Parlamentar havia acabado de voltar de evento na Lapa quando criminosos encostaram em carro guiado por motorista e fizeram os disparos

 

Por RAFAEL NASCIMENTO - O DIA - RJ

 

 A vereadora Marielle Franco (Psol), 38 anos, foi assassinada a tiros, por volta de 21h30 desta quarta-feira, no Estácio, Centro do Rio. O motorista, Anderson Pedro Gomes, 39, que guiava o carro, também foi morto. Marielle voltava de um evento na Rua dos Inválidos, na Lapa, quando um carro parou ao lado do veículo de seu motorista na Rua Joaquim Palhares, próximo ao metrô, e dois bandidos dispararam, fugindo em seguida.

A polícia encontrou mais de nove cápsulas de bala no local. A vereadora teria sido alvejada por pelo menos cinco tiros na cabeça. O veículo em que estava ficou com várias marcas na lateral. Ela deixa uma filha de 19 anos.

 

A assessora da vereadora, que estava ao seu lado no carro, foi atingida por estilhaços e foi levada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, medicada, liberada e seguiu, com uma comissão do Psol, para a Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, na Barra.

 

Policiais militares do 4º BPM (Praça da Harmonia) e Bombeiros foram acionados e a via foi interditada. A DH fez a perícia e liberou a rua por volta de 0h20. A principal linha de investigação é de que foi execução.

 

"É muito chocante, é muito violento. Ela lutava pela paz e pela Justiça. Tudo indica que não foi assalto. É tudo muito precário e chocante. Em um momento que o Rio está sob intervenção, uma pessoa da importância da Marielle sofre esse tipo de violência e barbárie. Vou pedir uma apuração rigorosa, pois isso não pode ficar no rol dos 90% dos crimes que não são esclarecidos. Ela fazia parte da Comissão da Câmara que fiscalizava a intervenção. Não quero ser leviano, mas isso tem que ser apurado com celeridade. É imprescindível", disse o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ).

"Infelizmente, ela estava incomodando muito", afirmou uma liderança do partido de Marielle, que pediu para não ser identificada.

 

"Ela estava muito alegre e animada. Eu ainda bati um papo com ela. Estou surpreso por tudo que aconteceu", relatou o vereador Paulo Pinheiro (Psol). "A Marielle nunca comentou sobre receber ameaças de morte. Absolutamente nada. É uma agressão a outras pessoas. Se você tem uma pessoa que está dentro de um carro, do lado da sede da Prefeitura, você não podia esperar lugar mais seguro do que aqui. Você está vendo o prefeito andar do lado do prédio dele e assistir isso daqui. É inaceitável! Precisamos que a polícia investigue. Não é possível que numa cidade como essa uma coisa dessa acontecer, aqui, ao lado da Prefeitura. A gente está sempre assustado com a moto que para do lado e quem é o carro que para do lado. Não é por ser parlamentar ou não. A cidade do Rio de Janeiro é isso daí", desabafou.

 

"Fiquei sabendo por pessoas próximas que ligaram. Estamos tentando buscar todas as informações possíveis, exigindo que tenha uma apuração rigorosa dos fatos para que a gente saiba os motivos e o que de fato aconteceu. Estamos consolando quem está aqui, todos os amigos e vereadores que estavam com ela. Marielle representa uma novidade na política com uma atuação muito importante. Não temos até agora notícias de que ela tinha sido ameaçada até aqui. Foi breve, mas foi decisiva para uma série de coisas e por isso está todo mundo tão emocionado", disse o vereador Tarcísio Motta (Psol).

 

"Marielle foi uma vereadora combativa, humana, participava de todas as lutas populares. Inaceitável tal crime brutal", disse o deputado Luiz Paulo (PSDB).

 

Prefeito lamenta o caso

O prefeito Marcelo Crivella (PRB) também lamentou o caso. "É com profundo pesar que lamentamos o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco, cuja honradez, bravura e espírito público representavam com grandeza inigualável as virtudes da mulher carioca. Sua trajetória exemplar de superação continuará a brilhar como uma estrela de esperança para todos que, inconformados, lutam por um Rio culto, poderoso, rico, mas sobretudo, justo e humano", afirmou, em nota.

