PORTO NACIONAL PODE TER UM SEU PRIMEIRO GOVERNADOR
O ex-prefeito de Porto Nacional e ex-deputado federal, Paulo sardinha Mourão, será o candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a governador do Tocantins em 2022.
Paulo Mourão esteve em Brasília para atender a um chamado do ex-presidente Lula, que lhe deu “carta branca” e promessa de apoio total para articular sua candidatura.
Mourão deve ter em sua chapa majoritária, a senadora Kátia Abreu, concorrendo à reeleição.
O portuense pode vir a ter o maior Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV, com a soma dos partidos dos Abreu e siglas da esquerda que podem compor com Mourão nas coligações majoritárias.
O certo é que, em 2022, muitas surpresas estão por vir...
LÁZARO BOTELHO ARTICULANDO PARA VOLTAR EM 2022
O ex-deputado federal Lázaro Botelho, um dos principais parlamentares na liberação de recursos para a cidade de Araguaína e para os municípios que compõem o Bico do Papagaio, durante seu mandato, será novamente candidato à Câmara Federal.
Aliado do grupo político do governador Mauro Carlesse e tendo sua esposa, ex-prefeita de Araguaína e candidata à reeleição como deputada estadual, Valderez Castelo Branco, Lázaro Botelho tem se dedicado exclusivamente à vida pública, aumentado ainda mais sua grande lista de serviços prestados ao Estado do Tocantins, principalmente à população de Araguaína e Região.
ATAIDES LANÇA LIVRO VOLTADO AOS VEREADORES
O ex-senador Ataíde Oliveira reuniu a imprensa para o lançamento de um livro de sua autoria, voltado à orientação para a atuação de vereadores, explicando o papel dos parlamentares municipais como representantes do povo.
O livro traz dicas importantíssimas sobre como ser um vereador atuante, explicando desde o entendimento do Regimento Interno até a apresentação de projetos e a fiscalização dos atos do poder Executivo Municipal.
PRESENÇAS DE PRESTÍGIO
O lançamento do livro de Ataídes Oliveira, em um café da manhã com a imprensa, foi prestigiado pelo ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, pelo deputado federal Osires Damaso e pelo economista Abraão Lima.
Na oportunidade, Damaso e Laurez usaram da palavra parabenizando a iniciativa do ex-senador e a importância do seu livro, voltado ao exercício da vereança, com um conteúdo que deve servir de guia para que os vereadores exerçam bons mandatos, em prol da sociedade, como porta-vozes da população.
JANAD VALCARI SOZINHA E EM SILÊNCIO
A presidente da Câmara Municipal de Palmas, Janad Valcari, levou um verdadeiro “olé” da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, que agiu no estilo “mineiro”, sem alarde nem publicidade, para reverter uma situação negativa.
Após se tornar notícia por duas semanas, com várias denúncias contra sua gestão, em um verdadeiro “circo” político, Cinthia agiu com rapidez e eficácia para trazer para sai os vereadores da oposição, que apoiavam as iniciativas de Valcari.
Janad, hoje, é apenas líder de si própria, vendo seus “companheiros”, todos, já aninhados na base de sustentação do governo de Cinthia Ribeiro.
O mundo dá voltas....
FUTURO POLÍTICO DE AMASTHA É INCERTO
O ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, presidente do PSB estadual, que encontra-se com dois balancetes rejeitados pelo Tribunal de Contas do Estado e pela Câmara Municipal, foi denunciado pela Polícia Federal por compra de sentença.
O processo corre no Superior Tribunal de Justiça. Resta saber se Amastha conseguirá “limpar” seu nome junto à Justiça Eleitoral em Brasília, assim como se ficará ao lado de Ronaldo Dimas, e se Dimas ou qualquer outro postulante ao governo do Estado irá querer o colombiano como aliado em suas pretensões políticas.
Amastha, hoje, é um “leão sem dentes” ou uma “cobra sem veneno”. Seu grupo político já sofreu três derrotas consecutivas, duas como candidato ao governo e uma como apoiador da candidatura de Thiago Andrino como prefeito de Palmas, que acabou em um vexatório quarto lugar.
Ou seja, seu “lastro” prolítico é próximo de zero.
