.
Se havia qualquer dúvida de envolvimento federal no tema, o presidente da entidade sul-americana, o paraguaio Alejandro Domínguez, fez questão de saná-la. “A Conmebol agradece ao presidente Jair Bolsonaro e sua equipe, assim como à Confederação Brasileira de Futebol por abrir as portas do país ao que hoje em dia é o evento esportivo mais seguro do mundo. A América do Sul brilhará no Brasil com todas suas estrelas”, afirmou, em nota, a entidade, que tentou vender a ideia de uma "nova Conmebol" após a prisão de dezenas de seus dirigentes, em 2015.
Rapidamente, uma conclusão óbvia tomou as redes sociais. "E-mail da Pfizer = meses para responder; e-mail da Conmebol = reposta imediata." Não é modo de dizer. De fato, até a manhã desta segunda, transferir o torneio para o Brasil, sede da última edição de 2019, não estava nos planos. Mandá-lo para o Chile, Estados Unidos ou mesmo cancelá-lo apareciam como possibilidades mais viáveis. Como evidencia a mensagem da Conmebol, no entanto, CBF e Bolsonaro entraram em campo e salvaram a pátria dos cartolas.
Recentemente, Alejandro Domínguez contou com a ajuda de outro governo, o do Uruguai, que intermediou o acordo com a China que possibilitou a compra de vacinas para os atletas e comissões técnicas, o controverso fura-fila da Covid, um trato que incluiu até camisas autógrafas por Lionel Messi em um animado churrasco em Montevidéu. Semanas depois, a capital uruguaia foi confirmada como sede das finais da Libertadores e da Copa Sul-Americana, para surpresa daqueles que ainda acreditam que esporte e política não se misturam.
Muitos devem se questionar: por que não cancelar uma competição tão desinteressante, disputada três vezes nos últimos cinco anos, em um cenário tão calamitoso? A resposta é simples e vem em forma de cifrões. Para as confederações participantes, o torneio rende no mínimo 4 milhões de dólares (e mais 10 milhões de dólares ao campeão). Para a Conmebol, os valores com publicidade e direitos de transmissão giram em torno de 100 milhões de dólares. No Brasil, a transmissão em TV aberta será realizada pelo SBT.
Como se não bastasse topar receber dez delegações e colocar em risco estrelas do porte de Messi, Suárez e Neymar, além de milhões de brasileiros, tudo isso com duas semanas para organizar toda a logística, os três pais da ideia cogitam até receber público nos estádios, cujas sedes ainda não estão definidas - Brasília, é claro, certamente seria uma delas. A medida serve como um respiro (ou mera cortina de fumaça) tanto para o presidente da CBF, Rogério Caboclo, que, acuado por denúncias de gestão atrapalhada, poderá negociar tréguas com dirigentes regionais, quanto para Bolsonaro, que se acostumou a buscar apoio em estádios pelo país.
A decisão já começa a cobrar preço político. Os governos de Pernambuco e Rio Grande do Sul já se posicionaram contra a realização do torneio. A CBF cancelou a coletiva dos atletas na Granja Comary para evitar maiores constrangimentos. É possível que torcedores, clubes e até os quase sempre alienados jogadores se unam contra o absurdo. O recente fiasco da Superliga Europeia demonstrou a força dos verdadeiros protagonistas do jogo, em um histórico tapa na cara dos engravatados da bola. Qualquer que seja o destino da Copa América, no entanto, as intenções dos dirigentes envolvidos já foi escancarada. Enquanto isso, famílias choram a perda de 460.000 vítimas da Covid no Brasil.
Se você faz uma pesquisa de opinião, o governo não tem uma imagem positiva na pandemia, admite
Com Agências
Um dos principais aliados de Jair Bolsonaro no Congresso, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), admitiu, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que hoje o atual governante não conseguiria se reeleger. "O governo não tem uma imagem positiva na pandemia. Essa mesma imagem se reflete na intenção de voto", afirma. Ciro, no entanto, pontuou que ele terá uma imagem positiva em 2022, alavancada pela economia, que deve crescer 5% neste ano. "Quem elege e reelege presidente é a economia".