 

O secretário municipal da Casa Civil, Paulo Messina (Pros), também comentou o assassinato. "Com certeza, agora na Prefeitura, como secretário, vamos colaborar com a Polícia Civil em toda a investigação que puder. A Câmara vai se posicionar firmemente sobre isso".

 

O secretário municipal de Ordem Pública, Paulo César Amêndola, determinou que a CET-Rio entregue todas as imagens das câmeras de trânsito do percurso feito por Marielle desde a Lapa.

'A gente vai cobrar com rigor'

O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), que trabalhou ao lado de Marielle, disse que a Polícia Civil deu toda cobertura ao caso. "É muito difícil falar qualquer coisa nesse momento. Não estamos perdendo uma vereadora. Estamos perdendo uma pessoa extraordinária, que estava nesse momento fazendo um debate sobre racismo e é brutalmente assassinada. Estou em contato desde o momento do crime com o Rivaldo Barbosa (chefe da Polícia Civil). A Delegacia de Homicídios já assumiu o caso. A gente vai cobrar com rigor".

 

"Todas as características são de execução. Evidente que vamos aguardar as conclusões. Cabe a polícia fazer a investigação. A gente quer isso de qualquer maneira apurado o mais rápido possível. Não é por cada um de nós. É pelo Rio de Janeiro. Isso é completamente inadmissível. Uma pessoa cheia de vida, cheia de gás, uma pessoa fundamental para o Rio de Janeiro brutalmente assassinada. Não havia qualquer ameaça sobre ela. Eu tinha contato diário com a Marielle. Ela trabalhou 10 anos na minha equipe. A irmã dela está aqui com a gente. Nós não temos conhecimento de nenhuma ameaça. A família não tem conhecimento, a equipe não tem. Mas as características do assassinato são características muito evidentes de execução", relatou Freixo, bastante emocionado.

 

Perguntado se iria redobrar a sua segurança pessoal, o deputado, chorando, afirmou que "esse não era o momento para pensar nisso".

 

Evento na Lapa

Em um último compartilhamento nas redes sociais, Marielle transmitiu a roda de conversa "Jovens Negras Movendo as Estruturas", através do Facebook.

 

Quem foi Marielle!

Marielle nasceu no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, era socióloga e foi eleita vereadora da Câmara do Rio com 46.502 votos, na última eleição. Se formou pela PUC-Rio e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com o tema "UPP: A redução da favela a três letras". Ela coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado do deputado Marcelo Freixo. A vereadora também trabalhou em organizações nao-governamentais, como a Brazil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (CEASM).

 

Ela decidiu pela militância em direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes na Maré.

 

No domingo, a vereadora denunciou, com exclusividade, ao DIA uma ação de PMs do 41º BPM (Irajá) na favela de Acari. Segundo ela, moradores reclamaram da truculência dos policiais durante uma abordagem na região. Ela compartilhou uma publicação em que comenta que rapazes foram jogados em um valão. De acordo com as denúncias, no último sábado, os PMs invadiram casas, fotografaram suas identidades e aterrorizaram populares no entorno.

 

"Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento. O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando os moradores. Nessa semana, dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje, a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores. Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior", escreveu Marielle.

Posted On Quinta, 15 Março 2018 06:58 Escrito por

Denúncia contra o ex-senador apura pagamento de vantagens indevidas na compra da refinaria pela Petrobras; outros dez homens também viraram réus. Segundo a denúncia, Delcídio do Amaral, na época filiado ao PT, seria um dos beneficiados pelo pagamento de propina

 

Por iG São Paulo

O juiz federal Sérgio Moro aceitou, na tarde desta quarta-feira (14), uma denúncia contra o ex-senador Delcídio do Amaral e outras dez pessoas na Operação Lava Jato . No processo em questão, o ex-parlamentar é suspeito de envolvimento em um esquema que teria lhe garantido vantagem indevida sobre a compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras.