PAZZUELO NA DEFENSIVA
Um dos principais alvos da CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, recusou um cargo na Secretaria-Geral da Presidência. O ato de nomeação chegou a ser assinado pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, mas não foi publicado a pedido do militar. Na próxima semana, Pazuello deve decidir se seguirá sendo representado pela Advocacia-Geral da União (AGU) na comissão no Senado. Com depoimento marcado para o dia 19, o general avalia entregar sua defesa ao advogado criminalista Zoser Hardman, que atuou como seu assessor jurídico na Saúde. Os dois movimentos sinalizam a possibilidade de um afastamento do ex-ministro em relação ao governo.
Qual será o motivo de Pazuello estar tão apreensivo, a ponto de declinar do “apoio” do Palácio do Planalto?
RENAN CALHEIROS VÊ INDÍCIOS DE “ERRO” DO GOVERNO EM CPI
Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que a CPI precisa levar em conta como o governo de Jair Bolsonaro minimizou a pandemia e o papel da vacina para combater a doença, e como a postura do presidente "fechou as portas para os produtores" dos imunizantes no Brasil. "Isso precisa ser investigado", disse Renan, em entrevista concedida ao programa 'Prerrogativas', transmitido pela Rede TVT.
"Espero que o presidente da República não tenha responsabilidade no agravamento do morticínio no Brasil, espero que CPI não chegue a tanto, mas, se chegar, não tenho nenhuma dúvida que ele será responsabilizado, sim", disse o relator. "Entendo que ao responsabilizar alguém, responsabilize exatamente aqueles que, por negligência, omissão, cometeram erros que poderiam ser evitados e possibilitado diminuição do número de mortes do Brasil na pandemia. Tenho muita convicção, apesar dos pesares, ameaças, arreganhos, tentativas de intimidação, que a CPI fará sua parte", disse.
DENÚNUNCIAS DE “QUADRILHÃO” DA LAVA JATO CAEM POR TERRA
Às vésperas de trocar de comando, em setembro de 2017, a PGR (Procuradoria-geral da República) apresentou à Justiça quatro denúncias por organização criminosa na operação Lava Jato. Apelidadas pela imprensa de "quadrilhão", as acusações miravam as cúpulas do PT, do PP, do MDB na Câmara e do MDB no Senado. Segundo a tese da PGR, estes quatro grupos lotearam a Petrobras durante os governos petistas e gerenciaram o esquema de corrupção na estatal. Juntas, as quatro denúncias atingiram 34 políticos, incluindo os ex-presidentes Michel Temer, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, que em conjunto teriam desviado mais de R$ 3 bilhões.
Hoje, quase quatro anos mais tarde, três dessas denúncias já caíram por terra. Duas delas, contra as lideranças do PT e a do MDB na Câmara, terminaram com a absolvição dos réus na Justiça Federal de Brasília. Outra, que mirava os chefes do PP, foi rejeitada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Resta apenas o caso dos senadores emedebistas, que ainda espera análise do Supremo.
“TERRIVELMENTE EVANGÉLICO” NO STF
O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar neste sábado, 8, que nomeará um nome "terrivelmente evangélico" para a cadeira no Supremo Tribunal Federal que ficará vaga em julho com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
A um grupo de apoiadores evangélicos no Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou também a defender a hidroxicloroquina no tratamento da covid-19. O remédio, indicado para malária e doenças autoimunes, já se mostrou ineficaz contra a covid-19 em estudo científico.
"Quem indica vagas pro Supremo Tribunal Federal passa por mim. A palavra final não é minha, é do Senado, tem uma sabatina lá. Mas vocês sabem que o dia 5 de julho, 4 de julho, vai ter um terrivelmente evangélico", disse Bolsonaro na conversa, transmitida ao vivo em sua conta no Facebook.
"Tem um cotado aí, por enquanto é ele, mas não tá batido o martelo ainda", disse o presidente.
Um dos nomes cotados para ser nomeado por Bolsonaro a uma vaga na corte é o do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, que também é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança em Brasília.
MAIS VACINAS
O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem que o Ministério da Saúde enviará 3,9 milhões de vacinas AstraZeneca/Fiocruz para todos os estados e o Distrito Federal. A Região Norte receberá 281,4 mil doses, a Região Nordeste terá 984,1 mil doses e a Região Centro-Oeste receberá 294,1 mil doses. Já as regiões Sudeste e Sul receberão 1,79 milhão e 624,3 mil doses, respectivamente. O comunicado foi feito em redes sociais.