Ciro Nogueira também deixou claro que a estratégia dos governistas será tentar estimular, mais uma vez, um sentimento antipetista. "Não há nada mais odiado no Brasil do que o PT", afirmou. Ciro Nogueira também disse que Bolsonaro e seus filhos não se filiarão ao PP.
O prefeito de Porto Nacional, Ronivon Maciel, definitivamente, está remando contra a maré. Em uma decisão totalmente irresponsável, que beira o descaso com a Saúde Pública e para com a população da Capital da Cultura do Tocantins, o Chefe do Executivo Municipal liberou a temporada de praia na tradicional Porto Real.
Por Edson Rodrigues
A pergunta é: em que mundo vive o prefeito ou será que ele não lê, assiste ou escuta as notícias sobre a pandemia de Covid-19??
Pois, se ele não sabe, nós, da imprensa, sabemos que o Tocantins voltou a ter aumento no número de casos e que voltou a ficar “no vermelho” na avaliação do consórcio de veículos de imprensa, com aumento nos índices de contaminação e de mortes.
Se Ronivon Maciel também não sabe, o Hospital Regional de Porto Nacional está lotado de pacientes com Covid-19, com apenas um leito de UTI à disposição e o setor de internação sem disponibilidade de leitos e com 80% de sua capacidade total comprometidos, lembrando que nossa unidade hospitalar atende a pacientes de 17 municípios circunvizinhos.
Só em Porto Nacional, já são 8.197 casos e 167 mortes desde o início da pandemia.
DESCASO OU IRRESPONSABILIDADE
Será que esses números não bastam para sensibilizar o prefeito de Porto Nacional? Pois, ao abrir a Praia de Porto Real Ronivon Maciel não faz nada além de criar mais um ambiente propício para contaminações e, logicamente, para mais mortes e mais sofrimento para as famílias portuenses.
A “mensagem” passada pela prefeitura com a abertura da Praia de Porto Real é a de que “pode aglomerar, pode tomar sua cerveja, pode levara a família à praia, pois aqui não tem Covid-19.
Ou seja, ou é descaso para com o sistema de Saúde Pública da cidade ou é, apenas, um ato irresponsável e inconsequente para agradar sabe-se lá qual setor da sociedade, pois acreditamos que nenhum portuense quer se contaminar ou ver um membro da sua família sofrer com a Covid-19 e, de forma alguma, pressionaria o prefeito a tomar essa atitude.
Como a abertura da Praia de Porto Real tornou-se um ato oficial, com autorização do prefeito Ronivon Maciel, a sociedade portuense aguarda um posicionamento por parte do Poder Legislativo Municipal, contra esse ato descabido e em nome dos eleitores que os vereadores representam e em nome dos profissionais da Saúde de Porto Nacional.
Junto com a Câmara Municipal, espera-se a ação, também, do Ministério Público, da Justiça Estadual e até Federal, conta esse ato de gritante descalabro por parte do prefeito portuense.
Que fique bem claro que O Paralelo 13 não tem nada contra o prefeito de Porto Nacional. Muito pelo contrário.
Mas não podemos nos omitir, ser coniventes ou fingir que nada está acontecendo. Nossa intenção é chamar à atenção de todos, desde a população até das autoridades constituídas para o grande perigo que todos os moradores de Porto Nacional passam a correr com a abertura da Praia de Porto real, que deve atrair não só os portuenses menos preocupados, assim como moradores de todos os municípios tocantinenses que não estão nem aí para a Covid-19, e terão, na nossa Praia, no nosso quintal, autorização para se aglomerar e multiplicar a proliferação do vírus invisível que já matou mais de 450 mil brasileiros em pouco mais de um ano.
O Paralelo 13 tem a obrigação de alertar a todos, inclusive os que acham que vão lucrar com a abertura de Porto Real, desde canoeiros até os concessionários de bares, garçons, cozinheiros e todos os que têm nas temporadas regulares de praia, o seu ganha-pão.