 

Essa é a primeira denúncia aceita contra o ex-parlamentar na Justiça Federal do Paraná. Segundo a denúncia, Delcídio do Amaral , na época filiado ao PT, seria um dos beneficiados pelo esquema. Agora, ele responde como réu por crimes como corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

 

Além de Delcídio, viraram réus nesse processo o ex-vice-presidente da Astra Oil, Alberto Feilhaber, e os operadores financeiros Jorge Davies, Raul Davies e Gregório Marin.

 

Os outros seis réus são Agosthilde Monaco de Carvalho, Aurélio Oliveira Telles, Carlos Roberto Martins Barbosa, Cezar de Souza Tavares, Luis Carlos Moreira da Silva e Rafael Mauro Comino, todos ex-funcionários da Petrobras.

A denúncia
Segundo a denúncia, em 2005, Alberto Feilhaber pactuou com o então gerente executivo da Diretoria Internacional Luis Moreira o pagamento de propina de US$ 15 milhões para que funcionários da Petrobras atuassem em favor dos interesses da empresam belga no processo de compra de 50% da refinaria de Pasadena pela Petrobras.

 

De acordo com a força-tarefa do MPF, os valores de propina recebidos foram divididos entre os ex-funcionários da Petrobras que participaram ativamente do processo de compra e venda e as outras pessoas que tiveram participação no esquema.

 

O Ministério Público Federal afirma, em sua denúncia, que Delcídio do Amaral também recebeu parcela desse montante, em razão de acordo que mantinha com os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque, assim como por ter tido atuação fundamental na nomeação de Nestor Cerveró para a Diretoria Internacional da Petrobras. Delcídio teria recebido ao menos US$ 1 milhão, com consciência de que tal valor decorria de propina no processo de aquisição da refinaria.

 

Posted On Quinta, 15 Março 2018 06:51 Escrito por

Estado figura com a 11ª posição entre os estados que registraram crescimento no setor do agronegócio em 2017   Wherbert Araújo

 

O Tocantins ocupou o 11º lugar dentre os estados brasileiros que mais expandiram no setor do agronegócio em 2017, ficando acima da média nacional em termos de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), ao contrário das regiões Sul e Sudeste, conforme apontado por reportagem da Folha de São Paulo. O texto afirma que regiões que anteriormente registravam pouco peso na soma total dos bens e serviços do País, tiveram um impulso maior em relação aos estados industrializados.

 

Em comparação com as regiões em que foram apontados aumentos no PIB, o Tocantins figurou com crescimento de 2,7%, ficando à frente de estados como o Pará (2,1%), Acre (1,9%), Alagoas (1,6%), Ceará (1,3%), Rondônia (0,70%), Bahia (0,30%), Goiás (0,1%) e Amapá (0,1%).

 

Segundo a Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan), para 2018 a previsão do PIB tocantinense é de aproximadamente R$ 32,3 bilhões. Dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontavam uma taxa de crescimento acumulado no Tocantins, no período de 2010 a 2015 de 23,8%, perdendo apenas para o estado de Mato Grosso.

 

De acordo com a economista Grazielle Azevedo Evangelista, analista na Seplan, com a crise econômica que afetou o país, estados muito industrializados tenderam a perder participação no PIB devido ao enfraquecimento do setor industrial. “Neste caso, estados com forte identidade na agropecuária, como o Tocantins, tem segurado o valor do PIB”, ressaltou.

 

Dados

De acordo com a Gerência de Contas Regionais da Seplan, as atividades de Administração Pública, Comércio, Atividades Imobiliárias, Agricultura e Pecuária são as que possuem maior participação no PIB do Estado. Segundo os dados de 2015, o setor agropecuário teve um acréscimo, em volume, de 8% em relação ao ano anterior, decorrente do bom desempenho da agricultura, impulsionado pelas atividades de lavoura temporária, cultivo de cereais e soja.

Posted On Quarta, 14 Março 2018 13:25 Escrito por O Paralelo 13

O programa de geração de renda tem a pretensão de transformar cada tocantinense que passar pelo Aafeto num empreendedor

 

Por Carlessandro Souza

 

Os cursos são ofertados a qualquer pessoa, preferencialmente de baixa renda, que queira participar, bastando para isso, procurar uma das unidades do Projeto

 

Somente no mês de março, mais de 80 pessoas receberão certificados de conclusão dos cursos.