Além disso, o Ministério da Saúde distribuiu quase 1 milhão de vacinas da Coronavac/Butantan para uso apenas como segunda dose. A ideia é completar os esquemas vacinais de mais de 900 mil pessoas. As doses da Coronavac começaram a ser entregues na última sexta-feira.
BÔNUS POR MAIS MULHERES NA POLÍTICA
Na tentativa de aumentar o número de mulheres na política, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) propôs que partidos recebam bônus financeiro pelos votos em suas candidatas. O projeto prevê que a sigla com votação maior que a média nacional, proporcionalmente, poderá receber até 10% a mais da verba pública à qual teria direito. Aqueles partidos que não atingirem o índice, porém, poderão ter parte do dinheiro cortado.
Ao mesmo tempo em que o projeto de Tabata chega à Câmara, deputados discutem uma proposta para reservar vagas a mulheres nos Legislativos do País. A relatora da reforma eleitoral, deputada Renata Abreu (Podemos-SP), pretende incorporar a regra no texto que vai produzir, garantindo a elas 15% das cadeiras nas assembleias e Câmaras municipal e federal. As medidas enfrentam resistência de deputados, para quem questões de gênero não deveriam influenciar o voto.
Foi o Tribunal Superior Eleitoral quem sentenciou: para derrotar Mauro Carlesse em suas aspirações políticas, terá que ser no voto
Por Edson Rodrigues
Carlesse e seu vice, Wanderlei Barbosa, venceram mais um obstáculo em suas pretensões políticas, ao ver o TSE acatar apenas de forma parcial – e por unanimidade – o recurso impetrado pelo Ministério Público Eleitoral que pedia a condenação dos dois e uma pena de inelegibilidade por cinco anos.
Na última análise política de O Paralelo 13 sobre o julgamento, trouxemos em primeira mão a informação, nos repassada por uma fonte de Brasília, quanto à decisão do relator em acatar apenas parcialmente a denúncia, e sugerir a pena de multa, sem a perda dos direitos políticos, a Carlesse e Barbosa. E foi exatamente o que aconteceu, ficando a multa estipulada em R$ 162 mil, e o voto do relator sendo acompanhado por todos os ministros, fechando um placar unânime de 7 a 0.
Os adversários políticos do Palácio Araguaia, que davam como certa a condenação e a inelegibilidade do governador e do seu vice, “deram com os burros n’água” e, agora, terão que criar estratégias, montar grupos políticos e articular dez vezes mais que imaginavam, para ter alguma chance de vitória.
"DEPOIS DO JULGAMENTO CARLESSE SERÁ OUTRO"
Também em nossa análise anterior, previmos, no caso da manutenção dos seus direitos políticos, Mauro Carlesse passaria a ser “outra pessoa” na condução do seu governo.
E ele será!
Plenário virtual com votação dos Ministros do TSE
Livre para dar seguimento em seu projeto político de governo, mais voltado para ações de infraestrutura e na área social que, com dinheiro em caixa, devem ser colocadas em prática imediatamente.
Um dos diversos projetos a serem postos em prática será uma repaginação dos “Pioneiros Mirins”, assim como as lavouras comunitárias com apoio técnico do Ruraltins, por meio da Secretaria do Trabalho e Ação Social, comandada pelo competente José Messias Alves de Araújo, que será uma das secretarias mais importantes desses “novos tempos” do governo Mauro Carlesse, que selará parceiras com as pastas afins dos 139 municípios do Estado.
PALMAS
Enquanto isso, em Palmas, a prefeita Cinthia Ribeiro, em busca de realizar um bom governo, optou pelo entendimento político com o governo do Estado, principalmente na pessoa do governador, Mauro Carlesse, com quem firmou um pacto político, numa decisão que, agora, após a absolvição de Carlesse no TSE, mostra-se absolutamente correta e cria todas as condições necessárias para proporcionar dividendos positivos para a população de Palmas.