Não queremos o mal de ninguém, muito menos dos trabalhadores esforçados e sofridos, mas fazemos, neste editorial, um alerta para que as autoridades constituídas tomem providências antes que seja tarde demais.
São nossas famílias que estão em risco, não nossos bolsos!
Edson Rodrigues – diretor presidente do Jornal O Paralelo 13
A vereadora Janad Valcari chegou na Câmara Municipal de Palmas pela porta da frente, consagrada pelo voto popular, que apontou querer mudanças em todas as esferas políticas.
Por Edson Rodrigues
Mas Janad conseguiu muito mais que a sua primeira eleição. Carregada pelas mãos de um grupo político que nem era o seu, mas que adotou o discurso e a bandeira de Valcari, foi eleita presidente da Câmara Municipal da Capital, por um parlamento independente em relação ao Executivo, representado pela figura da prefeita reeleita Cinthia Ribeiro.
Mas Janad Valcari esqueceu que não tinha uma das exigências mais importantes – senão a mais – para uma tarefa tão pesada na política, que é fazer oposição a uma liderança já estabelecida: a experiência.
Janad conheceu a falsidade, as traições, os acordos políticos e aprendeu que os interesses pessoais, muitas vezes são colocados à frente dos interesses da coletividade no pior momento possível, justamente quando mais precisava da fidelidade da sua tropa de choque, se viu sem soldados e sem munição.
ATAQUE E CONTRA-ATAQUE
A presidente da Câmara partiu para cima da prefeita Cinthia Ribeiro com um discurso forte, carregado de supostas denúncias e transformou os primeiros 19 dias de governo da prefeita reeleita em um verdadeiro pesadelo, pois a mídia, pautada nas denúncias de Janad, formalizadas por ela junto ao Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal e Polícia Federal, passou a ter em Cinthia Ribeiro o assunto da vez, tirando a paz da sua administração.
Prefeita Cinthia Ribeiro
Enquanto a presidente da Câmara e sua tropa de vereadores descarregavam suas metralhadoras giratórias contra o Paço Municipal, a prefeita de Palmas iniciou um trabalho no estilo “mineiro”, junto com seus auxiliares de elite, para, certa de sua inocência e da falta de comprovação das denúncias apresentadas contra ela, articulando e agindo para manter seu governo em andamento, fazendo os reparos necessários “em pleno voo”.
Cinthia se aproximou do governador Mauro Carlesse, que tem uma ótima relação com a maioria dos vereadores de Palmas e, um a um, foi trazendo para o seu lado até os mais descontentes. Foi firmado um pacto político entre a prefeitura de Palmas e o governo do Estado e o que era uma oposição ferrenha à Cinthia Ribeiro, passou a ser apoio e sustentação.
Valcari acabou sozinha e falando ao vento, abandonada pelos que a instigaram contra Cinthia Ribeiro.
AINDA HÁ TEMPO
Mas, nem tudo está perdido para a presidente da Câmara Municipal de Palmas. Janad Valcari precisa encontrar uma bandeira, um foco para sua gestão, capaz de recuperar sua imagem política de forma sustentável e eficiente.
Para isso, necessita de uma estratégia de melhoria no nível do trabalho de sua equipe, trazendo a sociedade para dentro da Câmara Municipal para debater as principais demandas do povo, afinal, seu papel é de representante do povo.
Munida das carências populares, Janad deve buscar uma aproximação com a prefeita Cinthia Ribeiro e partir para uma gestão harmônica, apartidária e democrática, que mantenha sua independência, mas que não seja um empecilho para as ações do Paço Municipal.
Ou seja, uma oposição séria, sem denuncismo nem radicalismo, aprovando os atos que beneficiam o povo, sem deixar de fiscalizar e observar, mas, jamais cair na armadilha da falácia e do denuncismo, novamente, pois o sabor de estar à frente das demandas políticas dos outros se mostrou muito amargo para a “presidente novata”, que precisa resgatar sua imagem de mulher responsável e inteligente.
Saber se recolocar politicamente após um período de turbulência, faz parte do exercício democrático e demonstra capacidade de adaptação, equilíbrio e, principalmente, inteligência e sabedoria política. E, isso, sabemos que Janad Valcari é capaz de fazer e voltar a contribuir com a população palmense como todos os que a elegeram esperam.