 

Somente no mês de março, mais de 80 pessoas receberão certificados de conclusão dos cursos desenvolvidos pela Secretaria de Estado do Trabalho e Assistência Social (Setas) por meio do projeto de geração de renda Apoiando e Acreditando nas Famílias Tocantinenses (Aafeto).

 

O projeto tem sido um importante apoio do Governo do Estado para a realização de sonhos como, aprender um ofício, conquistar um emprego ou abrir o próprio negócio. O programa de geração de renda tem a pretensão de transformar cada tocantinense que passar pelo Aafeto em um empreendedor.

 

Os cursos são ofertados a qualquer pessoa, preferencialmente de baixa renda, que queira participar, bastando para isso, procurar uma das unidades do Projeto ou entrar em contato por meio dos telefones disponibilizados.

 

Conclusão de cursos Na unidade do projeto no Jardim Aureny III, os cursos de Pinturas em Tecidos, Corte e Costura, Bordado Livre e Fibras atraíram cerca de 30 pessoas interessadas em aprimorar suas capacidades e melhorar suas rendas. O curso de Corte e Costura teve início em 15 de janeiro, já os demais iniciaram em 5 de fevereiro, e todos concluirão suas atividades nesta quarta-feira, 14, às 16 horas.

 

Já na unidade da Quadra 305 Norte, foram os cursos de Crochê, Corte e Costura, Fibras e Restauração de Móveis que atraíram o interesse dos formandos. O curso de Corte e costura teve início também no dia 15 de janeiro, e os demais em 5 de fevereiro e terão suas aulas concluídas na sexta-feira, 16, com cerca de 30 alunos.

 

A unidade do Aafeto no Jardim Aureny I promoveu cursos de Manicure, Fibras e Crochê, que iniciaram em 5 de fevereiro e já encerraram as atividades em 9 de março, com cerca de 20 formandos.

 

Unidades do projeto Aafeto Loja: Hall de entrada da Setas na Praça dos Girassóis
Telefone: (63) 3218-1900 Região Norte: Quadra 305 Norte, Alameda 02, lote 02.
Telefone: (63) 3218-2051 Região Sul: Jardim Aureny I, Quadra WS 01, Rua Amazonas, esquina com Rua Tefê, Telefone: (63) 3218-2047; e Jardim Aureny III, Quadra 170 A, Avenida J, Lote 14, Telefone: (63) 3218-1985

Posted On Quarta, 14 Março 2018 13:25 Escrito por

Primeira Turma do STF recebe denúncia e torna réu o senador Romero Jucá por corrupção e lavagem de dinheiro . Líder do governo no Senado e presidente nacional do MDB é acusado de ter recebido doação da Odebrecht em troca de beneficiar empresa no Congresso. Senador nega
Com Agência Brasil     Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou hoje (13), por unanimidade, denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o senador Romero Jucá (MDB-RR) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Operação Lava Jato. Com isso, será aberta uma ação penal, e o senador passa, pela primeira vez, a figurar como réu no STF.

Jucá foi delatado pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Claudio Mello Filho. Segundo o executivo, a Odebrecht fez, em 2014, uma doação eleitoral oficial de R$ 150 mil ao diretório regional do MDB em Roraima, ao mesmo tempo em que discutia com o senador a aprovação, no Congresso Nacional, de duas medidas provisórias (MPs) em benefício da empresa.

Para o MPF, o dinheiro foi doado em contrapartida à atuação política de Jucá, que propôs emendas para modificar os textos das MPs 651 e 656, ambas de 2014, de modo a garantir benefícios fiscais ao grupo Odebrecht.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que representa Jucá, afirmou durante o julgamento que o MPF pretende criminalizar a atuação regular do senador como parlamentar. Ele também leu trechos da delação em que se baseou a denúncia, argumentando que, em nenhum momento, Cláudio Melo Filho afirmou, cabalmente, que a doação eleitoral fora contrapartida pela modificação das medidas provisórias.

Posted On Terça, 13 Março 2018 16:00 Escrito por