Uma fonte de dentro do Paço Municipal nos informou que “há muitas coisas boas a serem anunciadas em breve, pelos dois governantes, já fruto dessa união”
CANDIDATURA DE MAURO CARLESSE AO SENADO
Agora sem sombras sobre a sua elegibilidade, com o apoio de 85% a 95% dos deputados estaduais, filiado ao PSL, partido que possui o maior Fundo Partidário de campanha em 2022, a maior bancada na Câmara Federal e o maior tempo de Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV e com vários outros partidos em sua base eleitoral, Mauro Carlesse goza do privilégio de ser o único governador com maioria na bancada federal do seu Estado no Congresso Nacional.
Carlesse, também, é um dos poucos governadores com os caixas cheios, com previsão de vários milhões de reais a serem recebidos, com a privatização das rodovias estaduais. Seu governo está construindo uma obra importante na Região central do Estado, que irá influenciar em todo o território tocantinense e resgatando uma reivindicação histórica da população de Porto Nacional, que é a nova ponte sobre o Rio Tocantins. Está marcado, também para breve, o início da obra de duplicação da rodovia que liga Palmas à Porto Nacional, principal via de acesso à BR-153.
É dessa forma que Mauro Carlesse vai se fortalecer para o embate eleitoral de 2022, no qual deve se candidatar ao Senado, deixando, porém, em aberto, qual o nome apoiará para o governo, enquanto a “tropa de elite” do seu governo prepara as estratégias e ações que farão do governo de Carlesse um governo popular, por meio de ações na área social, de reconhecimento e aplicação de direitos e progressões do funcionalismo público, incluindo policiais militares e civis, que já tiveram seus direitos observados, a Educação, muito bem administrada pela secretária Adriana da Costa Pereira Aguiar, e com especial atenção à área da Saúde.
Todo esse trabalho de definição de estratégias vai ocorrer com muita tranquilidade, pois serão quinze meses de governo quase que “sob céu de brigadeiro”, lembrando que, no início de 2022 Mauro Carlesse deve renunciar ao mandato de governador se quiser concorrer à única vaga aberta no Senado e, para vencer, quanto mais estiver “no gosto” da população, melhor.
CUMPRIDOR DE TRATOS
Mauro Carlesse tem a fama de ser um político que cumpre os tratos e pactos que realiza, motivo pelo qual, desde que assumiu o governo, ainda no governo “tampão”, jamais perdeu um aliado ou companheiro. Pode ser, até, que algum tenha ficado descontente em algum momento, mas tudo sempre foi resolvido prontamente.
São essas características que fazem de Mauro Carlesse um líder respeitado pelos seus seguidores e pelos membros do seu grupo político e, desde que assumiu o governo do Estado, sem nenhuma “baixa” em seu exército. Trocando em miúdos, Carlesse é, hoje, o maior líder político dentro do seu grupo, com credibilidade, respeito e reconhecimento, o que lhe confere a tranquilidade necessária para construir seu futuro político.
Entrega de vacinas será 27% maior do que o mês passado, prevê governo
Por Luciano Nascimento
O Ministério da Saúde começa a distribuir a partir desta segunda-feira (10) mais um lote com 1,12 milhão de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech. As doses são destinadas para a primeira aplicação em pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente.
Segundo o ministério, todos os estados e o Distrito Federal receberão o imunizante de forma proporcional e igualitária. Na semana passada, o governo distribuiu o primeiro lote de vacinas da Pfizer com 1 milhão de doses.
De acordo com a pasta, a logística de distribuição das vacinas da Pfizer foi montada levando em conta as condições de armazenamento do imunizante. No Centro de Distribuição do ministério, em Guarulhos, as doses ficam armazenadas a uma temperatura de -90°C a -60°C.
Ao serem enviadas aos estados, as vacinas estarão expostas à temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de +2 a +8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias.
“Em função disso, o Ministério da Saúde orienta que, neste momento, a vacinação com o imunizante da Pfizer seja realizada apenas em unidades de saúde das 27 capitais brasileiras, de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir a aplicação da primeira e segunda doses com intervalo de 12 semanas entre uma e outra”, informou o ministério.
A vacinação contra a covid-19 começou no país no dia 18 de janeiro. Até o momento, contando com esse novo lote, foram destinadas a todas as unidades da Federação aproximadamente 75,4 milhões de doses de imunizantes.