Janad caiu no “conto dos colegas vigários”, mas já aprendeu que isso faz parte da política.
Ainda há tempo para Jannad Valcari.
A IMPORTÂNCIA DA OPOSIÇÃO NA DEMOCRACIA
Vale lembrar que até os governos da ditadura respeitaram a oposição séria e responsável – além de forte e destemida – praticada por próceres como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Franco Montoro, dentre outros, que serviam de bússola política para os militares que só entendiam de poder e caserna.
Esses próceres representavam a voz e o pensamento do povo para os militares, eram aguerridos defensores das instituições e não frequentavam o Palácio do Planalto, nem tinham participação nas benesses do poder.
José Sarney e Tancredo Neves
Enquanto isso, no parlamento, mandavam seus “recados” nas Tribunas e nem Ulysses nem Tancredo perderam, sequer, uma eleição para continuar representando o povo brasileiro. E veio deles a força para a reabertura política, a conquista da volta das eleições diretas que possibilitam, até hoje, que os políticos estejam em seus cargos, de vereadores até o presidente Jair Bolsonaro.
A presidente da Câmara Municipal de Palmas, Janad Valcari pode, sim, realizar o papel de bússola dos desejos do povo palmense, fiscalizando, detectando erros ou desmandos e, com provas, fazer denúncias às autoridades competentes para a apuração final e o julgamento, tudo de forma séria e responsável, pois a Câmara Municipal é um parlamento, assim como a Assembleia Legislativa, o Senado e a Câmara Federal.
Para isso acontecer, basta se espelhar na atuação dos próceres da Constituição e respeitá-la como a Carta Magna que garante os direitos de cada cidadão. Inclusive, e principalmente, daqueles que ela representa, os cidadãos palmenses!
O mutirão será realizado em todas as regiões do Tocantins
Por Erica Lima
O Governo do Tocantins, por meio da Agência Tocantinense de Transportes de Obras (Ageto), iniciou nesta sexta-feira, 28, um mutirão de manutenção de rodovias estaduais.
A força-tarefa começou pelo Bico do Papagaio. De maneira simultânea, as rodovias da região começaram a receber intervenções e o projeto deve contemplar todas as estradas que estão com a trafegabilidade comprometida. “Iremos atuar em estradas não pavimentadas, com a realização de patrolamento e revestimento primário, e nas pavimentadas com realização de roçagem, tapa-buraco e nos locais onde o tapa-buraco não é mais suficiente, iremos realizar o trabalho de correção da base com substituição da capa asfáltica danificada”, explicou a presidente da Ageto e secretária da Infraestrutura, Juliana Passarin.
Os trabalhos começaram pelas rodovias TO-134, entre Axixá e Jatobal, e TO- 405, entre Axixá e a BR-230. Somados, esses dois trechos chegam a quase 70km.
Os serviços vão beneficiar pessoas como o produtor rural Raimundo Nonato Araújo, morador do povoado de Santa Luzia, localizado na TO-134, a 5 km de Axixá. “Esse trabalho vai beneficiar demais os moradores daqui. Aqui a gente sofre demais, quebrava carro e era uma dificuldade pra chegar na cidade e agora vai ficar bom”, disse ele.
Para o mutirão, a Ageto deslocou quatro equipes com maquinário completo. Cerca de 30 homens foram designados para a região, além de equipamentos como patrols, retroescavadeiras, rolos e caminhões caçambas.
A previsão é de que os trabalhos na região se prorroguem por 20 dias. Após a conclusão dos serviços e das intervenções em todas as rodovias estaduais com trafegabilidade comprometida existentes no Bico do Papagaio, as equipes serão deslocadas para a regional de Araguaína, onde o mesmo tipo de trabalho será realizado. “Vamos aproveitar o fim do período chuvoso para deixar a malha viária do estado em boas condições, permitindo mais segurança e facilitando o escoamento da produção do Tocantins”, finalizou Juliana Passarin.