Entrega de vacinas será 27% maior do que o mês passado, prevê governo
De acordo com o cronograma de entregas de vacina do Ministério da Saúde, divulgado na última semana são esperadas para este mês 32,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, cerca de 27% a mais do que a cota de abril.
A conta considera apenas vacinas previamente aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São elas: a vacina do consórcio Oxford/AstraZeneca entregues pela Fiocruz e também pelo programa Covax Facility, ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS); a CoronaVac, da Sinovac Life Science em parceria com o Instituto Butantan e a Pfizer, entregue pela própria farmacêutica e pelo Covax Facility.
A Fiocruz, por exemplo, maior fornecedora, com 20,5 milhões de doses, já anunciou que teria em estoque todo o material necessário para produzir vacinas prometidas até o fim deste mês. As doses da AstaZeneca enviadas pelo Covax Facility já chegaram ao país. O Butantan liberou 1 milhão nesta quinta-feira, 6, e planeja totalizar a entrega com mais 4,1 milhões de doses até dia 14 de maio. Quantitativos extras desta vacina, porém, só ocorrerão com a chegada de mais Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), a matéria-prima da vacina.
Nos últimos meses o cronograma mensal previsto pela pasta da saúde sofreu diversas reduções de cotas. Para se ter uma ideia, cegou a ser anunciado que abril teria mais de 55 milhões de doses entregues aos brasileiros — número que passa longe dos 25,9 milhões realmente enviados aos estados. As mudanças estão relacionadas ao desabastecimento de IFA a e pela falta de aprovação de imunizantes — como a Sputnik V — junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Grupo quer posicionar sigla no chamado 'centro radical' e barrar diálogo que ex-presidente tem mantido com caciques do partido
Por Pedro Venceslau
As articulações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atrair o apoio do MDB na disputa presidencial de 2022 causaram reação de uma ala do partido, que já prepara uma contraofensiva. Desde que teve suas condenações na Lava Jato anuladas e retomou seus direitos políticos, Lula tem mantido diálogo com caciques emedebistas na tentativa de restabelecer a aliança da época em que o PT foi governo.
Ex-líder da bancada ruralista na Câmara e próximo ao presidente Jair Bolsonaro, o deputado Alceu Moreira (RS), presidente da Fundação Ulysses Guimarães, lidera o grupo anti-Lula do MDB. O parlamentar gaúcho vai iniciar a partir do dia 15 um ciclo de debates e consultas aos filiados para posicionar institucionalmente a legenda no chamado "centro democrático".
Organizados pela Fundação Ulysses Guimarães, os eventos serão virtuais e vão reunir quadros como o ex-presidente Michel Temer, que foi vice nos dois mandatos de Dilma Rousseff e assumiu o cargo após o impeachment da petista, em 2016. "Não passa de um devaneio o MDB apoiar Lula. O centro é ser radical contra o radicalismo. Se há um partido que é de centro é o MDB", disse Moreira.
O movimento para barrar o avanço de Lula no partido conta com o apoio de Temer e dirigentes emedebistas do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, Estados que historicamente se alinham contra o PT em eleições presidenciais.
Derrotado na eleição para presidência da Câmara por uma frente que contou com o apoio do Palácio do Planalto, o presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi (SP), mantém um discurso neutro e evita se alinhar a alguma das correntes internas, mas prega que o MDB se afaste dos extremos.
Para o dirigente, o partido deve reabrir o debate com outras forças políticas interessadas em quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro em 2022.
Ex-presidentes Lula e José Sarney
"Sabemos das diferenças regionais do MDB, por isso o melhor caminho para o partido é construir um candidato de centro. Vamos discutir todas essas questões com a executiva nacional do partido nos próximos meses", disse Rossi ao Estadão.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) vai na mesma linha. "Basta ver a história do partido: um guarda chuva para todas as tendências ideológicas e políticas que é capaz de unir os diferentes contra os extremos, a favor de uma alternativa democrática, seja com candidatura própria ou como aglutinador de uma terceira via", disse Tebet.
Um dos nomes colocados como alternativa de centro, o governador de São Paulo, João Doria, também está empenhado em obter apoio do MDB para sua candidatura à Presidência, em 2022. Embora a cúpula do MDB fale sobre o lançamento de um candidato próprio ao Planalto, este cenário é visto como menos provável. A ideia é apoiar um candidato e, no máximo, ser vice de alguma chapa. Não há, porém, um consenso sobre quem apoiar.
Em São Paulo, Baleia tem um acordo com Doria. A tendência é que o MDB apoie a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia para a disputa ao Palácio dos Bandeirantes. Garcia hoje está no DEM, mas deve migrar para o PSDB.
Palanques regionais
Lula, por sua vez, passou a semana em Brasília em busca de apoio à sua pretensão eleitoral. Ele almoçou na sexta-feira, 7, com o também ex-presidente José Sarney (MDB-MA). Um dos temas da conversa, na casa do emedebista, foi a montagem de palanques estaduais em 2022.
Como revelou a Coluna do Estadão, Lula telefonou para caciques emedebistas do Norte e do Nordeste e disse que representa o "centro" no tabuleiro eleitoral. Ainda que não tenha o compromisso do apoio do MDB para o seu projeto presidencial, o petista quer amarrar alianças regionais fortes que possam garantir a ele apoio nos Estados. Exemplos disso são Alagoas, onde o grupo de Renan Filho (MDB) busca permanecer no comando, e Pará, governado por Helder Barbalho (MDB), pré-candidato à reeleição. Lula é próximo dos pais dos dois governadores.
Para o ex-presidente, o apoio do MDB garantiria uma estrutura partidária forte no Norte e Nordeste, além de mais tempo de TV no horário eleitoral gratuito e a narrativa de que está construindo um projeto que vai além do campo da esquerda tradicional.
Relatório da Operação Tempestade expõe as vísceras de esquema criminoso ligado ao poder público
Por Cristyan Costa
A Polícia Federal (PF) vê fortes indícios de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está envolvido no Covidão. O chamado “Banco do Crime (BdC)” teria lavado recursos desviados de hospitais de campanha para a covid-19 no Estado do Rio de Janeiro. O aparato financeiro é ligado ao PCC e responsável por movimentar o dinheiro do tráfico de drogas do crime organizado. As revelações vieram à tona através do trabalho da Operação Tempestade, deflagrada esta semana, conforme noticiou a Revista Oeste. Os agentes identificaram que cerca de R$ 700 milhões foram lavados.
Relatório da PF mostra que Wilson Decaria Junior, um dos doleiros acusados, é o elo entre o que a PF descobriu e a Sharks, ação que originou a Tempestade. De acordo com os investigadores, são dois os principais esquemas de lavagem de dinheiro do PCC. Um deles envolve uma doleira identificada pelos criminosos como “Veia”. O outro é o esquema detectado pela Tempestade, que usava pelo menos duas empresas como bancos: o Neman e a Bidu Cobranças, Investimentos, Transportes e Participações. Os ilícitos ocorreram quando Wilson Witzel (PSC) era governador do RJ.
Ex-prefeito de Tietê é preso na Operação Tempestade da PF
O branqueamento de capital se dava por meio de companhias fictícias e de laranjas, emitindo notas fiscais frias de modo a justificar a prestação de serviços inexistentes. O empresário Dalton Baptista Neman é apontado como o líder do esquema criminoso — que incluiria, ainda, seu filho. Decaria Júnior teria participado. Neman e Decaria foram identificados pela PF em 2016, em uma ação contra o contrabando de cigarros — Neman mantinha contato com outras divisões do PCC. Aqui, surgem as suspeitas da PF de ligações entre o BdC e os desvios dos recursos voltados ao combate à covid-19.
De acordo com a PF, o advogado e lobista Roberto Bertholdo seria a peça que uniria os dois esquemas. Ele é investigado por suposto envolvimento em desvio de verbas de hospitais de campanha destinados ao tratamento da covid-19 no RJ. A PF chegou a pedir à Justiça a prisão temporária de Bertholdo, mas ela foi negada pela 6.ª Vara da Justiça Federal de São Paulo. Segundo a PF, Bertholdo “ficou conhecido como o homem que grampeou o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro”. Os agentes destacaram os contatos políticos do advogado, cujo escritório fica em Brasília, no MDB e no PP.